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História Gêmeos de Illéa - Ep. 15 Príncipe Lucky


Escrita por: Kailandra

Notas do Autor


Salve!
Eu preciso postar regularmente essa semana para o capitulo de natal cair pelo menos no ano novo kkkkk
Então hoje eu começo os posts regulares, pelos menos até sexta é certeza de post regular ^^

Boa leitura!

Capítulo 15 - Ep. 15 Príncipe Lucky


Fazia três dias desde a sessão de fotos e eu saí com algumas das minhas preferidas apenas. Hoje eu estava praticando esgrima no salão de treino e meditando um pouco. Depois de finalmente poder dizer “sim eu saí com todas”, eu havia feito uma promessa a Amberly, de ficar apenas com a elite até dez dias antes do natal, eu realmente deveria para de ficar prometendo mundo de fundos a todos, mas eu sabia que era completamente possível cumprir a promessa e essa era mais fácil que a promessa feita a Grace, suspirei com esse pensamento. Algumas das meninas me deixavam tão frustrado e tão bravo, eu queria e podia fazer tantas coisas... Tanto potencial e eu não podia usar, mas eu não queria me casar com qualquer uma, eu queria escolher minha esposa, era o justo e se eu violasse as regras eu teria que dar adeus à escolha.

- Você é realmente bom nisso – escutei uma voz e me virei, era Rachel.

- Não sabia que tinha platéia, se soubesse eu teria me exibido – eu disse e ela riu.

- Acho que por isso que eu não anunciei que eu era sua platéia – ela disse rindo.

Eu retirei o capacete de esgrima e fui beber água, eu não sabia mais há quanto tempo estava nessa sala sozinho.

- Faz quanto tempo? – ela perguntou me entregando uma toalha.

- O que? Que eu pratico ou que estou aqui? – perguntei secando meu rosto na toalha.

- As duas são perguntas interessantes, pode começar pela segunda – ela disse e eu me sentei em um banco.

- Eu pratico acho que desde os onze anos, eu gosto da forma como posso extravasar minha raiva – eu disse dando de ombros.

- E por que um príncipe que tem tudo teria tanta raiva? – ela disse com um tom de ceticismo.

- Como assim tenho tudo? – não entendi o ponto exato de sua pergunta, existem muitas formas de se ter tudo e nunca se tem tudo.

- Bom você tem uma vida incrível aqui, você tem tudo que o dinheiro pode comprar, você tem uma família incrível e todo o resto – ela disse dando de ombros e sentando-se ao meu lado.

- Entendi, você não tem família? – perguntei e ela pareceu incomodada.

- Tenho meu pai apenas – ela disse evasivamente.

- Sua vida não é incrível? – perguntei.

- Muito longe disso, existem dificuldades no mundo normal – ela disse.

- Sabe uma coisa que você tem que eu não tenho? – perguntei sério.

- Não existe nada assim – ela disse.

- Liberdade, eu não tenho liberdade, sabe Rachel se eu fosse um cara comum eu seria um cafajeste da pior categoria possível, eu possivelmente seria um “desvirtuador” de garotas bonitas como você, eu não me importaria de ferir sentimentos, eu não me importaria em fazer sexo apenas para alguns minutos de prazer e jamais voltar a ver uma garota, eu seria uma pessoa bem pior do que eu sou, mas eu não sou uma pessoa como você, eu devo seguir regras, protocolos e todas essas coisas, então eu não tenho liberdade, não tenho privacidade e nem uma visão do mundo real como você tem, então não finja que me conhece porque você não conhece – eu disse sem olhar para ela, eu ficava realmente irritado como todas elas achavam que sabiam muito sobre mim, um príncipe encantado e todas essas fantasias tolas, eu não era assim, eu era egoísta e várias outras coisas ruins.

- Por que você não tenta deixar-me conhecer te? – ela disse tocando minha mão e eu não me mexi.

- Sabe de uma coisa Rachel? Eu não sei absolutamente nada sobre você, por que eu vou me expor dessa forma? Conte você primeiro – eu disse e ela ficou incomodada.

- Não gosto de falar sobre a minha vida – ela disse virando o rosto.

- Então minha cara Rachel, temos algo em comum, por que eu não gosto de falar sobre mim, mas tome cuidado porque eu não sou o príncipe encantando, estou mais para o lobo mal – eu disse rindo da analogia.

- Mas o príncipe encantado é patético – ela disse sorrindo.

Eu me aproximei dela para beijá-la quando uma sirene tocou. Oh céus, sério mesmo? Não poderiam nos dar um tempo?

- Vamos – eu me levantei correndo e peguei minha espada, ela parecia assustada.

- O que vai fazer? – ela perguntou enquanto eu a arrastava comigo.

- Vamos para o abrigo, o castelo está sob ataque rebelde – eu disse puxando-a pelo castelo, para a passagem secreta que dava ao abrigo real, no caminho encontrei algumas meninas e as escoltei junto, elas estavam aterrorizadas.

Nós chegamos ao abrigo, eu corri os olhos e todas pareciam lá, me juntei aos meus pais eles pareciam preocupados.

- Amberly já deveria estar aqui! – exclamou meu pai.

- Onde está a Grace? – eu perguntei e minha mãe estava chorando.

- Eu vou buscar a Amberly – anunciou Antony sacando uma arma de seu coldre.

- Não mesmo, você é o futuro rei – eu disse roubando sua arma e correndo para fora do abrigo.

Escutei meus pais gritarem comigo e eu vi que os guardas os impediram de sair, vi que Antony também não pode sair.

Ao subir direto para o segundo andar escutei muito barulho, tiros e coisas se quebrando, passei reto pelo segundo andar e fui para o terceiro em direção ao quarto de Grace, ela estava saindo assustada com uma cesta.

- Grace! Que merda está fazendo aqui? – eu gritei.

- Minhas gatas, eu não queria que elas se machucassem – ela disse indicando a cesta e eu puxei seu braço.

- Merda! O mundo desabando e você preocupada com suas gatas? – eu disse correndo com ela.

- Eu não poderia abandoná-las, no ultimo ataque eles mataram alguns cães – reclamou ela.

- Você viu a Amberly? – eu perguntei e ela pareceu confusa.

- Ela está no abrigo real – ela disse e eu neguei com a cabeça enquanto andávamos.

- Espere aqui – eu pedi e fui á frente ver se a estava tudo bem, quando vi que o caminho estava livre eu acenei e ela veio até mim ainda com a cesta em suas mãos.

Corremos até a entrada secreta do abrigo real e um homem todo esfarrapado e armado entrou na nossa frente eu empurrei Grace para o lado e atirei, eu não fiquei para ver onde a bala o atingira, mas eu tinha uma ótima pontaria.

Puxei Grace para outro caminho, eu teria que achar um abrigo menor. Então escutei um grito feminino, ela me olhou assustada e eu lhe entreguei a arma.

- Se aparecer qualquer um que você não conheça não hesite, nem que seja na mão dele – eu disse e ela me olhou assustada.

- Onde você vai? – ela perguntou.

- Pode ser a Amberly, espere aqui eu vou voltar, eu prometo – eu disse e ela assentiu.

Grace sabia que eu cumpria minhas promessas feitas a ela, então ela não questionou, o grito vinha do final do corredor, eu corri e nesse momento é que vemos o resultado de sempre praticar corrida.

-... Calma podemos conversar, acredito que possamos entrar em um acordo, o que vocês querem? – escutei a voz de Amberly dentro da sala.

- O fim da monarquia, que irá começar com você – disse uma mulher com voz estridente, eu olhei em volta e vi que tinha uma obra de arte em uma mesa próxima a mim, era redonda e do tamanho da minha palma da mão, eu peguei essa escultura e voltei a sala, abri a porta e não tive muito tempo para raciocinar.

Uma mulher estava com a arma mirada para Amberly e dois homens a seguravam, eu joguei a bola na cabeça da mulher e a arma disparou, por sorte acertando o homem a direita de Amberly, no da esquerda Amberly deu um pisão em seu pé. Saquei minha espada e com um movimento rápido fiz um corte no braço que o homem segurava uma arma.

- Você é louco? Poderia ter me acertado! – ela gritou comigo quando peguei sua mão puxando-a para fora da sala.

- Mas não acertou fale menos e corra mais – eu disse fazendo-a correr.

- Eu não sei se consigo – ela disse ficando para trás, eu queria gritar com ela, mas que diabos ela tinha na cabeça para tentar dialogar sozinha com os rebeldes? Mas não havia tempo, ela não poderia parar, guardei minha espada na bainha que estava atrelada ao meu cinto, parei e a coloquei em meus ombros como um saco de batatas.

- Menos falação mais corrida, sua sedentária – eu disse e Amberly começou a protestar.

- Me solta, posso ir sozinha – protestava Amberly.

- Sabe o que devia fazer? Menos protestos e mais exercícios! – eu disse rindo e me juntando a Grace ao final do corredor.

- Achei um abrigo – anunciou Grace quando nós nos juntamos a ela.

- Ótimo onde? – eu perguntei e Grace agarrou a cesta e abriu um abrigo.

Coloquei Amberly no chão e empurrei as duas para dentro.

- Mais tarde nos veremos – eu disse.

- Não, você ficará conosco – disse Amberly antes de eu fechar o abrigo, eu precisava voltar ao abrigo real e acalmar minha mãe que estava a ponto de um infarto.

Corri de volta ao abrigo real, mas escutei um choro antes de virar para descer as escadas, mas o que mais me falta? Procurei pela fonte do choro e achei Pamela encolhida em um canto chorando.

- Ah Pam, por que não foi para o abrigo? – eu perguntei.

- Eu... Eu cai! – ela chorou quando terminou de dizer que havia caído.

Se não fosse a adrenalina em meu sangue e todos os fatos, eu iria rir. Isso era tão Pamela de se fazer! A peguei nos braços, por sorte, Pamela era pequena e bem magrinha, ela era realmente leve, bem mais leve que a futura rainha. Eu corri com ela em meus braços.

- Lucky cuidado! – ela disse quando eu vi um homem a nossa esquerda, escutei um disparo e uma ardência ao lado, em minha cintura, eu não pensei duas vezes, peguei minha espada e arremessei.

Eu sentiria falta da espada, mas ele também sairia machucado, eu não fiquei para conferir onde minha espada acertara, apenas continuei correndo, quando os corredores ficaram cobertos de escuridão, eu sabia que estávamos quase lá.

- Você está sangrando – disse Pamela em pânico.

- Ali! – eu disse ao ver o abrigo ignorando seu comentário obvio, eu havia sido atingido claro que eu sangraria, os guardas que estavam na frente do abrigo abriram para eu entrar, um deles tomou Pamela de meus braços e eu cedi de bom grado.

- Está machucada senhorita? – perguntou ele para Pamela e ela negou com a cabeça.

- Ela está bem, apenas tem dois pés esquerdos – eu disse antes de entrar e ser atacado por uma cabeleira ruiva.

- Eu estava aflita – disse minha mãe.

- Mamãe não se preocupe, eu sou demais – eu disse, e escutei o riso histérico de minha mãe, só então sentindo uma dor forte na cintura pelo lado esquerdo.

- Oh céus ele está ferido – disse meu pai preocupado.

- Olha a Amberly e a Grace estão bem, eu as empurrei para um abrigo e as tranquei lá – eu anunciei feliz e minha mãe me deu um tapa no rosto, com os olhos marejados, coloquei minha mão no rosto atônito.

- Você deveria ter ficado no abrigo – ela disse brava.

- Queria avisar a vocês, acabei salvando uma das selecionadas – eu disse ainda com a mão no rosto, estava doendo!

- Você perdeu o juízo? – perguntou minha mãe ainda lívida.

Eu não respondi, estava me concentrando em respirar, estava queimando o ferimento. Um enfermeiro veio até mim e me ajudou a despir a armadura de esgrima, e depois a camisa que eu usava por baixo.

- A bala passou de raspão em sua cintura alteza, provavelmente se não fosse sua armadura de esgrima teria machucado mais – anunciou o enfermeiro cuidando do ferimento.

- Você poderia ter morrido – disse minha mãe.

- Mas eu não morri e graças a mim as duas estão seguras – eu disse com um quê de presunção.

- Mas foi completamente insano da sua parte Lucky – disse meu pai, ele parecia aliviado e ao mesmo tempo preocupado, Antony me olhava com admiração.

- Eu fiz o que tinha que fazer, a vida delas é muito mais importante que a minha – eu disse dando de ombros e descobrindo que esse movimento me causava dores horríveis.

Minha mãe desferiu outro tapa em meu rosto, do outro lado. Mas seria possível? Ela estava mesmo com vontade de me bater hoje!

- NUNCA MAIS REPITA ISSO! – ela disse lívida – Sua vida nunca foi e nem nunca será menos importante que a delas, você é tão meu filho quanto elas.

- Mas eu não serei o rei – eu disse com deboche.

- Isso não importa, para mim sempre irá reinar em meu coração, todos vocês – ela disse me abraçando com força e chorando.

- Majestade, a senhora está atrapalhando – anunciou o enfermeiro.

- Oh desculpe – ela disse me soltando e enxugando suas lagrimas, mas ainda segurando minha mão.

- Prometa que não fará novas bobagens – ela pediu com os olhos cheios de lagrimas.

- Eu prometo tentar, afinal a senhora me conhece, sou uma droga em não arrumar encrencas – eu disse rindo e ela deu um sorriso, meu pai colocou suas mãos nos ombros dela e sorriu para mim enquanto o enfermeiro passava uma pomada que deixava a região adormecida, eu sabia o que viria em breve, eu levaria alguns pontos.

Mas eu não poderia deixar minhas irmãs perdidas pelo castelo, por menos que eu gostasse da Amberly, ela ainda era a minha irmã e no fundo eu me preocupava com ela também, bem lá no fundo, mas ainda existia essa fagulha de gostar.


Notas Finais


Adoro os capítulos agitados, embora ele pragueje bastante ele ainda não é tão lobo mal quanto ele diz q é kkkkk
Até amanhã =*


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