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História Give it to me - Give what you deserve, parte III


Escrita por: AnaCCohen

Notas do Autor


Olá, como vocês vão?

Já começo me desculpando. De verdade, estou deixando vocês na mão e isso não é legal. Então vou começar a postar pontualmente todas as quinta-feiras, eu tento o capítulo completo ou não. Se vocês gostam do tumblr, criei uma conta para minha escrita e dica de escrita, assim que escrever pedaços da historia vou colando lá e também extras, porque nem tudo que eu quero consigo encaixar na historia, tirando as novas historias que me vem à mente. Vou deixar o link nas notas finais.

Boa leitura.

Capítulo 7 - Give what you deserve, parte III


— Ah, Percy! Exatamente quem eu estava esperando. Vamos, entre. Entre. — Zeus disse, abaixando a caneta que usava para assinar um papel. — Você sabe porque eu te chamei aqui?

Zeus colocou as mãos em cima da mesa, apoiando sua cabeça nelas, levemente interessado com um sorriso polido no rosto.

Ele parecia entediado.

Talvez destruir vidas tenha ficado chato.

Percy entrou na sala de cabeça erguida e tentou agir normalmente e não mostrar o quanto aquela pessoa lhe dava nojo. Tinha quinze anos, mas há tempos sabia o que Zeus era capaz de fazer. Ele havia matado suas duas mães e ainda mataria muito mais.

Zeus destruiria qualquer um que estivesse em seu caminho.

Se sentou na cadeira em frente a Zeus e continuou o observando, escondendo suas mãos que tremiam e cruzou seus pês que se balançava inquietos. Já Zeus parecia ignorante a tudo em sua volta. Ele afrouxou a gravata e tirou os cabelos brancos que caiam seu rosto, colocando seu paletó no apoio da cadeira com um suspiro contente.

— Tenho uma proposta para você, Percy. E se você for inteligente, como eu sei que você é, aceitará meu convite. Você tem quinze anos e já entende dos nossos negócios perfeitamente. Melhor do que seu pai ou eu jamais entenderemos. Você tem a qualidade inata de um líder. — Zeus disse de forma orgulhosa, como se ele tivesse sido o responsável. — Agora veja... o mundo está mudando. E eu quero que você faça parte desse novo mundo comigo. Nós podemos ser grandes, sei que podemos.

Zeus abriu uma gaveta em sua mesa com uma chave e tirou um revolver dentro dele, o colocando em frente a Percy, indicando com a mão que Percy deveria aceita-lo.

— Sim, estou te dando um revolver. Bonito, não? Recém adquirido. Pense nisso como um novo começo, uma página em branco. Eu sei que algumas pessoas tiveram que ser sacrificadas... sim, sim, mas você não vê que elas foram um meio para um fim? Um fim grandioso.

Zeus balançou a cabeça como se Percy fosse um menino ingênuo e voltou a falar mais animado, gesticulando com as mãos.

— Bem, não importa. Não nesse momento. Você não vê agora, mas ficará claro no futuro. Eles não morreram em vão. Mas para que esse nosso futuro seja possível preciso que você faça algo para mim. Você vai se encontrar com Hades, não vai? Ele nunca desconfiaria de você. Não de seu protegido, o defensor do pequeno Nico. Tão irônico.

Percy esticou a mão e tocou no reluzente revolver, preto e elegante, cabendo confortavelmente entre seus dedos.

Destravou a segurança e segurou o gatilho, apontando para Zeus, deixando um sorriso maldoso deslizar por seu rosto.

— E se eu me negar, o que vai acontecer? — Percy disse, realmente gostando do peso daquela arma em suas mãos. — Eu poderia acabar tudo aqui e agora. O que me impede de fazer isso?

— Ora, não seja assim. — Zeus disse, levantando as mãos em rendição. — Nós não queremos que o pequeno Nico se machuque, queremos?

Percy abaixou a arma antes que pudesse pensar melhor e saiu do escritório de Zeus, colocando o revolver com a segurança travada na bainha de suas costas. Não deveria ter deixado que seu temperamento falasse por ele. Mas agora era tarde, acabar com Zeus seria sua missão pessoal.

-x-

Percy bateu na porta e entrou sem pedir.

Zeus estava certo. Hades olhava alguns arquivos de casos criminais sem nem olhar para Percy.

— Tio? Você está ocupado? — Hades olhou para cima, o encarando e sorriu distraído, pedindo para que ele falasse, com um aceno de mão de apressado.

— Eu preciso te mostrar uma coisa. Vai ser rápido.

Percy tirou a arma das costas e apontou para a cabeça de Hades, destravando a segurança.

— Ah, entendo. — Hades acenou, compreensivo, cruzando as mãos em cima da mesa.

Era estranho, Hades mostrava uma empatia que Percy não havia visto antes. Não era a reação de alguém que tinha medo de morrer, era de alguém cansado. Alguém que já havia passado por tudo isso.

— É uma decisão importante que você deve tomar, Percy. Antes de mim, Poseidon e Zeus, haviam outras pessoas. E antes dessas pessoas, outras mais. Todas elas acabaram da mesma forma. Ou mortas por pessoas próximas, geralmente da família, ou pessoas desconhecidas que querem nosso poder. Ainda assim é sua escolha.

Percy abaixou a arma e colocou em cima da mesa, entre os dois.

Uma decisão fácil.

Provavelmente a última decisão fácil que tomaria.

Percy nunca poderia matar sua família, não quando já havia perdido tanto. Não que realmente fosse matar Hades, pois Hades era o único que parecia se importar com seu bem-estar. Foi quem o ensinou a atirar, quem o consolou nas horas tristes e foi quem lhe deu um motivo para viver com a chegada do pequeno Nico em sua vida.

Como Percy poderia fazer isso?

— Agora você acredita em mim? Ele é o culpado. Zeus mandou que eu te matasse.

— Eu sei disso, Percy. Muito mais do que você pensa. Há um motivo para Zeus ser o chefe.

— E você não vai fazer nada? Precisamos agir agora!

Percy se levantou da cadeira e começou a andar pela sala. Talvez se eles emboscassem Zeus, poderiam pega-lo desprevenido o suficiente.

— Não é a hora certa. Se sente e me escute. Agora, Percy. — Percy suspirou irritado, mas se sentou, encarrando Hades de má vontade. — Antes de derrubar Zeus, precisamos tomar o controle da organização. Se Zeus fosse morto agora, seria um caos. Novas alianças teriam que ser feitas e lealdades estariam em risco. Poderia se transformar em uma guerra cível. E não é isso que queremos. Você endente isso, Percy? Não é o momento certo.

— E o que devemos fazer, então? Esperar que outra pessoa tenha coragem de fazer o que eu não posso?

— Não, você vai ser o próximo chefe. Eu diria que você já está no caminho certo. Você tem senso de liderança e faz o que outros não tem coragem. Você mantém as pessoas seguras. E no nosso mundo, segurança é o mais importante.

Percy bufou.

Até parece! Ele ser o novo chefe? O que um garoto de quinze anos poderia fazer? Percy não sabia a resposta, mais faria o que pudesse para que o futuro não fosse destruído por Zeus Grace.

— Agora... nós tínhamos um almoço, não? Nico está nos esperando. — Hades baixou a tampa de seu laptop e Percy o seguiu para fora da sala antes de pegar sua nova arma. Mal poderia esperar para se encontrar com Nico, mesmo que eles tenham passado a noite inteira juntos.

-x-

— Nico, o que você está fazendo. — Percy queria ter perguntado, mas acabou saindo com uma afirmação. Seus olhos estavam tão sonolentos. Não deveria ter comido tanto, era culpa da comida perfeita de Nico. Talvez o baixinho tivesse colocado algum tipo de sonífero.

— Para a cama. Vamos, Per. Só um pouco.

Percy piscou e se encontrou sem roupas, estirado nos travesseiros. Nico estava a seu lado, tão sem roupa quando ele, deitado em seu peito, com uma perna no meio das dele e beijando seu pescoço suavemente, causando arrepios por seu corpo.

— Seu pai está no quarto do lado... ele vai ouvir. Você sempre geme alto. — Percy piscou novamente. Provavelmente esse não era o motivo porque era uma má ideia continuar com aquilo.

— Ele não vai ouvir. Ele usa tampões para dormir. Ele sabe da gente.

Percy não ouviu nada do que Nico disse. Só sentiu pernas delgadas e macias rodearem sua cintura, fazendo uma pressão em círculos contra seu membro ereto. Nico beijou seus lábios devagar, os lambendo feito um gatinho e desceu para seu ombro, massageando seus mamilos com as mãos.

— É por isso mesmo que a gente deveria parar. Não é certo. — Veio a resposta atrasada de Percy.

Era difícil se concentrar.

Nico sempre havia sido tão bom com seus dedos? E aquela boca, sempre foi tão macia, beijando sua virilha, bem no meio de suas pernas, abocanhando suas bolas, as lambendo feito um sorvete?

— Hmm, Per. Eu posso? Só dessa vez. Eu vou me comportar tão bem. Eu juro. — Nico segurou na base de seu membro e Percy gemeu longamente, agarrando nos cabelos de Nico mais forte do que pretendia.

— É verdade o que eles dizem, não é? Que você é uma vadia que gosta de provocar, que você abriria as pernas para o primeiro que aparecesse? — Percy não deixou Nico responder e forçou a cabeça de Nico para baixo, o fez lamber seu pau e esfregou o rosto de Nico pela a extensão e só deixou que Nico respirasse quando ficou molhado e brilhando. — Me responda.

— Eu--eu nunca... eu só beijo eles. Eu nem toco neles. Só há uma pessoa que eu quero que me foda.

— Hmm, é? Só uma? — Percy murmurou de olhos fechados, sentindo Nico finalmente beijar a cabeça de seu pau, delicadamente e com cuidado. Mas não, não era o que Percy queria. Forçou a cabeça de Nico para baixo, o sentindo engasgar e deixou que Nico respirasse, sem nem alcançar a metade.

— Eu acho que você pode fazer melhor do que isso. Que tipo de vagabunda é essa que não sabe chupar um pau, hmmm? Desse jeito eles não vão te pagar nada, querida.

Percy ouviu um gemido e uma língua molhada e macia o envolver, bobeando a cabeça e engasgando, quase sufocando, mas indo até o final, o mamando até que ele gozasse longamente na boca de Nico.

-x-

— Ei, Percy! — Um cara grande e alto disse, correndo em sua direção. Quem visse de longe pensaria que o homem representaria perigo, mas não para Percy.

Frank Zang era tão ameaçador quando uma borboleta.

— Frank.

— Você viu o novo cara que chegou? Ele não dura uma semana. — Frank se encostou a parede junto a ele e indicou com o dedo. Eles estavam no refeitório do presidio. E Frank estava certo. O garoto era baixinho e tinha cabelos ruivos desarrumados, sardas por todos os cantos. Era presa para aqueles tubarões.

Percy já podia ver outros presidiários se aproximando, praticamente o encurralando contra a parede.

— Você gostou dele? — Percy nem precisava saber a resposta. Se Frank não estivesse interessado eles nem estariam falando sobre esse garoto.

— O nome dele é Leo. Ele é bom com fogo.  Inteligente. Ele constrói coisas. — Percy olhou para o lado e sorriu. Frank olhava para o chão com o rosto corado. — Por favor?

— Você só precisava pedir. — Percy tocou no ombro de Frank e andou em direção a multidão.

Frank suspirou aliviado.

— Tudo bem, cambada. Dispersar. Quem mexer com que ele, mexe comigo.

Alguns resmungaram, outros, assim que viram Percy vindo, sumiram. Um ou outro permaneceu até entender que Percy não estava brincando.

— Nossa, cara! Dessa vez eu pensei que era a minha hora. Eu precisaria de um psicólogo pelo resto da vida. — Leo disse, enxugando o suor do rosto, sorrindo feito um idiota e estendendo a mão para Percy.

— Não me agradeça ainda.

— O-- oque? — Leo gaguejou e Percy então sorriu. Sua vida era muito mais divertida ali dentro do que no mundo real.

Vai entender.

...

— Nossa! Vocês tem uma cela só para vocês! E essas camas!? Elas parecem tão macias! — Leo se jogou no colchão da beliche de baixo e suspirou. — Eu não me lembro a última vez que me deitei em um lugar tão confortável.

Percy observava tudo de fora da cela, divertido.

Frank coçava o pescoço e olhava para trás, pedindo ajuda com aqueles olhos suplicantes.

Será que ele tinha que fazer tudo?

— Se você não se importa, vai dividir a cama com o Frank. — Percy vira os olhos de impaciência e entra na cela, empurra Frank para a frente e pula para sua cama no alto.

— Me importar!? Você ‘tá brincando? Eu estava dormindo no chão do outro presidio, no chão! Eles me chutavam tanto que já estava começando o doer. Você quer ver? — Leo segurou barra na camisa e já a levantava quando Frank finalmente se moveu, segurando as mãos de Leo.

— Não vai ser necessário.

— Isso é sério? Eu realmente posso dividir a cama com você? — Leo ficou nas pontas do pés e tentou olhar mais de perto do rosto de Frank. — O que eu tenho que fazer? Como eu posso retribuir?

— É só você... tratar bem o nosso amigo aqui. — Percy disse deitado de costas, indicando Frank. Ele nem precisou olhar para ver Frank ficar da cor de uma pimenta.

— Oh...! Você quer dizer que nem naqueles filmes?... — Percy precisou olhar essa cena. Leo estava praticamente colado em Frank com um expressão ansiosa de animação, com as mãos no peito largo de Frank.

Percy mordeu os lábios e tentou não rir. Ele se divertiria muito. E talvez ele ainda fosse ter um showzinho só para ele.

— O que? Não! Claro que não! Percy só estava brincando... isso! Brincando. — Frank se afastou de costas e saiu da cela praticamente correndo.

Frank deveria se divertir mais.

Percy faria, se pudesse.

— Então, o que eu devo fazer? — Leo perguntou, com o rosto triste, decepcionado. — Eu devo cuidar de você?

Era tentador, mas não. O garoto tinha gostado do Frank e só ele sabia como era triste ficar longe de quem se gosta. O que não deixava de ser divertido.

— Espere até a noite. — Percy deu ombros. — Tenho certeza que ele não vai negar quando vocês estiverem na mesma cama.

Leo abriu um sorriso brilhante e se deitou na cama de baixo. Logo o horário de lazer acabaria e chegaria a janta.

Depois disso Frank não teria como escapar dele.

...

— Porra!... O que você está--está fazendo?...

— Percy disse que eu deveria te recompensar por me defender.

Percy ouviu o barulho de fricção em roupas e um suspiro. Um barulho molhado de beijo e um gemido rouco e profundo.

— Você não precisa...

— Eu quero... você é tão grande, hmmm... Faria um bom estrago... você não quer?...

— Não! Pare com isso agora... agora ou--oh!...

— Hmmm, me diga. O que você vai fazer com esse pau grosso. Vai me fuder? Vai me abrir gostoso, hmmm?

Percy sentiu a cama se movendo e outro som molhado, ligeiramente diferente, um som de sucção.

— Hmmm, frank... — O som saiu abafado. — Tâo gostoso...

— Leo! Ahh... eu--eu estou... oh!

Percy ouviu sons de engasgo e um suspiro abafado. Sorriu, sentindo suas calças apertadas e se virou para o lado, se massageando suavemente. Era nessas horas que mais sentia falta de seu bebê.

-x-

Will enfim se sentia mais leve. Liberou Annabeth com um beijo, cinco mil reais e duas passagens de aeroporto. E sinceramente?... a vadia não merecia tanto.

Quando mais longe Annabeth estivesse, melhor seria.

Menos sujeira para limpar.

Estacionou o carro e saiu dele, se escondendo atrás de uma arvore.

Ali estava Nico, sozinho e desprotegido em frente a enorme mansão de Percy Jackson, esperando que o pesado portão aço se levantasse para que ele pudesse passar.

Hoje era seu dia de sorte. Correu até onde Nico estava e o segurou pelo braço. Depois de mais de um mês sem vê-lo tudo o que queria era prensa-lo contra a parede e fudê-lo ali onde qualquer um poderia ver.

Talvez um dia.

Talvez logo.

— Nico! Graças aos deuses, eu te encontrei! Eu estava tão preocupado. Você está bem? Eles não fizeram nada contra você, fizeram?

Will segurou a expressão preocupada no rosto, mas quase começou a rir. A expressão de surpresa e pânico no rosto de Nico era impagável. Nico olhava para o lado e mantinha os lábios fechados. Até parecia que eles estavam colados de tão comprimidos.

— Nico? Por favor. Eu sei que eu errei, eu só queria ter certeza que você estava bem. Eu senti tanto sua falta. — Will se aproximou mais e viu Nico relaxando, virando o rosto para encara-lo. — Você pode me dizer quem te machucou? Eu só quero cuidar de você.

— Eu--o que você está dizendo? Ninguém me machucou! Vai embora, eu vou chamar a segurança. — Nico arregalou os olhos e cobriu a boca, como se não pudesse acreditar no que tinha falado. — Droga! Droga! Droga! Isso não podia ter acontecido. Não podia!

Nico olhou para os lados e viu três seguranças correndo em sua direção. E uma câmera no alto do portão.

Ele estava tão ferrado.

— Will, não venha mais aqui. É perigoso. Eu não quero que nada aconteça com você. Mas se eu tiver que fazer, eu farei.

Nico tinha o ameaçado? Ameaço Will?

— Quem você pensa que é? Você acha que pode me ameaçar?

— Não sou eu que está te ameaçando. É um aviso do Percy.

— Você tem certeza? Ele não está aqui para te proteger, está?

Will deu dois passos para a frente e jogou Nico contra a parede, o beijando. Ele mordeu os lábios de Nico e quando Nico arfou com dor, Will aproveitou para chupar sua língua, o prendendo imóvel contra a parede áspera.

— O que seu querido Percy pode fazer, hm? O que ele vai fazer enquanto você está aqui sozinho desprotegido?

— Isso. — Nico levantou a perna e certou Will no meio das bolas enquanto enfiava a mão no bolso e espirava algo no rosto de Will, um spray de pimenta forte e ardido.

— Você vai me pagar, moleque! Você acha que eu vou ser bonzinho? Eu vou te ensinar o que respeito significa, vadia. Eu vou te fuder e te bater tanto que essas ideias vão sair da sua cabeça rapidinho.

— Você nunca vai me ter. Antes disso prefiro morrer.

Antes que Will pudesse se recuperar, Nico correu para dentro da casa enquanto o enorme portão de aço se fechava.

-x-

— É um enorme prazer conhece-lo, Sr. Jackson. Ouvi maravilhosas coisas sobre o senhor. — Quíron agarrou as mãos Percy e as balançou energeticamente em cumprimento.

Percy olhou para Nico, franzindo as sobrancelhas e Nico se colocou no meio deles, afastando as mãos de Quíron gentilmente.

— Esse é Quíron, o advogado que eu te disse. Ele trabalhou para Poseidon décadas atrás. Desde então vem seguindo o trabalho da família Jackson.

— Seguindo, é? — Percy olhou novamente para Nico e Nico deu de ombros. Era o melhor que podiam fazer no momento. Percy então se virou Quíron, desinteressado. — Você sabe que nosso caso é contra Zeus, certo? Ele é o real culpado.

— Ah, o pequeno Grace. Um garoto doce e bondoso. — Quíron olhou para a cara perplexa de Percy e emendou. — É claro, eu não o vejo há quinze anos. Posso estar enganado. Mas se você me permite dizer, tudo o que os ‘primos’ sabem, eles aprenderam comigo.

Percy levantou as sobrancelhas e Nico teve a coragem de parecer encabulado.

— Tudo bem, eu confesso. Escolhi Quíron porque ele sabe muito mais do que a gente. Ele é um bom advogado e um amigo da família. Provavelmente não vai ter muito perigo se ele começar a xeretar nas coisas.

— Talvez você tenha razão. — Percy enfim falou, suspirando cansado. — Mas Quíron, você sabe que Zeus é o culpado pela morte de Poseidon, Maria de Ângelo e Sally Jackson?

Percy olhou para suas mãos, com vergonha de encarar Nico. Ele era uma fralde, um fraco, era por isso que Nico ficaria melhor longe dele. Percy era o culpado de toda a tragédia que tinha acontecido e que ainda aconteceria.

— Maria e Sally? Não pode ser. Elas eram mulheres tão fortes. Como? — Quíron balançou a cabeça, se negando a acreditar.

— Isso agora não vem ao caso. — Percy disse, ignorando Nico e se manteve focado em Quíron. — Eu preciso que você investigue a morte de Poseidon e fique de olho nos movimentos de Zeus. Estamos entendidos?

Quíron acenou e se levantou, apertando mais uma vez sua mão e saiu da sala, deixando para trás só o silencio incomodo.

-x-

— Você tem alguma coisa para me contar? — Percy mal tinha esperado que Quíron saísse da sala, sentia que Nico precisava de uma distração. Se acomodou melhor e observou Nico arrumar papeis que já estavam arrumados, olhando para baixo enquanto lagrimas escorriam por seu rosto moreno. — Eu sei que Will te fez uma visitinha.

— Visitinha? — Nico engoliu em seco, piscando os olhos inchados e olhou sob os cílios para Percy. Não, Nico não mentiria para Percy. Pois aparentemente ele poderia ser um traidor, mas não era mentiroso. Diferente de Percy.

Acenou que sim e continuou sentado do outro lado da mesa.

— Will... ele... ele me beijou. — Nico fechou os olhos bem apertados e sentiu seu coração disparar. Suas mãos também suavam. — Ele disse que eu era uma vadia, que ele me ensinaria o que é respeito.

— Ele disse, é? Talvez ele tenha razão. — Nico dessa vez olhou para a frente. Percy não parecia estar brincando. — Tire as roupas.

Nico olhou para o chão, envergonhado e obedeceu. Tirou cada peça de roupa e as colocou em cima da cadeira que sentava, dando a volta na mesa e se deitando nela de bunda para cima com os pés apoiados no chão, em frente as pernas abertas de Percy.

— Nico, Nico, Nico. Essa já é terceira infração. Eu espero que não haja uma quarta. — Nico sentiu dedos ásperos arranharem sua pele e subirem por suas pernas, parando em suas nádegas. Percy as massageou vigorosamente e mordeu com vontade por entre suas pernas, perto de sua virilha.

— Percy, senhor! Eu--eu sint-

— Você sente muito? Eu deixei claro quais seriam os termos. Sem desobedecer. E sem Will. — Percy levantou a mão e começou a espalmar suas nádegas sem um ritmo ou mirando em um lugar especifico. Cada uma delas eram ardidas e dolorosas. — Você acha que algumas palmadas são o suficiente? Um pouco de dor e tudo vai ser esquecido? Você não acha que eu te deixaria desprotegido, achou? Eu vi a gravação. Cada palavra e movimento. Tão bondoso e gentil, mandando que Will fosse embora. Mas foi isso o que combinamos? Foi?  

Percy agarrou os cabelos de Nico e os puxou para trás, forçando Nico a encara-lo e curvar a coluna de uma forma desconfortável.

— Agora, me diga. Qual foi a ordem?

— Eu não deveria falar com Will. Não deveria olhar para ele. — Nico se segurou na mesa e encarou Percy de volta, aceitando sua punição. Olhou para Percy enquanto ouvia os estalos em sua pele, depois de um tempo mal registrando a dor, não a física. Relaxou mais contra o aperto de Percy e deixou que tudo saísse. Chorou pela mãe que nunca conheceu e pela tia que nem se lembrava de ter.

Respirou fundo, tentando lembrar o real motivo dessa punição e continuou a olhar para Percy.

Nico não conseguia sentir muito. Sua pele deveria estar com um avermelhado forte nesse ponto, quase roxo e ele deveria estar sentindo a pior dor de todas. Mas tudo o que sentia era um suave arder, uma balsamo para seus pensamentos caóticos, como se estivesse no lugar que pertencia, abaixo de Percy e sob seus cuidados.

— Nico. — A voz de Percy e um puxão de cabelos o acordou. Sim, sua voz que era suave e firme e que já não estava brava, o trazia para a realidade. A mão que esfregava onde as palmadas tinham acertado, também. Então a dor voltou a percorrer seu corpo, mais cortante e bem-vinda do que nunca. Parecia acariciar sua alma. — Você aceitou sua punição tão bem. Será que meu bebê aprendeu dessa vez, hmm? Meu bebê vai ser comportar?

Nico queria falar, queria dizer que sim, mas sua voz estava presa, engasgada no próximo soluço.

Ele ainda chorava?

Não podia evitar, doía tanto e Percy continuava a esfregar sua pele sensível, fazendo a dor se alastrar.

Pelo menos, seu coração já não parecia tão pesado.

Abrir mais as pernas e deixou que Percy continuasse a segurar seu pescoço para trás, torturando seu corpo.

—... sim, você é. Meu bebê obediente. Você quer ser um bom menino?

Nico abriu os lábios, tentado a perguntar e cair na armadilha quando mãos ásperas agarraram suas bolas, as apertando suavemente. Deixou que um gemido surpreso saísse de seus lábios e seu corpo tremeu, o lembrando de sua ereção presa e bolas doloridas e inchadas.

— Eu vou te dizer de qualquer jeito. — Percy as apertou ainda mais, as comprimindo. — Bebês obedientes são educados, eles agradecem.

Percy deslizou um dedo seco para sua entrada e roçou devagar em círculos, friccionando até que o buraquinho se abrisse de boa vontade, sem qualquer tipo de lubrificação.

— Repita comigo, ‘obrigado, papai’. Talvez você prefira o termo ‘daddy’. Eu não sou exigente.

Percy forçou o dedo para dentro e o remexeu devagar até que passasse pela primeira junta, forçou um pouco mais até que chegasse na segunda e na terceira, pulsando o dedo, o esticando e encolhendo dentro de Nico.

— Percy!...— Nico se contraiu todo, sentindo Percy mover o dedo para todos os lados, provavelmente procurando sua próstata.

— Vamos, agradeça. Eu quero ouvir. — Não era um pedido. Percy forçou outro dedo para dentro e os curvou, fazendo Nico curvar a coluna, sentindo a fricção seca em sua próstata sensível, principalmente depois de uma semana inteira sem gozar.

Por um momento a pressão sumiu lhe dando tempo de respirar, mas no outro Percy colocou a mão em suas costas, o colocando na posição certa e voltando a massagear sua próstata.

Nico iria morrer, tinha certeza disso. Suas pernas tremiam e seu corpo se arrepiava, dor e prazer na mesma proporção, seu membro enjaulado tentando atravessar as grades e sua próstata sendo torturada.

— Se você disser o que eu quero ouvir, prometo tirar sua gaiola.

Nico nunca diria aquilo. Nunca! Nunca chamaria Percy de... de... pap-Não! Ele não diria. Percy só queria torturar e humilha-lo. Mas então com um grunhido agressivo Percy o virou de barriga para cima e voltou a inserir seus dedos que agora cabiam feito uma luva, dando a Percy um ângulo melhor ainda para tortura-lo.

— Vamos, diga. ‘Obrigado, papai.’

Nico virou a cabeça para o lado e rebolou nos dedos de Percy, mesmo que doesse, mesmo que queimasse seu interior, mesmo que seu membro parecesse que fosse estourar e se derreter pelas grades de aço.

— Já sei, você prefere ser a minha vadia, não é? Prefere ser fudido como uma puta barata, à seco, do que dizer duas palavrinhas?

Nico não podia acreditar. Percy abaixava as calças e liberava o membro pesado e longo, se masturbando com saliva, a única coisa que iria facilitar o caminho.

Continuou ali olhando Percy se tocar e se posicionar no meio de suas pernas, roçando a cabeça gorda em sua entrada com só um pouco de pre-gozo para em seu buraco antes que Percy começasse a tentar forçar a passagem.

— Putaquepariu! — Nico guinchou, abrindo as próprias pernas e relaxando o máximo que pudesse.

Ele realmente iria deixar que isso acontecesse?

Que Percy o rasgasse no meio?

Entretanto, Percy não parecia muito motivado. Ele forçava um pouco, fazendo a cabeça entrar pela metade e voltava a tirar tudo, circulando a entrada de Nico com a ponta, o deixando um pouco mais molhado a cada vez.

— Você tem certeza que não vai dizer? Duas palavrinhas? Só duas?

Nico negou, balançando a cabeça e viu Percy se ajoelhar no chão, enfiando o rosto no meio de suas pernas.

Percy fez um trabalho rápido. Cuspiu em sua entrada e lambeu, usando seus dedos para empurrar a saliva para dentro e se levantou, colando as pernas de Nico para cima, uma de cada lado de seu rosto, expondo completando aquele buraco que piscava, abrindo e fechando enquanto pulsava.

— Você tem certeza? — Percy disse, agora parecendo sem folego.

Não, Nico queria dizer. Ele não tinha certeza de nada. Mas queria aquilo. Queria tudo.

Encheu os pulmões de ar e deixou que o ar escapasse novamente, relaxando o máximo que pode. Sentiu a cabeça gorda enfim entrar e logo em seguida todo o resto, bem devagar, o mais lento dos lentos, o fazendo sentir cada centímetro, o fazendo arder e o rasgando por dentro, forçando um novo caminho dentro dele.

— Percy, senhor, por favor! Oh, meus deuses! Oh, meus deuses! Oh, meus deuses! Oh, meus deuses!... — Nico guinchou, se contraindo todo e apertando Percy dentro dele mais ainda.

— Ah, adorável. Nós devíamos fazer isso mais vezes. — Percy, sem folego, então colocou as pernas de Nico para baixo e o fez enrola-las em sua cintura, se sentando na cadeira com Nico em seu colo. — Vamos fazer o seguinte, se você falar o que eu quero ouvir antes de eu gozar, removo a gaiola por tempo indeterminado. Mas se você não conseguir... você vai ter que fazer uma coisinha por mim.

Nico engoliu o choramingo que queria sair e fincou os dedos nas costas de Percy, se segurando e tentando relaxar, sentindo seu interior sendo repuxando a cada tentativa dos quadris de Percy.

Arfou quando Percy realmente começou a ser mover, socando o membro grosso para dentro, fazendo Nico gemer e pular com o impacto. Rebolou no colo de Percy, sem conseguir evitar e gemeu mais, sentindo Percy segurar em seu rosto, o fazendo encara-lo.

Percy tinha um estranho brilho no olhar.

— Sabe, o cinto de castidade vem com um item a mais, um item que eu pedi que viesse separado. Uma *sonda uretral. — Percy olhou para baixo, como se mal pudesse esperar e deslizou as mãos pelo abdômen de Nico, segurando a gaiola e as bolas em uma mão, com uma expressão maravilhada. — Dizer o que eu quero ouvir não pode ser pior do que uma sonda, pode?

Nico abriu a boca e piscou, abrindo mais as pernas, gemendo. O que ele estava fazendo? Ele só precisava dizer essas malditas palavras.

Vamos, Nico. Fale. Fale!

— Eu... eu... — Fechou os olhos com uma estocada especialmente forte que alcançou sua próstata e se contraiu, se movendo contra Percy. Ele nem registrava mais a dor.

— Você? — Percy puxou as bolas que ainda segurava e as apertou, fazendo uma gota de pre-gozo escapar de sua gaiola para a mão de Percy.

Percy então segurou em sua cintura e se fudeu com movimentos rápidos, acertando sua próstata em cheio.

— Obrigado, pa-daddy! Obrigado, daddy! Obrigado, daddy!...

— Hmm, que bom garoto. É uma pena que foi tarde demais. — Percy deixou que seu membro mole saísse de dentro de Nico dolorosamente devagar, todo melado de porra.


Notas Finais


Links

Sonda uretral – Aqui eu tenho alguns exemplos.
http://sayingwhatiwanttosay.tumblr.com/post/158002169201/4sml-sounding-and-stretching
http://sayingwhatiwanttosay.tumblr.com/post/158001883786/mr-skies-new-sounds-i-finally-bit-the-bullet

Cinto de castidade – só estou colocando aqui para relembrar
http://sayingwhatiwanttosay.tumblr.com/post/153358146941/strictchastity-youralphagirl-meanwhile-our

-x-


Então... Zeus é um amor de pessoa, não? E o Percy adolescente? Eu gostaria de saber da opinião de vocês, o que agrada e o que não, ok?

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Obrigada por me acompanhar até aqui.^^


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