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História Golden. - Made in the A.M


Escrita por: ouxlouist

Capítulo 45 - Made in the A.M


*Catherine pov 

Acordei incomodada com o feixe de luz solar que havia sobre o meu rosto. Olhei para o lado e Bradley ainda estava ali, dormindo, apresentando a feição mais angelical possível. Me movi sutilmente até a saída da barraca e devagar fui abrindo o zíper que me separava do lado de fora. Sai da barraca sem fazer muito alarde, não queria acordá-lo. Agora, podendo ter uma visão mais ampla de tudo a minha volta, percebo que há dezenas de copos de plásticos espalhados por todo o gramado. A festa parece ter sido boa ontem a noite, mas nada que justifica tamanha sujeira. Mas aposto que a limpeza restará para os alunos, mesmo que as aulas tenham acabado. Sra. Simpson não nos deixaria sair ilesos dessa, e ela estará certa em nos fazer limpar, afinal estávamos responsáveis por essa festa.
 – Bom dia. – Bradley disse ao aparecer por trás de mim, beijando a minha nuca. 
 – Bom dia. – respondi virando o meu corpo para que ficasse de frente a ele, e lhe desse um abraço. 
 – Uou, parece que a noite de ontem rendeu. – ele comentou após observar o cenário.
 – Parece que sim, e essa bagunça irá nos render muito mais. – disse-lhe.
 – Preciso concordar, o dia hoje será longo. Essa bagunça poderia não ser de nossa responsabilidade se minha vó tivesse deixado contratar uma empresa que presta serviços de limpeza. 
 – Sua avó fez o correto, você só deveria ter alertado a todos sobre isso, assim a sujeira poderia ter sido menor. 
 – Nunca imaginei que fosse virar isso. Mas calma, posso dar um jeito. 
 – Como em Can we dance?  – perguntei e o fiz gargalhar.
 – Sim, como em Can we dance.  – respondeu sorridente e foi até a barraca pegar o seu celular. 

Me mantive ali, apenas enrolada na toalha de forrar o chão. Isso parece meio sujo da minha parte, mas era o que tinha para amenizar o meu frio, já que esse pedaço de pano preto, vulgo vestido, não consegue fazer o seu papel. Ainda são nove horas da manhã e Bradley já está mandando mensagem para seus amigos, na tentativa de fazer com que pelo menos eles apareçam para nos ajudar. 
 – Bem, acho que posso ir começando. – disse isso e comecei a catar os copos descartáveis esparramados pelo gramado. – e eu achando que a festa ia ser no ginásio. – resmunguei e fiz Bradley soltar um sorriso espontâneo.
 – Também não pensei que na minha ausência as coisas tomariam esse rumo. Mas o importante é que...   – ele falou e veio se aproximando de mim. – é que nós fizemos as pazes, não estava aguentando a saudade. 
 – Nem eu, só não tinha coragem de assumir.  – selei seus lábios e depois voltei ao serviço. –  vou lá dentro da escola procurar alguns sacos para colocarmos isso. - disse e fui caminhando, deixando o garoto para trás.

A escola estava suja também, mas não tanto quanto o gramado. O que me fez refletir sobre se de fato a festa tinha sido mesmo no ginásio. Fiquei vagando pelos corredores até avistar a sala onde ficam os materiais de limpeza, mas para a minha sorte estava trancada eu tive que ir até a a secretaria atrás das chaves. Hoje a escola não está funcionando, mas provavelmente teria alguém lá, sempre tem. Para minha felicidade, Verônica, a secretária estava sentada em seu lugar de costume. Desejei bom dia e depois lhe pedi a chave da sala de limpeza. Ela nem hesitou ao me dar o objeto, apenas abriu a gaveta em sua esquerda e arremessou o molho de chaves em meu sentido, por um segundo pensei que aquilo fosse pegar no meu rosto, mas ainda bem que consegui apará-lo ainda no ar. 

Mais uma vez ali estava eu, vagando pelos corredores até chegar novamente à sala dos materiais de limpeza. Olhei para a minha esquerda e vi que ali havia aqueles ganchos de catar coisas, que no ajudaria na coleta dos dejetos do gramado. Peguei dois daqueles e alguns enormes sacos plásticos, tranquei a sala e sai. Usei o prendedor do chaveiro para pendurar aquela quantidade absurda de chaves na parte de cima do meu vestido, e em seguida caminhei de volta para fora da escola. 
 – Pensei que não fosse voltar nunca. – Brad argumentou. 
 – Sentiu tanta falta assim? – indaguei. 
 – Não, é que quero terminar logo esse serviço. –  ele falou me provocando, já que sabia que eu esperava outra resposta.
 – Idiota. Pensa rápido! – exclamei e arremessei um dos ganchos em sua direção. 
 – Sua louca. – ele disse e depois sorriu da minha atitude. – Isso tudo porque não senti sua falta enquanto você foi buscar essas coisas? 
 – Não, nem tudo gira em torno de você, meu querido. – falei. Dei de ombros.
Bradley sorriu. Continuou a catar os copos e pôr dentro dos sacos. 

Ficamos só nós dois ali por algum tempo, até que Tristan, Connor, Felipe e James chegaram. Suspirei aliviada e arranquei um sorriso de todos ali presente. 
 – Olha só, Catherine Svaizer trabalhando. – Felipe fez um comentário sarcástico e os meninos riram da minha reação.
 – Ha ha ha. Falou a pessoa que todas as vezes que eu chegava em sua casa eu tinha que ficar organizando suas coisas. 
 – Calma, não precisa jogar na cara.  – disse o rapaz e me deu um abraço em seguida. – espero que tenha tido uma noite agradável com o seu galã. Só não te quero grávida. – sussurrou em meu ouvido e me fez dar uma gargalhada absurda, chamando atenção dos outros garotos que não entendiam o motivo daquilo.
 – Babaca, vira essa boca para lá – respondi e o afastei do meu abraço. 
 – Tudo bem, agora vamos voltar ao serviço.  –  Bradley falou nos encarando. Ah meu Deus, já vai começar a sessão de combates, preciso preparar a pipoca. Esses dois são tão bobos. 
 – Concordo. – Felipe disse e pegou um saco, seguindo atrás de mim para que eu apenas depositasse ali dentro o que eu pegava com o gancho catador. 

Nos afastamos um pouco de onde Bradley estava com os meninos, na verdade todos, exceto eu e Felipe estavam distantes um do outro. De volta e meia eu podia notar os olhares que Bradley nos lançava, ele nem piscava com medo do que aquela proximidade poderia resultar. 
 – Eu demorei aceitar que tivesse perdido você, mas...  –  Felipe disse, mas em seguida travou, ele procurava coragem para continuar a sua fala.
 – Mas...?  – perguntei para que ele "ganhasse" tempo.
 – Mas agora eu percebi que eu não tenho chances nenhuma enquanto você ainda estiver enfeitiçada com esse britânico. –  falou cabisbaixo. – Quando vi o jeito que você o olhava para ele, quando ele saiu do elevador ontem de manhã, eu conclui que estava de vez fora do jogo. Percebi a pequena probabilidade que eu tenho de tirá-la dele. Só não fiquei pior, porque eu já vim preparado para isso, já vim pronto para vê-los juntos, entende? – agora ele falava de cabeça erguida e eu apenas o ouvia, sem mover um único músculo do meu corpo. 
– Me desculpe... – disse-lhe. 
– Pelo quê? Por você estar com alguém que enxergou o seu verdadeiro valor no momento certo? Não precisa, eu realmente a entendo. E me sinto um completo idiota por não estar planejando milhares de formas para separar vocês dois, afinal, isso é o que as pessoas fazem para conquistar os seus amores quando se é preciso. Mas eu quero te ver feliz, mesmo que isso me custe um enorme buraco no peito. Enfim... chega desse meu drama. –  ele disse e abriu o saco para que eu retornássemos ao trabalho. 
 – Eu te amo, o fato de estar com Bradley não muda isso. Você é, e sempre será uma das pessoas mais importantes da minha vida, mas acho que não fomos feitos para sermos um casal. A não ser que seja de amigos. – forcei um sorriso e abri os braços o convidando para um abraço.

Abraço esse que foi longo e apertado. Quando abri meu olhos pude ver a cara de tacho que Bradley fazia, e minha única reação foi gargalhar.
 – Esse idiota é muito ciumento. – Felipe disse e eu lhe dei um tapa fraco no ombro. – mas eu também teria, ainda mais se soubesse que a minha namorada está abraçada com um cara que já fez amor com ela. 
 – Cala a boca! – exclamei e dei mais um tapa no garoto, que agora ria como uma criança. 
 – Boba! Eu não teria coragem de contar nada, acho que ele não merece saber dos nossos detalhes cabeludos. 
 – É, eu concordo. Isso vai ficar guardado apenas para nós dois, pode ser?  – sugeri e ganhei a aprovação do rapaz. 
 – Vem Cath, vamos voltar antes que a cachinhos dourados se junte os três ursos e venha me bater. – Felipe disse isso e agora foi a minha vez de sorrir como uma criança. 

Era quase 12h quando terminamos de limpar tudo. Tristan estava de carro e nos deu carona até o prédio, e depois seguiria com Felipe e os outros meninos para um restaurante, onde eu os encontraria depois de tomar um banho e vestir uma roupa descente. Na porta do prédio Bradley também decidiu ficar para se arrumar, depois que eu disse-lhe que ninguém sentaria ao seu lado durante o almoço. Em sua defesa ele disse que garotos não se importam muito com isso, então eu retruquei lhe dizendo que os garotos não são seus namorados, e que eu me importava com isso. Argumento suficiente para que Brad fosse zoado pelos outros quatro rapazes durante o caminho até aqui. 

Descemos do carro e fomos cada um para seu próprio apartamento. Trinta minutos depois estávamos prontos para pegar um táxi e ir ao restaurante onde os meninos estariam. Mandei mensagem para todas as meninas, as convidando também, mas todas se disseram comprometidas com a família. Mas Eleanor disse que estará livre à noite, pois seus pais pegarão um voo de volta para a Suécia essa tarde. Bradley e eu pegamos um táxi até o estabelecimento, pagamos pela corrida e entramos no recinto. Os meninos já haviam feito o pedido, então chegamos bem na hora em que a comida estava sendo servida. 

No caminho até aqui contei ao Bradley tudo, ou quase tudo que havia conversado com Felipe durante o momento em que limpávamos a escola. Então ele já parecia mais aliviado, e conseguia conversar e olhar para Felipe sem tentar travar uma terceira Guerra Mundial. Sinceramente os dois pareciam estar se dando bem. James e eu ficamos conversando sobre o que aconteceu na padaria ontem pela manhã. Ele disse que acha que seu avô possa estar desconfiando de algo e que talvez tenha reconhecido o gorro que eu usava, mas eu acho praticamente impossível. 

Após terminarmos a refeição, dividimos o total a pagar e saímos dali. Tristan nos levaria de volta para o prédio, mas antes de irmos teve a brilhante ideia de passar na sorveteria, já que agora o clima já havia mudado e estava um pouco mais quente. Felipe parecia estar se divertindo com os meninos. Em uma das conversas dentro do carro descobri que ele ficou com duas meninas ontem a noite, e que se ele quisesse teria "passado o rodo" em metade da escola, já que na festa ele era meio que o centro das atenções. 

James estava empolgado com o encerramento das aulas, então decidiu fazer aquelas nossas velhas festinhas em sua casa amanhã, onde os meninos tocam e no final comemos das mais deliciosas comidas que sua mãe pede para que nos façam. Além de rolar uma piscina, pegação e fogueira, amanhã já aproveitaria para a minha busca na mansão McVey. As combinações perfeitas para uma segunda-feira, que sem isso seria tediosa. Pediu para que eu convidasse todas as meninas, queria reunir nossa turminha mais uma vez. Connor e Tristan agora solteiros pediram que eu convidasse outras garotas, mas eu não concordei e disse que não deixaria nenhuma vadiazinha participar do nosso encontro. 

Passei a tarde sozinha no apê, Emily e Bel jantariam com seus familiares essa noite, pois ambos partem amanhã cedo. Eleanor só veio me aparecer às 19h e Felipe ficou a tarde toda jogando vídeo game no apê de Bradley, com ele e Connor. O jogo tinha virado, Felipe e  Bradley juntos, e eu sozinha. Pelo menos posso dizer ao mundo que vivi para ver isso.

Nós duas ficamos conversando e algumas horas depois ganhamos a companhia dos três garotos que vieram comer pizza conosco. A noite foi muito divertida, comemos, conversamos e assistimos um filme de terror. Felipe, Els e Connor interagiam muito, o que foi bom, pois Bradley e eu não ficávamos incomodados em trocar beijos e carícias, já que eles nem prestavam atenção em nós dois. Por volta das 0h os meninos foram embora, e Bradley aproveitou a "proximidade" repentina com Felipe e o convidou para dormir em seu apê. Mas se eu bem conheço o namorado que tenho, essa foi uma forma de assegurar que Felipe e eu não tivéssemos nenhuma interação enquanto ele não estivesse. 

No fundo Felipe parecia estar lisonjeado com o convite, então, sem muito drama aceitou a solicitação do outro rapaz, que até algumas horas atrás era seu 'rival'. Fiquei feliz com a situação, e me senti mais segura quando soube que Connor também dormiria lá, isso evitaria a ocorrência de danos entre os dois. Então, depois que os garotos foram embora, convidei Eleanor para que dormisse aqui hoje, ficaríamos assistindo a série "The Royals" até pegar no sono.

 

 



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