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História Girl on Fire - As palavras não ditas.


Escrita por: ladylim

Notas do Autor


Olá leitores,
Escrevi mais um capítulo bem longo para vocês.
E esse gostei muito de escrever, acho que vocês também vão gostar. Ele está cheio de sentimentos confusos e descobertas boas...
Não se esqueçam que podem ficar à vontade para criticar e dá a opinião de como seguir a história.
Então desculpem pelos erros e Boa leitura.

Capítulo 6 - As palavras não ditas.


Fanfic / Fanfiction Girl on Fire - As palavras não ditas.

Ergui o olhar para o Charles, sem saber ao certo por que a própria presença dele, era tão reconfortante. Não devia ser.

- Emma? Eu posso te ajudar com alguma coisa? - ele pergunta assim que desliga o celular e o coloca sobre a mesa.

Mesmo ainda o encarando me assustei com o som da voz dele, mas isso não devia ter me surpreendido. Eu não estava me submetendo ao maior perigo imaginável?

Fiz uma expressão de desgosto tentando escolher as melhores palavras para começar a falar.

- Eu só vim... Me desculpar por ontem. - minha voz saiu baixa. - Espero que você não considere o que eu fiz ontem e por isso não deixe mais ter outras festas aqui no Instituto... Se você quiser eu não vou mais em nenhuma, mas não proíba os outros alunos de fazerem festas aqui.

Ele me encarou e por alguma razão que eu não entendi ele sorriu. Levantou da cadeira e andou na minha direção.

- Emma, eu não vou proibir de ter outras festas. Nem de você frequentar elas. - ele disse sentando numa cadeira de frente pra mim.

Franzi o cenho não entendo muito.

- Mas vou começar a limitar o uso de bebidas. Não quero que se repita novamente o que aconteceu. - avisa.

Determinada a me guiar por minha mente, não por meu coração, inspirei fundo.

- Eu não queria ter estragado, mas não controlei o uso de bebida e acabei fazendo um monte de bobagem. - tentei explicar. - Eu sei que não é desculpa dizer que foi tudo a bebida, mas no meu caso foi isso. Eu nunca tinha bebido. - admiti.

Charles me estudou por um momento, então seus ombros caíram com um suspiro cansado.

- Eu não estou te julgando Emma. - comentou ele - Só quero que tome mais cuidado quando for beber novamente. Apesar de eu achar que não deve mais beber. Só que eu não posso te proibir de nada. Então só me resta te orientar.

Eu corei por algum motivo que eu não sabia e desviei os olhos para os botões de sua camisa. E antes que eu pudesse falar ele pergunta.

- Você está com algum problema?

O olhar de Charles sondava o meu.

- Não. Porque? - eu quis saber com medo que ele suspeitasse de algo ou que tentasse vê algo em minha mente.

- Se nunca tinha bebido porque resolveu fazer isso ontem? - pergunta sério.

Ele falava como se considerasse aquilo uma terrível fraqueza. E talvez fosse a minha.

- Acho que me empolguei. Eu nunca tinha ido à uma festa. E quando vi tanta gente, bebendo e se divertindo eu resolvir que também iria aproveitar um pouco. - disse mudando algumas coisas.

Não podia falar que ele havia sido o real motivo de eu ter caído na bebedeira.

- Foi só por isso mesmo? Preciso que seja sincera comigo Emma. - pergunta ainda não convencido.

- Foi só empolgação! - disse num tom firme e séria para convencê-lo.

Charles se levantou e caminhou até sua mesa.

- A bebida não é a solução. Não se afogue nela na tentativa de esquecer seus problemas. - me avisou.

Ele estava de cenho franzido, as linhas de preocupação em seu rosto perceptivelmente mais profundas.

- Eu quero me desculpar também pelo beijo... Como sabe a bebida estava me controlando. Se eu tivesse sóbria eu não teria feito aquilo, acredite. - falei rápido na tentativa de concluir logo tudo que eu tinha para falar.

Minha mente estava rodando, eu queria falar a verdade pra ele, mas eu não podia, o que ele iria falar caso eu revelasse? 

Acho que ele percebeu meu nervoso e me encarou por um tempo se encostando novamente em sua cadeira e pôs as palmas dele abertas sobre a mesa

- Tudo bem Emma, esqueça isso. - ele falou e abaixou a vista para um monte de papel sobre a mesa dele.

Minha garganta estava seca demais para entender. Como assim ele não havia ficado com raiva? Era estranho, mesmo ele sabendo que eu estava bêbada deveria ter me dado uma bronca, não sei, qualquer coisa diferente daquilo. Seria compreensão o que eu via no rosto dele? Parecia.

- Então não vai me expulsar daqui? - questionei ainda achando estranho.

Charles esfregou as têmporas e exibiu um olhar triste.

- Porque eu faria isso? - ele quis saber.

Franzi o cenho. Pelo jeito o beijo não significou nada pra ele. E porque significaria alguma coisa?

- Por ter ficado quase nua na festa e por ter te beijado? - falei mostrando irritação.

Ele olhou para mim como se nunca tivesse me visto antes e esfregou o olho, sonolento.

- Isso que você fez é mais um motivo para você continuar aqui. - ele disse sorrindo. - Precisa controlar sua empolgação para não causar mais danos aos outros.

A voz dele saiu real o suficiente para me deixar levemente confusa. Respirei fundo.

- Eu sempre faço isso não é mesmo!? - não conseguir controlar meu tom irritadiço.

- Não se culpe pelo que fez, só use seus erros como forma de aprendizado. - avisa.

Ele está me ignorando, definitivamente não significou nada o beijo para ele.

-  Obrigada. - agradecir decidida que não tinha mais nada que fazer ali.

Eu não esperava que ele dissesse que gostou do beijo, mas também não estava esperando ele ficar tão calmo como ficou. Me levantei e sai as pressas dali, ainda me sentindo confusa e irritada com a conversa. Percorrir o comprido corredor branco, talvez um pouco desequilibrada e confusa.

A noite veio e pareceu ser longa pois não dormir direito. Muitas coisas rondavam na minha cabeça. E de tanto ficar pensando cheguei a uma conclusão. Eu precisava de uma distração para esquecer o Charles e esquecer do beijo. Molhei os lábios, quando lembrei do beijo. E do que eu senti. Foi bom mas eu precisava esquecer. 

Depois de um tempo o sono veio e eu mergulhei silenciosamente no sono conturbado pelo dia que tive.

Assim que amanheceu e o relógio me despertou, me apressei para me arrumar. Quando fiquei pronta saí do quarto e seguir para o refeitório. Jean desde que se entendeu com Scott havia me esquecido e não me esperava nem para ir juntas tomar café da manhã. Com a bandeja do café da manhã em mãos, procurei atentamente um lugar mais tranquilo para sentar. Fiquei tensa quando vi Charles e mais outros dois professores sentados em uma das mesas. Então procurei uma mesa para mim o mais distante possível deles. Respirei fundo várias vezes, para deixar minha mente relaxada. Assim que fiquei um pouco mais confortável acabei esbarrando de frente em alguém que não me vira andar rápido em sua direção. Não conseguir ver a pessoa com a qual esbarrara, apenas olhar o estrago no chão. Meu café da manhã todo derramado, e só o que restou foi a metade do único café que sobrou, pois a outra metade caíra em cima de mim e em meu oponente. Eu fiquei com a roupa toda molhada e uma fera.  Só me vinha à cabeça o pensamento de que, quando a roupa molhada enxugasse, eu ficaria toda pegajosa. Só me faltava agora ter formiga. Enfim, bradei com o culpado de tudo; pelo menos eu achava que era o único culpado.

- Você está cego? Por que não olha por onde anda? - falei quase gritando.

- Calma! Eu pego outro café para você, menina!

- Eu não estou brava pelo café, estou brava pelo banho que você fez eu tomar. Vê? Agora vou ficar toda pegajosa. - disse tentando vê o estrago na roupa.

- Eu não sou o único culpado, foi você quem correu em desatino ao meu encontro, me dando um banho. Se você não queria que isso acontecesse, por que, então, não fez implante de mais um braço ou nasceu polvo? Carregar livros, bolsa e café da manhã com apenas dois braços só podia dar nisso.

O encarei séria.

- Você é muito engraçadinho! Vá ao oculista, tá na cara que você está cego.

Ele me olhou, sorriu e respondeu com a maior calma do mundo:

- Eu sou Pietro e você?

Dei de ombros. Queria dá um tapa nele, por está ali com raiva esperando ele revidar e o mesmo não fazer nada. Somente se acalmar do nada.

Eu precisava descontar em alguém minha raiva. Mais aí eu olho para o lado e vejo que todos nos olham curiosos. Decido me acalmar.

- Em... Emma. - respondir a contra gosto.

- Então, Emma, posso pegar o número do seu telefone? Acho que vou ter que processá-la se essa mancha em minha roupa não sair.

Eu realmente não sabia o que falar. Meio que no automático, peguei um pedaço de papel e escrevir o número, entregando-o em suas mãos. Então ele se despediu de mim e disse que me ligaria.

Fiquei ainda abobalhada com o que aconteceu. Eu dei meu número para um cara desconhecido? Eu queria mata-lo em pedacinhos e do nado estou lhe dando meu número de telefone? Sério isso? Realmente eu estava evoluindo. 

Já estava atrasada para a primeira aula e decidir não comer mais, ainda tinha um biscoito na mochila serviria para enganar meu estômago até acabar a aula. Ao saí do refeitório percebir que o Charles e o tal de Erick me olhavam. Fera não estava mais com eles. E por alguma razão Charles percebeu que eu os vi e desviou o olhar. Será que ele viu o que acabará de acontecer? Mesmo que tenha visto, isso não vai importar pra ele. Assim como o beijo não importou...

Entrei na sala e por sorte o professor ainda não tinha chego. Jean já estava na sala sentada no fundo conversando com duas meninas. Sentei perto delas e aproveitei para comer meu biscoito até o professor chegar.

- Porque demorou? - Jean pergunta bruscamente.

- Tive um problema. - respondo tentando comer o biscoito e encontrar meu celular na mochila.

Desde que cheguei no Instituto eu havia esquecido meu celular completamente. E eu sabia que eu o tinha pego e enfiado na mochila quando saí apressada da casa de meu tios. Ele tinha que está ali em algum lugar...

- Como sempre. - Jean resmunga. - Você não tomou café? - continua ao me olhar comer.

Estava tão ansiosa para encontrar o celular que enfiava a bolacha na boca sem nem mastigar.

- Meu café caiu no chão graças à um idiota que encontrei no refeitório. - disse com a boca cheia.

- Que idiota? - pergunta curiosa.

- O nome dele é Pietro. Pediu meu número de telefone e disse que vai ligar para eu pagar o prejuízo da roupa dele, se tiver.

Por alguma razão o nome Pietro atraiu os olhares das meninas sentadas perto da gente.

- Pietro? O cara gato que sempre visita a escola? - pergunta uma menina de cabelos pretos e com uma única mecha branca neles.

A olhei confusa.

- Isso eu não sei, ainda não tinha visto ele aqui.

- Prejuízo? Que prejuízo que nada! Isso é balela. Ele disse quando vai ligar? - Jean se apressa em falar.

- Não.

- Você não perguntou? - a outra menina quis saber.

- Não.

- Por que não, Emma? - Jean questiona.

Olhei pra ela e fiz uma careta.

- Porque não. Sabe, fiquei tão surpresa com o que aconteceu que não conseguir mais falar. - respondir e dei um grande sorriso quando encontrei o que eu procurava.

- Ele é lindo! - a menina com mecha branca fala. - Você é poderosa, amiga. Um gato daquele interessado em você.

- Ele parece mais velho. - rebatir e ao mesmo tempo que olhava meu celular.

- Nem tanto. - Jean sussurra - Ouvi o Fera uma vez conversando sobre ele, parece que ele tem 19 anos. - pausou por um tempo e continuou. - Ele não estuda aqui, mas parece que é mutante como nós. Você o achou bonito?

- Sim.

- Qual é, Emma, você vai ficar respondendo apenas sim e não? - ela fala irritada e tira o celular das minhas mãos.

Levantei uma das sobrancelha.

- O que vocês querem? Eu não sei o que falar. Ele me surpreendeu pedindo meu telefone, eu dei, disse meu nome, ele disse o dele e foi isso, depois entrei aqui. O que vocês queriam que eu dissesse?

- Nossa! Se um cara lindo daquele pedisse meu telefone eu jamais teria entrado na sala.

- E nem eu, Vampira! Eu iria conversar com ele. - Jean fala olhando para a menina com a mecha branca que pelo jeito era a tal da Vampira.

- Mas o que vocês querem que eu faça? Ele não me convidou para conversar. Ele só pediu meu telefone e mesmo assim para cobrar o prejuízo. E eu errei, não devia ter dado. E agora me deixem em paz! - disse irritada e pegando meu celular de volta.

- Calma! Não está mais aqui quem falou. - Jean fala levantando as mãos.

- Nossa! Ela fica de mau humor rapidinho, né? - diz Vampira rindo.

Depois dali o dia seguiu normalmente. Algumas aulas com o Fera e um pouco de treinamento para memória com um outro professor. 

No dia seguinte, antes de saí do quarto pela manhã, recebi uma ligação de Pietro. Estava me convidando para sairmos à noite, para um jantar. Eu não sabia se podia saí do Instituto à noite mas mesmo assim aceitei o convite. Estava decidida a esquecer o beijo e nada melhor que conhecer novas pessoas e saí numa sexta feira à noite. Quando a noite chegou, Jean me ajudou a me vestir, já que eu sou totalmente sem noção para isso. Vesti um vestido casual preto que ficava um pouco colado no meu corpo, mas nada vulgar. Ela fez um penteado básico no meu cabelo e fez minha maquiagem. Assim que o táxi chegou me despedi de Jean e avisei que se alguém sentisse minha falta era para ela me cobrir dando alguma desculpa pela minha ausência. Eu nunca tinha saído as escondidas, mas eu estava precisando me distrai e não conseguiria ficando no Instituto.

Cheguei no restaurante que combinei com o Pietro e logo o vi sentado ao fundo do restaurante. À noite seguiu tranquila. Ele falava bastante, o que fez eu descobrir muitas coisas sobre ele. Ele parecia ser um cara legal, era bem divertido.

- Eu estou falando sozinho - ele reclamou depois de contar uma longa história sobre os problemas que teve chamando uma garota mais velha pra sair.

- Desculpe. Eu não sou muito de falar.

Apesar da conversa não está ajudando eu esquecer o Charles. Mesmo assim, eu estava me divertindo mais do que havia julgado possível.

Pietro apenas me encarou por um tempo e de repente colocou a mão direita sobre a minha o que fez eu me sobressaltar.

- Emma? - a voz familiar do Charles soou, parecendo mais próxima do que a mesa atrás da gente.

Os olhos de Charlie se arregalaram e voaram pra ver a mão de Pietro sobre a minha.

- Charles? - falei assustada.

- Eu a convidei para jantar Charles. - Pietro se apressa em responder.

Charles olhou para mim e Pietro com olhos suspeitos e sem dizer mais nada saiu em direção a uma mesa que ficava a poucos metros da nossa. Ocasionalmente, Charles nos lançava um olhar, mas em momento algum se aproximou mais de nós. Ele passou a noite conversando com uma mulher aparentemente mais nova do que ele, tinha seus 21 anos. Eu não sabia quem era ela, mas pareciam ser íntimos. Ela se vestia muito bem para uma adolescente. Possuía um belo corpo que se destacava com seu cabelo loiro e com a minissaia que usava.

- Você quer ir embora? - Pietro pergunta ao notar meu desconforto.

- Sim, estou com um pouco de dor de cabeça. - menti.

Pietro pediu a conta e logo saímos dali. A noite para mim já tinha acabado. Pietro se ofereceu para me acompanhar até o Instituto mas eu não aceitei dando a desculpa que não queria dá mais motivo para os alunos continuarem a falar de mim. E então só o agradeci pela noite e me despedi. Ele me deu um longo e demorado beijo no rosto e saiu.

Ainda na rua caminhei até o ponto de taxi, mas no momento que cheguei não tinha nenhum disponível. O homem que controlava tudo ali disse que chegaria um em 10 minutos. Sem opção me sentei na frente de uma lanchonete que ficava perto do ponto de taxi e apenas pedi um sorvete para ficar esperando até o taxi chegar. Estava tão absorta em meus pensamentos que não percebir quando alguém se aproximou. Então o vi diante de mim, eu sentada e ele de pé. 

- O que você está fazendo aqui? - Charles pergunta aparentemente zangado. E como não reajo bem às iras inexplicáveis, respondir com ironia:

- Eu posso perguntar o mesmo. O que você está fazendo aqui? Por outro lado, posso responder que “não é de sua conta”. Mas eu prefiro ignorar a pergunta e fingir que não estou ouvindo, tampouco vendo quem quer que esteja à minha frente. Não é melhor?

Ele deu um passo na minha direção. Então pareceu pensar melhor e se afastou ainda mais.

- Você não pediu permissão para saí do Instituto. - fala mostrando está irritado.

- Eu precisava me distraí, não aguentava mais ficar presa naquele colégio. - admiti num tom sério.

- Não pode saí assim sem avisar ninguém. Eu não sabia que você poderia ser tão malcriada. Entretanto, é perfeitamente compreensível, são arroubos da adolescência, afinal de contas, você não passa de uma criança mimada e provavelmente não aprendeu nada no Instituto sobre educação e boas maneiras.

Eu sorrir de deboche diante das palavras dele.

- Uma criança que você deseja, não é? - disse de repente não medindo as palavras. - Sou uma criança que sabe exatamente o que quer e não tem medo de querer, diferente de você, um senhor tão adulto, tão dono de si, não passa de um covarde medroso.

Ele nada respondeu, apenas pareceu surpreso com minha atitude, acho que me subestimou. Eu brigo no mesmo patamar, sendo ele mais velho do que eu ou não.

- Boa noite, Professor!

Falei e saí correndo pela rua. Não sabia ainda aonde eu estava indo, mas não queria parar e continuei andando. A surpresa não parou. Charles havia me seguido de carro e parou logo atrás de mim, descendo do veículo como um louco.

- Emma! - ele gritou e  assim que alcançou me puxou bruscamente.

- Você é louco? - falei puxando minha mão quando senti o aperto forte da dele quase me machucando.

A expressão dele mudou de repente para um irritado ao confuso.

- Eu sou louco, sim. - começou com aparente sinceridade. - Eu estou louco desde o dia em que te vi. Não paro de pensar em você um só instante. Eu mal consigo trabalhar, só fico pensando em você.

Cambaleei para trás, como se ele tivesse me atingido fisicamente. Fiquei atordoada com o que ouvi. E, com uma desconhecida fraqueza, fiquei também feliz por isso.

- Você disse para eu esquecer do beijo... - comentei numa voz fraca e fiz um esforço para retirar toda a emoção da minha feição.

Eu o olhei, vendo ser destacado pelos faróis de um carro que vinha na direção oposta o cansaço que pairava nos olhos dele.

- Fui um idiota.

- Sim. - eu não negaria o óbvio.

Mesmo assim, eu não reagi externamente à presença do Charles ou à surpreendente confissão dele, embora meu coração tivesse começado a bater mais rápido.

Ergui a cabeça, os olhares duelando imediatamente. Porque ele estava com grandes linhas de tensão em torno de seus lindos olhos azuis. Por vontade própria, minha mão se ergueu para alisar aquelas linhas. Um volátil misto de emoções me percorreu, necessitando apenas da menor das faíscas para causar uma explosão.

 


Notas Finais


Charles sempre nos surpreendendo...

Espero que tenham gostado.

Até o próximo capítulo.


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