História Ghost: Um Companheiro de Apartamento - Encontro Nada Agradável

Assim como prometido, Lucy estava indo até o endereço dado por Natsu para deixar seu carro.

_ Quer dizer então que você era dono de uma imobiliária? – Lucy tentou puxar assunto, mas não teve resposta. _ Sting? –

_ Ahn? É... Parece que sim. – Disse sem tirar atenção das coisas que via pela janela.

_ Ta tudo bem? – Olhou para ele quando o transito parou.

_ Quando o Natsu disse o nome do Rogue acabei lembrando algumas coisas... – Apoiou a cabeça no braço que estava na janela.

_ Como por exemplo? – Fez menção para ele continuar.

_ Rogue e eu estávamos brigando ultimamente e tinha algo haver com os lucros da empresa, não lembro de muita coisa porque sempre brigávamos quando estávamos bêbados. – Esse ultimo comentário fez a loira revirar os olhos.

_ Só tinham coragem para dizem a verdade assim. – Voltou a dirigir quando o transito fluiu.

_ Vai dizer que nunca fez isso. – Viu ela ficar quieta. _ Pera ai, você nunca bebeu? – Ela negou. _ Caraca, Lucy. Você é mais certinha do que eu pensava. – Riu supreso.

_ Ah, cala a boca. – Continuou a dirigir até chegar ao endereço da imobiliária. _ Fica aqui enquanto eu vou até lá falar com a Mira, ta bom? – Olhou pro Sting e bufou ao ver que ele já havia sumido. _ A próxima a bater as botas vai ser eu de tanto que ele me estressa. –

_ To te achando meio lerdinha. – Disse encostado na traseira do carro, Lucy sorriu e soltou o freio de mão fazendo ele cair no chão.

_ Opa, foi mal. Ele estava muito próximo a caçada. – Saiu do carro travando-o e desviando do loiro no chão.

_ SUA CORNA! – Gritou.

_ Já fui! – Acenou entrando na imobiliária. _ Mira! – Sorriu para a dona dos cabelos albinos.

_ Olá, Lucy. – Sorriu de volta. _ Como vai? Gostando do apartamento? –

_ Você não faz ideia de como estou amando ele! – Se apoiou no balcão e foi acompanhada pelo fantasma que não estava com uma cara nada feliz.

_ Fico muito feliz em saber disso! Natsu pediu para que eu guardasse as chaves do carro porque daqui a pouco o mecânico virá. – Explicou.

_Ah, sim. Claro. – Pegou as chaves do carro e a entregou.

_ Só um instante, irei guardá-las. – Deu as costas e sumiu por uma porta.

_ Você ta ferrada. – O loiro disse enquanto olhava para o lugar que Mira havia entrado.

_ Se continuar enchendo a porcaria do saco, na próxima vez eu te acordo com um balde de d’água, palhaço. – Calou-o e o viu revirar os olhos.

Enquanto esperava a albina voltar, Lucy ficou observando o mapa enorme que continha todos os imóveis da imobiliária.

_ E pensar que você era dono disso tudo... – Sussurrou para que ninguém a ouvisse falando supostamente sozinha.

_ Você também não fica atrás. Acha que eu não ouço as ligações? Seu pai é dono da imobiliária Heart’s! A maior rede que existe. – Disse impressionado.

_ Exato. Ele é, eu não. – Olhou para ele. – Briguei muito com meu pai para que ele entendesse que aquele negócio não era para mim, Sting. –

_ Brigou? Ele queria que você ficasse no lugar dele? – Olhou intrigado.

_ Uhum. Meu pai pensa como antigamente, não tinha cabeça para novos ares até que eu mudei isso. Quem toca a empresa com ele agora é meu irmão mais velho, Laxus. – Acabou sorrindo sem perceber sem tirar os olhos do mapa. _ É tão incrível ver que até as mentes mais fechadas podem se abrir, meu pai é o exemplo. –

Tiveram sua conversa interrompida pelo telefone que começou a tocar, Lucy não queria que Mira perdesse a ligação e correu até ele, pegou o telefone e se virou para ir até Mira, mas acabou esbarrando em alguém e derrubou vários papéis no chão.

_ Caramba, me desculpa! Não tinha te visto. – Disse enquanto se agachava para ajudar a recolher a papelada. 

_ Deveria olhar para a frente, aliás onde esta Mirajane?! – Olhou para a dona do nome que acabara chegar. _ Será que é tão difícil ficar aqui e ser competente?!  –

_ Desculpa, Sr. Cheney. – Se agachou para ajudar e logo toda papelada estava nas mãos do moreno, enquanto toda situação estava sendo observada por um loiro que tinha fogo nos olhos.  _ Aqui esta a agenda do Sr. – Entregou-lhe um tablet.

_ Obrigada. – Já ia saindo quando se lembrou de algo e se virou. _ Ah, já ia me esquecendo. –

_ Sim? – Mira olhou enquanto pegava o telefone da mão de Lucy que ainda tocava.

_ Diga a Lisanna que se não voltar amanha, estará despedida. – Deu um sorriso sádico e quando voltou sua atenção para Lucy ela viu algo muito sombrio naquele olhar, algo que a fez tremer toda por dentro e que a deixou com medo.

_ Sim, Sr. Cheney. – O viu saindo pela porta acompanhado de um segurança.

_ Esse é o Rogue, Lucy. – Sting se aproximou sério. _ O primo de quem Natsu falou. –

_ Mira... – Voltou sua atenção para a companheira que deixava algumas lágrimas cair.

_ Eu sinto muita falta do Sting nessas horas, Lucy. Ele podia ser tudo o que as pessoas falavam, mas jamais deixava Rogue tratar algum dos empregados assim. – Pegou o lenço que a loira ofereceu.

_ Mira, desculpe perguntar, mas o Rogue sempre é assim? – Olhou com pena para ela.

_ Piorou depois da morte do Sting, parece que ele ganhou mais confiança nos seus atos e parece crueldade da minha parte, mas ele nem demonstrou tristeza com a notícia da partida do primo. Isso é desumano, não acha? – Jogou o lenço no lixo e começou a organizar a mesa.

_ É, eu acho. – Voltou atenção para o loiro que agora encarava Mira com tristeza no olhar.

...

_ Não é possível que eu dividia aquele lugar com aquele projeto do capeta! – Se jogou na cama enquanto a loira andava de um lado para o outro se arrumando. _ Por que eu não notei antes de morrer? –

_ O amor é cego. – Recebeu uma almofada nas costas. _ Hey! Eu to falando sério! –

_ É sério, loirinha. – Suspirou. _ Ver a Mira chorar por aquilo me matou! E olha que eu já estou morto. – Apertou uma almofada contra o rosto.

_ Pelo menos temos uma pista, o que ela disse. – Terminou de se arrumar e levantou ficando de frente para o amigo fantasma.

_ Sobre ele não ter sentimentos em relação a minha perda? Lucy, você viu o olhar do cara! – Balançou as pernas como se estivesse em um balanço.

_ Vou pedir a Juvia para dar uma olhada nas coisas dele e ver se acha algo, ta bom? Agora veja como estou. – Fez o loiro tirar almofada do rosto e se sentar.

_ Meu Deus, Lucy! – Fez a menina sorrir sem graça e corar pela reação. _ Não sabia que você era gente! – Fez um perfeito “o” com a boca e fez logo a loira fechar a cara.

_ Ah, vai á merda, Sting! – Tacou o travesseiro de volta e ouviu o interfone soar. _ Chegou minha carruagem, não faça bagunça. – Pegou sua bolsa e indo atender o interfone. _ Ok, Macao. Já estou descendo! – Colocou de volto ao gancho.

_ Falando sério agora. Você esta radiante. Aproveite o encontro. – Sorriu e cruzou os braços encostando-se à parede.

_ Obrigada. – Sorriu corada. _ Até depois. – Se despediu e logo saiu.

_ É, Natsu. – Pegou um porta retrato que continha uma foto mais recente dos irmãos abraçados e segurando taças de bebida enquanto sorriam. _ Até nisso você conseguiu me passar. – Suspirou. _ Saindo com a garota que estou me apaixonando. –

Depois de alguns andares, Lucy se encontrava no hall de entrada.

_ Você esta deslumbrante! – Sorriu ao ver Lucy que ficou tímida com o comentário do rosado.

_ Obrigada. – Sorriu. _ Você também não esta nada mal. –

_ Bom, vamos indo? – Estendeu o braço para a loira que logo foi abraçado.

_ Sim, senhor. – E começaram a andar em direção a saída do prédio.