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História Gêmeos de Illéa - Ep. 37 - Rachel Every


Escrita por: Kailandra

Notas do Autor


Olá lindas damas!
Repararam que até agora eu não havia postado a foto de quem é minha Rachel? Bom foi de proposito, aí está ela, para qm assistiu "Vampire Academy" vai lembrar dela e eu acho q não teria atriz melhor que essa para a Rachel, pq eu confesso que ela me lembra mt a Rose que foi minha inspiração =) rsrsrsrsrs
É isso boa leitura!

Capítulo 37 - Ep. 37 - Rachel Every


Fanfic / Fanfiction Gêmeos de Illéa - Ep. 37 - Rachel Every

Merda! Eu estava muito atrasada, eu não devia ter passado no quarto dele, mas eu fiquei muito brava por ele não ter aparecido no treino, aliás nos últimos dias ele tem ficado bem distante e passado bastante tempo com a sem sal da Ophelia. Mas quem era eu para julgar? Talvez ele gostar da Ophelia fosse bom no final das contas, existiam muitos segredos que me envolviam e eu sabia que quando eles viessem à tona eu não seria mais nada, então se ele... E se ele escolhesse a Ophelia? Isso não importa Rachel você não veio ao castelo para apaixonar-se pelo príncipe, existem coisas muito importantes acontecendo e talvez seu trabalho já tenha sido feito.

 Minhas amigas e assistentes haviam feito um trabalho excelente com tão pouco, meu vestido era bem simples, branco sem alças, com um detalhe em renda preta na parte do busto, sim eu não seria a mais bem vestida, mas tudo bem, eu não queria ser o destaque mesmo, nunca quis, minhas assistentes ficavam muito bravas comigo porque eu escolhia sempre os vestidos mais simples e sem grande glamour, mas convenhamos porque o príncipe Lucky se daria ao trabalho de gostar de mim quando ele tinha Ophelia e Sophie aos seus pés? Pelo menos eu não me iludia, preferia agir como eu mesma e aproveitar meu tempo aqui. Eu não gostava de usar colares eles me sufocavam então minhas assistentes conseguiram que eu usasse um par de brincos de perolas e um arranjo de cabelo feito de brilhantes e prata, era muito bonito, elas queriam que eu usasse bracelete, mas me dava coceira, eu não gostava muito desses enfeites.

Saí de meu quarto amaldiçoando esses sapatos de salto, sei que faz parte e etc, mas porque eles tinham que ser tão desconfortáveis? Eu estaria com os pés doendo muito em breve!

Estava quase chegando à festa quando avistei Lucky saindo de uma salinha adjacente, eu apertei o passo para encontrar com ele, eu sabia que quando entrássemos na festa ele me esqueceria, como ele fazia nos últimos dias, então queria ter a chance de falar brevemente com ele antes da festa, o porquê? Porque eu sou masoquista.

 Eu toquei seu braço antes que ele adentrasse o baile, mas eu não conseguia falar, eu estava sem folego, eu praticamente corri até aqui nesse maldito sapato e agora eu tive que aumentar o passo para alcança-lo, eu dava grandes golfadas de ar e ele sorria para mim.

 - Uau! Você está bem bonita – ele disse, ele só podia estar brincando ou as outras estavam vestindo a roupa de cama no lugar de vestidos.

- Ah! Era alguma coisa que eu tinha no guarda roupa – eu brinquei e o olhei de cima a baixo, ele ficava sempre tão bonito com essas roupas de gala, com as medalhinhas e tudo – Você não está nada mal – eu disse por fim após minha análise minuciosa.

 - Era alguma coisa que eu tinha no guarda roupa – ele disse rindo.

 - Eu sou a última, não sou? – eu perguntei o obvio apenas para não instalar-se o silencio constrangedor entre nós.

 - Sim – ele respondeu simplesmente e eu senti meu estomago despencar.

- Droga! Eu me atrasei mais do que eu imaginei, me desculpe – eu disse me sentindo mal, por ser sempre a última.

 - Não precisa se desculpar, o tempo que demorou valeu a pena – ele me disse com um sorriso torto, e eu me sentia gradecida pela luz fraca, não queria que ele me visse corar.

 - Vamos para o baile? – eu perguntei me aprumando, era melhor encarar essa festa porcaria logo e depois voltar para meu quarto assim que possível, como eu sempre fazia nos bailes, eu aparecia e quando percebi que ninguém notaria que eu não estava lá eu ia embora.

 - Pensando bem, porque não damos uma volta? – ele sugeriu e eu tive vontade e abraça-lo em agradecimento, mas me segurei, eu não estava com vontade de ir a esse baile.

 - Eu vou adorar! – eu disse animada.

 Ele me estendeu o braço que eu aceitei de bom grado, claro que os sapatos ainda estavam me machucando, mas eu não falaria nada a respeito, ele me levou de volta pelo corredor que eu havia chego até o grande hall de entrada.

 - Então por que você está fugindo da festa? – eu perguntei enquanto andávamos para quebrar o silencio.

 - Não estou fugindo da festa, estou apenas caminhando com uma bela dama – ele disse com aquele seu jeitinho cheio de charme.

 - E onde você pretende levar a bela dama? – eu perguntei entrando em sua brincadeira.

 - Pensei em irmos até o terraço, eu já levei você até lá? – ele perguntou.

 - Geralmente nossos encontros se restringem ao cinema vendo filmes nada românticos e a sala de treinos onde eu estou pronta para chutar o seu traseiro real com minha exímia habilidade “esgrimistica” – eu anunciei e ele riu.

 - Eu quase pedi desculpas por nossos encontros de merda, mas depois de todo seu discurso onde receio senhorita Rachel, que a palavra “esgrimistica” não exista, não merece minhas sinceras desculpas – ele disse rindo.

 - E o que quer? Que eu minta para você? Quando a verdade está estampada em sua retina? Eu irei mesmo chutar seu lindo e fofo traseiro real no próximo combate! E não ligo que não exista a palavra “esgrimistica” coloque isso no dicionário “Rachels” – eu disse cheia de mim.

 - Isso é o que nós vamos ver minha cara, porque eu acho que eu que vou chutar seu lindo traseiro plebeu – ele disse com aquele olhar competitivo dele.

 O restante do caminho nós dois passamos provocando um ao outro, era como um passatempo entre nós, essa coisa de competição, eu nem ligava para esgrima até ele me ensinar, eu nem sei se de fato era algo que eu gostava de fazer, mas era algo que eu fazia com ele, era um momento que eu tinha para ficar com ele e isso bastava.

 Ele abriu a porta do terraço e nós entramos, eu fiquei sem fala, a vista ali de cima era incrível, dava para ver a cidade de Angelis ali de cima, linda e brilhante com as luzes noturnas, eu não falei nada fiquei apenas olhando, encostei-me ao parapeito e fiquei olhando adiante maravilhada, quando me virei ele estava olhando para mim com um sorrisinho no canto dos lábios.

 - O que? – eu perguntei sem entender o que era engraçado.

 - Você fica ainda mais bonita na luz aqui de fora – ele disse.

 - Você está me cantando vossa alteza? – eu perguntei fingindo choque, levando minha mão até minha clavícula.

 - E se eu estiver? – ele perguntou ainda com seu sorrisinho petulante.

 - Então pode continuar, é só para ter certeza – eu brinquei e ele riu.

- Sabe eu estou prestes a acabar com a seleção – ele disse e meu coração acelerou, era agora ele ia me expulsar, eu iria embora levando apenas as lembranças e talvez uma foto de revista na qual estávamos juntos.

- Sério? Nem percebi, quero dizer só restou quatro de trinta e cinco – eu disse com ironia e ele riu.

- Você não perdoa uma não é mesmo? – ele perguntou divertido.

- Sabe como dizem não é? Eu perco o amigo, mas não perco a piada – eu disse e ele tocou minha mão, meu coração acelerou, mas eu me mantive comporta, eu não era do tipo que saía por aí gritando sobre meus sentimentos ou me expondo dessa forma.

- Minha escolha está entre duas de vocês – ele disse com seus olhos brilhando.

- Lucky, sério eu não quero saber... Eu quero apenas aproveitar até o último minuto – eu disse me virando para frente e apreciando a vista, mas eu não conseguia realmente ver mais nada, apenas não queria olhar para ele.

Eu não estava disposta a escutar ele falar das outras e nem queria que ele me mandasse embora agora, no começo eu não podia ser mandada embora por outros motivos, mas agora eu não queria, eu queria me convencer de que era real, de que eu seria capaz de ir em frente sem ele, não seja trouxa Rachel, claro que irá, você não vai se matar quando ele te der um pé na bunda.

 - Acho que você está entendendo errado – ele disse depois de um bom tempo.

- Lucky se for para você me mandar para casa, faça de uma vez, porque eu não quero que você fique enrolando com isso, quanto mais você enrola mais eu... – e eu parei de falar, o que eu estava falando, ele esperou eu continuar, mas quando ele percebeu que eu não falaria, ele voltou a tomar minhas mãos nas suas.

 - Rachel olhe para mim, por favor – ele pediu e eu olhei para ele, meus olhos estavam marejados, ele não poderia fazer isso de uma vez por todas? – Eu não vou mandar você embora, eu gosto de você, eu gosto muito de você. Possivelmente você seja muito mais verdadeira do que qualquer uma das outras – ele disse e eu ri amargamente, como eu queria que isso fosse verdade.

 - Lucky, eu não sou verdadeira, eu não sou eu... Existem tantos segredos, tantas coisas não ditas que poderiam estragar algo entre nós – eu disse sentindo as lagrimas traiçoeiras me denunciarem.

 - Por que você não começa a me contar esses segredos então? – ele pediu beijando meus dedos delicadamente e desprendendo uma de suas mãos para acariciar meu rosto e limpar minhas lagrimas.

 - Por que é complicado demais – eu disse e ele me puxou para os braços dele.

 - Vamos fazer uma troca? Eu te conto um segredo em troca de um segredo seu – ele disse e eu senti meu coração disparar, meus segredos não eram nada do tipo “eu beijei um guarda”, antes fosse isso.

 - Eu não posso Lucky, eu gostaria, mas eu não posso – eu disse sentindo um aperto na garganta, eu queria tanto contar a ele tudo, eu queria que ele me abraçasse que ele me dissesse que tudo ficaria bem, que eu nunca mais precisaria me preocupar com mais nada.

 - Você pode, basta tentar, sabe que eu sou uma pessoa difícil Rachel, eu não acredito em muitas coisas, eu me sinto vazio na maior parte do tempo, me senti vazio nos últimos anos, desde a seleção do meu irmão eu nunca mais me senti o mesmo. Por que as pessoas querem e precisam amar quando isso lhes traz tanto sofrimento? Eu via as meninas da seleção serem dispensadas, eu presenciei várias delas chorarem porque o amavam e ele as dispensou, porque ele não se sentia assim e no final duas delas pereceram, ele quase morreu, a Zoey quase morreu, muitas coisas aconteceram apenas por amor e qual o motivo de tudo isso? – ele falava como se estivesse falando com ele mesmo, respirei fundo e lhe respondi sua pergunta.

 - As pessoas são masoquistas Lucky, mesmo que isso as machuque, mesmo que elas saibam que não podem. Elas amam... – eu disse eu sabia da veracidade das minhas palavras, porque eu o amava.

 - Lamentável, mas quero que entenda que depois de tudo isso Rachel, eu fiquei quebrado, eu me fechei tanto em mim mesmo e deixei de acreditar em amor, eu usei muitas meninas, eu busquei que uma delas pudesse me fazer sentir algo, mas eu não sentia, nunca senti nada, eu estou quebrado para sempre Rachel, eu não quero ser quebrado, mas eu estou quebrado á tanto tempo que não sei mais como não me sentir quebrado, eu não sei ser uma pessoa normal apenas esse que eu sou – ele disse olhando para frente.

 - Mesmo quebrado você fez muitas garotas se apaixonarem por você – eu disse, eu não queria dizer “eu me apaixonar por você”, então eu generalizei e ele riu amargamente.

 - Quem? Trixy? Que queria meu dinheiro? Cléo que queria que eu fosse outra pessoa? Sophie que quer meu dinheiro? Pamela que acha que me engana caindo pelas tabelas? Ophelia que se fecha em seu mundo e eu nunca sei o que ela realmente pensa?

 - E você sabe o que eu penso? – arrisquei uma brincadeira para minimizar a intensidade dessa conversa.

 - Na maior parte das vezes, você fala o que pensa – ele disse ainda olhando para frente.

- Verdade eu falo muita merda, mas eu também deixo de dizer muitas coisas – eu disse e ele não me olhou.

 - Eu gosto quando fala o que pensa, mas infelizmente sempre guardamos muitas coisas, nem tudo precisa ser dito – ele disse e eu respirei fundo criando coragem para dizer o que eu diria agora.

 - Eu te amo Lucky, amo você do jeito quebrado que você é. Eu não quero que você mude, não quero que você seja consertado, porque para mim você é perfeito como você é, porque eu amo você assim mesmo e porque eu sou uma maldita masoquista – eu admiti isso para ele com lagrimas escorrendo por meu rosto, eu sabia que não devia ama-lo, mas era a verdade eu me apaixonei por ele perdidamente, ele piscou várias vezes e ficou me olhando.

 - Como você pode me amar Rachel Every? – ele perguntou confuso.

 - Eu não sei dizer Lucky, mas eu sei que eu amo, eu amo as brincadeiras, tanto as inocentes quanto as trocas de palavras depravadas, eu gosto da forma como você sorri, gosto quando me ensina esgrima, amo competir com você, você não fica me julgando por eu não ser a senhora refinada, e quer saber? Pro inferno esses malditos sapatos – eu disse retirando meus sapatos e chutando para longe – Amo sua ironia, seu sarcasmo, eu não sei pontuar, eu sei que amo tudo até seus defeitos eu acho adoráveis.

 - Aí você está forçando a barra Rachel – ele disse desconfiado – Meus defeitos? Sério?

 - Eu disse que sou meio louca, disse que tenho problemas com masoquismo – eu disse e ele riu.

 - Curte um chicotinho é? – ele brincou e eu me senti mais leve.

 - Nunca experimentei esse lado negro da força, mas vai que? – eu disse e ele riu ainda mais.

 - Rachel até quando deveria ser um momento romântico você brinca – ele disse pensativo.

 - Fazer o que? Eu sou bem errada também – eu disse soltando de suas mãos e apoiando os cotovelos na sacada, eu não me importava de dizer que o amava agora, depois que eu disse me sentia mais leve, era algo que eu gostaria que ele soubesse.

 - Eu não posso dizer que amo você Rachel, eu não sei se o que sinto por você é amor, mas eu sei que é intenso e forte – ele disse olhando para mim com um olhar tão intenso que eu tive que desviar o olhar, me senti intimidada.

- Lucky isso não importa, eu não ligo que não me ame, eu quero que você seja feliz apenas isso, agora eu entendo que o mais importante de tudo é que você saiba que eu o amo, amei e sempre vou amar, porque mesmo se eu nascer mil vezes eu nunca vou merecer você – eu admiti isso chorando, me sentindo fraca e eu não gostava disso, me sentia vulnerável de uma forma que eu jamais me sentira antes, ele me puxou para os seus braços.

 - Eu que nunca vou merecer você Rachel, mas se você me aceitar mesmo assim eu sou capaz de acabar com isso agora mesmo e me entregar a você até o fim dos nossos dias – ele disse e eu senti um aperto profundo em meu coração, eu queria tanto que fosse simples, eu queria poder apenas me agarrar a isso.

 - Eu aceitaria você meu amor, mas eu não mereço você porque eu...

Eu não terminei essa frase, porque a sirene que anunciava um ataque rebelde tocou e eu me senti confusa isso não podia acontecer.


Notas Finais


Sem querer me matar, sim foi um final de "Ai meu deus!!!" Mas não se preocupem amanhã tem o 38, mas vou rever umas coisas no 38 primeiro e hj n terei tempo =(
E estava ansiosa com esse capitulo então quero ver os comentários eu estou tento filhotinhos por esse capitulo faz dias!!! Me digam o que acharam?!
É isso suas lindas!! amanhã tem mais^^


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