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História Goals - T w e n t y - T h r e e.


Escrita por: reeanything

Notas do Autor


Oláaa, como vão? <br /> <br />GENT, que semana viu! Eu estou quase acabando com as minhas provas/trabalhos e hoje tive uma folguinha, apesar de que, tive que escrever este capítulo todinho em três horas. O capítulo de hoje revela tudo, o de semana que vem termina e tem um epílogo para fechar com tudo e finalmente acabar com Goals... vou deixar o choro e agradecimentos pro final, mas meu core já dói. <br /> <br />Relevem os erros, eu vou revisar depois, mas se eu não revisar antes que você leia, releve e seja feliz. <br />Até lá embaixo, babes.

Capítulo 24 - T w e n t y - T h r e e.


Fanfic / Fanfiction Goals - T w e n t y - T h r e e.

Vós, que sofreis, porque amais, amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele.

– Victor Hugo

 

H A R R Y

 

A casa está assustadoramente silenciosa quando eu chego. Não havia nenhum funcionário, uma só alma penada no decorrer do caminho que percorri desde que adentrei a propriedade, o que é muito estranho já que em dias normais o meu p... Desmond – porra, preciso me desacostumar com esta merda – costuma deixar dezenas de seguranças ao redor e dentro da casa.

Apesar de vazia, parece que não há ninguém no lugar da minha mãe para abrir as janelas, o que deixa a casa escura. Enquanto subo as escadas para o segundo andar o barulho das minhas botas em razão do piso ecoam alto demais, batidas ritmadas que me deixam mais tenso que o normal. Conforme chego no andar superior, eu ouço a voz de Desmond ao longe, no corredor percebo que a voz vem do seu escritório.

O escritório nunca foi um lugar onde eu fosse muito, enquanto Desmond estava nele. Quando eu era criança, me era proibido, independentemente de qualquer coisa. Entretanto, a minha curiosidade de criança e minha teimosia – que eu até então acreditava que provinha de Desmond – nunca me deixaram ouvir uma ordem e simplesmente aceita-la. Eu sempre ia ao escritório quando ele não estava em casa, mesmo que não houvesse nada de interessante lá, o simples fato de me ser proibido me cativava, me atiçava. A última vez em que entrei no escritório foi há três anos atrás e fui pego enquanto abria uma gaveta. Demorou alguns dias para que as marcas do cinto que Desmond usava naquele dia saíssem das minhas costas.

Segundos antes de abrir a porta, com a mão tremula na maçaneta, eu ainda tenho receio de entrar.

— Não foi isso o que combinamos, garota! – ele está inclinado sobre a mesa, o telefone de mesa em seu ouvido, os dedos apertando o aparelho em sua orelha. Desmond me olha assustado, como se fosse uma surpresa enorme me ver aqui, talvez seja mesmo – Espere, não desligue, só espere! – ele coloca o aparelho ao lado do gancho, a chamada ainda em andamento. Desmond se aproxima de mim como se eu fosse algo em exposição, raro e perigoso – O que você faz aqui? – procuro ironia ou qualquer outra coisa venenosa em sua voz, mas só há curiosidade.

Eu me pergunto se minha mãe o disse, se ela lhe contou que não sou filho dele. Eu gostaria de saber o que ele sentiu, se sentiu algo...

— E-Eu... – gaguejo –, a Olivia. Eu voltei por ela – ele não responde nada, então continuo – Você tem alguma notícia?

Ele olha rapidamente para o telefone, o silencio se fazendo presente e o único minúsculo barulho sendo o tic-tac do relógio pregado na parede. Desmond não me diz nada, entretanto ele toma de volta o telefone e enquanto o faz, seu olhar não desvia do meu.

— Espero que ainda esteja aí – o seu tom é mais calmo e ponderado do que quando usava quando entrei – Vamos acabar com esta merda de uma vez, sem joguinhos – sua calma me deixa com uma sensação estranha. Eu não entendo o que está acontecendo e o ar do escritório está denso. Eu ouço a outra pessoa da linha falando alto demais, mas não é o suficiente para que eu ouça e entenda ao mesmo tempo. De repente, as veias na testa de Desmond começam a saltar o seu rosto rechonchudo fica vermelho – Escute só, Catharina. Eu não vou dar dinheiro algum, nada além do que combinamos e eu já fiz o de depósito, pare de bancar a bandida e solte a minha filha!

— O quê? – o meu punho bate da mesa e o homem a minha frente salta – O que este caralho que acabou de dizer significa? – pergunto.

— Harry, acalme-se – ele diz – Estou resolvendo tudo.

— Está resolvendo o que? Que porra está acontecendo? – eu o empurro contra estante de livro atrás dele, suas dezenas de exemplares sobre dezenas de outras merdas insignificantes caem no chão, em contraste com o silencio do ambiente, as páginas caindo no chão provocando estrondos – Essa aí no telefone é a mesma Catharina da Styles’ Buildings, é ela? Ela quem está por trás disso? Ela com você, seu filho da puta?

Os seus gemidos me fazem bem de uma maneira perversamente boa. As minhas mãos em volta do seu pescoço, o seu rosto escarlate, seu esforço para respirar. Eu poderia acabar com isso de uma só vez. Eu poderia acabar com toda esta merda, acabar com tudo em segundos. Porém, me deixa puto saber que ainda preciso dele para saber o paradeiro de Olivia.

Eu o solto e me afasto.

— Eu não estou participando no sequestro da Olivia – ele diz enquanto tenta recuperar o folego, massageando sua garganta – Ela não me disse nada sobre isso... Agora quer mais dinheiro pela vida dela.

— Como você deixou que isso acontecesse seu imundo? – cuspo – Por que você fez isso em primeiro lugar?

— Tinha como evitar? – ele usa um alto para falar comigo e eu não gosto. Ele não está em razão para nada – Ela me pediu dinheiro para que não contasse a sua mãe sobre nosso caso... mas sua mãe me deixou de qualquer jeito, não havia mais um porquê de Catharina manter a ameaça, então ela pegou Olivia.

Saber que ela só foi raptada porque Desmond fez o que sabe fazer de melhor – merda – me deixa ainda mais puto. Ter conhecimento e a comprovação de que é essa vagabunda a amante do meu pai – ou uma das – que fez e está fazendo mal a minha menina e se fingiu de amiga dela esse tempo, me faz perguntar a mim mesmo se eu sou tão idiota ou o destino quis que tudo isso acontecesse. Como as coisas estão na nossa cara e a gente não percebe?

— Onde elas estão? – eu pergunto. Se ele tem parte nisso, deve saber onde a vadia escondeu Olivia.

— Eu não sei, em alguma parte por Hoxton. É ou era – ele coça a testa –, o lugar onde nos encontrávamos antes. É onde ela mora.

Levo minhas mãos ao meu cabelo, percebo só então que ele está seboso. Quem se importa em lavar o cabelo em tempos como esse? Foda-se.

— Nós vamos até lá – eu aponto, colocando o dedo em sua cara – Você vai dar o tanto de dinheiro que ela precisar, eu não me importo. Mas vamos voltar com Olivia e acabar com essa palhaçada da sua amante.

❄❄❄

Nós pegamos a Gayton Road em direção à Hampstead High Street no carro esportivo de Desmond. Meu espírito orgulhoso me doeu quando eu tive que entrar no banco do carona, eu tive que me concentrar para voltar a pensar em Olivia e pensar que é ela quem importa, não o fato de me sentir humilhado – de novo.

Como se não bastasse estar na presença de uma cara que eu sempre odiei, mas tive que aturar por ser meu pai, que agora descubro que tudo isto foi inútil porque ele nunca foi nada meu. Pensar que eu participei de um plano mirabolante para destruí-lo com uma maluca vingativa me faz ter vontade de rir, por muito para não chorar.

Me pergunto se Olivia também não achou cômica esta história toda. Me pergunto onde estava com a cabeça quando aceitei isso. Nada de aparente mudou ou fez com que eu acordasse, mas de repente eu me sinto um retardado. Me sinto um débil mental e culpado porque, se pensarmos direito, tudo o que aconteceu foi culpa minha. Se eu não tivesse envolvido Olivia neste plano, ela talvez viveria sua vidinha medíocre ou quem sabe, voltaria para os Estados Unidos. Talvez se eu não tivesse tão cego pela áurea Norah, eu seria um irmão melhor para ela.

Eu dou uma risadinha com o pensamento e Des me pergunta o que aconteceu. Eu não o respondo.

Ser um melhor irmão para ela... será que Anne teria dito que não somos irmãos se nada disso houvesse acontecido? Rapidamente me passa pela cabeça se eu me apaixonaria por Olivia se fosse tudo diferente. O breve lampejo de um passado e um possível futuro onde nossa história não exista me deixa com um aperto no peito. Balanço minha cabeça afastando os pensamentos e me concentro na estrada a minha frente.  

Desmond entra em duas avenidas seguidas a esquerda, saindo da área do transito livre, nós entramos num bairro mais residencial. O padrão aqui é claramente inferior ao que estou acostumado. As casas com pintura desgastadas, as crianças sujas correndo descabeladas pela rua, sem nenhum cuidado ou atenção de algum adulto. Sobrados abandonados, terrenos baldios e muita sujeira pelos cantos das ruas. É outra realidade. Meu lado mesquinho me faz sentir nojo. O coração que ainda bate no meu peito e o resto do lado humano que me resta me faz ter no mínimo pena.

O carro é estacionado em frente a uma casa que outrora foi azul, mas que está cinza e cheia de pichações que não me dou interesse de ler. Ao contrário do que pensei, nós não entramos na casa amarela feia. Eu sigo Desmond até um beco cheio de umidade e cheiro de carne podre. Nós subimos uma escada de emergência acoplada a um dos prédios que fazem a divisão do beco até que paramos em frente a uma pequena porta de ferro verde musgo.

Desmond dá batidas ritmadas na porta.

O que se parecem minutos depois, cabelos loiros surgem na porta. A cara que Catharina faz é tão impagável que eu gostaria de congelar o tempo e registrar o momento em que sua expressão mudou de convencida feliz para incrédula e irritadiça.

 

OLIVIA

Tudo aconteceu rápido demais.

Em um momento eu saia de casa, em outro algo tapava minha boca e meu nariz me roubando a consciência. Eu me lembro de ter acordado em um lugar duro e frio, o lugar cheirava mal ao mesmo tempo em que alguma refeição era preparada em um local não muito longe.

Lembro que observei o local onde Catharina me jogou e lembro que tentei me levantar, mas os meus músculos não queriam me ajudar. Lembro que quando aquela vadia surgiu na minha frente, a minha mente projetava milhares de formas de acabar com a carinha bonitinha e falsa dela, mas o meu corpo não conseguia ao menos fazer menção de se mover.

Eu não gosto nem de lembrar o quão idiota eu fui e nem de lembrar que Louise me avisou sobre Catharina, Harry me alertou sobre Catharina. Quando ela me explicou o porquê de tudo, eu não sabia de quem eu sentia mais raiva. Se era de mim, do meu pai ou dela. Eu sabia que ela não me faria nenhum mal tão absurdo, sabia que ela era apenas gananciosa e estava me trocando por dinheiro. Por mais dinheiro.

Eu estava com pouco de medo sim, é claro. De repente, Catharina não era quem eu pensava que fosse e eu não poderia vacilar, mas eu sabia que ela não teria coragem para tanto.

Porém, quando batidas na porta se tornaram audíveis nesse lugar barulhento e cheio de gritos de moleques, uma chama de esperança se acendeu dentro de mim.

Se fosse meu pai, ele traria o dinheiro dessa idiota e eu iria embora, tentar continuar a minha vida mesmo depois de tudo o que aconteceu. Eu voltaria para casa, seria obrigada a olhar para a minha mãe mesmo com tudo o que fez e tudo o que dizemos uma a outra apenas porque ela ainda era a minha mãe e queria cuidar de mim. Como se o estrago não fosse cinquenta por cento causado por ela.

Se fosse meu pai, eu voltaria para a minha vida normal e seria obrigada a esquecer que amava um cara que me deixou. Que amava uma pessoa que me deixou e eu deixei que me deixasse. Tudo porque eu sou orgulhosa. Eu ia voltar para a casa e ver Louise e Niall, lembraria que eu poderia ser um casal com alguém como eles eram, além de olhar para Niall e lembrar que o melhor amigo do loiro era o meu menino de cabelos longos demais.

Eu estava sentada em um colchão com Catharina sentada em uma cadeira lendo alguns papeis quando a porta bateu. Nós trocamos olhares e ela se levantou, a roupa que normalmente usa na empresa marcando seu corpo seboso, até onde percebi ela não tomou banho desde ontem, parece que até dormiu com essa mesma roupa. Segundo o pouco que me deixou escapar do mundo exterior, depois de todo o escândalo – já que o caso, filho-não-filho de Desmond Styles veio a mídia – o rendimento da empresa caiu bastante. Uma crise se instalou na corporação, apesar de eu achar que o plano de Harry e minha mãe – e eu – tenha começado a surtir maiores efeitos. Eu não mencionei este detalhe a Catharina. Apesar de tudo, ninguém sabe sobre nada, além de Louise e Niall.

Catharina demora alguns segundos antes de voltar para o quarto onde estávamos. No entanto, traz consigo meu pai... e Harry. Nesse momento, algo dentro de mim me impulsiona para cima. Eu não quero fazê-lo, mas é mais forte do que eu. Meus braços caem no pescoço de Harry obrigando-o a me segurar para que os dois não caiamos no chão. Eu inalo seu cheiro e por alguns segundos, me sinto uma drogada louca. Eu senti falta disto, mesmo que odiasse admitir.

— Eu senti tanto a sua falta – ele diz quando nos afastamos. Eu olho bem para seus olhos verdes e vejo as olheiras fundas e escuras. Subitamente, é como se só eu e ele existíssemos.

— E eu talvez tenha percebido que independentemente de qualquer coisa, eu sempre vou preferir a sua companhia ao invés de qualquer pessoa. Mesmo que esteja odiando você.

— Que nojo – sou desperta pela voz de Catharina, ela está escorada na mesinha do quarto e Des está encostado na parede olhando para o teto de forro mofado. Ele está ofegante, parece que correu uma maratona – Vamos fazer assim, sem drama como você gosta de dizer Liv. Que tal os senhores Styles adiantarem minha grana para que eu possa vazar daqui, huh? Eu vi pela manhã no jornal que a polícia está me procurando, não posso ficar escondida neste cubículo por muito tempo.

Harry me solta e se vira para ela. Eu não posso ver seu rosto porque estou atrás dele, mas tenho certeza de que ele tem um de seus sorrisos convencidos estampados no rosto. É a marca dele.

— Eu não sei como você vai resolver isto com o velho aí, querida – ele zomba – Mas vamos dar o fora daqui, e não vai ser você – aponta – que vai me impedir.

Harry começa a andar, me arrastando consigo em direção a porta de saída, mas Catharina agarra o meu braço.

— Não tão rápido! Não foi isso o que combinamos Desmond! – ela exclama olhando para meu pai.

Ele, no entanto, ainda tem sua respiração ofegando e olhar vago no teto. Parece alheio ao seu redor e está muito estranho. Catharina está irritada e balança-o pelos ombros, meu pai por sua vez não responde de novo. O seu peito sobe e desce e uma de suas mãos vai para seu peito antes que ele caia de joelhos no chão.

Eu grito.

Corro até ele, mas parece que é tarde demais quando eu o balanço e ele já não está mais em um estado consciente. 


Notas Finais


E então? o que será que acontece com o tio desmond? façam suas apostas! n sei o que dizer gent, to bem cansada e é isso.. não se esqueçam de comentar, pfvr. estes ultimos capítulos são importantes, para saber o que vocês vem achando da história e tudo mais... <br /> <br />enfim, até daqui uns dias babes <3


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