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História God save the Queen! - Ira


Escrita por: nsauthor

Capítulo 16 - Ira


Estou apoiado em meus joelhos, forçando os ossos contra o chão enquanto tento descobrir novamente como respirar. Sinto que há tanto acontecendo que não consigo encontrar forças o suficiente para que apenas não deixe os joelhos encontrarem o piso frio. Minha visão está embaçada e há um bolo em minha garganta, como se algo estivesse prestes a pular para fora de meu peito, mas é impossível deixar que este algo simplesmente saia.

Todas as vezes que meu telefone toca é para descobrir que algo que não quero ouvir aconteceu, não tenho poder para ditar como as coisas devem seguir e estou impotente, não tenho como levar as coisas da maneira que tenho levado, não tenho mais capacidade, física ou mental, de prosseguir. E é por isso que o chão se torna meu lar.

Quando o telefone tocou mais cedo, senti que não tinha um minuto para mim, eu simplesmente não podia ter nenhum descanso, é como se depois que havia pisado nesse maldito lugar, nessa maldita cidade, toda a minha vida tinha se tornado uma maldição. Não eram minhas escolhas, não eram as consequências de minhas escolhas, não eram os assassinatos, era apenas uma merda de uma maldição.

Esfrego os dedos em meus cabelos molhados enquanto encaro a tela destruída do telefone, ao meu redor apenas destroços, de minha casa, de meu lar e de mim, tudo está quebrado, papeis decoram o chão e também pedaços de vidro e louças. Encaro tudo que me cerca e apenas vejo destruição, tudo se tornou uma escura destruição em minha vida e sequer sei como cheguei ali. Procuro pela única garrafa aparentemente inteira, é claro, nenhum monstro em sua fúria pode quebrar seu único consolo.

Abro a tampa da garrafa de vodka, sentindo os dedos tremerem como pequenas varetas até que consiga levar o gargalo até a boca, o liquido deveria ferver enquanto rasga a garganta, mas de repente não sinto absolutamente nada, apenas preenchimento momentâneo do maior vazio de todos os vazios. Aperto os olhos sentindo o estomago vibrar, quero colocar tudo pra fora, mas sequer consigo vomitar, eu sou apenas um nada.

Quando recebi a ligação anônima considerei não atender, não porque não acreditasse que pudesse ser importante, mas pelo contrario, a quantidade de coisas bizarras que estavam acontecendo em Blue Lake não valiam correr o risco de ser enganado, eu não podia me dar a esse luxo, mas aparentemente eu deveria ter atendido no primeiro de toque.

A voz de Elliot era um misto de sussurros com soluços, eu não podia compreender o que o garoto dizia, e talvez eu quisesse acreditar realmente que era apenas uma brincadeira de mau gosto, teria sido melhor se tivesse acontecido dessa forma. Eu desliguei duas vezes antes que pudesse levar a situação a sério, antes que pudesse acreditar em qualquer coisa que fosse dito. Apenas quando Louis me ligou é que entendi, nunca havia sido uma brincadeira.

Tomlimson dissera, em palavras calmas e objetivas que haviam recebido uma ligação na delegacia e que precisavam de todos os policiais envolvidos diretamente no caso do serial killer de adolescentes para se dirigirem até a ponte do lago azul, pois teríamos mais um caso a investigar. Nos dirigimos ao local, Liam viera com a viatura a mil por hora, e em minutos olhando estávamos para baixo no rio, 30 metros abaixo na agua corrente, entre as pedras e algumas raízes de arvores um pequeno corpo estava estendido, o uniforme era claramente do Honory High.

Eu não podia mais me permitir deixar as batidas do coração falharem cada vez que visse aquele uniforme, eu estava quase me acostumando, só não podia sequer imaginar que no meio disso pudesse vir os cabelos ruivos que tanto gostava. E era muito, muito infeliz que pudesse me permitir sentir o alivio em ver que tais cabelos eram na verdade loiros. Era estupido e cruel, mas eu o sentia e nem podia esconder o sentimento, ao mesmo tempo sentia uma nova dor se instalar em meu peito, uma nova dor de uma nova vida desperdiçada, estava difícil demais.

Assim que todos os policiais envolvidos no caso se juntaram ao local, o xerife nos informara que ainda não havia como afirmar precisamente que aquele era mais um caso para nosso departamento, mas que os médicos legistas averiguariam o corpo ao que então poderiam afirmar a “causa mortis” e que, neste meio tempo, aproveitava pra nos informar que, e já era tempos, o FBI assumiria o caso, pois já não tínhamos mais recursos para prosseguir. Eu fiquei arrasado, destruído por dentro por saber que não havia sido capaz, eu não conseguira ajudar quem mais precisava, eu não conseguiria dar conforto para as famílias, Daisy não me perdoaria por não ter conseguido ajudar seus amigos. Me senti inútil, vulnerável, imprestável, um nada.

Porém, antes mesmo que chegássemos à viatura, para que pudéssemos voltar aos arquivos da delegacia e nos enfiar em nossos devidos lugares, um garoto se aproximou rápido do veículo. Não havia percebido sua presença conosco, mas tinha absoluta certeza de que já tinha visto seu rosto em outro momento anterior, ele também era aluno da Honory High, isso estava claro devido ao uniforme que também compartilhava, mas ele parecia ainda mais familiar. Apontou o dedo indicador em minha cara, de maneira acusatória, e me disse entre lagrimas pesadas que havia tentado me chamar, que havia ligado para o numero de emergência nos cartazes espalhados pela cidade, que dissemos que iriamos ajudar, mas não o fizemos. Elliot, como rapidamente descobri seu nome, disse que não valíamos de nada, e que poderia ter ajudado Angelica, a garota morta embaixo da ponte, que poderíamos tê-la salvado, se não preferíssemos ficar em casa em nosso tempo livre, coçando o saco e respondendo cruzadinhas.

O pior de tudo, Elliot estava certo, agora eu sabia e percebia isso. Achava que estava dando meu melhor o tempo todo, achava que estava preparado para lidar com qualquer coisa, qualquer situação, que poderia resolver tudo num piscar de olhos e que seria condecorado, mas não, eu não tinha me esforçado o suficiente, não havia feito tudo que jurei fazer quando me formei na academia, eu não estava preparado e nunca estaria. Eu não havia nascido para proteger ninguém, quem eu queria enganar?

Tao rápido quanto chegamos no local, rápido cheguei em meu apartamento, não tinha conseguido ficar sequer um minuto a mais ao lado de meus amigos, não me sentindo inútil como estava, o humor ácido de Liam e a bondade de Louis também não ajudavam em merda nenhuma, só me faziam pensar em como eu era um babaca. Comprei duas garrafas de vodka no caminho de volta, tentei não me importar com a carranca do atendente de caixa ao me ver com uniforme de policial comprando bebidas alcoólicas. Foda-se! Quem se importava, não é mesmo?

Acho que comecei a quebrar as coisas quando terminei a primeira garrafa, não sei bem em que momento, mas me recordo brevemente do copo sair voando de minha mão, acho que eu queria fazer isso há dias, só não tinha tido a oportunidade perfeita até então. Quando quebrei o primeiro copo dei tanta risada, que rapidamente quebrar a garrafa vazia não foi um problema, muito menos quando minhas mãos chegaram ao abajur ao lado do sofá, ou quando meus dedos rasgaram o fino tecido da almofada do móvel, puxando seu preenchimento todo para fora, “exatamente como as tripas de Brandon”, pensei com crueldade. Eu já iria para o inferno, no círculo dos inúteis, ri comigo mesmo enquanto soluçava, sentindo um pouco de bile subir até a garganta.

Não sei quanto tempo se passou depois disso, mas no momento me encontro de joelhos no chão, encarando a tela quebrada do meu celular, será que apenas o derrubei ou arremessei contra a parede? Minha cabeça lateja um pouco, não sei como estou consciente para falar a verdade, uma garrafa e meia de vodka não deveria ser o suficiente para me derrubar? Deveria ser a maldição que estava sobre mim, eu deveria sentir tudo o que merecia sentir, eu precisava sentir em meu amago como era um completo idiota, alguém sem sentido de sequer existir.

- Harry? – Demoro a perceber sua presença, mas sei que ela está ali de verdade, posso ver com o canto dos olhos sua silhueta acuada no batente da porta, ela se encosta na madeira, cobrindo os lábios com uma das mãos. É claro, Daisy está ali e obviamente sente medo de mim. Se eu me visse agora sentiria o mesmo, isso e um mix de pena. Talvez ela também esteja sentindo pena de mim e não sei se sou capaz de suportar isso, tudo menos pena. Quero levantar o rosto e pedir desculpas, quero abrir a boca pra dizer algo, mas nada sai de mim, não me sinto capaz. – Harry o que está fazendo? – Sua voz é um sussurro quase inaudível, mas a anos-luz eu ouviria sua voz, eu sentiria seu cheiro e decifraria suas expressões, eu só não quero olhar para Daisy agora, eu não quero ter que admitir para ela que está tudo acabado para mim.

Me esforço o suficiente para dar de ombros, ela entra delicadamente no apartamento fechando a porta atrás de suas costas. Eu havia deixado a porta aberta? Todo aquele tempo? Será que os vizinhos ouviram toda a bagunça? Pra falar a verdade, não sei se me importo realmente, eu nem mereço estar ali mesmo. Quando percebo, Daisy está juntando os cacos do chão, com delicadeza para não se machucar. Eu seguro sua mão, não posso permitir que ela continue a arrumar minha bagunça, que ela tente ajeitar e encaixar coisas que já não são para ser. Que já não fazem sentido.

- Vai embora. – Digo com a voz ainda embargada, o efeito da bebida não havia passado totalmente. Ela me encara perigosamente e puxa sua mão, afastando sua pele da minha, deixando um rastro de brasas ferventes em meus dedos, volta a arrumar a bagunça e eu não consigo me conter, não sei o que fazer a não ser segurar seu pulso mais uma vez. Ela insiste em pegar as coisas do chão, eu a seguro com mais força, ela empurra seu corpo contra o meu, tentando se desvencilhar de mim. – Daisy, por favor, não é hora. – Ela simplesmente não se importa, continua me empurrando e tentando pegar as coisas do chão e eu a segurando, e assim travamos uma luta que dura muitos minutos até que Daisy começa a chorar, e é aí que eu desabo de vez.

- NÃO É JUSTO HARRY! – Ela grita, grita alto sem se importar se mais pessoas podem ouvir, nada mais é um segredo em lugar algum, absolutamente nada. Ela soluça, enquanto seus olhos se apertam com tanta força que poderiam estalar. – Não é justo... as coisas... por que dessa forma? Eu não... nós...  – Seus joelhos cedem, e vamos parar no chão, no meio de minha bagunça.

- Shh, eu sei... eu sei... – Eu só posso dizer isso. É incrível como há poucos instantes me sentia um bosta, mas é simplesmente Daisy chegar que mesmo em meu pior consigo juntar algo para estar ali para ela. Até mesmo porque não consigo me colocar em seu lugar, estou aqui reclamando e reclamando sobre como as coisas estão uma porcaria, mas ao menos, todos que amo ainda estão vivos.

- Não pode ser... ela era só... e seu emprego Harry, o Liam me disse que os caras grandes pegaram o trabalho. – Ela diz, enquanto continua a engasgar levemente entre os soluços.

- Liam? – Me sinto um pouco babaca, mas também inevitável de sentir uma pontada estranha de ciúme no peito. O que Liam tinha a ver com isso? Ela me encara, como se percebesse o meu tom meio infantil de orgulho. Ainda assim, a garota balança a cabeça afirmativamente.

- Eu tomei a liberdade de ligar na delegacia quando... bem, quando não atendeu ao seu celular. – Ela diz as palavras encarando o aparelho sobre a mesinha de centro, está completamente destruído. Daisy enxuga suas lágrimas. – Eu só, só queria saber se estava tudo bem, eu... eu ouvi falarem sobre o que aconteceu a... meu Deus, Harry. Angie nunca fez mal a ninguém! – Ela volta a chorar copiosamente, esfrego seus ombros tentando confortá-la, quando percebo estou chorando também.

- Eu não sei Dee, não entendo sinceramente como alguém pode ser tão cruel e escolher pessoas que nunca fizeram nada a ninguém. Bem, eu não sei exatamente quanto a Trevor, mas os demais... – Daisy se retorce em meus braços, é difícil e pesado demais falar sobre o assunto, não quero que as coisas fiquem piores, não posso deixar que fiquem piores, mas para falar a verdade não sei o que fazer, meses trabalhando sobre o caso e nenhum pista. Talvez fosse a hora dos “caras grandes” prosseguirem mesmo, e eu deveria ajudar com o que fosse possível. É, era o certo, e estava decidido que na manhã seguinte iria até a delegacia para falar com os caras, já que eu não podia fazer tudo sozinha, ao menos ia fazer o que era possível para que nada mais acontecesse. Estremeço só de pensar.

Aproveito a posição que me encontro e encosto meu rosto delicadamente nos cabelos macios da garota, seu cheiro é inebriante e eu poderia ficar ali por horas. Era incrível e assustador o poder que ela tinha sobre mim, como podia resolver as coisas simplesmente por ficar ali.

- Não posso nem imaginar o que faria se perdesse você... – Confesso baixinho, aproveitando que estamos praticamente no escuro, apenas as luzes da rua iluminando o apartamento. – Você é tudo que tenho Daisy, e se não tenho é tudo que quero ter, nunca desejei ter alguém perto de mim e, que se não quisesse estar perto de mim que fosse feliz, eu imagino tantas coisas para você antes de dormir, e também penso em você quando acordo se quer saber. Queria poder melhorar tudo para você, nem sei o que é estar em sua pele agora, mas queria poder mudar isso, fazer com que sua vida fosse perfeita... Estou completamente apaixonado por você, senhorita Rivers, ao menos isso não faço questão de mudar. – Acho que estou falando com o nada, pois Daisy está tão silenciosa que é realmente como se me confessasse.

Penso que talvez devesse estar falando isso olhando em seus olhos, queria que ela soubesse que estava sendo sincero, nunca tivera intenção de usa-la, muito menos magoa-la, completamente ao contrário, queria proteger Daisy como protegemos o nosso primeiro amor, guardar no fundo do peito para que ficasse eternizado. Eu queria que Daisy fosse feliz, e apesar de não ter conseguido até então fazer com isso realmente acontecesse, eu acho que quereria isso para toda a minha vida, mesmo que só fosse responsável por um mínimo de sua felicidade.

Antes mesmo que decida tocar seu rosto, pra realmente verificar se a garota ainda estava ali, sou atacado por seus lábios. Daisy me beija com força, com raiva e com amor ao mesmo tempo, me beija como se nunca houvesse beijado antes e nem precisasse disso, pois era o beijo mais incrível do mundo e ela sabia disso, também tenho a sensação de que ela se despede de mim e o desespero que sinto quando tenho este sentimento faz com que a beija com ainda mais intensidade. Apesar de tudo, eu ainda tenho essa oportunidade.

Daisy descansa suas mãos em meu pescoço, apoiando seu peso sobre os meus, estamos parados a tanto tempo sobre o chão que imagino que seus joelhos estejam doendo. Não consigo imaginar melhor e pior momento para estarmos juntos, mas consigo enxergar que talvez isso seja perfeito, encaixado como deve ser. Deslizo um de meus braços para a parte de trás de suas pernas, e o outro braço levo as suas costas, erguendo seu peso com delicadeza. Tenho que me esforçar um pouco para carrega-la, ainda estou relativamente tonto devido à bebedeira, mas o faço mesmo assim, pois Daisy merece todo o carinho do mundo.

É meio idiota pensar, mas poderia criar um pedestal para ela ali mesmo, admira-la e adorá-la todos os dias, por um longo tempo, até mesmo por toda minha vida. Quando abro a porta de meu quarto, quase suspiro aliviado por ver que tudo está intacto, aparentemente só fui capaz de destruir minha sala. Tão cuidadoso quanto me é possível, deito o corpo de Daisy sobre os lençóis macios, me separo dela apenas para enxergar seu rosto. Sei que devo parecer um desastre agora, mas percebo em seus bonitos olhos que não há problema algum nisso, no fim das contas, por dentro ela está um desastre também, só não é um idiota como eu que deixa transparecer.

Me sento ao seu lado, ainda encarando seu rosto, não sei se devo continuar a fazer tudo que estou imaginando fazer, mas ainda assim espero sua confirmação. Continuo a encara-la e tomo a liberdade de acariciar seus braços, pois simplesmente não consigo não toca-la. Daisy se ajeita na cama, apoiando as costas no travesseiro, então estende suas mãos para mim, me dando a confirmação que precisava, a permissão de continuar. Me sinto confiante o suficiente para aproximar meus lábios dos seus, beijar suas bochechas e queixo, seu gosto é tão bom que preciso levar meus lábios até seu pescoço, sugando a pele com carinho.

Me demoro em beija-la, enquanto continuo acariciando sua pele até onde é possível, tenho medo de ser insensível e forçar a barra, mas é difícil raciocinar quando se tem a mulher mais linda do mundo embaixo de você, e desejando você. Meus dedos passeiam pela pele de seu antebraço, me admiro ao ver seus pelos se arrepiarem e não consigo conter um sorriso, Daisy é bonita demais, deslizo meus lábios até seu colo, acariciando com a língua sua pele alva, Daisy é doce e eu adoro muito isso. Rapidamente minhas mãos estão em suas pernas, sobre o tecido jeans de seus shorts, quando aperto delicadamente sua coxa, Daisy suspira longamente me fazendo sair um pouco de minha orbita.

- Harry... Por favor, me toque. – Ela pede manhosa. Quero dizer que estou a tocando, só pra ver sua reação, mas quando meu olhar chega em seus olhos, percebo que há uma chama tão forte que por segundos acho que vou explodir em minhas calças, eu tenho que dar a ela o que ela quer receber.

Gosto da ideia de torturar Daisy até que derreta de prazer, mas também não quero estragar o momento sendo lerdo como normalmente sou quando estou com ela. Então não me demoro muito, deslizo os dedos de forma lenta por baixo do tecido de sua roupa, novamente vejo Daisy se arrepiar e sei que estou fazendo o certo. Não consigo imaginar porque ela realmente quereria algo com alguém tao deplorável como eu neste momento, mas estou genuinamente feliz que tenha me escolhido para isso. Meus dedos chega no fino tecido de sua lingerie, Daisy está bastante molhada e quero explodir de felicidade por saber que eu causo isso em seu corpo, não consigo mais esperar, então seguro suas pernas, puxando rapidamente seu corpo para se deitar na cama. Ela de repente fica tensa, então acaricio mais uma vez sua pele, lhe dizendo com os olhos que tudo está certo, e ela sorri me dando novamente uma confirmação.

Puxo o tecido do shorts para baixo, revelando uma pequena calcinha vermelha de algodão, a exata cor de seus cabelos, não volto a olhar Daisy nos olhos, pois não quero deixa-la constrangida, quero apenas fazer com que se sinta feliz. Deposito alguns beijos em sua pele, enquanto acaricio a extensão de seu corpo que consigo alcançar. Continuo a acaricia-la e fazer com que se sinta confortável até que vejo que a garota está apertando as pernas uma contra a outra, preciso te-la o quanto antes, ou de outra forma posso acabar morrendo ali mesmo.

- Pode tirar sua blusa? Quero te ver sem roupas... – Peço com tranquilidade e tentando soar respeitoso, apesar de não pensar em coisas muito respeitosas quando ela puxa a roupa por cima do corpo, ficando praticamente nua. Eu realmente preciso tê-la o quanto antes. Sorrio enquanto mais uma vez passo minha mão por seu corpo, me demoro em tocar seus seios, não sei se isso realmente ajuda em algo, mas quero saber que tenho todas as permissões de toca-la como se fosse realmente minha. Tenho essa exatamente confirmação quando ouço um gemido baixo saindo de seus lábios e não me demoro para então retirar a ultima peça de roupa que está em seu corpo.

Fico paralisado por alguns minutos encarando seu corpo nu, acho que nunca havia acreditado plenamente em Deus até admirar a mulher em minha frente, Daisy é perfeita, a própria divindade. Não preciso mais segurar nada do que estou sentindo. Meu peito está ardendo em chamas e não consigo imaginar como me apaixonar ainda mais por ela. Seguro seu pé e o beijo, arrastando os lábios lentamente até seus joelhos, suas coxas, até chegar em seu ponto mais intimo, deposito beijos e arrasto minha língua até onde posso transparecendo todo o amor que sinto, fico extasiado ao ver o quanto Daisy se contorce na cama e, ainda mais, quando a ouço gemer meu nome baixinho.

- Eu adoro você Dee, adoro seu corpo, mas principalmente você, sua alma... – Os gemidos aumentam o tom, criando uma sonoridade quase angelical, e quero consumi-la, quero faze-la minha para todo o sempre. Beijo todo o seu corpo até que chegue novamente em sua boca, jorrando tudo o que sinto através dos carinhos que meus lábios fazem nos seus. Daisy rola na cama, jogando seu corpo sobre o meu, mais uma vez sinto que vou explodir em minhas calças se eu não tiver seu corpo logo para mim. Daisy parece entender o meu desespero, pois abre rapidamente minha calça e puxa sobre minhas pernas. – Diga que é minha Daisy, nem que seja apenas hoje... – Ela inclina seu corpo sobre o meu e morde meu pescoço, não tão delicada quanto eu estava sendo até o momento, Daisy também sabe jogar o jogo da tortura, e eu não tenho problema de morrer ali mesmo.

Daisy faz comigo exatamente o que fiz com ela, e por segundos realmente acho que vou morrer, seguro sua cintura e giro novamente seu corpo para baixo do meu, me encaixando entre suas pernas. A encaro diretamente nos olhos mais uma vez, apesar de tudo, ainda preciso de sua confirmação. Beijo sua testa, seus olhos, suas bochechas, a ponta de nariz e seus lábios, enquanto ela dá pequenas risadinhas, me fazendo crer que não há nenhum tipo de tensão ali, apenas carinho. Me encaixo melhor em seu corpo, esperando apenas que ela me olhe nos olhos e me diga o que fazer. Daisy segura com uma mão em meu pescoço, puxando meu rosto para o seu, ela ergue a cabeça, encaixando sua testa no vão entre meu ombro e pescoço.

- Eu te amo Harry, e sou sua... – Ela me confessa tão baixo quanto o fiz, e eu sei que é verdade. Ela é minha, como sou dela, e no meio de tanta escuridão há um ponto de luz entre nós.

 

 

 



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