História Girl gone Wild - Cap III

Ninguém sabe o que sinto por dentro. Acho isso tão estúpido, então por que tenho que me esconder para eu fazer amor com você, querido?

[...]

- Sugoi – Annabeth exclamou alto demais. Mas, logo arrependeu-se já que a sala desviou a atenção do sensei para si.

- Nani? – Sasori que acabara de se apresentar, não estranhou a surpresa da aluna. Já estava acostumado com esse tipo de reação por parte das pessoas. Todos ficavam espantados quando, o ruivo lhes dizia que já fora sensei ou quando referia-se a sua idade, sua aparência lhes mostrava outra coisa, era realmente ‘’muito jovem’’.

- Gomen, nada. – Annabeth queria que, um grande buraco abrisse neste exato momento para a mesma se enfiar nele e, não sair de lá tão cedo.

- Baka. Escandalosa como sempre. – Kaori ria divertida.

- O que eu podia fazer Kao nee-chan? Você viu que um ‘’aluno’’ vai nos dar aula? – Annabeth falava ao ouvido da prima.

- Beth nee-san não seja tola, aquele é o sensei de quem lhe falei há pouco. – Kaori diz com um olhar sugestivo a Sasori que, no momento explicava como iriam proceder as aulas daquele dia em diante.

- Por Kami-Sama, aquele é o ruivo lindo, tesão, bonito e gostosão que você falou-me a pouco? Não creio. – Era visível uma Annabeth indignada.

- Hai. Mas, também não é para tanto. Ele não é tudo isso. – Kaori já encontrava-se vermelha novamente.

- Não? Morta estou, morta estou. Eu sei que, você o achou um pedaço de mau caminho. Mentir é pecado nee-chan. – Annabeth ria debochada.

- Posso saber o que ambas tanto falam que, não podem prestar atenção em minha aula? – Sasori já havia notado que, a conversa por ali já havia passado dos limites e sem mais delongas resolveu interromper o assunto das ruivas.

- Gomenasai sensei. Isso não irá se repetir. – Kaori respondeu-lhe séria.

- Yare yare assim espero. – Respondeu a aluna sem muito interesse e assim prosseguiu a aula.

Kaori mal prestou a devida atenção na aula, estava concentrada em outra coisa (alguém). Ainda estava surpresa bem como, todos de sua sala com a bela aparência do mais novo sensei de artes.

Podia jurar que ele estava mentindo, mas acreditou quando o viu entrar e se apresentar como sensei.

- Alguém sabe responder-me qual a essência da arte egípcia? – Sasori questionava os alunos.

O silêncio reinou no recinto, a não ser por uma certa ruiva saltitante.

- Eu, eu. Eu sei, eu sei. – Annabeth praticamente gritava com os braços erguidos chamando a atenção do ruivo para si, ou pelo menos foi o que achou.

- A moça ao seu lado. – Sasori apontou e, Annabeth cutucou a prima que parecia estar em outra dimensão.

- Hai. – Kaori respondeu atônita.

- Responda-me a pergunta que lhe fiz. – Sasori a observava.

Kaori deu um olhar sugestivo à prima que, entendeu que a mesma realmente não havia prestado atenção em nada.

- A essência da arte egípcia. Arte egípcia. – Annabeth sussurrava.

- Ah, sim. Este povo acreditava na existência de deuses que influíam em tudo e também na vida após a morte, muito mais importante para eles que a vida presente. O faraó era considerado como um deus sobre a terra, representando assim os homens junto aos deuses e estes junto aos homens. Estas crenças determinaram principalmente a arquitetura, pois os monumentos mais importantes desta civilização são os túmulos e os templos. Destaca-se, naturalmente, a construção de pirâmides para enterrar os faraós, que eram mumificados e sepultados nestas edificações com todos os seus pertences, inclusive com os escravos, para propiciar sua viagem pela eternidade. – Kaori explicou.

- Exatamente, muito bom os aspectos aos quais deu ênfase. E, alguém sabe me responder quais foram as mais importantes pirâmides do antigo império? – Sasori questiona os alunos mais uma vez.

- Eu, eu... Euuuuu. – Notava-se uma Annabeth inquieta.

- Você... – Apontou novamente para Kaori.

- As pirâmides mais importantes localizam-se no deserto de Gizé e foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. – Kaori respondeu-lhe.

- Muito bem, isso mesmo. Sra...

- Kaori. – A ruiva completou.

- Muito bem, Sra. Kaori. Bom, como pude perceber somente sua colega de classe sabe sobre o assunto que estamos tratando em aula. – Sasori falava referindo-se a Kaori e, pode perceber que Annabeth o fuzilava já que, não a deixou responder. – Nesse caso, quero para a próxima aula uma resenha abordando os principais aspectos a respeito das pirâmides do Antigo Império. – Terminou por fim.

Todos anotaram o dever sem muito interesse.

Logo, o sinal soou e para alegria de alguns Sasori retirou-se da sala, pois sua aula havia terminado.

O resto do dia correu bem com exceção de Annabeth que, torturou a prima com comentários nada sutis a respeito do sensei que acabará de chegar.

Enfim, as aulas daquele dia haviam acabado e, ambas as ruivas foram cada uma para sua casa.

Kaori não parou de pensar em Sasori, um minuto sequer durante a tarde quando, deu por si estava atrasada para o trabalho e sabia que, Nagato seu primo e acima de tudo seu chefe odiava atrasos. Ele dizia que, tempo é dinheiro.

Tomou um rápido banho e, se aprontou como manda o figurino. Kaori vestia um top de couro preto, com um enorme decote deixando a mostra o par de seios fartos acompanhado de uma minissaia de couro, com uma espécie de tutu de renda de mesma cor.

Maquiou-se às pressas, seu rosto mudava completamente quando, ‘’vestia’’ sua outra personalidade. Agora era Tsuki, a dançarina de um cabaré disfarçado de boate. Colocou os sapatos e, por fim o sobretudo preto do qual o comprimento ficava um pouco acima dos joelhos, o mesmo possuía quatro botões em cada lateral. Prendeu o longo cabelo em um coque mal feito, deu uma olhada em seu espelho sua cara não era das melhores.

- Okay Kaori, quero dizer Tsuki. – Forçou um sorriso. – Mais uma noite. – Suspirou pegando sua bolsa e saindo dali.

Andava com certa pressa o que, era visível para todos que caminhavam nas ruas aquele horário. Viu no relógio de pulso 19h30min, realmente estava muito atrasada no ponto de vista de seu chefe. Sendo assim apertou o passo.

Amnesia Lounge, já era possível avistar o nome da boate que, era iluminado por pequenas lâmpadas coloridas ao seu redor.

Chegando ao local Kaori, fora direto ao camarim notando que havia certo movimento de pessoas no lugar. Só não contava que, seria barrada no caminho.

-Esta atrasada...

E estou aguentando firme pela vida. Não vou olhar para baixo, não vou abrir os meus olhos.

Vou deixar o meu copo cheio até de manhã, porque estou aguentando firme hoje à noite.

[...]