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História Girl Almighty - Hiatus - Flashback V: Alleyways


Escrita por: Maluhia

Notas do Autor


E aí, tudo de boa?
Gente, eu fiquei doida nesse capítulo (de vez)
Tá gigante! Não sei se vocês curtem, mas é que foi me dando inspiração, eu não queria separar o Armin do Nath porque esse brotp é lindo, ai socorro é tipo Cassy e Lys
Ah, e eu também exagerei nas músicas, fiquei empolgada demais, fui achando umas que combinavam, ai ai gente
Espero que curtam os verões de Nathanimine e Jarmin
Ah, e gente, esse gif amazing é da obra-prima "Love" da Lana. Esse clipe é lindo, fala sério, em breve Love aparece entre as músicas da fic kkk

Capítulo 44 - Flashback V: Alleyways


Fanfic / Fanfiction Girl Almighty - Hiatus - Flashback V: Alleyways

“E tudo que sabemos é viver rapidamente
Estamos sós com nossas mudanças de ideia
Nos apaixonamos até doer, ou sangrar, ou desaparecer com o tempo
E eu nunca previ você chegando,
E eu nunca mais serei o mesmo
Signos de fogo iguais, quatro olhos azuis
Então você nunca foi santa
E eu amei em tons errados
Nós aprendemos a viver com a dor,
Mosaico de corações quebrados
Mas esse amor é valente e selvagem
[…]
O amor é um jogo cruel
A não ser que você jogue bem e direito
Estas são as mãos do destino
Você é meu calcanhar de Aquiles
Esta é a era de ouro de algo bom”
State Of Grace – Taylor Swift

 

Fim do ensino fundamental

(POV ARMIN)

Jasmine entrou comigo e com Alexy, mas meu irmão fez questão de me deixar sozinho com ela, inventando uma liquidação no shopping.

Como foi que eu nunca havia reparado naquela garota? Nós estávamos nos tornando amigos agora e aquele rostinho me deixava hipnotizado.

E outra, ela era muito divertida e curtia os mesmos filmes trash que eu. Era uma completa noob no videogame, mas não importava, seria um prazer ensiná-la a jogar.

Estávamos na minha casa porque era final de ano. Ela e Nathaniel estavam me ajudando com minhas notas baixas, pois eu era um completo desastre. Por falar nele, era outro cara que eu devia ter dado uma chance. Nós já havíamos nos tornado inseparáveis também, eu estava perdendo amizades esse tempo todo e nem percebia.

Eu começava a me tornar um cortejador de donzelas, talvez aquele fosse o momento em que eu descobria que meus olhos azuis atraíam as garotas. Jasmine estava ficando uma coisinha linda, mas ela não era uma das minhas presas. Eu já havia pensado naquilo várias vezes, mas com ela nunca foi fácil como era com as outras, então eu tentava deixar para lá na maior parte do tempo.

-Armin, vim te ajudar com seu trabalho de recuperação, saia dessa porcaria de videogame – ela afirmou e parou na frente da televisão, arrancando a manete da minha mão. Eu chegara em casa e ligara o console, mas ela não parecia paciente a esperar minha boa vontade de começar a estudar.

-Não, não, Jas… era o fim da partida… - choraminguei e ela revirou os olhos.

-Nathaniel disse que vai te ajudar com as matérias de exatas amanhã, então eu tenho que te ajudar com o seu trabalho de geografia – ela disse, puxando-me para a mesa de estudos.

Eles eram ótimos amigos, afinal. Mesmo que achasse um saco ter de largar meu amado consolezinho para estudar sobre blocos econômicos ou sei lá, reconhecia que os esforços deles eram muito atenciosos.

Além disso, era uma ótima desculpa para ficar perto dela. Era estranho o que eu sentia por Jas, era como se não me atrevesse a tocá-la por alguma razão. Eu gostava dela como amiga, com certeza, mas às vezes, uma atração surgia, como se eu tivesse certeza que tínhamos uma química indiscutível, como se nossos olhos azuis trocassem faíscas ao se encontrarem.

Os meus olhos não eram de um azul como os dela, era como se ela estivesse no gráfico do jogo mais perfeito do mundo. Eram de um tom como o céu da noite de verão.

Ao fim do trabalho de geografia, eu estava exausto, então imagine ela, que teve de me explicar tudo. Jasmine era uma ótima aluna. Em humanas, as notas dela eram consideravelmente altas e Nathaniel dava-lhe uma forcinha em exatas, porque ele era um aluno exemplar em ambas as áreas.

E eu… bem. Eu era o “disperso, desatento, alienado, distraído, descompromissado”. Escolha o que quiser usar, pois os professores já usaram vários.

-Posso jogar agora, chefe? - perguntei e ela riu, assentindo.

-Você está de parabéns. Estou indo agora e… - ela começou e eu logo me perguntei se havia sido meio grosso ou se tinha expulsado-a.

-Ei, fique – eu pedi e ela me olhou confusa. -Posso te ensinar a jogar, prometo que vai ser divertido.

Ela considerou por um momento, mas deu de ombros.

-Não tenho nada de melhor para fazer mesmo – esnobou-me na brincadeira e eu ri levemente, balançando a cabeça.

Jas sentou-se ao meu lado, eu iniciei a partida. Ela era muito noob, mas nós ríamos tanto que valia mais a pena do que qualquer adversária desafiadora. Por falar em adversário, Nathaniel se mostrara extremamente bom nisso, se quer saber. Não imaginei que o representante tão sério podia ser um ótimo player.

Mas enfim, Jasmine estava se saindo uma representante bem ruim para as garotas gamers. Eu fiz um convite inocente (ou talvez não) de trazê-la para se sentar no espaço entre minhas pernas para “ajudá-la com os controles”. Mentira, eu simplesmente curti a ideia de tê-la tão perto.

Senti-me tentado a ousar um pouquinho quando sentia o cheiro dela. Eu via seu pescoço e seu ombro esquerdo expostos, já que o cabelo negro e longo dela estava jogado para o lado direito. Quase me abaixei levemente para depositar um beijo delicado ali, talvez despertar a química que eu tinha certeza que tínhamos.

Em certo momento, ela olhou por cima do ombro, eu aproximei o rosto do dela.

-Até que você não está se saindo tão mal – afirmei em um quase sussurro, senti o hálito fresco dela bater no meu rosto. A boca dela… Jasmine não usava batom naquele dia, milagrosamente, pois ela adorava batons escuros, principalmente vermelhos. Ficava sexy com ou sem, não importava. -Segure o controle desse jeito, será mais fácil.

Minhas mãos foram pousar sobre as dela, que estavam quentes e pareceram passar uma corrente elétrica pelas minhas veias. Meus braços envolviam Jasmine agora, mas apenas nossas mãos se tocavam.

-Talvez eu esteja apenas escondendo o jogo – ela respondeu. Ok, um clima se estabelecia. Flertar com ela estava incrível, como foi que nunca tentei isso antes?

-Ah, é? E como seria seu verdadeiro jogo? - perguntei e ela desviou os olhos para os meus lábios, finalmente. -Talvez eu deva descobrir.

Dizendo isso, preparei-me para selar nossos lábios, quase fechei os olhos. Triunfo, era isso que eu sentia. Porém, o Universo tinha outros planos para Jasmine e eu.

-E aí, terminaram o trabalho? - Alexy invadiu o quarto e eu quase tirei o controle das mãos de Jasmine e o atirei na boca dele, apenas para vê-lo sangrar. Eu amava meu irmão, mas ele realmente tinha talento para cortar clima. Jasmine desviou os olhos para Alexy e se afastou de mim, o nosso flerte se partindo em mil pedacinhos.

Fechei as mãos em punho, fiquei extremamente incomodado. Eu não consegui beijá-la.

E, depois disso, não mencionamos aquele evento nunca mais. No verão, depois que as provas tinham acabado e eu milagrosamente passei de ano, fizemos um jogo da garrafa e meu irmãozinho querido desafiou o beijo que dei em Jasmine.

Aquele momento foi eletrizante, sem dúvidas. A química que eu sempre soube que existia apareceu ali, eu a busquei com voracidade quando percebi isso. Porém, me confortei, estive me divertindo com outras quando meu melhor amigo laçou minha garota.

Enfim, isso não é novidade para você.

***
 

“Eu estava rasgado em cada extremidade, mas você é uma obra-prima
Tudo é azul
Suas pílulas, suas mãos, seus jeans
E agora estou coberto com as cores
[...]
Eu estava tão desprovido de cor, não sabia o que significava
E eu era triste
[…]
Você era uma visão do amanhecer quando a luz entrava
Eu sei que só senti religião quando estava deitado com você”
Colors – Halsey (modificado)

Inverno, Primeiro Ano Colegial

(POV NATHANIEL)

Eu acabara de adquirir meu apartamento ao leste de Ville Amoris. Ainda estranhava o silêncio, a ausência da minha família no lugar que eu chamava de casa. Apenas minha gata Branca me fazia companhia. Porém, ela viria me visitar hoje.

A única razão do meu sorriso naqueles tempos.

-Não gostei de ter sido sua última convidada a vir aqui – Jasmine afirmou e eu sorri. Era nossa terceira semana de namoro. Eu estava caidinho por ela, não imaginei que pudesse ser daquela forma.

-É a convidada mais especial que recebo – afirmei e a puxei para um abraço demorado e caloroso. Ela era tão reconfortante! Minha Jas. Como era bom dizer que ela era minha…

Eu a beijei, demoradamente. Ainda não éramos muito ousados, corávamos a toda hora. Um beijo mais intenso já nos fazia olhar um ao outro envergonhados.

-Ok, agora me mostre a casa – ela pediu, seus olhos azuis estavam fixos em mim de um jeito doce, como se eu fosse tudo que ela via. Eu segurei a mão dela, levei-a pelos cômodos. Era um apartamento decorado de um jeito mais clean, organizado ao extremo. Uma sala que dava vista para a cozinha aberta, um corredor que levava ao banheiro social, a um pequeno escritório com uma varanda e às duas suítes. Eu ocupara a principal e mais ampla e ainda pensava no que fazer com a outra.

Conduzi Jasmine a todos os cômodos, até a suíte principal, onde eu dormia. Fiquei extremamente vermelho com certo pensamento que surgiu na minha cabeça. Eu pensava nisso com frequência, em como seria quando… quando… entendeu? Enfim, agora, tudo parecia ainda mais real. Era como se mostrá-la meu apartamento (onde eu morava sozinho), e a cama onde nós possivelmente faríamos aquilo, pudesse ser um grande passo.

Quero dizer, se ela pensasse nisso também. Eu não sabia se Jasmine me desejava o tanto que eu a desejava, mas ela me deixava louco com um único beijo. Era o ápice da minha puberdade, não dá para negar que minha namorada me deixava com os hormônios à flor da pele, porque ela também estava, hum… crescendo.

Ah, por falar nisso, suas roupas se tornavam cada vez mais justas, eu não me lembrava de vê-la usando um vestido como aquele na época em que andava por aí com Castiel. Eu adorei aquele vestido e… ela se abaixou para dar atenção à Branca, que esfregava-se em seus pés, buscando por carinho. O fato é que aquilo fez com que ela se empinasse levemente. Droga.

Será que se eu ronronasse também conseguiria um carinho?

-Eu estou tão feliz por você – ela afirmou quando se ergueu e eu sorri, indo até ela extremamente tímido. Segurei sua cintura delicadamente, beijei seus lábios com zelo.

Jasmine suspirou durante o beijo, puxou-me pela camisa, fazendo-me pressionar seu corpo no meu.

Tomamos um ritmo mais intenso, como não podia deixar de ser. Eu segurei-a com firmeza, ainda sem ousar muito ao tocá-la. Não queria parecer desrespeitoso, queria ver até onde ela me deixaria ir primeiro.

Jasmine pareceu ficar inquieta com as mãos apenas sobre minha camisa, então decidi tentar. Fui devagar, conduzindo-a comigo para a cama, sentando-me aos pés e trazendo-a para ficar sobre mim. Jas pareceu tensa por um instante e eu pensei que ela recuaria, mas pareceu tomar coragem e me beijou mais. Fiquei assim com ela por um instante, mas percebi que, quanto mais fazíamos aquilo, mais eu queria ir adiante, tocá-la do jeito que desejava. Minhas mãos desceram para lugares inexplorados até então, incertas. Jasmine continuou me beijando e quando eu apertei a bunda dela, Jas se ajeitou no meu colo, chocando-se contra mim de um jeito inexplicavelmente prazeroso. Aquilo me fez abafar um som contra os lábios dela e...

-Hum! - Jas soltou uma leve exclamação de surpresa que foi sufocada pela minha boca quando eu fiquei ereto sob ela.

-Desculpe, desculpe, eu… – eu fiquei muito, muito, muito envergonhado, era como se meu rosto pegasse fogo de vergonha, aquilo nunca havia acontecido antes.

-Ahn… t-tudo bem – ela pareceu envergonhada também, mas continuou o que estávamos fazendo. Eu tentei aceitar que aquilo era natural e que eventualmente aconteceria. E Jasmine me queria, ela me beijava com intensidade agora.

Eu relaxei, continuei a tocá-la como antes. Deslizei as mãos às suas coxas, ouvindo-a suspirar nos meus lábios. Jas repousou as mãos no meu abdômen e pareceu hesitar para fazer algo, mas não por muito tempo.

Ela empurrou meu tronco para a cama, deitando-me e engatinhando sobre mim. Aquilo foi… como uma fantasia. A posição que ela estava valorizava cada curva dela, então meu olhar deve ter sido cheio de desejo quando olhei para ela e a fiz corar, como se ela fosse a coisa mais linda do mundo.

-Quer mesmo fazer isso? - perguntei e ela me olhou com incerteza. Eu esperava muito ouvir um sim, eu estava muito excitado, mas respeitá-la era minha obrigação.

-Teríamos de continuar para descobrir – Jasmine afirmou e eu sorri como um bobo, trazendo seu corpo para o meu. Nós nos erguemos na cama, ela tirou minha camisa.

Ah, não. Eu havia esquecido uma coisa.

Quase quis pegar a camisa de volta, vesti-la e me encolher para longe de Jasmine. Ela não podia ver aquilo e… tarde demais.

Quando foi me olhar, nu da cintura para cima, Jasmine acabou por ver meu abdômen ainda coberto por hematomas. Não fazia muito tempo desde a última surra, a emancipação saíra há pouco. Meu querido papai havia marcado desde as minhas costas até perto das costelas e do umbigo, então não era como se aquilo fosse sumir no dia seguinte. Não eram hematomas fortíssimos pelo fato de não serem muito recentes, mas a cor arroxeada apenas começava a sumir, ainda evidente.

Jas exalou o ar, surpresa, olhando-me em choque. Nenhum dos meus amigos soubera, a notícia estourou quando foi impossível esconder que eu havia saído de casa. Obviamente, se eles demoraram tanto para saber, ninguém vira marcas no meu corpo ou nada do tipo.

Até aquele momento. Justo ela via. Eu me sentia humilhado, não queria que Jas conhecesse aquilo, queria fingir que nunca aconteceu. Não queria que ela me visse marcado, ela era meu recomeço. Não era justo, doía mais por dentro do que por fora.

-Não tem que ver isso – eu afirmei e tentei alcançar minha camisa, cobrir-me. Ela não deixou, segurou meu rosto e olhou nos meus olhos. Algo me dizia que ela tentava não chorar.

-Não precisa se esconder de mim – ela disse e foi minha vez de ficar surpreso. Eu larguei a camisa, ela abraçou-me em silêncio, firmemente, como se quisesse ser meu alento. A mão dela deslizou carinhosamente sobre minha pele escurecida, mas Jasmine me beijou como se dissesse que aquilo doía nela como doía em mim.

-Eu sinto tanto, Nath – ela disse, beijando meu pescoço, minha bochecha, minha testa. Era como se ela tentasse me proteger. E não era humilhante, ela se preocupava comigo de um jeito que ninguém nunca fez, porque meu pai era abusivo, minha mãe fazia vista grossa ao que acontecia dentro de casa e minha irmã era uma egoísta alienada.

Agora eu tinha Jas. Ela me abraçava com um carinho que nunca tive.

Eu senti meu coração tão leve, talvez essa fosse a sensação mais próxima de tocar o Céu que eu teria aqui na Terra. O cheiro dela era inebriante e eu permaneci recebendo todo o afeto dela por um tempo indeterminado. Nós não fizemos nada além disso naquele dia, mas aquilo era a verdeira proximidade, a intimidade que muitos lutavam para ter. Sexo não podia trazer aquele amor da forma linda e pura que era.

A hora certa para avançar ainda chegaria, mas aquele dia foi o verdadeiro “estar nu”, exposto. Era leve, era como deixar alguém me conhecer de verdade. Conversamos de um jeito que nunca fizemos, contamos aquele tipo de coisa que não se conta todo dia. Foi daquela forma que conheci a alma mais elétrica que já tinha visto. A dela.

Aqueles olhos azuis eram o verdadeiro significado de perfeição, aquela garota me mostrava o que era amor. Meu coração bateu forte por ela naquele dia e nos que se seguiram. Eu finalmente tinha certeza de algo. Eu estava ferido, mas ela me consertaria.

-Fique mais um pouco – eu pedi e ela sorriu, linda como era.

-Ficarei. - respondeu simplesmente e tocou nossos lábios.

E eu fechei meus olhos, aninhando-a no meu peito.

 

“Eu sou deslumbrante?
Diga-me, eu sou deslumbrante?
Alô? Alô?
Você consegue me ouvir?
Posso ser sua boneca de porcelana
Se você quiser me ver cair
Garoto, você é tão viciante
Seu amor é fatal
Me diga que a vida é linda
Eles acham que eu tenho tudo
Eu não tenho nada sem você
Todos os meus sonhos e luzes significam
Nada sem você
O verão é agradável e quente
E minha vida é doce feito baunilha
Ouro e prata forram meu coração”
Without You – Lana Del Rey

 

Verão, antes do segundo ano colegial

(POV JASMINE)

-Pai? - ele atendera, finalmente. Era o início do verão antes do segundo ano e ele já estava planejadíssimo: viagem à praia no segundo final de semana (eu estava esperando Kim voltar do acampamento de esportes), depois uma visita à minha vó na Itália e aos meus primos na Espanha, dias maravilhosos em Ville Amoris e, por fim, minha festa de dezesseis anos. Perfeito, não?

-Jasmine? Tudo bem, filha? - ele perguntou e eu respondi “sim” no automático. -Está precisando de algo?

Claro, eu não ligaria simplesmente para perguntar se estava tudo bem, ele sabia.

-O senhor sabe, estou entrando de férias agora… - enrolei, armando o bote. -E queria saber se…

-Se? - ele perguntou depois de um tempo.

-Se posso levar alguns amigos para dormir na casa de praia – afirmei de uma vez só. Meu pai não morava nessa casa, ela era apenas uma propriedade que ele adquiriu enquanto ainda era casado com minha mãe. Costumávamos passar verões incríveis lá quando eu era criança. Ele me levava às feiras, carregando-me sentada sobre seus ombros. Dava-me presentinhos simples que me enchiam de alegria, comprava flores para a minha mãe e os olhos dela brilhavam ao receber um buquê de narcisos. Eu tinha até uma foto disso. Eu era a pequena Jazzie, usando um chapeuzinho azul de verão além da blusa e shorts amarelos. Minha mãe estava radiante, os cabelos ruivos ainda longos, o rosto com sardas aparentes, ela usava um vestido branco e segurava o buquê. Os ombros dela estavam queimados pelo sol (minha cor pálida vinha dela, mas eu não tive a sorte de herdar os cabelos ruivos) e meu pai a abraçava com um braço enquanto o outro me segurava. O dia estava ensolarado, nós três sorríamos.

Aquela foto era linda. Eu já olhara muito para ela e segurei as lágrimas por saber que jamais seríamos aquilo novamente, mas quando cresci percebi que não doía mais, que se tornara suportável.

Agora, meu interesse com a casa de praia era outro.

Meu pai ficou em silêncio por um tempo.

-Quem seriam esses amigos? Nathaniel vai com você? - perguntou. Meu pai conheceu Nathaniel e pareceu gostar dele, mas digamos que a responsabilidade de me vigiar era da minha mãe. Eu não sei bem como ele lidava com o fato de me ver namorando, mas talvez não se achasse no direito de me privar exatamente porque era bem relapso.

-Você não conhece todos e sim, o Nath vai. Se me emprestar a casa, claro – eu disse e mais um silêncio se seguiu.

-Jasmine, eu não acho que seja uma boa ideia. Ficar sem um responsável por perto e… - ele começou a frase e suspirou. -Tenho medo do que possa acontecer.

Eu quis rir. Claro, ele realmente se preocupava muito comigo.

-Eu sei cuidar de mim – afirmei, mais dura do que pretendia e logo fechei a mão em punho, ciente que aquilo não contribuíra para que eu conseguisse o que queria.

-Bom, vou conversar com sua mãe, vou pedir que mantenha contato com frequência – ele disse. Talvez minha resposta tenha tocado onde eu precisava, talvez aquele fosse mais um agrado para disfarçar nossa relação estranha. Bem, não importa, eu consegui o que queria.

-Tudo bem, ela já deixou – respondi. Minha mãe não falava muito com meu pai sobre o que dizia respeito ao meu dia a dia, mas questões como essa ela era obrigada a comunicá-lo, mesmo que ele no fundo não se importasse de fato.

Falei mais um tempo com meu pai e logo desliguei, comunicando meus amigos que tinha conseguido um ótimo programa para o início das nossas férias.

 

***

 

-Esse biquíni vai me matar de ciúmes – Nathaniel me abraçou por trás e repousou o rosto sobre o meu ombro, beijando-o e afastando a alça da parte de cima da roupa de banho. Era um biquíni preto, não muito ousado porque meu estilo na praia era diferente de usar algo minúsculo. Eu estava no meu quarto da casa, que estava dividindo com Rosa e Alexy. Kim e Vio estavam em outro quarto, assim como Armin e Nathaniel, que dividiam a terceira suíte. Isso só na teoria, pois, nas duas noites que passamos lá, todos nós dormíamos juntos na sala, conversando até pegarmos no sono. -Você está muito gostosa, sabia?

-O que está tentando? - perguntei inocentemente e ele riu, girando-me e me beijando calorosamente. Ele já estava com o calção azul estampado, então eu acariciei seu torso nu. A pele dele era macia e quente e eu desconfiava que a alta temperatura era por minha causa. Nathaniel estava treinando boxe desde o ano passado e aquilo fizera os músculos dele ficarem aparentes. Ele estava tão gostoso…

-Isso – ele disse e me ergueu, jogando-me na cama sem muita delicadeza e colocando-se sobre mim, beijando-me muito.

-Nath, eles estão nos esperando – eu tentei recuar, mas ele me segurou firmemente sob si, agarrando meus quadris, pressionando-me na cama. Uau, ele estava… selvagem.

-Sinto muito, mas não vou ficar definhando de tesão só por causa deles – ele afirmou e me beijou intensamente, acelerando meus batimentos e minha respiração. Não queríamos ser ouvidos, então Nathaniel cobria minha boca, me beijava para abafar nossos sons. Eu puxava seus cabelos, ouvia a cama bater inevitavelmente na parede. Era tanto prazer que me tirava de órbita, era lascivo.

Ao fim, eu estava completamente ofegante, ele estava deitado sobre mim, no mesmo estado.

-O que foi isso? - eu sussurrei, totalmente sem fôlego e ele sorriu, travesso.

-Não sei, esse biquíni mexeu comigo – ele afirmou e eu ri, beijando-o. Meu Nath...

Alguém esmurrou a porta. Rosalya.

-Escutem aqui, eu não trouxe o meu namorado e não sou obrigada a tolerar esse tipo de coisa. Saiam daí em três segundos ou eu vou derrubar a porta e castrar você com uma faca de churrasco, Nathaniel – ela bateu mais na porta e eu ouvi os outros rindo do lado de fora. -E você é o homem do Armin, não se esqueça disso.

Eu ouvi a risada estridente de Armin.

-Relaxa, Rosa, eu sei quem me ama de verdade – Nath gritou de volta, rindo, fazendo-me dar um tapinha em seu ombro enquanto ele ria mais e me beijava intensamente antes de nos levantarmos. Nessas horas, eu olhava para ele e pensava em como ele se abrira a tudo desde que nos tornamos amigos. Eu me orgulhava em saber que aquilo em parte era por minha causa, porque eu o trouxera para fora daquele esconderijo escuro em que ele vivia. Aqueles olhos âmbar se tornavam brilhantes, aquele sorriso se abria para me desfazer. Nathaniel não se escondia de mim, eu o conhecia por inteiro. Eu o amava até meu coração doer.

 

***

 

-Esse lugar é tão lindo – Alexy afirmou enquanto estávamos na varanda da casa à beira mar, por volta da meia-noite. As ondas arrebentavam, o cheiro da maresia era inebriante.

-Concordo plenamente – Rosa afirmou, suspirando. O sábado terminava, nós não quisemos sair ou aproveitar outro lugar depois de um dia de praia. Não havia nada mais belo que aquilo, observar o mar, ficar tranquilos por um momento.

-Só eu que estou exausta? - Violette perguntou, mas Armin resmungou um “não”. Ele estava derrubado sobre um tapete, mais dormindo do que acordado. Estava sem camisa e eu pude ver suas costas vermelhas também, já que ele e Alexy eram branquelos como eu. Ele e Nathaniel pareciam dois moleques brincando na praia hoje, não paravam um minuto, então era óbvio que eles cairiam mortos à noite. Eu achava linda a maneira como eles eram amigos, como riam loucamente. Se bem que todos nos sentimos com dez anos de idade quando encontramos algumas pistolas d’água no porão da casa, brincamos como crianças. Jogamos frescobol, mergulhamos. Ficamos cobertos de areia, os cabelos endurecidos pelo sal.

Depois de tomarmos nossas duchas, fomos no centro da cidade e compramos refrigerante, pedimos pizza.

-Cadê a Kim? - perguntei, sentindo falta da morena. Ela pegou um bronzeado invejável que eu nunca teria.

-Eu falei para ela não comer aqueles sonhos – Nath afirmou e eu entendi que provavelmente ela estava presa no banheiro.

-Armin, dê-me a pizza – Lexy pediu e Armin resmungou de novo, exausto, empurrando a caixa fechada com a ponta do pé. -Você definitivamente morre de preguiça, cara.

-Shh! Coma sua pizza – o irmão respondeu, se ajeitando no tapete. Ele era como um gato, conseguia dormir em qualquer lugar. Eu o observei ir casualmente deitar a cabeça no colo de Violette. Ela estreitou os olhos e corou, mas deu de ombros e apenas acariciou os cabelos negros dele, fazendo-o soltar um sorriso de malandro.

-Mas é um cachorro mesmo – Nath comentou e Armin riu, ainda com os olhos fechados.

-Meu coração é seu, é o que importa – ele disse baixo e eu soltei uma risada.

Estava recostada no peito de Nathaniel, ele tinha as mãos nas minhas coxas nuas quando eu me ajeitei, aconchegando-me mais nele, que beijou minha nuca e correu o nariz pelo meu pescoço. Nessas horas, eu simplesmente fechava os olhos e me sentia no melhor lugar do mundo, não importava onde estivéssemos.

-Acho que deixei minha dignidade naquele banheiro – Kim afirmou quando chegou à varanda e nós rimos.

Aquele verão começara bem.

 

“Todas essas conchas, guardando as coisas que eu fiz,
Eu me conhecia antes de conhecer alguém
E porque todos nós mascávamos chiclete, todos nós nos divertimos com pistolas de água
E todos nós crescemos, as coisas ficaram difíceis
As coisas não eram simples o bastante

E sempre que o sol saía, nós brincávamos
Nós não queríamos ficar velhos”
Alleyways – The Neighbourhood

(POV NATHANIEL)

Jasmine entrava no salão, para o grande momento de exibir sua exuberância. Ela descia as escadas, alarmantemente encantadora. Estava enlouquecendo com aquela festa, então tudo precisava ser da maneira que ela queria. Não havia um que decidisse não olhar, “era o efeito Jasmine” de atrair atenção. Eu me contorcia de ciúmes, mas a maneira em que ela me olhava não deixava dúvida.

Nós nos amávamos, eu tinha certeza disso.

Dançamos tanto naquela noite, aquela foi a melhor festa que eu já fui. Eu e Jas escapamos para trás das escadas, eu quase rasguei seu vestido com o desejo que ela me fazia sentir enquanto desabotoava minha camisa e me acariciava. Eu coloquei as mãos embaixo da saia, tentei tirar sua calcinha, mas ela me impediu, tirando minhas mãos de lá e me olhando cruelmente.

-Não precisamos voltar para lá – eu afirmei e ela riu, tão chapada quanto eu. Jas havia desabotoado minha camisa e beijava meu pescoço. Eu adorava quando ela fazia aquilo. -Vamos lá para cima, podemos subir as escadas sem ninguém ver e…

-Transar no quarto de vestir? - ela perguntou rindo. O quarto de vestir era uma salinha no segundo andar, para que a aniversariante pudesse se trocar e descer as escadas do clube pomposamente. Por que não, certo? Era verão, tudo podia acontecer. -Não, Nath, sinto muito, mas você vai ter que esperar.

Eu bufei, mas me rendi. Por um momento, senti falta da intimidade do meu apartamento, das tardes e noites que passávamos lá. Jas desfilava pela casa com a minha camisa, eu sentia o cheiro dela nas minhas roupas depois. Parecia ser bobo, mas era uma sensação de conforto, como ter certeza de que pertencíamos um ao outro.

-Vem, podemos dançar abraçadinhos – ela me puxou para a pista depois de abotoar minha camisa, para dançarmos uma música lenta. Ao nosso lado, Armin dançava com Ophelia, sua terceira presa da noite. Alexy estava com Vio, mas eles seguravam a risada mais do que dançavam. Ele havia ficado com um cara, mas como ela permaneceu sozinha, acho que ele quis fazê-la mais feliz. Rosalya estava dançando com Leigh, Kim também fisgara um para ser seu parceiro.

Mas Jasmine era tudo o que eu via. Linda, absolutamente linda. Eu ergui a mão dela, fechei meus olhos e a beijei, meus lábios tocando o anel que eu lhe dera de presente. Uma pedra solitária, brilhante como ela era.

-Eu te amo, Nathaniel Eryn Zinner – ela disse e eu sorri, beijando-a delicadamente enquanto apenas balançávamos na pista levemente iluminada, garantindo o clima de romance.

-Eu também te amo, Jasmine Quinn Isengard Hamilton – afirmei e ela riu levemente enquanto eu a puxava para mais perto, suspirando. Eu me sentia tão apaixonado. Fala sério, éramos perfeitos um para o outro, tínhamos química, éramos amigos.

Aquilo duraria para sempre.

Nós trocamos os pares, Jas foi dançar com Armin e eu dancei com Kim.

-Tire esse sorrisinho bobo da cara, Nathaniel – ela debochou e eu ri levemente. Jasmine ainda me arrancava o sorrisinho bobo, então. -Vocês estão uma gracinha hoje.

-“Hoje”? - perguntei ironicamente e ela riu enquanto girávamos na pista.

-Você precisava ter visto a carinha dela quando o anel chegou – ela afirmou enquanto olhava Jas por cima do meu ombro. -Achei que ela fosse chorar de alegria.

-Sério? - perguntei interessado. Eu havia lhe dado muitos outros presentes, mas quis que aquele fosse entregue somente no aniversário dela, quando ela acordasse com dezesseis anos. As meninas dormiram na casa dela por causa de uma festa do pijama, então viram a reação dela ao receber. Eu estava feliz em saber que ela havia gostado tanto assim, pois eu só a vi depois, recebendo um beijo caloroso como agradecimento, mas sem ter visto sua primeira reação. Eu tentaria entregá-la pessoalmente, mas o anel teve de ser entregue com um buquê de jasmins (por motivos óbvios).

-Sim, ela colocou no dedo e começou a pular na cama cantando músicas daquele musical velho que ela adora, Grease. A Moon não parava de latir, então nós ficamos só rindo da alegria dela enquanto fingia ser a Sandy Olsson e exibia o anel – Kim contou e eu ri. Era a cara dela. Jasmine me fizera assistir Grease com ela umas sete vezes e eu achava o pior filme do mundo, mas eu assistia e fingia que gostava só para vê-la sorrir como uma criança enquanto os protagonistas cantavam You’re The One That I Want. Daí eu a beijava e ela sorria mais, então aquela tortura valia a pena. Ah, e ai de quem ousasse dizer que era “velho”. Jas corrigia e dia “não, é atemporal”.

-Amei ouvir essa, mas devo te informar que o Mason Delano está te secando – afirmei, olhando o cara por cima da cabeça dela.

-Diga-me para que lado ele está e vou caminhar ocasionalmente nessa direção – ela afirmou e eu assenti, disfarçando.

Kim dançou comigo mais um pouco e foi trocar olhares com Mason, enquanto eu me dirigia até o bar para pegar mais um drink.

Jasmine estava em boas mãos com Armin e o quartinho de vestir ainda nos esperava.

Eu os observava dançar, olhava o sorriso dela. Tão linda.

Aquele foi o melhor verão dos meus dezesseis anos de vida.

 

“Nós ainda somos crianças, mas estamos tão apaixonados
Lutando contra todas as possibilidades
[...]
Querida, só segure minha mão
Seja minha garota, eu serei seu homem
Eu vejo meu futuro em seus olhos

Amor, eu estou dançando no escuro
Com você entre os meus braços
[...]
Quando eu vi você naquele vestido
Parecendo tão linda
Eu não mereço isso, querida
Você está perfeita esta noite”
Perfect – Ed Sheeran

 

(POV ARMIN)

-Então, a caçada está sendo próspera? - Jas perguntou enquanto eu segurava sua cintura e ela envolvia meu pescoço, dançando comigo lentamente.

-Acompanhei Lavinder ao banheiro, já ganhei a calcinha da Kourtney, dancei com Ophelia e agora ela também já está na minha – afirmei e Jasmine me olhou com reprovação. Minhas conquistas não a emocionavam?

-Seja menos, Armin – ela afirmou e eu ri.

-Ah, Jasmine, da próxima vez que quiser ajudar o Nath no banho, faça isso no apê dele – eu provoquei e ela desviou os olhos, sorrindo. Não vou negar que foi muito desconfortável ouvi-los, mas vamos fazer de conta que não foi nada. Eu tinha costume de fazer isso. -Eu ouvi vocês se agarrando no banheiro do meu quarto.

-Cale a boca, seu pervertido – ela afirmou rindo, parecendo levemente envergonhada.

Eu ri também e a girei na pista, segurando sua cintura novamente. Jas encostou a cabeça em meu ombro enquanto eu a trazia para perto e sentia seu cheiro. Meus sentimentos por Jasmine ficavam adormecidos na maior parte do tempo, eu lidava bem com o fato de ela namorar meu melhor amigo. Às vezes eu até pensava que não sentia nada por ela de fato, apenas uma atração de nada, mas aí algo como aquela dança acontecia; eu a abraçava, trazendo-a para ficar totalmente contra mim, sentia sua respiração próxima e suas mãos em volta do meu pescoço.

E aquele vestido… ah, aquele vestido parecia realçar tudo que ela tinha de mais belo. Talvez eu preferisse vê-la sem ele, mas era uma expectativa que eu não criaria para meu próprio bem, já que masoquismo tem limite. E a ideia de pensar na garota de Nathaniel assim não trazia um sentimento muito bom.

Era surreal aquele momento. Era de partir o coração e ao mesmo tempo uni-lo em uma única massa, ouvindo-o bater fortemente. Ardia, aceso pelo efeito do álcool. Eu me continha para não beijá-la ali mesmo, colocar as mãos nela da maneira que desejava. Dizer que Nathaniel a amava com toda a certeza do mundo, mas que eu poderia fazer ainda melhor.

Porém, isso não aconteceria.

-Ophelia não parece muito feliz em te ver com outra – Jas afirmou e eu ri levemente, saindo dos meus devaneios para agir naturalmente. -Vá conseguir a calcinha dela.

Eu ri mais e ela beijou minha bochecha, fazendo minhas mãos a apertarem levemente antes de soltá-la e deixá-la se afastar. Fechei meus olhos quando seus lábios tocaram meu rosto, engolindo em seco. Não faça isso com o meu coração, Jasmine...

O DJ voltou a tocar músicas animadas, meus amigos e os outros inúmeros convidados começaram a dançar animadamente. Aquela noite foi insana, Jasmine parecia ferver de alegria com o resultado. O suor corria por nossos corpos, o verão era quente e a brisa era úmida.

Fogos de artifício pintaram o céu à meia-noite, marcando o fim do dia da aniversariante, mas não o fim da festa. Eu que o diga, porque as garotas já estavam doidas.

Atrás do salão, alguns caras fumavam despreocupadamente e talvez eu tenha dado uma passadinha por lá quando a madrugada chegou. Não era algo saudável, era perigoso até, pois algumas pessoas viciam facilmente, mas eu não tinha problemas com isso. Pelo menos, achava que não.

O salão mais fino da cidade talvez tenha visto uma das festas mais icônicas desde sua construção, a festa da linda e louca Jasmine Hamilton.

Ficamos até de manhã, olhamos o sol nascer em Ville Amoris como se ele estivesse ali apenas pela nossa existência.

Apenas porque nós éramos jovens indestrutíveis.

E nos sentíamos reis e rainhas daquela cidade.

“Lembra como escapávamos para o verão
Fogos e brilhos iluminavam os céus negros
Nos agarraríamos a nossas vidas um pelo outro
[…]
Éramos adolescentes vivendo a vida em fuga
Como no sonho americano, querida
Nada a perder e ficávamos loucos por diversão
[…]
Flores em seu cabelo e seu hálito cheirava a whisky
Prometi que aonde fosse, levaria você comigo”
Damn You – Lana Del Rey


Notas Finais


E aí? Curtiu? Fala comigo bb

XOXO


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