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História Good Boy - 28 chamadas


Escrita por: __Is__

Notas do Autor


Olá meus Aliens lindooooos !!!!
Voltando com um capítulo da May.
Eu sei que os últimos capítulos tem uma narrativa rápida e pouco detalhada, mas é que eu tenho que correr com a cronologia da história. Mas os capítulos cheios de detalhes logo logo estarão de volta.
Boa leitura 🖤 o

Capítulo 36 - 28 chamadas


Fanfic / Fanfiction Good Boy - 28 chamadas

KANG MAYEONG

Tudo estava rodando enquanto eu tremia e segurava as lagrimas. Eu não conseguia entender por que na minha vida tudo tinha que dar errado. Parecia que quando eu finalmente sorria para algo ou alguém, o mundo ria da minha cara e simplesmente tudo o que eu senti virava poeira. Era como se meu destino estivesse nas mãos de Thanos, e ele pouco ligava para o que me acontecia. Naquele momento, só queria deitar ficar quieta e chorar, até que por fim eu me desidratasse.

Mas não era assim que as coisas queriam funcionar. Quando pensei que depois do desastre o meu dia cheio e corrido me faria esquecer, e ignorar o ocorrido, havia me enganado. Um filme se repetia varias e varias vezes em minha cabeça me recordando tudo o que vivi nessas ultimas semanas para me condenar; para que eu pudesse ver o quão imbecil eu fui. E o resultado, foi uma Mayeong que sequer conseguia se concentrar no que fazia errando varias coisas impossíveis de se errarem.

Jimin por sua vez também não ajudava me ligou o dia todo de minuto em minuto mesmo sabendo que eu não iria atendê-lo. E agora socava e minha porta pedindo apenas uma chance para se explicar. Enquanto isso eu me mantinha quieta dentro de casa sozinha, sem mover um músculo na esperança de que ele fosse embora.

- MAY! – Ele gritava. – Eu não vou sair daqui enquanto não me deixar explicar. – Nada o respondi, obvio. Mas apenas saber que ele estava ali acabava com o meu coração. Não por dó, mas porque eu sabia que era fraca e se não fizesse nada iria abrir aquela porta e chorar em seu peito. Contudo, liguei para a única pessoa que eu sabia que poderia me ajudar, ou que deixaria tudo para me servir de ombro.

- Tae. – Chamei quando ele enfim atendeu.

- Oi May! Está tudo bem? – Ele estava bem, talvez até com o namorado, mas eu precisava dele. Precisava muito.

- Eu preciso de você. – Reprimi um soluço, mas não foi suficiente ele acabou por ouvir.

- Já estou a caminho. – Desligou o celular, enquanto Jimin continuava a bater.

- MAAAAAY!

[☀️☀️☀️]

Àquela manhã os passarinhos cantaram para mim assim como os ratinhos Jack e Tatá me deram bom dia. Sim me senti nas nuvens, como se realmente pudesse flutuar. O chão parecia feito de plumas e o sol de alegrias. Típica princesa da Disney. Prazer Kang Mayeong. Tudo era lindo, mesmo com as costas doloridas e morta de sono, pois JiYeol não dormia, ela apagava e que se fodam os vizinhos.

Mas nem isso estragou meu bom humor, o que era raro, pois não era uma ação costumeira vindo de mim pela manhã. Por algum motivo eu e JiYeol havíamos trocado os papeis e ninguém sequer me avisara. Não me importava na verdade, todos nós temos os nossos momentos sendo ruins ou bons, e temos que passar por eles da forma que julgar mais conveniente.

Nós não demoramos muito para sair da casa dela; quero dizer, pelo menos não eu. JiYeol agarrara no banheiro o que me deixou bastante impaciente devo dizer. E eu não entendia o motivo de tanta pressa vinda de mim. Apenas sabia que queria chegar à escola o mais rápido possível.

As coisas não iam bem para JiYeol era evidente, ainda mais com tanta gente se intrometendo em seu relacionamento, não era da conta de ninguém ali. Seokjin não era nenhum K-idol para que as pessoas o amassem tanto e quisessem o proteger. De qualquer forma eu me compadecia pela situação, tudo havia se tornado tão complicado depois daquele jornalzinho imundo, que vive por expor os outros ao ridículo. E ninguém daquelas pessoas se pronunciaram contra eu estar saindo com Jimin, o que era ótimo, mas não justificava o motivo de perseguirem alguém porque tem notas boas e é popular de algum modo.

- Bom dia gatinha. – Lá estava ele sorrindo de braços abertos para mim na entrada do corredor esperando meu abraço.

- Bom dia. – O respondi ganhando um beijo logo em seguida. Ji não disse nada, apenas rumou em direção a Jin para o abordar com sorrisos e amores.

- Como foi à noite?

- Nada de mais, coisas de garotas. Falamos de nossos namorados lindos e-

- Então agora eu sou o seu namorado? – Seu sorriso iluminou ainda mais meu dia, o encarei da mesma forma, se ele encarou aquilo como um pedido de namoro, por mim tudo bem, mas eu ainda queria um vindo dele com direito a tudo.

- Se te serve? – Ele nada me respondeu apenas me deu um rápido selar. Naquele mesmo momento Yoongi passou por nós dois e nos acenou com a cabeça, eu sorri de volta, mas Jimin nada fez apenas fechou a cara, parece que a amizade que tinham havia ido para o ralo tão rápido como surgira. Eu e ele não tínhamos nos falado nos últimos dias, desde quando me mandara procurar por Jimin. Fiz menção de ir atrás apenas para lhe dar um bom dia devido, mas o Park segurou meu pulso com delicadeza.

- Deixa ele para lá. – Assim passou um dos braços por meus ombros nos guiando até a sala de aula. Não pude evitar olhar para trás, e Yoongi também me olhava, ele sorriu, e por algum motivo fiquei mais calma quanto não ter falado com ele durante todo esse tempo.

Pouco tempo depois o sinal para o inicio das aulas soou, Jimin que estava sentado a minha mesa segurando meu estojo em mãos beijou minha testa e rumou para seu lugar mais atrás. Tinha mudado para as cadeiras da frente por não querer ter distrações enquanto tentava aprender as matérias, afinal meu curso dependia do meu bom desempenho na escola. Quando Taehyung entrou pela porta, ele também me deu um beijo na testa e foi para seu lugar. A última a entrar fora JiYeol ela me sorriu e foi para junto dos meninos.

Havia algo muito esquisito acontecendo entre os três, eles sequer conversavam entre si muito menos se olhavam na cara. E fiquei surpresa pelo fato de Taehyung e Jimin terem criado uma amizade tão rápida e espontânea e do nada algo que apenas eu não sabia estava acontecendo. Mas não tinha certeza se queria descobrir para inicio de conversa.

A aula se seguiu com a pior notícia, o simulado estava mais perto do que o esperado e eu não tinha tempo de estudar e nem sequer sabia a matéria que estávamos estudando para completar. O jeito era estudar com alguém naquela biblioteca enquanto eu a olhava de algum jeito.

Não tardou e o professor Young entrou sorrindo como nunca carregando sob os braços os livros que estudaríamos esse semestre. Senti falta dele durante as férias, era o meu professor preferido apesar de tudo. E toda vez que o via me lembrava do trabalho em que havia passado, podia jurar que eu e Jimin o fizemos mais perfeito do que gostaríamos.

- Bom dia crianças! – Ele nos saldou e o respondemos em um couro uniforme. – Bom temos muito o que falar este semestre. Mas vamos começar com o mais importante. – Ele se sentou a mesa como nenhum outro professor fazia.

Os outros preocupavam-se com o conteúdo e aplicavam testes para ver se tínhamos o aprendido com perfeição, caso não, éramos punidos por isso. Mas o Senhor Young era diferente, ele sua preocupação era se estávamos confortáveis com as aulas e nos fazia criar o Interesse pela leitura, de uma forma interativa e agradável. Todos ali gostavam dele e poucos se opunham no final das contas.

- Muitos criticam minha matéria, dizem que literatura não deveria ser considerada uma. Mas eu discordo, se querem jovens alienados eles estão conseguindo com sucesso, mas eu quero criar uma geração nova, algo diferente. Uma geração que é capaz de sentir, amar, errar e aprender com seus erros. Foi por isso que passei aquele trabalho para vocês. E espero que realmente tenham se conectado com seus colegas. Por tanto a apresentação dos trabalhos será no auditório com todas as turmas de último ano na qual dou aulas. – Protestos e mais protestos se seguiram após a revelação ele riu e fez careta com o que dizíamos.

E boa parte dos protestos vinham de mim, não que eu tivesse vergonha, mas era complicado se conectar com alguém, e ainda compartilhar com metade da escola, eu me sentiria um tanto quanto perdida e exposta. Mas se isso me daria pontos valia o sacrifício.

- Parem de reclamar. – Ele se fez ouvir. – Vocês fazem coisas piores nas férias e ainda reclamam de um discurso em frente aos amigos? Bom a apresentação será nesta sexta, espero que estejam preparados. E meu projeto. – Ele direcionou seu olhar a mim e ao Jimin. – Eu espero que façam um bom trabalho. – Em resposta eu sorri constrangida assentindo, já Jimin sorriu e disse:

- Pode deixar professor. – Senhor Young nada disse sorriu mais uma vez e se virou para a lousa.

- Esse semestre trabalharemos com Sukiyaki de domingo. – Escreveu o nome do livro na lousa. – A autora é Bae Su-ah. Escolhi este livro pela grande falta de interesse de vocês em livros que retratam fatos históricos como documentário, e como professor de literatura percebo que sucessos como Harry Potter e outros conquistam os corações de vocês. Então decidi dar a vocês motivo pelo qual gostar deste livro.

- Mas Harry Potter é um clássico professor não há o que questionar. – Taehyung o interrompeu e muitos concordariam com ele.

- Elementary. My dear Taehyung. – Eu havia pego a referência, porém boa parte da sala não contudo ele completou. – Mas para aqueles que são fãs de cinema: Elementar meu caro Watson. E quem nunca assistiu Sherlock Holmes ou leu os livros façam-me este favor.

“Como podem ver a cultura americana está por todos os lados. Eu gosto é evidente, mas não posso deixar de enaltecer a nossa literatura que é tão rica quanto. Por tanto Sukiyaki de domingo fala sobre uma Coreia não tão rica e evoluída tecnologicamente como hoje. E protagonizam personagens considerados rebeldes. Tal como a famosa Katnis Everdeen. – E por aí se seguiu a aula.

Por ser a melhor aula do dia ela passou tão rápido quanto um suspiro. E pouco depois já estávamos caminhando em direção ao refeitório quando o sinal para o intervalo soou. Jimin e eu pegamos nossa comida e fomos para a quadra aberta onde a maioria dos jogos acontecia. O sol caminhava lento para aqueles locais por tanto a sombra era onde nos encontrávamos.

Ninguém ficava ali para ser mais exata, fora os atletas, mas não estavam em horário de treino o que indicava que estávamos sozinhos. Dividimos um suco de laranja e um sanduíche feito pela cantineira. Quando terminado Jimin colocou as embalagens vazias a dois bancos para baixo e me puxou para mais perto.

- Senti sua falta. – Murmurou com a voz embargada enquanto me dava leves selares me fazendo rir. O olhei, ele ficava extremamente lindo e sexy com os seus óculos, e os cabelos pretos penteados em um topete bem feito. Era bom vê-lo assim, principalmente quando eu sabia como ele era de verdade.

- Nós nem ficamos tanto tempo longe. – O retruquei roubando um beijo.

- Eu sei, mas na noite passada queria subir até seu quarto com àquela escada para fazer um amorzinho gostoso. – Confessou sorrindo safado e mordiscando meu pescoço.

- Tarado, da próxima vez que subir a minha janela eu vou gritar. – Ele riu, e não se sentiu ofendido foi como se seu ego subisse mais um nível.

- Por mim tudo bem. Eu sei que não vai ser de susto. – O bati em seu ombro, pois ele era impossível. – Tem que moderar gatinha, seus pais devem querer dormir depois de tanto trabalho.

- Jimin! – Eu estava envergonhada, e o ver falando assim era complicado por mais íntimos que sejamos.

- Não estou te zoando, acho bonito. E gosto muito quando me chama de Chimchim. Te faz ficar fofa e me deixa com muito t-

- Okay, okay acho que eu já entendi. – Ri sem graça e o abracei para então lhe dizer ao pé do ouvido. – Chimchim.

- Mayeong não provoca. – E assim ele me puxou para um beijo bem dado, o que eu estava esperando por toda a semana. Sentir aqueles lábios grossos era a coisa mais gostosa que eu provara. E sua língua quentinha quebrava todas as minhas barreiras.

Suas mãos apertavam minha cintura deixando que ele mostrasse toda sua vontade reprimida no ato. Era perigoso e eu sabia disso. Não era permitido esse tipo de afeto no colégio, mas nem todos seguiam estas regras, e aqueles que por algum motivo foram pegos recebiam uma punição severa e devida. Mas nem eu, muito menos ele dávamos muita importância, não importava ser pego, nos importava o afeto.

O beijo foi cortado pela simples falta de ar, mas para que o clima não fosse perdido vários beijinhos no meu pescoço foram deixados. Ri pois me faziam cócegas eu estava tão feliz que nada, nada nesse mundo poderia arrancar minha felicidade.

- Já pensou se alguém nos pega? – Ele riu apenas em pensar.

- Iríamos ser suspensos. – O respondi da forma mais óbvia com a qual eu tinha conhecimento.

- Isso é fato. Mas vamos correr do supervisor e nos esconder na biblioteca ou no quartinho do zelador e ser feliz.

- Seria insano. – Sorri junto.

- Tudo é insano com você gatinha.

Como o final de um sonho encantado o sinal tocou novamente, nós dois suspiramos ele estendeu a mão e eu a peguei. Me levantei logo em seguida dele e fomos juntos para a sala novamente.

- Está pronta para o simulado? – Ele quis saber.

- Na verdade não, eu estou com medo. Preciso ter uma boa nota, mas tem algumas matérias que eu não sei, e são complicadas de mais para minha cabeça. – Ele beijou a minha testa a acariciou meu ombro.

- Olha se quiser estudar comigo na biblioteca; eu posso ajudar. – Nada disse apenas concordei.

Quando entramos para a sala tomei meu lugar e ele o dele, e assim foi o resto das aulas. Uma atrás da outra, de matérias que eu conhecia de outras que eu não fazia a mínima por onde começar e isso me frustrava. Não tinha como eu ser médica desse jeito, se eu ao menos conseguia pegar matérias idiotas para o bosta do simulado.

O sinal tocou e foi como uma aclamação de liberdade para todos os alunos, saíram tão rápido quanto era possível. Disse a Jimin que ia na frente enquanto ele se organizava para me ajudar, ele apenas concordou.

Na biblioteca Jin estava só esperando por seus outros colegas o cumprimentei e ele fez o mesmo, segundos depois enfiou as caras nos livros para repassar o que havia dado hoje, com a intenção de passar e reforçar para os outros. Me sentei em uma das mesas depositando todo o material que ia precisar para estudar com Jimin.

O fato era que estudar também não era algo muito costumeiro vindo de minha pessoa. Mas o que eu podia fazer? Cursar medicina não era algo fácil, e eu precisava manter minhas notas altas para o meu curso. Porém era melhor do que estudar sozinha e aqueles momentos a mais com ele ninguém poderia me tirar. Pouco eu sabia das matérias é claro, mas estava mais que disposta a aprender.

Pouco depois percebi que o pessoal de Jin já estava a seu redor rindo e procurando a matéria que iria revisar. Por vezes pensei em me juntar a eles, mas me sentia intimidada. Eles não eram um grupo de estudos com a intenção de ajudar os outros, eles eram avançados. Ali estavam as pessoas mais inteligentes da escola o único objetivo deles era se formar com a maior nota possível, e massacrar os concorrentes no mercado de trabalho. Tornando aquele grupo inalcançável.

- Pensei que não ficaria mais aqui. – Disse Taehyung ao se aproximar quase aos pulos. Seu sorriso conseguia ser mais brilhante que o sol e por isso sorri também – Tem andado tão ocupada.

- Desculpe eu realmente não estou tendo tempo de sobra, até diminui o tempo na biblioteca. Taehyung fez um bico ao se sentar do meu lado.

- Estou com saudade. – Ele confessou beijando minhas mãos.

- Eu também estou. – Murmurei de volta. – Por que não senta mais conosco no almoço?

- Não me sinto confortável. – Disse dando de ombros.

- Por qual motivo? O que aconteceu entre vocês nessas férias, e por que eu sou a única que não sabe de nada? – Taehyung balançou a cabeça em um pedido mudo para que eu mudasse de assunto. – Me conta eu quero ajudar vocês a acertarem as contas!

- May, você não pode ajudar todo mundo, e além do mais esse é um caso impossível de se ajudar. – Ele respondeu.

- Mas-

- Vi que você e o Jimin têm passado muito tempo na companhia um do outro. Estão mesmo juntos? – Sorri de forma simplória e constrangida para me surpreender depois. Eram poucas as vezes em que me vira assim.

- Bom, ele não me fez um pedido oficial, mas acho que sim. – Contei, e Taehyung se assustou quando minha empolgação foi elevada e agarrei seu braço completamente eufórica. – Fomos em um jantar da família dele, e um dos primos veio tentar chamar a minha atenção. – Ele ergueu as sobrancelhas. – Você acredita que nessa hora o Jimin me chamou de namorada? – Tae rira baixo comigo, mas não durou muito, logo um carranca se fez presente em seu rosto.

- Se você está bem com isso, eu também estou e fico feliz. Mas por que o Jimin? Digo, não que Yoongi seja uma opção, mas o que tem de tão especial nele? – Estranho JiYeol me fizera a mesma pergunta e eu soube a responder com exatidão. Porém com Taehyung me olhando daquele jeito como se soubesse de algo me deixou um tanto quanto inquieta.

- Sabe o que eu acho engraçado? – Propus o encarando com astúcia.

- O quê?

- JiYeol me fez a mesma pergunta noite passada, e ainda acrescentou dizendo que ele é um babaca. E agora vem você, logo o que era mais próximo de Jimin e o que me empurrava em seus braços. Está acontecendo alguma coisa e nenhum de vocês quer me contar. – Tae de primeira arregalou os olhos sem muito entender, mas de segunda foi como se uma luz estivesse se acendendo em sua cabeça.

- Espera, eles não te contaram! – Quis saber ele em uma entonação estranha.

- Contaram o que? – Muito bem, agora eu me via bastante confusa e com medo.

- Mas é claro! – Ele riu sem humor e me encarou com pesar. – May eu sinto muito.

- Me contaram o que Taehyung? – Insisti.

- May... – Taehyung suspirou. – O Jimin e a Ji eles transaram, logo após a briga que vocês tiveram.

Foi como se meu mundos parasse, como se tudo o que eu gostasse estivesse indo para os ares tão rápido que eu sequer conseguia acompanhar.

Não me dei conta do que fazia apenas sentia minhas pernas caminhando a todo vapor pelos corredores, enquanto Tae e Jin vinham a meu encalço em uma tentativa de me deter, mas nada o faria. Em minha cabeça um turbilhão se passava e nele cenas repetidas de Jimin e JiYeol se beijando aumentavam o meu ódio brutal.

- Mayeong fique calma não faça isso. – Tentava dizer Jin. Mas meus ouvidos estavam vedados e meus olhos vidrados no meu novo objetivo.

E lá estavam eles conversando como se fossem íntimos a muito. Não prestaram atenção na minha aproximação, e graças a isso consegui dar um tapa na cara de JiYeol o mais forte que consegui. Já Jimin ficou tão perplexo que pouco fez, apenas ficou me olhando da forma mais assustada possível. Meus olhos estavam marejados quando o encarei, mas minha mão pesou contra seu rosto, havia doido em mim e nele devido a tamanha força que tinha usado.

- Por que fez isso! – Exclamou JiYeol com uma das mãos na bochecha. Fiquei com tanto ódio por ela falar comigo que...

- Você sabe muito bem! – Me preparei para dar outro tapa, mas Jin entrou na frente da namorada e Jimin segurou meu pulso para que não fizesse mais estragos. O encarei. – Por que você fez isso? Você sabia o quanto aquela noite foi importante, não podia ter esperado dois dias? – Aquela altura minhas lágrimas corriam soltas sem nenhuma dificuldade. Jimin pareceu não compreender até que viu JiYeol chorando no peito de Jin e Taehyung sem saber o que fazer.

- Você contou para ela? – Ele exigiu resposta de Tae.

- Olha eu, eu. – Taehyung estava sem palavras e eu não conseguia me soltar de Jimin muito menos parar de chorar.

- Você contou ou não Taehyung! – O Park havia se exaltado com Tae, o que era um absurdo.

- Contei sim. Ela merecia saber. Por que vocês dois são covardes e sem coração. – Ele disse por fim.

- E ainda bem que ele contou. Já pensou? O quão idiota eu ia parecer sexta-feira falando para todos na escola o quanto eu te amo? – Dei um soco em seu peito e um puxão para que ele me soltasse. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e arrependimento, mas aquilo não me aliviava nem um pouco. Tudo o que fiz foi sair dali o mais rápido que conseguia.

- MAYEONG! – Ele gritou, mas fiz questão de tapar meus ouvidos para isso.

[🌙🌙🌙]

Jimin me perturbou o dia inteiro. Até mesmo em meu curso, era difícil ignora-lo ou até esquecer sendo que todas as vezes que via seu nome brilhar na tela de meu celular, doía ainda mais o meu coração. Era incomum o quanto me sentia afetada, me desconcentrou tanto, que havia sido dispensada mais cedo do meu curso, pois disseram que eu não estava apta para aquele dia.

Foram 28 chamadas no total, e agora eu estava a espera de Taeyong ignorando todos os outros que tentavam contato comigo. Jimin continuava a bater e me chamar desesperado, até tentar entrar pela minha janela ele tentou, mas eu já tinha a trancado com medo de que ele fizesse exatamente isso.

-Taeyong, Oi! Você pode abrir para mim? Eu preciso falar com a sua irmã. – Rumei ao olho mágico para ver o que acontecia. Meu irmão estava lá com uma mão no peito do cara transtornado que explodia em lágrimas.

- É melhor ir para casa Jimin, ela não quer falar com você. – O Park pareceu protestar, mas no final das contas apenas assentiu, atravessou a rua, e entrou para dentro de casa.

Quando Taeyong passou por aquela porta eu o abracei com tudo. Chorei, e o braço tão forte que pensei que pudesse lhe quebrar os ossos. Ele fez carinho em meus cabelos e eu não sei quando, mas fomos parar no salão de jogos. Pouco depois eu estava deitada em seu peito enquanto meu irmão me fazia carinhos na tentativa de me acalmar. E de certo funcionou.

Civil War do Guns tocava ao fundo e o mundo girava ainda mais devagar. Fiquei tranquila e fingi pegar no sono quando já era tarde da noite e senhor Lee e minha mãe chegaram. Por fim, consegui ouvir Taeyong dizer “É só por esta noite pai.”


Notas Finais


BEIJÃO DA IS ❤️❤️❤️❤️


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