História Girlfriend - One

Ouço o barulho irritante do despertador, o mesmo barulho que eu escuto todos os dias. Levo minha mãe até a escrivaninha, e procuro pelo despertador e aperto o botão para fazer o som parar de tocar.

Cubro minha cabeça novamente com o coberto e pego meu celular debaixo da coberta e desbloqueio, olhos as mensagens, e nada de muito importante, Anny como sempre envia-me mensagem.

-Bom dia. – Ela mandou. Ela sempre manda isso, todo dia, e por incrível que pareça eu não me canso de ler isso todos os dias de manhã. Sinto-me, mas animada ao saber que minha melhor amiga pensa em mim quando acorda.

-Bom dia. – Mandei de volta.

-Tua mãe aceitou você ir a viajem de formatura do último ano da escola? – Todo o ano tem alguma coisa que me faz mudar de escola. Ou é minha mãe, ou meu pai. Nesses três consecutivos anos consegui ficar na mesma escola, e no final dele, todos da minha série irá a Sydney.

-Tu sabe como ela é, muito preocupada com tudo, tem medo de deixar eu ir até a esquina, mas dessa vez ela deixou eu ir. – Eu mandei. – Expliquei tudo nos mínimos detalhes, sobre aonde vamos ficar, disse que iria com você, claro. Bom não vou lhe dar detalhes do que disse.

-Certo. – Li a mensagem e bloqueei o celular e o conectei no carregador.

Falta apenas dois dias para entrarmos em férias, é um alivio saber que não vou me preocupar com faltas, repetir o ano, provas, me preocupar com quase tudo. Na faculdade é tudo, mas fácil. Fotografia é uma coisa maravilhosa de se fazer, essa é a faculdade que sonho em fazer desde meus doze anos, sou completamente apaixonada por isso, me sinto bem fazendo o que gosto.

São exatamente 07h30min da manhã, me levante e vou até o banheiro, me apoio na bancada da pia e me olho no enorme espelho  grudado na parede e a única coisa que eu penso é que eu estou horrível. Estou totalmente acabada, não durmo direito há quase três dias, meu sono é incontrolável.

Tiro minhas roupas lentamente e fico apenas de roupas intimas, ligo o chuveiro e tiro as últimas roupas que ainda estão em meu corpo. Entro debaixo da água gelada, isso me ajuda a despertar do sono, e começo a me limpar.

Pego minha toalha aonde a deixei antes, me enrolo nela e volto ao meu quarto. Pego minha calça preta de cintura alta, uma camisa cinza com um coração preto simples no meio, as mangas dela são até as mãos, meu tênis branco. Passo perfume, creme hidratante, muito rímel e visto minhas roupa, pego a mochila na cadeira da escrivaninha e meu celular no carregador.

Caminho até a cozinha lentamente sem nenhuma pressa, dou bom dia para Miguel, meu irmão mais novo, ele tem sete anos, um amor de pessoa. Dou bom dia para minha mãe, meu pai já deve estar no trabalho. Pego o copo com café que minha mãe faz todos os dias. Me sento na mesa e começa a murmurar algumas coisas com minha mãe.

-Sim mãe vai ficar todos no hotel, vão reservar um hotel só para nós. Vai ter seguranças e as professores vão estar sempre com a gente nos passeios. – Me sinto horrível mentindo para minha mãe, os professores vão deixar irmos ir aonde quisermos, mas vamos ter que estar as 21:00 no hotel, caso contrario eles vão ligar para nossos pais.

-Tudo bem, tudo bem. – Ela pega as chaves no carro na ilha da cozinha. – Vem vou te levar pra escola hoje.

-Okay. – Pego o livro na bancada da mesa, meu pequeno fone de ouvidos, e sigo Miguel e minha mãe até o carro, abro a porta da frente e sento no banco, jogo minha cabeça pra trás e respiro fundo.

Abro o livro na última pagina que li e começo a leitura. Termino o capítulo e guardo o livro na mochila, olho pela janela e vejo as arvores passarem rapidamente sobre meus olhos. Começo a reconhecer as ruas, e prevejo que estou na rua da escola.

-Mãe pode estacionar aqui, vou encontrar Anny antes de entrar na escola. – Ela parou o carro uma esquina antes da escola. Saio do carro e fecho a porta. Caminho até a loja onde Anny trabalha a melhor loja que ela poderia trabalhar a cafeteria. Caminho até a bancada onde fica a caixa registradora, vejo Anny sentada no banco atrás da mesma bancada mexendo no celular, e pigarreio e ela me olha.

-vem, temos que ir. – Digo e ela sem dizer nenhuma palavra pega a bolsa no chão, o celular e caminha até os fundos. E quando  volta, vem atrás dela Arthur.

-Bom dia. – Ele diz com um sorriso no rosto.

-Bom dia. – Retribuo o sorriso e olho para ele.

-Vem, vamos. – Anny diz.

Caminho até a porta, a abro e sinto meu celular vibrar no bolso da calça. Pego ele e é uma ligação de meu pai.

-Alô pai.

-Filha, não vou poder te levar no aeroporto sexta-feira. – Ele diz, pelo o que eu já percebi, ele vai trabalhar até tarde.

-Tudo bem, eu vou com a Anny. – Digo o, mas simpática possível sinto- me mal em falar ignorante com meu pai. Ele é meu melhor amigo desde sempre, não me lembro um dia em que eu e ele brigamos.

 -Tu vai querer dormir na casa dela? – Ele perguntou.

-Sim, eu acho. Pai tenho que entrar na escola.

-tchau. – Ele disse e desligou, voltei meu celular a meu bolso e entrei na escola.

Adentrei na escola e andei até a sala minha e de Anny. A nossa sala é a segunda depois do portão, o que é um pouco ruim, mas bom. Ruim pelo fato de estar bem longe de todos os lugares que são importante como cantina, o pátio, jardim, diretoria, bom de tudo. Mas é bom por estar bem perto da saída.

Entramos na mesma e sentamos nos nossos devidos lugares na parede, encostei nela, a mesma parede gelada e dura. Coloquei os braços sobre a mesa e coloquei minha cabeça sobre eles.

Mas um dia no inferno. 

(...)

We don't need no education, We dont need no thought control, No dark sarcasm in the classroom, Teachers leave them kids alone Hey! Teachers! Leave them kids alone! All in all it's just another brick in the wall, All in all you're just another brick in the wall. – Pink Floyd, Another Brick In The Wall