Estava a passar pela ponte, quando tentei ligar para o Ni, mas depois lembrei-me do que o seu filho disse… Está decidido amanhã eu irei ao escritório dele!
Na manhã seguinte…
Acordei com alguém a empurrar-me.
- O que queres?! – Perguntei apontando uma arma.
- Sarah, sou eu! – Disse uma criança com as mãos no ar.
- João! O que se passa? – Perguntei guardando a arma.
- Dizem que vão começar um tiroteio aqui, no final da manhã. Acho melhor sairmos daqui agora… - Disse assustado.
Eu abracei-o com todos as minhas forças, tomei banho, alimentei-o, pois sabia que não teria comido nada desde ontem de manhã. Acabei de vestir-me e guardei a minha arma na minha bolsa.
- João, já sabe para onde vai? – Perguntei preocupada.
- Irei para o “God Save Me”. Como está o Fabiane? – Perguntou triste.
- Não te preocupes, eu irei trazê-lo ainda hoje. – Disse sorrindo.
Sai à rua e reparei que havia mais armas e homens do que o normal, talvez esse tiroteio vá mesmo acontecer… o que a polícia está a fazer? Se bem que só iriam causar baixas por parte deles.
Estava na ponte, quando avistei um táxi, mandei-o ir para a empresa do Ni. Quando lá cheguei, fui à receção.
- Boa tarde, sabe se Nicolas Mark, está aqui? – Perguntei elegantemente.
- Sim, mas neste momento ele está numa reunião. – Disse uma mulher de cabelo amarrado.
- Obrigada. – Disse eu.
Avancei, entrei no elevador e fui para o seu escritório, mas antes disso…
- Quando Nicolas sair da reunião, por favor, avise que Sarah Monteiro está aqui. – Disse eu entrando no seu escritório.
Sentei-me num sofá, cruzei a perna e retoquei o meu batom vermelho.
- Sarah. Senti tantas saudades tuas! – Disse ele.
- Ni! Eu também! – Disse eu abraçando-o.
Eu dei fé que a secretária estava muito a olhar para aqui, então eu peguei no comando e fechei as cortinas e beijei-o.
- Mas se estás aqui é porque precisas de um favor, não é? – Disse ele sentando-se no sofá também.
- Sim… Ni, o meu irmão foi preso injustamente, será que o consegues libertar com a tua influência? – Perguntei.
- Entendo… porquê que foi preso? – Perguntou.
- Ele tinha droga em casa… muita droga. – Disse.
- Entendo, eu irei ver o que posso fazer. – Disse.
- Ni! Não podes fazer isso agora? – Perguntei aflita.
- (Suspiro) Posso… - Disse ele marcando algo no telemóvel.
Vieram pessoas ao seu gabinete, ele assinou uma coisa e depois de algum tempo eles foram embora.
- Então? – Perguntei.
- O teu irmão irá ser solto, mas em troca, tu terás de dar 37 milhões de noites. – Disse ele no meu ouvido.
- Obrigado. Irei ao apartamento a partir de amanhã à noite. – Disse eu beijando-o.
Estava à espera que o elevador chegasse, enquanto isso apareceu alguém… que estava a evitar.
- Sra. Monteiro. Não esperava vê-la aqui. – Disse o filho de Ni.
- William, pareces que andaste a pesquisar-me. – Disse eu carregando outra vez no botão do elevador.
- Sim… imagina a minha supressa ao saber que moras no local mais perigoso desta cidade. – Disse ele brincando.
- Então é melhor ter cuidado. – Disse eu entrando.
- Que pena que ele irá ser destruído. Acho melhor arranjar um sítio para morar. – Disse ele saindo.
O que foi isto? Não interessa, eu fui depressa buscar o Fabiane. Ele estava lá sentado numa cadeira, aquele cabelo loiro não engana ninguém. Era ele, e soube disso quando ele veio a correr para mim.
- Obrigada! – Disse ele.
- É o meu dever proteger-te. Fabiane, não podes voltar à favela. Acho que vais ocorrer um tiroteio. Que tal irmos comer algo? – Perguntei.
- Sim, a comida daqui não presta. – Disse ele saindo.
- Sr. Detetive! Vamos deixar ele ir assim? – Perguntou um agente.
- Não podemos fazer nada… aquela rapariga mandou alguém importante tratar deste assunto. Não podemos interferir com eles. – Disse ele indo embora.
- Porque não? – Perguntou o agente.
- Porque alguém pagou 37 milhões, como se fosse uma moeda de 1 euro. – Disse ele.
Passamos o dia inteiro na cidade… era noite estávamos a ir embora, hoje eu não ia trabalhar. Aquelas ruas cheias de vida, luxo e luz… quem sabe eu não me habitue a este estilo de vida. Ao menos eu estaria a salvo dele… José, quando irás matar-me?
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