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História Ghosts - Supernatural - Charlottesville, a cidade mais normal do mundo


Escrita por: livecash

Notas do Autor


Hey, hey, pessoas, tudo bom? Estou aqui com mais um capítulo da fanfic e espero que vocês gostem.

Nos vemos nas notas finais.

Capítulo 2 - Charlottesville, a cidade mais normal do mundo


[Charlottesville, Virginia]

[Agora]

Dean Winchester olhou para seu irmão mais novo, indignado.

- Poderia ter escolhido um lugarzinho melhor não? - O mais velho perguntou logo depois de entrar no território da cidade de Charlottesville.

Sam Winchester apenas revirou os olhos enquanto ainda lia uma reportagem no notebook em seu colo.

- O Havaí, talvez. Algum lugar com muita cerveja e mulheres de biquíni - Dean disse arrancando um suspiro cansado de seu irmão.

- Estamos tirando férias das caçadas, Dean. Eu procurei o lugar em que não tivesse nada do sobrenatural. - Sam respondeu e fechou o notebook, se esticando no banco da frente e colocando o aparelho no banco de atrás.

- Você tem razão. Aquelas mulheres de biquíni devem ser uma visão sobrenatural - Dean falou. Ao ver que Sam não deu nem um sorrisinho, perguntou: - O que está acontecendo cara? Você tá assim o caminho inteiro até aqui.

- Estou apenas cansado. A gente não dorme direito, não come direito, nem conversa direito. - Sam respondeu, com os olhos voltados para o vidro do carro, olhando para a cidade.

- Estamos tirando férias para isso, não é? - Perguntou Dean esperando que seu irmão confirmasse.

- É. - Sam respondeu, simplesmente.

Dean olhou mais uma vez para seu irmão e deu de ombros logo depois. Sam não parecia muito disposto á uma conversa.

Depois de mais dez minutos andando pela cidade com o Impala, Dean parou o carro em frente á uma pousada.

- "Pousada Weiss" - Dean leu a placa na porta de entrada. - Vamos lá, Sammy. Temos férias para curtir.

Em seguida o Winchester mais velho saiu de seu carro. Seu irmão saiu logo depois, com uma mochila no ombro.

Era, basicamente, uma casa enorme de três andares e com um jardim realmente adorável na frente.

Tulipas e Girassóis enfeitavam os dois lados da estrada que levaria até dentro da pousada.

As cores claras nas paredes do lado de fora deixavam o lugar ainda mais bonitinho e fofo, como se fosse uma casa de bonecas.

- Ai, cara, eu me sinto em um filme de conto de fadas. - Dean reclamou balançando a cabeça em sinal negativo. - Vamos embora enquanto á tempo.

Os dois irmãos entraram na pousada encarando o lugar ao redor.

Quadros decoravam as paredes brancas e limpas, sem nenhuma manchinha. Um balcão feito de algum tipo de madeira estava encostado em uma dessas paredes.

Um garoto de, no máximo, dezoito anos estava atrás do balcão, provavelmente como recepcionista da pousada. Uma garota estava na sua frente, com os braços apoiados no móvel.

Dean e Sam se aproximaram, escutando o garoto discutir com a menina. Era uma discussão de sussurros raivosos e que ninguém, além dos que brigavam, conseguia ouvir.

Quando os dois Winchester chegaram no balcão, a garota se calou e, sem olhar para trás,  saiu da pousada, com seus saltos batendo no chão, parecendo um pouco - muito - irritada.

- Problemas com a namorada, é? - Dean perguntou ainda olhando para a porta da pousada, por onde a garota passou como se fosse um furacão.

O garoto passou uma das mãos pelo cabelo cacheado, em um gesto de impaciência e encarou os dois homens na sua frente.

- Problemas com a minha irmã - Ele corrigiu, fazendo Dean dar de ombros, sem se importar com o grau de familiaridade que o garoto e a menina tinham. - Vão querer um quarto?

- Dois, de preferência - Sam respondeu, entregando um cartão de crédito para o garoto.

- Tudo bem, Michael Connor. - O garoto leu o nome no cartão de crédito, devolvendo o mesmo logo depois, junto com duas chaves. - É só subir as escadas e procurar os números dos quartos. Não é difícil.

Sam e Dean fizeram como o garoto falou, andaram até as escadas e subiram nelas. O corredor do andar de cima era enorme e quadros com fotos de pessoas, provavelmente de muitos anos atrás, ocupava boa parte das paredes.

- Parece que estão nos encarando. - Dean comentou olhando para os quadros e parando em frente á um, relativamente, ridículo. - Olha a cara desse homem. Parece uma mistura louca de Madonna com Michael Jackson e Abraham Lincoln.

Sam franziu a testa, olhando confuso para o irmão.

- Você já viu imagens do Abraham Lincoln?

Ao invés de responder, Dean abriu a porta ao lado do quadro e apontou para uma na frente desta.

- Aquele é o seu, Sammy. Agora eu vou pular nessa cama e dormir até não aguentar mais. Ou até me der vontade de beber.

O mais velho então entrou no quarto, fechando a porta atrás de si e deixando Sam sozinho no corredor.

Decidido á fazer o mesmo que seu irmão, Sam andou até sua porta e a abriu, entrando no quarto.

Era um quarto simples, com apenas uma cama de casal encostada em uma parede, uma mesinha de centro com uma cadeira e uma cômoda para guardar as roupas.

Sam jogou a mochila na cadeira e andou até as janelas do quarto, na intenção de fechar as cortinas, que davam visão para a rua.

O movimento era pouco, apenas alguns carros passando ás vezes e pessoas andando pela calçada, levando cachorros e crianças para passear.

Depois de observar mais um pouco, ele puxou as cortinas, deixando a visão da janela para trás e escurecendo o quarto, que antes estava iluminado pela luz do sol do fim da tarde.

Ele se deitou na cama, deixando o cansaço da viagem de carro e de todas as caçadas fazerem ele deixar a realidade para trás e pegar no sono. Um sono profundo e sem sonhos ou pesadelos.

***

Clarisse sabia que não deveria brigar com seu irmão. Não deveria discutir com ele. Até porque Cameron era a pessoa mais importante para ela.

Pessoa mais importante viva.

Mas ele não conseguia entender ela.

Ele não conseguia entender que tudo havia acabado para ela.

Na verdade, ninguém entendia.

Todos achavam que depois de tudo o que aconteceu, a garota iria superar em alguns dias e estaria rindo á toa, vivendo normalmente. Como se nada houvesse acontecido.

Mas ela simplesmente não queria viver. E também não queria fingir que nada havia acontecido.

Ela caminhou pelas ruas, um pouco aérea, sem saber exatamente para onde estava indo. E sem se importar onde iria chegar.

Clarisse já estava cansada de todos na cidade a encarando. Alguns com pena. Outros com indignação. E até tinha os que a encaravam com medo, como se ela fosse enfiar veneno em suas bocas.

Ela não sabia qual dos olhares era o pior. Mas sabia o quanto todos eram incômodos e horríveis.

Sem perceber, ela já havia chegado na loja de conveniências, praticamente no fim da cidade. O lugar que lhe trazia tantas lembranças que, normalmente, ela não gostaria sequer de pensar em ir ali.

Mas sua consciência havia levado-a e agora ela não conseguia mover suas pernas e sair de lá.

O homem do caixa a cumprimentou com um aceno de cabeça quando ela entrou na loja.

Ele não parecia muito incomodado com a presença de uma garota que viu as melhores amigas morrendo e não fez nada para ajudar.

Não tinha como você fazer alguma coisa, era o que uma parte de sua consciência dizia. Mas a outra parte dizia que ela era a culpada de tudo aquilo e era essa parte que Clarisse escutava.

Passando pelos corredores, ela observava as prateleiras, todas cheias de besteiras que faziam mal á saúde, mas que eram deliciosas.

Clarisse quase conseguia escutar os risos de suas amigas enquanto pegavam muitas coisas das prateleiras.

Conseguia escutar Emily reclamando por ali não vender suco natural e que todas aquelas besteira iriam acabar fazendo as garotas ficarem gordas.

Também ouvia Ashley falando de alguma festa para qual fora convidada e de como seus pais ainda tentavam a segurar em casa.

As lembranças estavam vivas em sua memória e ela não iria conseguir esquecer.

- Você vai demorar muito? - O homem do caixa perguntou atrás dela, tirando-a do passado. - Estamos quase fechando.

- Não é aberto o dia todo? - A garota perguntou, ela se lembrava perfeitamente que a loja era vinte e quatro horas.

- Deveria ser. Mas hoje eu estou sozinho, já que Joe decidiu bater as botas, e não tenho a obrigação de ficar o dia e a noite aqui. - O homem respondeu, parecendo um pouco irritado. - E então, você vai demorar?

Clarisse balançou a cabeça e o homem saiu de perto dela, voltando á seu lugar no caixa da loja.

Ela respirou fundo, ainda um pouco entorpecida pelas lembranças, e andou até uma das geladeiras no canto da loja.

Já que ela iria voltar a pé para sua casa, precisava ao menos de uma garrafa de água para não ficar com sede.

Ela abriu a porta, pegando a garrafa de água gelada e outra de limonada que ela levaria para seu irmão. Ela havia brigado com Camerom, mas isso não significava que não podia levar algo para ele. Logo depois ela fechou a porta e andou pelo corredor, voltando para o caixa e, consequentemente, para o lado de fora da loja.

Sem querer ela tropeçou no "pé" da prateleira, que parecia estar no meio do seu caminho de propósito, e acabou deixando escapar a garrafa de limonada de sua mão.

Por um momento ela podia jurar que a garrafa estava flutuando, como se alguém houvesse a segurado no último segundo.

Mas não havia ninguém ali, ninguém além dela e do homem do caixa que mantinha os olhos presos em um jornal.

No segundo seguinte, a garrafa caiu no chão, explodindo em vários e vários cacos de vidro. O líquido derramou no chão, se extendendo com rapidez.

A breve impressão de que a garrafa havia flutuado se extinguiu junto com a limonada derramada.

- Eu sou um desastre! Me desculpe. - Clarisse pediu quando o homem parou ao seu lado, parecendo um pouco perdido enquanto encarava a cena.

Sem querer ficar muito mais tempo ali, a garota passou por cima dos cacos de vidro, tentando não pisar em nenhum e parou no caixa, deixando o dinheiro de sua água e da garrafa de limonada que havia quebrado.

Mesmo depois de já estar longe da loja, ruas e ruas de distância, caminhando de volta para sua casa, ela não conseguia esquecer aquele breve momento.

Poderia ter sido apenas impressão, causada pelas lembranças, pelas memórias dolorosas.

E, crente nessa hipótese, Clarisse apagou a cena de sua cabeça, como se nada tivesse acontecido acontecido.


Notas Finais


Hey, hey. E ai? Gostaram? Espero que sim.

Não se esqueçam de favoritar a fanfic e comentar o que estão achando. É muito importante, de verdade.

Dean e Sam apareceram, yay <3


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