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História Goals - S e v e n.


Escrita por: reeanything

Notas do Autor


Oláaaa babes! Como estão? O capítulo de hoje tem um quê especial e logo vocês verão o porquê, ele vai explicar mais umas coisas e no próximo vocês entenderão tudo completamente e a segunda fase da fanfic vai começar, gosto de dizer a fanfic vai finalmente começar neste capítulo próximo. Sem enrolações, go! go!

Capítulo 8 - S e v e n.


Fanfic / Fanfiction Goals - S e v e n.

“Coincidência é a desculpa dos tolos e mentirosos. ”

– Smallville

 

H A R R Y

 

Eu fecho uma aba a cada três que eu abro no navegador do meu computador. No entanto, nenhuma delas me dá a informação de que preciso. Eu procuro por todos os sites sobre saúde e doenças, por fóruns e até por alguns websites e blogs em outras línguas, fazendo um demasiado esforço para entender tudo com a péssima tradução do Google. Eu vasculho por portais de autoajuda e por depoimentos, mas nada ainda me satisfaz. Em suma, tudo o que consigo é isso que eu anoto no meu pequeno caderno de couro:

Lúpus: uma doença autoimune onde os sintomas variam, mas podem incluir fadiga, dores nas articulações, erupções cutâneas e febre. Podem se agravar (crise) por alguns períodos e, posteriormente, melhorar. Pessoas com lúpus frequentemente sentem-se cansadas, devem tomar cuidado com o sol e devem utilizar roupa protetora, óculos escuros e protetor solar quando estiverem expostos ao sol.

Ter lúpus também pode acarretar em outros problemas, como: câncer, necrose avascular, complicações na gravidez, alucinações, derrames cerebrais, ataques cardíacos e anemia.

Não há cura. ”

Quando termino de escrever eu não sei direito o porquê de ter feito isso, a pesquisa toda e o porquê de ter perdido todo esse tempo quando eu tenho muito trabalho a fazer. Eu não sei porque eu fiquei desesperado quando a Olivia – uma completa desconhecida – desfaleceu nos meus braços ontem, eu não sei porque eu fiquei preocupado a manhã toda e não sei porque eu não dormi nada essa noite.

O meu pai me mandou comprar flores para ela e ir vê-la no hospital, porque para ele – e talvez eu pensasse o mesmo, mas nunca admitirei em voz alta – eu deveria ir prestar solidariedade. Então, eu fui à uma floricultura qualquer, comprei um buquê de flores qualquer e dirigi até o hospital. No caminho, eu recebi uma mensagem de Gemma, perguntando-me sobre aquele assunto da foto.

Sinceramente, depois do que houve noite passada eu não quero tocar neste assunto, eu tenho quase cem por cento de certeza de que a Olivia ficou daquele jeito por causa disso e talvez seja por isto que eu estava pesquisando sobre a doença dela, para ter a certeza de que eu não estava errado e de que não foi completamente culpa minha.

Ainda é tudo muito confuso para mim na verdade, mas eu não quero entender. Talvez esquecer que vi a foto daquela mulher na gaveta do meu pai seja a melhor coisa a se fazer no momento, esquecer que a Olivia tem uma ligação com essa tal de Norah e que talvez seja filha dela é bom também. Talvez seja melhor não questionar Desmond também, já que existe uma porcentagem razoável de chance de minha mãe descobrir isto e eles irem de mal a pior na relação deles. Se for para se divorciarem logo, que não seja pelas minhas mãos. Eu tenho feito merdas demais por esses tempos.

— Senhor Styles? – eu ouço alguém chamar e levanto a cabeça, percebendo Georgea parada com apenas metade do corpo dentro da minha sala – Desmond te quer na sala dele, agora.

Eu assinto e recolho as minhas coisas, já estava na hora do meu turno acabar de qualquer forma. Dependendo do que for, eu falo com ele e já vou embora. Não posso me atrasar para o casamento de hoje, foi com muita luta que consegui este trabalho e ainda preciso dar um jeito na minha lente, talvez Niall possa me ajudar.

Saindo da sala, eu caminho até o escritório do meu pai ao lado da secretária gostosa dele.

— E então – eu pigarreio começando a falar –, você sabe o que ele quer comigo?

— Não, Harry – ela responde e eu a olho curioso, não acreditando no modo como ela me tratou – Er.. quero dizer, senhor Styles. 

Eu dou risada dela. Dou risada da maioria que trabalha aqui. É tão ridículo o modo como se dirigem a mim como se eu merecesse isso, como se eu fizesse realmente alguma coisa aqui, alguma coisa boa aqui dentro. É foda como eu passo o dia todo sentado nesta cadeira jogando vídeo game ou conversando com o Niall, planejando nossas saídas com o pessoal da faculdade dele e mesmo assim os funcionários gostam de me bajular querendo que eu faça algo de bom para eles. Ah, se eles soubessem o real motivo de estar aqui, vestindo este terno horrível todos os dias, acordando cedo e tendo de aguentar reuniões chatas com pessoas mais chatas ainda. Ah se eles soubessem...

Entretanto, enquanto eu não consigo o que quero, eu gosto de observar e me divertir das reações dos empregados do meu pai e, principalmente, gosto de observar Georgea. Mais velha, ruiva, cheia de curvas que se encaixariam muito bem nas minhas mãos, uma bunda deliciosa que eu adoraria apalpar, de todas as garotas que um dia eu já desejei, ela foi a única que eu não consegui. Frustrante. Como se soubesse dos meus pensamentos impuros, a secretária do meu pai anda um pouco mais a frente e bate na porta da sala dele, abrindo em seguida e deixando-a aberta para que eu possa entrar. Eu sorrio de lado para ela, mas Georgea fecha a cara e me deixa sozinho com Desmond. Fazer o que, não é? Quem sabe um dia.

— O que você quer? – eu sou direto enquanto caminho até a cadeira a frente de sua mesa de madeira.

Desmond se levanta e coloca a mão no meu peito, me parando.

— Nem sente, nós estamos de saída.

— Nós?

Ele não me responde de imediato e eu tenho que esperar a linda donzela terminar de arrumas suas papeladas, ele sabe que eu odeio esperar e sabe ainda mais que eu odeio que me ignorem, aliás eu herdei estes genes dele.

— Sim, nós – ele finalmente diz. Tomando a sua maleta, ele caminha em direção a porta e eu o sigo – Nós vamos ver aquela sua amiga no hospital.

O que?

— O que? – eu verbalizo meus pensamentos – Por quê? E ela não é minha amiga.

Nós deixamos a sala e vamos em direção ao elevador, um grupo de pessoas sai no andar em que estamos e mais bajulações são dirigidas ao meu pai principalmente, eu seria um hipócrita se dissesse que elogiar para conseguir o que quer fosse grande pecado, mas há um limite para tudo. Quando estamos sozinhos no cubículo, o meu pai respira fundo antes de recomeçar.

— Você sabe que eu te amo, não é filho? – Eu quero rir, mas eu me controlo. Que porra de papo é esse agora? Apesar de tudo, eu assinto e ele continua – Sabe também que os pais têm seus segredos com os filhos e o que se conversa entre eles, fica entre eles. Certo Harry?

Ah, claro. Eu já deveria saber. Sabe, meu pai poderia ser um bom psicopata – daqueles que podem viver uma vida aparentemente normal e que sabem manipular muito bem os outros, fazendo-os fazerem tudo o que ele quisesse. Não é a primeira vez que temos essa conversa, eu deveria ter sido capaz de ter percebido antes e ter o cortado logo no começo. Ele já o fez quando eu o peguei com aquela mulher há quatro anos atrás, ele veio com esse mesmo papo e como eu era mais novo e mais idiota ele conseguiu me convencer.

Mas o quer que seja desta vez, eu não vou esconder de ninguém. Principalmente da minha mãe, ela não merece.    

Nós saímos do elevador e eu sigo Desmond a passos largos para fora da Styles’ Buildings, o seu carro tem uma vaga especial no nosso estacionamento externo e o meu está ao seu lado. Eu poderia muito bem ir para o encontro do meu bebê e deixa-lo com suas confissões para si mesmo, mas a minha curiosidade me faz abrir a porta do carro dele e tomar o lugar do passageiro. Meu pai dá partida no carro e eu espero a sua boa vontade de desembuchar. Após uns minutos que parecem horas, ele diz.

— Eu te vi mexendo nas minhas coisas noutro dia – eu congelo e ele percebe o meu nervosismo – Tudo bem Harry – ele sorri e olha para mim por uns segundos, em seguida voltando a atenção para a estrada novamente – Eu sei que você sabe da foto dela.

Engulo em seco. O que é suposto fazer? De repente todas as perguntas que eu tinha a fazer a ele sobre este assunto evaporam da minha mente.

— Mesmo? – eu digo a primeira coisa que me vem à cabeça. Ele assente – Quem é ou era ela?

Tentando organizar os meus pensamentos eu decido o questionar sobre o básico, o meu ponto de partida. Eu preciso saber o que a Olivia é nesta história toda também. Quando ela me disse ontem no bar que o seu sobrenome era Bloemen, eu rapidamente reconheci o nome atrás da foto, reconheci aquela dedicatória em letras femininas.

Eu já havia falado com Gemma sobre isto, ela foi a primeira e única pessoa além de Niall a saber disto. Minha irmã mais velha – esperta como sempre –, pesquisou sobre a família Bloemen e eu sei por grosso modo quem Norah é, e tinha uma ideia por altos de quem a Olivia era também, mas tudo isto ainda é uma grande bola de neve na minha cabeça. Eu tinha descoberto que Olivia Bloemen era filha de Norah Bloemen, mas eu não sabia que a prima da Louise, a Olivia da Louise, era A Olivia Bloemen. Então, eu ouço atentamente quando o meu pai volta a falar.

— Norah Bloemen foi uma garota que conheci em uma das minhas viagens à América. Ela tinha dezesseis, eu tinha dezenove – ele sorri e eu me pergunto se ele a amava ou algo deste tipo – O seu avô estava apenas começando com a nossa empresa, e ficou um tempo por lá, eu devo ter levado uns belos três meses para conseguir ao menos namora-la – ele diz com um tom descarado e eu tenho a resposta à minha pergunta anterior – A Norah era o que hoje vocês chamam de gostosa. Eu talvez não a classificaria desta forma tão vulgar, mas ela era o sonho de muitos caras no colégio dela e, para garotinha da idade dela sair com caras mais velhos era muito melhor.

Eu de repente sinto nojo dele. E nojo de mim. Eu sou um hipócrita por querer julga-lo agora, aliás, eu fiz a mesma coisa várias vezes. Eu apenas só não guardo fotos de garotas com quem já dormi. Apenas.

— Nós namoramos por um mês – ele continua –, até que eu conseguisse o que eu realmente queria, se é que me entende – meu pai me lança um olhar sugestivo e eu estremeço, por mais cafajeste que talvez eu seja, eu nunca namorei com ninguém só para ter sexo. Se essa Norah era virgem eu acho que vou me jogar deste carro – Algum tempo depois, o meu pai disse que nossa estadia na América nao seria mais necessária, então eu fui embora.

Eu – pela primeira vez – começo a pensar em todas as garotas com que já dormi e larguei depois, começo a imaginar como essa tal de Norah se sentiu com o abandono e eu de repente de sinto enjoado. Enquanto vejo que estamos nos aproximando do hospital, eu quero saltar fora deste carro, eu não acho que consigo encarar Olivia depois de saber o que meu pai fez com a mãe dela. Eu estou prestes a dizer para o meu pai seguir sozinho porque eu quero voltar, mas antes que eu o faça ele volta a dizer.

— Tem mais... – eu deslizo os meus dedos por todo o comprimento do meu cabelo e respiro fundo. Eu não aguento mais. Eu estou muito maricas estes tempos – Eu acho que eu a engravidei. Logo depois de voltar a Europa, eu recebi uma ligação da irmã dela me xingando de todos os nomes possíveis e me dando a notícia.

Eu quero vomitar.

A bile me sobe a garganta e eu o forço de volta.

Porém, é como se uma lamparina se acendesse em minha cabeça, eu começo a ligar uma coisa a outra e eu tenho medo das coincidências, eu nunca gostei da palavra e nem do que significava, eu nunca gostei de pensar que as coisas simplesmente acontecem. Eu era do tipo de pessoa que fazia tudo premeditadamente, eu gostava de pensar que cada coisa que fazia me levaria para uma coisa, eu gostava de agir como se cada escolha fosse definir o meu futuro. Eu não gostava das coincidências, elas atrapalhavam tudo e me deixavam confuso.

Eu odiava me sentir confuso, eu odiava não saber o que estava acontecendo, eu odiava hipóteses. Eu odeio pensar que talvez, a Olivia seja filha do meu pai. Eu odeio pensar que talvez foi ela a quem ele abandonou. E detestava ainda mais ter de pensar em onde – por santo Cristo – eu e minha mãe nos encaixamos nesta história. Eu não poderia ser mais novo que Olivia e, ela também não aparentava ser mais velha. Biologicamente Desmond poderia ter quantos filhos ele quisesse num minúsculo intervalo de tempo, mas eu não quero pensar que ele teve algo com a minha mãe e Norah ao mesmo tempo. O que me leva a pensar que ele mentiu, ou só omitiu que este na Europa enquanto estava com Norah.

Eu não quero ter de pensar que sou irmão da Olivia. Ou meio-irmão, que seja.

— Por que você resolveu me contar todos as suas merdas? – eu pergunto a ele. Não há um porquê dele o fazer isto assim, sem um motivo realmente importante – Não é como se você fosse um grande livro aberto ou que nós fossemos aquele tipo de pai e filho com um bom relacionamento.

O meu pai estaciona o carro numa vaga qualquer e desliga o carro. Ele não faz menção de sair, então eu também não o faço.

— Se lembra daquela primeira reunião com a Louise Hundred? – ele questiona e eu assinto – A sua amiga, Olivia, estava lá, lembra-se também? – eu faço uma careta, ela não é minha amiga, porém eu assinto novamente. Como eu poderia esquecer da garota com cara de medrosa e que não parava de tremer um minuto sequer? Como poderia esquecer de como ela ficou quando a reunião encerrou-se e meu pai foi cumprimenta-la? De repente, algo me passa pela cabeça. Será que há uma pequena chance de Olivia saber sobre o meu pai? Eu quero dizer, será que ela sabe que ele é o seu pai?

Talvez o modo como ela ficou desesperada com a menção do nome da mãe dela e o modo como ela se comportou apreensiva quando eu lhe disse sobre a foto de Norah sobre a posse do meu pai. Deus, se ela faz ideia disso, ela é muito mais sagaz do que eu imaginava.

— Vá direto ao ponto pai! – eu estou farto de pensar sobre presunções e teses, eu quero que ele me diga logo o que quer dizer e pare de procrastinar. Eu sinto uma vontade enorme de bater em algo, mas me contenho apenas fincando as minhas unhas curtas na palma da minha mão até que doa o suficiente para me manter acalmo.

— Bem, quando eu a conheci naquele dia ela me havia dito que não era mais uma Hundred como a prima e sim, uma Bloemen – Ok. Isso eu já sei – Naquele momento eu não havia prestado a devida atenção, mas depois de um tempo eu comecei a perceber. Bloemen não é um nome comum, vem de uma família holandesa antiga e não há muitos descendentes deles na Terra. Eu deveria ter sabido antes, filho.

É como se ele só precisasse dizer em voz alta ou para alguém o que ele já sabia, apenas para confirmar a si mesmo. Eu tive a resposta para metade das minhas perguntas neste momento e tive medo de no que isto iria afetar no meu objetivo. O que o fato de Olivia ser filha do meu pai, minha meia-irmã, iria afetar nos meus planos.

Apesar de não entender – ainda – o que isso iria acarretar, eu não posso me deixar levar pelo destino e não impedir que o pior aconteça sem fazer nada. Olivia pode até aparentar ser uma garota legal, mas eu não vou deixar que ela se meta no meu caminho, eu não vou deixar que ela tenha qualquer direito sobre o dinheiro do meu pai pelo fato de ser filha dele, não é nem pelo dinheiro em si, mas isso foderia com tudo.

Com tudo que eu planejei. Com tudo que nós – eu e ela – planejamos.

Olivia poderia não ter culpa de nada, eu também não tinha, mas não vou deixar que ela seja um obstáculo. Como nós fizemos todas as outras vezes em que quase nos foi impedido continuar, eu não vou poupar Olivia. Ela se tornou um obstáculo agora e, como todos os outros, eu os eliminei, não vou deixar de fazer o mesmo agora.

Eu não vou deixar ninguém me impedir de continuar.

Ninguém.  


Notas Finais


E então?

LEMBRANDO QUE - caps para vocês prestarem bastante atenção - CUIDADO COM O "NÓS" E O "ELA" DAS FRASES, O ELA NÃO É A OLIVIA VIU? vai que vocês confundem aldkaldkals

Ficaram curiosos? AI AI AI eu tô animada porque o próximo capítulo diz tanta coisa hihihi

Enfim, digam, continuo?


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