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História Girl Almighty - Hiatus - Million Dollar Man


Escrita por: Maluhia

Notas do Autor


E aí? Tudo de boa?
Aqui é assim, bobeou, tem capítulo novo.

Capítulo 42 - Million Dollar Man


Fanfic / Fanfiction Girl Almighty - Hiatus - Million Dollar Man

“Você não é boa para mim
Mas querida, eu quero você, eu quero você
Talvez eu goste dessa montanha-russa
Talvez isso me deixe dopado
[...]
Nunca existirá uma garota tão bonita
Você acha que nós nos amaremos para sempre?”
Diet Mountain Dew – Lana Del Rey

(POV LYSANDRE)

Durante a Educação Física, jogávamos vôlei quando eu “acidentalmente” saquei a bola na direção do rosto de Nathaniel. Ele desviou, era malditamente ágil, então me olhou com um sorrisinho superior que eu fingi não entender.

Eu nunca faria algo assim, quase nada me tirava do sério. Porém, assuntos que envolvia Jasmine me deixavam à flor da pele. Nathaniel estava secando minha namorada já fazia alguns dias e isso estava me deixando louco. Jas parecia desviar os olhos em todas as vezes em que ele a olhava, como se algo a deixasse desconfortável ou tensa.

O que estava acontecendo?

Ao fim da aula, fomos ao vestiário.

-Ouça, não precisava sacar a bola na minha cara – Nathaniel se aproximou, um ar de superioridade aparecendo nele como eu nunca vira. Eu senti minha mão tremular, a cada instante eu me sentia mais próximo de dizer o que não devia.

-Não precisaria se tirasse seus olhos de cima da Jasmine – comentei, em um tom contido. Sem escândalos no vestiário, essa era uma das regras dos ponderados como eu. -Ela já tem um namorado.

Nathaniel sorriu.

-Está inseguro, Lysandre? - ele provocou. Nunca pensei que Nathaniel fizesse esse tipo de coisa, ele parecia pacífico. Castiel adorava tirá-lo do sério, mas pensei que ele não contribuísse para isso. Vejam como me enganei. Apenas fiz que não com a cabeça, contendo-me e tentando soar seguro, mas era óbvio que não daria certo. Eu estava completamente entregue a ela e não havia como negar que Jas não parecia sentir o mesmo. -Pode ficar mesmo, porque percebi uma coisa muito interessante nessa sexta.

-Do que está falando? - perguntei e ele sorriu mais, como se seu ego borbulhasse de felicidade diante da minha desconfiança. Eu o dera exatamente o que queria.

-Eu a beijei depois da peça – Nathaniel afirmou e eu engoli em seco. Não. Não podia ser. Mil imagens passavam pela minha cabeça, eu imaginava Nathaniel tocando-a, eu sentia meu sangue quente nas veias, explodindo de ciúmes. -Ela não traiu você, mas eu sei muito bem que ela quis. Pediu que eu a deixasse em paz, mas não se engane, Jasmine não gosta de paz. Uma hora ela vai se tocar disso e aí veremos como vocês ficam.

Ele afirmou e eu senti meu sangue ferver à medida que eu assimilava a informação. Nathaniel havia beijado minha namorada. Meu punho cerrou-se, eu o encarava a ponto de explodir.

Tentei me conter, afinal, ele mesmo dissera que ela não retribuíra. Além disso, afirmar que ela o quis poderia ser apenas uma tentativa de me abalar ainda mais.

Eu não a perderia, ela sentia algo por mim, só estava com medo. Eu tinha certeza disso.

Apesar disso, meu sangue ainda fervia, meu punho ainda estava cerrado com força pelo ciúme e pela raiva.

Lembre-se da regra, sem escândalos no vestiário, sem escândalos no vestiário, sem escând…

Soquei o rosto dele, sem me conter.

Jasmine era minha. Só minha.

***

-Eu não acredito, Lysandre – Jasmine parecia decepcionada enquanto eu a olhava com remorso. Nathaniel não conseguiu retribuir o soco que eu lhe dei, Armin e Alexy o impediram.

Eu olhei Nathaniel sair furioso do vestiário, escoltado pelos gêmeos, que faziam grande esforço para contê-lo. Minha mão ainda fechada e a respiração alterada. Eu devia ser a pura expressão da raiva naquele momento.

Castiel me encarou em silêncio, sem entender porque eu tinha feito aquilo, já que ele não ouvira a conversa e estava em choque pela minha reação. Percebi que minha regra de não chamar atenção havia sido violada no momento em que notei que os outros caras pararam tudo o que estavam fazendo para observar a cena.

Eu nunca faria algo como aquilo. Jasmine, o que você faz comigo?

-Ele te beijou – afirmei em um fio de voz e ela me olhou surpresa, suspirando desanimada em seguida e se jogando em uma cadeira na sala de aula vazia.

Milagrosamente, eu e Nathaniel não havíamos ido parar na diretoria, pois Boris preferiu resolver aquilo depois da aula. Ele não gostava de intervenções em coisas que acontecessem durante a educação física, preferia resolver aquilo diretamente conosco.

Não dissemos o porquê de brigarmos, mas algo me dizia que ele sabia muito bem o que havia acontecido. Dois caras, um é ex-namorado da garota do outro. É meio óbvio.

Nathaniel não pareceu ferido de verdade pelo meu soco, seu nariz estava apenas dolorido. Eu queria ter causado um estrago, mas quando me acalmei um pouco, percebi que assim era melhor.

Ninguém foi chamado na escola e eu agradeci aos Céus por isso. Leigh ficaria extremamente decepcionado se soubesse o que eu fiz.

Era o último horário, então eu apenas fui encontrar Jasmine que, de algum jeito (os boatos correm rápido por Sweet Amoris), já sabia que eu havia socado Nathaniel. Ela estava desapontadíssima quando eu pedi que conversássemos em particular.

-O que ele te disse? - perguntou, erguendo os olhos para mim, que estava recostado na carteira de frente para ela.

-Disse que você não retribuiu – afirmei e me ajoelhei para ficar da altura dela. Jas assentiu, como se confirmasse. Eu suspirei tristemente. Talvez não estivesse acreditando até aquele momento.

-Está chateado porque eu não contei? - ela perguntou e eu neguei, segurando as mãos dela. Sabia que ela havia escondido para evitar uma situação como aquela, então não a culpava.

-Não é bem com você que estou irritado. Só não queria que tivesse acontecido – afirmei, pesaroso. -Eu não consegui me conter quando soube o que ele havia feito, eu… senti muito ciúme. Nem sei o que faria se tivesse visto outro te beijando, eu não suportaria.

-Sinto muito – ela respondeu, parecendo culpada. Eu olhei para ela e simplesmente a beijei, tentando fazer tudo aquilo ir embora. Jasmine retribuiu, eu me levantei e a trouxe para mim, para abraçá-la.

Quando ela me beijava não havia incerteza. Eu sabia muito bem o que e como sentia. Eu só queria ela, eu faria tudo para não deixá-la escapar.

Ela era o que eu respirava.

Eu amava Jasmine com todas as minhas forças, ela era capaz de fazer qualquer coisa comigo, ela gostava dos joguinhos dela, gostava das penalizações, das recompensas.

E eu não me importava de deixá-la ganhar.

***

-Sua mãe vai demorar? - perguntei enquanto Jas tomava mais um whisky com gelo e cerejas. Ela sorriu e assentiu, afirmando que a mãe viajara para Paris a trabalho e chegaria de madrugada. Não vou negar, beber no meio da semana não era para mim, afinal, eu raramente tomava álcool mesmo às sextas e sábados. Eu já sabia que Jasmine e seus amigos não eram assim desde antes de namorá-la, da época em que só conhecia Rosa. Eles aprontavam cada coisa,

-Ainda podemos nos divertir – Jas afirmou enquanto dava um gole no copo. Estávamos no terraço da casa dela que, pelo que eu entendi, era onde ela e seus amigos ficavam de bobeira quando não saíam.

O lugar era lindo, a casa toda, na verdade. Eu estava sentado sobre um tapete, recostado em uma poltrona, com Jasmine sobre mim e havia uma música tocando.

-Você não quer? - ela perguntou, seus olhos azuis inquisitivos enquanto estendia o seu próprio copo. Eu assenti, não querendo ser chato. Não iria beber muito, era só um gole para não fazer desfeita. Assim que repousei o copo no chão, olhei-a com desejo incontido e a beijei intensamente, sentindo-a se ajeitar sobre mim.

Nós nos beijávamos tão intensamente… eu fui cedendo, bebi com ela. Eu sentia o gosto do álcool nos lábios dela, já me sentia ficando alto à medida que terminava os copos de cherry whisky.

Fomos nos despindo, eu a atacava com tesão, corria até ela como um drogado buscando por um paraíso artificial. Cada curva dela derrubava todas as minhas barreiras de prudência e embaraço.

Eu fazia amor com ela e tudo parecia incrível demais para ser admissível que acabasse.

“Mas não se engane, Jasmine não gosta de paz. Uma hora ela vai se tocar disso e aí veremos como vocês ficam.”

Não, não, aquilo nunca acabaria! Eu precisava dela, ninguém iria tirá-la de mim. Eu faria com que ela não quisesse partir, eu a amaria o tanto que fosse possível e preciso para fazê-la ficar.

Jasmine me fazia sentir coisas que nunca havia experimentado, ela me levava ao ápice em muitos sentidos. Ela era o que me deixava doente e ao mesmo tempo era o único remédio. Era a cura que ardia e fazia o corpo queimar, tornava-me dependente dessa droga cada vez que a provava. E só queria que cada dose aumentasse, que aquelas ondas de êxtase profundo nunca sumissem, que ela me fizesse intenso exatamente como ela era, que me destruísse se fosse preciso. Eu não temia nada, eu estava louco. Ela havia me transformado.

-Lysandre… - ela chamou meu nome e eu mordi seu pescoço com força, marcando-a com os dentes.

Marcando-a como minha.

Mais cherry whisky. Mais Jasmine. Mais intensidade.

-Oh, Lysandre… - ela continuava a me chamar enquanto eu a estocava violentamente. Nunca fizemos daquele jeito, eu nunca a busquei com tanta necessidade como agora.

Seus olhos azuis estavam desfocados.

Jasmine afundava as unhas nas minhas costas.

A garrafa de whisky estava vazia.

E, enfim, o ápice chegou para nós dois.

-Eu te amo muito, Jasmine – eu disse assim que caí sobre ela, exausto. Jas ofegava sob mim, estávamos destruídos. Eu havia me rendido, não conseguia mais manter em segredo com medo de assustá-la, as palavras foram ditas como se eu buscasse por alívio.

-Eu também te amo, Lysandre – ela afirmou em um fio de voz enquanto eu saía de cima dela, deitando ao seu lado. Perguntei-me se aquilo foi um delírio, mas havia sido real demais para poder fingir que eu não ouvi.

Sorri. Eu havia conseguido, Jasmine era minha.

Eu beijei o rosto dela com fervor e observei seu olhar sobre mim. Ela sorriu, mas seus olhos pareciam distantes. Antes que eu pudesse pensar muito, repousei a cabeça em seu peito, já querendo adormecer. Em silêncio, apenas aproveitando o seu calor, fechei meus olhos.

***

(POV JASMINE)

Ele dormia, sereno como deveria ser, quando eu o tirei de cima de mim. Ainda estávamos nus e eu estava sentada ao lado dele, observando-o. Estava extremamente acordada naquele dia, whisky não me doparia tão facilmente, mas com Lysandre não foi a mesma coisa. Ele não estava acostumado com aquele estilo de diversão, então dormia calmamente sobre o carpete, exaurido.

Algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto ao constatar o que eu havia feito. Agora era isso, ele estava amarrado a mim, eu acorrentei seu coração ao dizer que também o amava. E ele não pareceu querer que eu o libertasse. Eu sabia que a única razão de ter dito aquelas palavras era porque não queria perdê-lo, era porque estava precisando que alguém me amasse para me sentir menos podre.

Eu não pertencia nem a mim mesma, como poderia pertencer a alguém? Agora eu percebia o que deixei Nathaniel fazer comigo. No dia em que o vi beijar Melody e não chorei, no exato momento em que me olhei no espelho do banheiro e observei meu rosto. Eu decidi me divertir, mas não percebi o que estava fazendo.

Coloquei minha felicidade dependente de alguém, porque agora estava incompleta.

Nathaniel quebrou meu coração em mil pedaços quando me tratou daquele jeito, quando me substituiu tão facilmente. E eu achei que não me importava por não ter derramado lágrimas, mas eu fiz coisa pior, eu me entreguei ao primeiro que passou, eu os coloquei de joelhos para poder me sentir completa e no controle de tudo.

Nada como uma distração para fugir de um conflito interno.

E então, Lysandre apareceu. Ele foi se apaixonando e eu quis me sentir segura e protegida, sentir que ele nunca me deixaria. Observá-lo enquanto dormia era como perceber que eu o havia envenenado e que agora, precisava dele. Eu queria amá-lo, porque Nathaniel não teve compaixão com meu coração.

Ele me fez ter tudo, mas a que preço, se depois tomou? Eu nunca mais poderia confiar nele, pois ele me amava apenas para me ferir.

Pensando assim, Lysandre também não devia confiar em mim, mas ele parecia disposto a pagar o preço, parecia disposto a ser meu remédio. Eu esperava que ele pudesse me consertar, porque eu estive destruída por todo esse tempo, deitado no fundo do poço e o arrastando comigo.

-Espero que eu não tenha destruído o único que poderia me curar – sussurrei no ouvido dele, sabendo que não acordaria, mas me sentindo tentada a dizer. Ele se mexeu levemente e pareceu buscar pelo meu corpo, como se tentasse me abraçar.

Porém, eu estava fora do alcance dele.

Meu estômago revirou, eu corri para o banheiro. Não vomitei nada além da bebida, não tinha comido há muito tempo. Eu estava em um dos meus regimes imprudentes, pois sentia que estava ganhando peso. Eu não fazia exercícios físicos, passava algum tempo na academia e logo largava. Já tive o hábito de fazer caminhadas ao fim da tarde, mas acabei perdendo o costume. Assim, se minha alimentação se descontrolasse, eu acabava fazendo algumas loucuras para continuar magra o suficiente para caber nos meus jeans apertados e nos meus vestidos justos.

Eu ligara a música mais cedo. Minha pequena caixinha de som, conectada ao celular, ainda tocava.

Reconheci logo de cara. Era Million Dolar Man, como se o Universo me dissesse algo enquanto eu encarava Lysandre dormir no carpete entre nossas roupas espalhadas pelo chão.

“Eu não sei o que você faz, é inacreditável
Eu não sei como você supera
Alguém tão perigosa, contaminada e falha como você

Fui até onde ele estava, vesti minhas roupas. Ele havia rasgado minhas meias, então simplesmente as descartei e coloquei meu vestido de magas compridas, ficando descalça.

Como você ficou desse jeito? Eu não sei
Você é estragada e brilhante

Fui ao lavabo, lavei meu rosto para tirar a maquiagem escorrida. Lysandre não precisava saber que eu havia chorado. Voltei até onde ele estava, ajoelhando-me ao seu lado, fazendo esforço para acordá-lo. Lys resmungou, mas eu o ajudei a se erguer e a se vestir.

Você tem o mundo
Mas, querida, a que preço?
Algo tão estranho, difícil de definir

-Tudo bem, eu estou bem – ele afirmou, a voz arrastada e os olhos sem foco, perdido e aparentando estar realmente mal.

-Desculpe, eu não imaginei que você pudesse ficar tão mal. Vou fazer um café bem forte e você pode tomar um banho gelado para espantar isso – afirmei, experiente nessas situações. Não vou negar, estava culpada ao extremo. O que eu havia feito?

Isso não é tão difícil, garota
Gostar de você ou amar você
Vou segui-la para baixo

Lysandre assentiu, jogando-se no sofá, esfregando os olhos. Com certeza ele não iria querer que Leigh o visse naquele estado, considerando o quanto o irmão o ensinara a ser responsável.

Sempre há uma paixão louca para estragar tudo, não é mesmo?

Suspirei, observando-o afundar a cabeça entre as mãos enquanto eu cambaleava para o primeiro andar, lutando os efeitos do álcool e do peso na consciência que me atingia.

Não que eu fosse parar. Agora, eu também precisaria dele.

Você é inacreditável”
Million Dollar Man – Lana Del Rey


Notas Finais


E aí? Curtiu?
Só para deixar todo mundo ciente disso, teremos mais flashbacks no estilo daqueles no início da fic, porque vcs sabem que eu sou a doida do flashback. Vou tentar postá-los com rapidez para não ficarem esperando capítulo por um tempão e aí ser só coisa que não faz a história andar, mas depois do que a Jas aprontou nesse capítulo aí, vou deixar vcs pensando o que vem depois.
Não sei se deu para entender, mas enfim:
Momentos Castimine, Lysamine, Jarmin e Nathanimine à caminho, agurdem. Não vai ter com o Kentin pelo menos por enquanto
COMENTA POR FAVOR NUNCA TE PEDI NADA FAZ MINHA FELICIDADE PORQUE A COISA TÁ FEIA
mentira, gente, tô de boas. Mas comentário é sempre bom.
Já falei que é para comentar, rs?
XOXO


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