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História Glorious - Soulmate


Escrita por: Vgoulddigger

Notas do Autor


Oi meus anjos. Me perdoem por esse hiato sem postar nada, estava colocando coisa em ordem, espero que não fiquem bravos comigo
Enfim, estou extremamente feliz e quero compartilhar o momento com vocês. Em maio de 2016 caí em depressão severa (um dos motivos pelos quais deixei de postar a fic) e abandonei os estudos. Fiquei dois anos sem estudar e quando voltei a mim, vi o tanto de tempo perdido. Esse ano realizei uma prova chamada Encceja. A prova é realizada em todo o território nacional e se você atingir a nota mínima, pode adquirir seu diploma de ensino médio completo, não importa em qual série você abandonou a escola.
No último dia doze eu recebi a notícia que passei em todos os eixos da prova. Nunca fiquei tão feliz na minha vida, tirei os feriados e comemorei comigo mesmo. Tinha muitos projetos que dependiam da minha formação no ensino médio.
Enfim, as coisas estão finalmente dando certo e vocês de certa forma contribuíram com isso, obrigado por serem os leitores mais maravilhosos que alguém pode ter ❤
Amo vocês

Capítulo 28 - Soulmate


Naruto

—M-Makoto, o-o que está acontecendo?

Ele balança a cabeça e então me lembro que está amordaçado. Estava tão desesperado que minha mente não estava processando a situação direito.

Olho para o teto e vejo uma lâmpada refletindo a luz da lanterna do meu celular. Procuro um interruptor e o encontro perto da escada, mas o mesmo não funciona

Coloco o celular no chão com a lanterna virada pra cima, iluminando suficientemente o ambiente para que eu pudesse ver as condições esdrúxulas do mesmo. Estava totalmente empoeirado e as calhas estavam quebradas, as madeiras apodrecendo e as paredes mofadas. Não havia nenhuma janela.

Há quanto tempo será que esse garoto não vê a luz do sol?

Volto minha atenção para Makoto e o desamarro da haste de ferro. Tiro sua mordaça e ele abre a boca com dificuldade. Sua língua está machucada, há úlceras em sua boca e isso era apenas o começo.

Seus dedos estão roxos e suas unhas arrancadas, todas elas em carne viva. Nos braços, hematomas numa paleta diversificada de cores, alternando-se entre azul, roxo, verde e preto.

Como Itachi nunca percebeu isso?

Encaro o garoto e o mesmo me olha a ponto de desabar. Olhar pra ele era como esmagá-lo. Eu me sentia como um tsunami a ponto de destruir o continente que Makoto me remetia

—Sozinho?— digo pra mim, não pra ele

De todas as coisas que eu podia fazer, escolhi a decisão mais prudente diante daquela situação. Eu o abracei. E o silêncio foi rasgado pelo som de suas lágrimas, elas molhavam minha camisa exageradamente enquanto eu encarava o chão

—Eu sei como é estar sozinho…

A luz da lanterna projetava nossa sombra na parede à direita. Um abraço. Não um abraço paternal, ou um abraço fraterno, muito menos um abraço materno. Era um enlance de almas. Duas almas injustamente castigadas pela vida se abraçando. Minha alma abraçava a alma de Makoto enquanto ele derramava incansavelmente sua dor em meu ombro em forma de lágrimas

Eu acariciava seus cabelos escuros e apenas escutava seu pranto. Não havia nada a ser dito. Meu silêncio era sua melhor companhia.

Eu sei como é. Sei como é estar trancado num quarto e gritar com toda sua força por ajuda, mas ninguém pode te ouvir. Sei como é trancar suas dores no mais profundo dos oceanos para que ninguém descubra e o culpe como o originador da desgraça. E de certa forma, sei como é acreditar por muitas vezes que a sua dor é merecida. Acreditar que você realmente fez algo para merecer aquilo. Este garoto deve ter passado por incontáveis dias de dor, assim como eu. Não posso sequer imaginar as crueldades que aquela bruxa deve ter feito com este menino.

Ela abriu um buraco em seu interior. Makoto deve se sentir como uma existência no vazio. Não sei há quanto tempo passa por isso, mas é suficiente para não se sentir sequer amado

Fico alguns minutos em silêncio e o abraço com mais força. Então digo a ele o que ninguém nunca me disse quando precisei que disessem

—Eu te amo!

Suas pequenas mãos apertam mais forte meu tronco e eu limpo suas lágrimas.

Ele me olha e sorri

—Eu também amo você, tio Naruto. Você é meu anjo da guarda. Salvou minha vida!

—Foi ela, não foi?

—Sim, ela é muito má! Quando o papai está ela é totalmente diferente, ela finge que é boazinha, mas não é não!

—Eu sei meu amor, eu sei…— digo lhe abraçando —ela vai pagar caro por cada tapa que lhe deu

Antes de dizer qualquer outra coisa, escutamos a porta se abrir no andar de baixo, em seguida a voz anunciando que chegou

—Você achou que ia ficar livre da pimenta sua peste!?

—Ah meu Deus!— digo sussurrando —pimenta?

—Ela colocava uma pimenta na minha mordaça pra machucar minha boca e minha língua!

Só então eu percebo que ele fala com certa dificuldade

—Tudo bem querido, vamos descer rápido antes que ela suba!

Nós descemos as escadas devagar sem causar um ruído sequer, mas quando chegamos no fim das escadas que levam ao sótão, vemos a sombra de Tsunade projetada das escadas para o corredor dos quartos

—E agora?

Eu me abaixo e sussurro para ele

—Se esconde no quarto do seu pai. Eu vou me esconder no banheiro. Quando ela subir as escadas até o sótão, você desce em silêncio pra sala e se esconde debaixo da mesa de jantar!

Ele acena que sim com a cabeça e corre em silêncio para o quarto do pai. Eu me escondo no banheiro e deixo uma fresta da porta aberta para ver Makoto e Tsunade.

Ela sobe as escadas e escuto seus passos em nossa direção

Tsunade

—Acho melhor você já ir se preparando sua ameba, porque dessa vez eu trouxe malagueta e algumas líquidas também. Vai se arrepender de ter comido aquela!

Me aproximo das escadas do sótão e subo abrindo a pimenta com a faca que peguei na cozinha.

Tiro o excesso de grãos de dentro e jogo no chão.

Acendo a lanterna do celular e chego no topo do sótão

Naruto

Quando Tsunade coloca os pés nos primeiros degraus da escada, vejo Makoto ir como um jato silencioso para as escadas que levam ao andar de baixo. Logo em seguida abro a porta do banheiro e me coloco a andar no corredor, mas antes de alcançar o fim, sinto uma pontada em minha costela. Paro de andar e sinto minha respiração falhar. Levo as mãos até a costela e as mesmas são sujas pelo sangue que sai deliberadamente.

Me viro caindo e perdendo a respiração. Minha visão está turva e Tsunade está a minha frente com uma faca cheia de sangue.

Caio me apoiando na parede e Tsunade pula meu corpo indo em direção a sala

—É sempre bom eliminar uma prova!— ela diz

—Não…— digo me levantando —Não consegui salvar o Itachi de você, mas vou conseguir salvar o Makoto!

Puxo seus cabelos e ela arrasta a faca pela minha perna. Solto um grunhido. Chuto sua mão fazendo a faca voar para longe

Entramos em luta corporal, ela fica por cima de mim e por um instante penso que se ela me vencer, Makoto continuará a ser torturado e quando Itachi descobrir pode ser tarde demais. Não! Não vou deixar ela arruinar a vida de uma família!

Lanço Tsunade por cima de mim e a mesma bate de costas no chão.

Ela se levanta e eu a agarro

—Você não vai arruinar essa família sua vaca!

Então eu a jogo escada abaixo. Ela chega ao último degrau rolando, desmaiada.

Em seguida desço me apoiando no corrimão, perdendo muito sangue. Makoto está ao pé da escada olhando para o corpo desacordado da madrasta

—Vai pra trás! É muito perigoso!— digo nervoso

Chego no fim da escada e caio. Minha visão volta a ficar turva

—Vá lá fora. Chame pelos vizinhos e peça pra chamarem a polícia e a ambulância!

Makoto vai em disparada para o lado de fora, e por fim, fecho os olhos e perco a consciência



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