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História God Save the King: Supercorp - Capítulo I


Escrita por: supercorp52

Notas do Autor


Até as notas finais 🤗

Capítulo 1 - Capítulo I


Fanfic / Fanfiction God Save the King: Supercorp - Capítulo I

 No início os Kryptonianos eram uma raça guerreira e apesar da origem comum de seu povo, eles tinham grandes desavenças entre as diversas tribos e povos. Isso persistiu até que Mar-Ork e Isia Ar-Kon casaram-se passando a unir o planeta em torno de um governo centralizado. Desde então os Kryptonianos passaram a viver em harmonia, o povo de Krypton é tido como pacífico, ainda que sempre estejam preparados para guerras.

Os Daxamitas eram um povo que em geral permanecia no reino durante toda a sua vida, mas alguns poucos decidiam se aventurar em outros reinos buscando por aventuras e riqueza para além da imaginação. Os que ficavam em Daxam trabalhavam como ferreiros e outros trabalhavam no mercado de comércio de escravos, muitas vezes comprando escravos para fazer seu trabalho de maneira forçada. Este era um negócio muito comum em Daxam, e uma das muitas coisas que provocaram uma guerra com o reino de Krypton que se iniciou séculos atrás e se estendida até o tempo presente.

A comitiva se Krypton precisou parar a viagem rumo a Áquila ao cair da noite e montaram acampamento próximo de uma pequena vila ao norte e assim ao raiar do sol seguiram sua viagem até o reino amigo de Lionel Luthor, amigo de longa data de Zor-El. Alguns homens foram pegar madeira enquanto outros preparavam as acomodações para os nobres.

— Ansioso para rever seu amigo? – perguntou Kara ao primo Kal-El.

Kal-El era filho o príncipe herdeiro de Krypton e filho legítimo de Jor-El, rei e irmão do de Zor-El, o seu principal conselheiro. Kal-El e Alexander eram amigos de longa data, foram juntos em algumas campanhas militares ao leste da Northumbria, lutaram lado a lado e sobretudo nutriam grande admiração e respeito um para com o outro. Mesmo depois de anos a amizade continuava a mesma de sempre.

— Ficaria mais feliz se os motivos dessa visita fossem diferentes – fitou as estrelas do céu. — Preferia ficar em Krypton e lutar ao lado do meu pai e do tio, Zor-El.

— Sabe que não podemos voltar pra lá — Kara disse triste — É perigoso e você é o príncipe herdeiro.

— Um príncipe que foge abandonando o próprio povo? — fez um muxoxo. — Devo ser o príncipe dos covardes.

— Você não é covarde. É preciso ter muita coragem para fazer o que você fez, Kal-El. — tocou o ombro do primo — Sei que você é o melhor dos homens e que um dia você será um bom rei para o nosso povo.

Kal-El sorriu para a prima com a certeza de que ela sempre estaria ao seu lado em qualquer situação. Respirou fundo e tentou pensar em qualquer outra coisa que não fosse na guerra com os Daxamitass.

— Não respondeu minha pergunta — disse na tentativa de mudar de assunto.

— Sinto falta do meu amigo — sorriu — Da última vez que Lex me escreveu, ele me contou coisas sobre o reino, ele e sobre Lena. — fitou a loira. — Tenho certeza de que seriam boas amigas.

Kara já havia ouvido falar a respeito de Lena, escutou toda sorte de coisas sendo elas boas ou ruins. Tudo o que sabia era que a princesa possuía habilidades mágicas e havia servido como “diplomata” em missão para aproximar Áquila dos Druidas.

– E como ela é? — perguntou curiosa a kryptoniana.

– Lena é uma moça adorável e muito gentil — tocou o ombro da prima – E assim como você já está em idade de casar.

Antes que a conversa pudesse se prolongar, o chefe da guarda real de Krypton pareceu diante dos dois fazendo uma breve reverência para o príncipe herdeira que apenas fez um gesto afirmativo com a cabeça. Tratava-se do Lord Bruce da Casa Wayne, um dos homens de confiança de Jor-El e que foi incumbido de levar em segurança os dois kryptonianos.

— Meu senhor acabo de verificar os arredores. – disse sério. — Não há sinal algum de Daxamitas, mas os cuidados devem ser mantidos.

— Obrigado — disse para o homem que após outra reverência saiu da presença de ambos.

— Você deveria descansar um pouco, Kara – falou o príncipe ao ver que a loira bocejava. – Temos um longo trajeto amanhã.

— Logo chegaremos em Áquila? – perguntou a jovem ao príncipe.

— Mais algumas horas de viagem. – afagou o rosto da princesa – Tenha bons sonhos.

Em sua barraca improvisada, a jovem princesa olhava para a pintura de um retrato de seus pais, sentia falta deles mais do que qualquer coisa no mundo e se pudesse escolher teria optado por ficar em Krypton ao lado de sua família ainda que isso significasse uma morte certa. Sentiu o coração apertar cada vez mas dentro do peito e não conteve algumas lágrimas que lhe rolaram pelas bochechas rosadas.

– Milady – o silêncio foi quebrado pela voz de sua serva ou melhor sua amiga, Alexandra ou simplesmente... Alex

– Alex – sorriu para a serva ao limpar as lágrimas.

– Milady, está chorando – disse triste por sua princesa.

– Sinto falta da minha mãe – fungou ao ver o retrato dos pais. – Me pergunto se estão bem — encarou a amiga. — Se ainda estão vi...

– Tudo vai terminar bem, milady — apertou levemente as mãos de Kara — Saiba que sempre estarei ao seu lado para o que precisar de mim.

A conversa foi interrompida quando o um dos guardas adentrou a barraca. O som do tilintar de espadas do lado de fora denunciava o que estava acontecendo. Estavam sendo atacados por um grupo de Daxamitas. Ouviram o relinchar de cavalos e os gritos e grunhidos dos bravos cavaleiros de Krypton. Os homens de Krypton estavam em desvantagem numérica, eram doze contra catorze homens bem armados e treinados.

– Milady — olhou para as mulheres – Preciso levá-la para um lugar seguro – disse para as jovens.

A serva de Kara, ainda que de maneira bem desajeitada pegou uma espada caída no chão. E foi para o lado de sua senhora que parecia paralisada com o que estava acontecendo ao seu redor.

– Como faremos isso? – perguntou a loira.

Permanecerem ali dentro daquela tenda era suicídio e sair dali parecia ir de encontro com a morte certa. Mas precisavam tentar alguma coisa e assim os três deixaram a tenda dando de cara com o conflito do lado da fora, o príncipe Kal-El lutava bravamente contra um dos Daxamitas. O soldado olhou para os lados e puxou a princesa pela mão rumo a floresta, parecia um bom refúgio até que os cavaleiros pudessem combater os Daxamitas.

— Aonde pensam que vão? – disse o mercenário surgindo diante dos olhos de Kara.

O cavaleiro avançou contra o homem mas teve o corpo trespassado pela lâmina do seu oponente que parecia se deliciar ao ver as duas mulheres diante de si, antes que ele pudesse tocar em qualquer uma das damas, uma flecha atravessou seu braço o fazendo gritar de dor.

Todos olharam na direção de onde partira a flecha e assim viram na penumbra um arqueiro montado sobre um alazão branco. O rosto estava coberto elo elmo, trajava calças de couro e uma cota de malha, o elmo reluzente impossibilitava de ver o rosto de seu salvador. O mercenário recebeu mais duas flechadas, uma no olho direito e a outra que atravessou o pescoço fazendo sangue escorrer por sua garganta.

— Mas...? – Kara olhou a cena estupefata.

O arqueiro voltou a atirar porém dessa vez acertando duas fechas no homem que quase acertou uma estocada no futuro rei de Krypton, desceu do cavalo pegando a espada presa na bainha e desferindo um golpe no pescoço de outro mercenário. Kara estava impressionada com a habilidade do guerreiro que estava lutando por Krypton, ou melhor ao lado de seu primo, mas não pode deixar de notar que o cavaleiro em questão não era como os outros. Esse era menor em termos de tamanho, mas isso não o atrapalhava em combate, pelo contrário lhe gerava maior habilidade. Com um giro acertou outro mercenário na mão deixando a mesma a ponto de cair o pedaço no chão.

Os soldados de Krypton estavam finalmente ganhando aquele embate, restavam apenas quatro Daxamitas contra oito cavaleiros de Krypton e seu príncipe. Porém o último mercenário atingiu o bravo cavaleiro no braço. O cavaleiro levou a mão ao local por instinto e então foi derrubado ao chão, o mercenário barbudo tentou atingir o nobre cavaleiro que foi mais rápido e rolou para o lado desviando da estocada certeira. Foi quando Kal-El atingiu o mercenário no peito, com sua espada atravessando o homem que foi ao chão sangrando pela boca.

Quando a situação parecia ter normalizado, Kal-El olhou em volta e viu corpos espalhados pelo acampamento, incluindo o de seus homens. Não entendeu como conseguiu ser atacado, ninguém sabia que tomaria aquela rota para Áquila.

– Obrigado. – disse o príncipe para o cavaleiro diante de si.

Quando Kara se aproximou notou algo no cavaleiro, não era um homem e sim uma mulher. Notou isso ao ver os contornos femininos sobre a cota de malha, coxas grossas, seios fartos e um bumbum de chamar atenção. A mão coberta pela luva de couro ainda se mantinha no local do corte que que apesar de não ser profundo sangrava um pouco. O elmo se mantinha sobre a cabeça, e tudo o que Kara pode ver foram os olhos esmeraldas. Kara estava curiosa para ver o rosto de sua salvadora, havia visto uma mulher em combate uma única vez  e ficou em dúvida se era uma mulher ou um homem de cabelos longos.

— Não precisa me agradece, Kal. — disse com certa intimidade causando estranheza nós demais.

A jovem retirou o elmo revelando um rosto perturbadoramente lindo, os cabelos eram negros como o céu em uma noite sem estrelas contrastando com a pele porcelana e os olhos eram ariscos e tão brilhantes quanto esmeraldas. Os cavaleiros ajoelharam-se perante a princesa do reino amigo, a mulher e Kal-El trocaram um breve mas saudoso abraço deixando a loira sem entender coisa alguma.

— O que faz por aqui? — perguntou para a morena que entregou o elmo para um dos cavaleiros de Kal-El.

— Estava voltando pra casa. — respondeu simples. — Então notei que precisavam de uma ajudinha.

Alex reparou no corte na cota de malha da morena por onde saiu uma quantidade pequena de sangue mas que precisava de cuidados ou poderia infeccionar. Tomada pelo ímpeto de ajudar a mulher se fez presente na conversa dos nobres.

— Precisa de tratamento – falou Alex disse preocupada com o corte no braço da jovem.

— Foi apenas um arranhão, milady – disse com a voz rouca e com um leve sotaque. — Não quero incomodar.

— Deixe-nos retribuir cuidando de você – pediu o jovem príncipe. — Aliás, poderia passar essa noite em nosso acampamento. — olhou ao redor. — Ou pelo menos no que sobrou dele.

— Eu agradeço pela hospitalidade, Kal-El. — apertou a mão do príncipe.

— E eu por salvar nossas vidas. — falou em tom de gratidão. — Deixe a criada da minha prima cuidar de você.

Lena acompanhou Alex até a tenda de sua senhora para cuidar do machucado da morena que apenas acompanhava com os olhos o movimento suave das mãos de Alex enquanto limpava o machucado com retalho do primeiro pano limpo que havia encontrado, a ruiva podia sentir o olhar de Lena pairando sobre si e isso fazia seu coração dar saltos dentro do peito.

— Onde aprendeu aquilo? – perguntou a mulher ruiva puxando assunto.

— O príncipe Lex – riu ao lembrar do irmão – Ele me ensinou algumas coisas e outras eu aprendi enquanto estive em outras partes do reino. – sorriu.

— Sempre quis aprender a manejar uma espada e sair em busca de aventuras – corou levemente ao dizer aquelas coisas para a morena.

— Quem sabe um dia eu possa lhe ensinar — disse com um sorriso simples.

— Mesmo? – a mulher parecia ter acabado de ganhar o melhor presente do mundo.

— Sim, estou em dívida com você – olhou para o curativo em seu braço – Obrigada.

— Foi um prazer cuidar da senhora, alteza. – fez uma breve reverência diante da morena.

— Apenas me chame de Lena — sorriu mostrando as covinhas e saiu da tenda.

Depois de Alex tratar o ferimento no braço de Lena, a morena sentou sobre um tronco de árvore e encarou o fogo crepitando na fogueira, suspirou ao lembrar do olhar do rei de Krypton. Aquilo sempre acontecia, passou grande parte da sua vida sob aqueles olhares temerosos, mas ainda não havia se acostumado com a reação das pessoas.

Ouviu passos atrás de si e virou por instinto parando sua espada a milímetros da garganta do seu inimigo e pra sua surpresa era a princesa de Krypton, a loira tinha as mãos para o alto em forma de rendição, um olhar assustado e a respiração ofegante. Lena fitou os olhos azuis da jovem por alguns segundos e por fim baixou a espada, cravou na terra e voltou a sentar-se no tronco de árvore ignorando a loira que sentou ao seu lado no tronco.

— Não consegue dormir? – perguntou Kara quebrando o silêncio.

— Mais ou menos. — deu de ombros. — Desculpe. — se referiu ao ocorrido momentos antes.

— Tudo bem. — sentou-se ao lado da morena no velho tronco.

— A propósito — a fitou por um momento. — Me chamo Lena, presumo que você seja a princesa de Krypton e prima de Kal.

— E você é a irmã de Lex. — afastou uma mecha do próprio cabelo. — Mais uma vez obrigada por...

— Por favor, chega de agradecimentos — disse divertida. — Minha boca já está cansada de dizer que não precisa agradecer.

— Tudo bem então — riram juntas e a loira fez um gesto de quem se rendia. — Como está seu braço? — estendeu a mão para tocar no braço da morena.

A morena encarou a bandagem em seu braço por um instante antes de olhar para a loira novamente.

— Vai ficar bom. — falou tranquilizando a loira. — E você, se machucou?

Umedeceu os lábios e baixou o olhar.  Um arrepio percorreu seu corpo da Luthor como se algo se acendesse nela, não entendeu muito bem o que havia acabado de acontecer. Por um instante a princesa de Krypton esqueceu como se respirava e seria capaz de passar horas e horas observando o olhar de Lena sobre ela. Lena foi dos olhos azuis aos lábios e sentiu uma súbita vontade de tomá-los, imaginou qual seria o sabor dos lábios da princesa de Krypton, olhavam-se de maneira intensa, suas respirações desreguladas

— Graças a você estou bem. — intercalou o olhar entre os lábios da morena e seus olhos esmeraldas.

Lena sentia agindo sobre ela um forte magnetismo que a atraia diretamente para Kara. A súbita vontade de beijar a princesa se apoderou do seu corpo, instigando cada célula do seu corpo a fazer aquilo que realmente desejava fazer. Kara sentiu o coração bater mais forte ao sentir o toque gentil de Lena em sua bochecha fazendo uma leve carícia ali, a morena se aproximou ainda mais da loira que respirava cada vez mais rápido indicando a apreensão pelo movimento seguinte, Kara não pensou em nada apenas entreabriu os lábios apenas para receber os lábios de Lena contra os seus. Uma pequena parte sua gritava em sua mente a chamando de louca, mas a parte dominante fazia o oposto, preocupava-se apenas em corresponder aos movimentos suaves dos lábios de Lena.

— Me desculpe — se afastou bruscamente deixando Kara confusa com o ato. — Acho que estamos com os nervos a flor da pele depois do que aconteceu e eu acredito que seja melhor você voltar pra sua tenda.

— Você me beijou — disse mais para si do que para a morena.

— Me desculpe, isso não vai mais se repetir. — garantiu antes de sair de perto da loira.

Sentiu o coração afundar dentro do peito com a reação de Lena que parecia totalmente arrependida.


Notas Finais


Lena já chegou beijando a Kara, amada 👁️👄👁️


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