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História Good Enough - What a Feeling?


Escrita por: SynthyaM

Notas do Autor


Muito obrigada pelos comentários e favoritos até aqui, espero que estejam gostando!
Boa leitura.

Capítulo 3 - What a Feeling?


Fanfic / Fanfiction Good Enough - What a Feeling?

"Porque eu posso ser má,

mas, eu sou muito boa nisso [...]"

(Rihanna - S&M)

 

 

Limpei a sujeira que o pacote de pipoca fez na mesa e fiquei na ponta do pé para jogar o saco vazio na lixeira em cima da pia. Ainda estava com fome, mas não diria isso para mamãe, já foi difícil conseguir essa pipoca. Queria poder tomar banho, mas a água não daria para dois banhos no mesmo dia, tinha que me contentar em fazer isso amanhã cedo. Sentia o pescoço grudando por ter brincado a tarde inteira com o garoto da casa ao lado, nossos corpos caíram diversas vezes e até esfolei o joelho, recebi uma bronca de mamãe também.

Olhei pela janela da sala e pude ver o quintal da casa dos vizinhos, a irmã dele estava ajoelhada na grama com algumas amiguinhas. Não o vi. Queria ter um quintal enorme daqueles, quando disse isso a mamãe ela chorou um pouco e no outro dia tinham pedaços de grama remendados na frente da nossa casa.

- O que está fazendo? – ouvi sua voz vindo da sala e caminhei até lá, pegou-me no colo e nos sentou no pequeno sofá – Ainda está com fome, não é?

- Não, mamãe – menti enquanto mordia o lábio.

- Ah, Lottie – beijou minha cabeça – Seu pai irá nos ajudar.

- Porque ele não está aqui conosco?

- Não contei para ele sobre você – falou com os olhos pequenos agora – É nosso segredo, querida.

- E se ele não gostar de mim? – enrolei os fios do seu longo cabelo preto cacheado em meus dedos.

- Irá amar você – assentiu com a voz trêmula – Quem não amaria você?

Senti o sono chegando conforme me ninava, meu corpo de uma garotinha de 05 anos amolecendo em seus braços, mas meu estômago começou a roncar e não conseguia tirar a atenção disso. Ainda estava com fome mesmo. Até podia ouvir as risadas na outra casa, femininas e alegres enquanto encostava a cabeça ainda mais no ombro ossudo de mamãe. Porque ela estava tão magra?

Percebia que seu corpo emagrecia cada vez mais, não sei contar quanto tempo isso fazia, mas, provavelmente, desde que parou de deixar-me a noite trancada em casa sozinha para só voltar no outro dia com uma expressão cansada e triste.

Estava me sentindo tão pequena agora, não sabia absolutamente nada do que aconteceria nos dias seguintes, o amanhã era tão duvidoso. Queria que ela dissesse alguma coisa que nos fizesse morar numa casa como a do meu amigo – o único também – só queria poder comer um pouco mais e tomar banho três vezes ao dia.

Também queria ir ao shopping e estudar numa escola melhor, as vezes não tem aula e tenho que ler sozinha na pequena biblioteca improvisada. Não ia reclamar se tivesse sapatos novos ao contrário dos meus chinelos desgastados. Eu tinha avós? Quer dizer, aquelas pessoas mais velhas, com cabelos brancos e olhares sábios e acolhedores, mamãe nunca me disse se existiam aquelas pessoas para mim.

Queria poder usar shampoo, os cachos do meu amigo tem um cheiro bom, também adoraria ter uma escova de dente nova, as cerdas da minha estavam desgastadas. Mamãe me bateria se me ouvisse reclamando tanto assim, por isso prefiro guardar para mim todos esses desejos, até porque, tenho a sensação de que só irei conseguir ter tudo isso quando papai me conhecer.

Quando fala dele seu rosto adquire uma expressão esperançosa, seus olhos se iluminam com uma chama que não sei identificar, mas gosto da sensação que é vê-la sorrir um pouco. É difícil vê-la fazendo isso.

Por fim, o sono foi maior que a fome. Não me lembro da quantidade de vezes que acordei durante a noite, apenas o corpo de mamãe me aquecendo, o único lençol que tínhamos teve que ser colocado embaixo da porta para que nenhum animal entrasse por aquela brecha. Abria os olhos e via que os seus também estavam assim, demorava a voltar a dormir novamente e foi assim durante toda a noite.

Bateram na porta no outro dia, era logo cedo e vi que mamãe olhou para os dois lados da rua, pois não existia ninguém ali e, sim, uma sacola deixada no degrau. Abaixou-se para pegá-la e fechou a porta atrás de si, voltando para dentro com a testa franzida.

- O que é? – perguntei juntando-me a ela para ver melhor o que estava ali dentro. Nunca tínhamos recebido encomendas, os vizinhos sempre recebiam, no entanto, pacotes de diversos tamanhos deixados na caixa de correio.

- Pães frescos – anunciou com a voz extasiada assim que abriu a sacola, um nó desajeitado apenas – Dez deles.

Abri a boca em surpresa enquanto ela os cheirava e tirava um pedaço, quando percebeu que eram bons entregou-me a sacola.

- Vamos, coma – seu sorriso era largo – Pode comer quantos quiser.

- Só quero... – pensei um pouco –... Cinco. Só irei comer cinco.

Seus olhos encheram-se de lágrimas conforme bagunçava meu cabelo desajeitadamente – Oh, minha menina. Minha doce menina.

Dividi os pães entre nós e, na verdade, comi menos que cinco porque deixamos mais para a noite - nossa comida incerta até ali. Contudo, nem precisaríamos ter feito aquilo. Antes mesmo que anoitecesse bateram novamente na porta, quatro pedaços de tipos diferentes de bolos deixados numa sacola enquanto não conseguimos – novamente – identificar quem tinha feito aquilo.

(...)

Mostrei o distintivo para o policial de plantão e afirmei que Harry estava comigo antes que aquele velho gordo que criasse problemas com o fato dele entrar naquele lugar.

- Porque estamos aqui? – sussurrou colocando as mãos dentro dos bolsos do sobretudo – Ou melhor, porque preciso estar aqui?

- Você só consegue reclamar? – perguntei enquanto andávamos – Precisa estar aqui porque sou sua Guarda Costas, tem que estar onde eu estiver.

- Não me chamou para tomar banho com você quando saímos – sorriu sem mostrar os dentes, as covinhas aparecendo.

- Idiota – murmurei rolando os olhos – Só irá ter isso em seus sonhos.

- Sou um cara esperançoso, querida Lottie – ajeitou o cabelo assim que entramos no elevador vazio – Tenho certeza que não irá decepcionar meus sonhos.

Apertei o botão que pararia o elevador e, em seguida, segurei na gola da sua camiseta, empurrando, assim, seu corpo com tudo em uma das paredes daquele lugar. O baque que deve ter sentido quando o joguei contra aquilo também surtiu efeito em mim e, quando fez menção de sair do aperto, segurei-o mais firmemente e meu quadril encontrou com o seu, mantendo-o no lugar.

- Juro que me esqueço da promessa de te entregar sem um arranhãozinho se me chamar de Lottie novamente – rosnei conforme nossos narizes ficavam próximos – Não tente irritar-me, garoto.

- Você é ainda mais bonita de perto – falou roucamente olhando em meus olhos.

- Quer parar com essa palhaçada? – perguntei voltando a encostar sua cabeça contra a parede – E porque está me olhando desse jeito?

- Não sabe lidar com elogios? – ergueu a sobrancelha – Sabe, estou gostando do seu corpo assim tão perto do meu.

Mexeu os quadris e minha nuca esquentou quando o senti contra minhas partes intimas, uma sensação que formigou os pelos do meu corpo e causou um embrulho no estômago, mas, não por que era algo que me causou nojo ou algo do tipo, porém, infelizmente, alguma coisa totalmente oposta.

- Eu ainda mato você – separei-me dele enquanto verificava se minhas roupas tinham se amassado – Eu juro que enfio uma faca no seu coração.

- Antes disso teremos realizado meus sonhos – piscou enquanto estendia o braço para fazer o elevador voltar a subir.

Respirei fundo para não esmurrá-lo e bati o pé nervosamente no chão conforme ansiava para manter alguns centímetros de distancia entre nós, naquele espaço apertado seu cheiro era mais forte, puramente masculino misturado com uma pitada de suor, era sexy o modo como mantinha o peso em uma perna só e encarava meu corpo e odiava estar constatando isso.

As portas se abriram e inspirei qualquer coisa que não fosse o seu perfume, recebi o cheiro forte de formol, contudo, não me afetou, já estava acostumada, porém, meu protegido fez uma careta e torceu o nariz. Encaminhamos-nos para o local onde um médico legista nos esperava. Harry não falou nada quando avistamos o corpo do garoto Jack estendido numa mesa, uma toalha cobrindo de sua cintura para baixo.

- Charlotte Di Angello – estendi a mão apresentando-me – Então, qual a causa da morte?

- Não foi muito difícil de constatar, agente – ele disse ficando ao lado da cabeça dele e colocando uma luva de látex – Como pode ver, aparece junto do orifício de entrada, além da zona de esfumaçamento, com queimação dos pelos e cabelos, apresentando também queimadura na pele pela fumaça e pólvora aqui ao redor – passou os dedos longos pela testa dele – Isso indica que o tiro foi feito de uma distância mínima e causou – literalmente – uma explosão na cabeça dele.

Harry segurou meu cotovelo e ia tirar seus dedos frios de lá com força quando percebi que estava engolindo em seco e desviando os olhos repetidamente do corpo de quem fora seu colega. O mais gentilmente que consegui, afastei meu braço dele, olhou-me com as sobrancelhas juntas quando isso aconteceu, suspirando e encarando o rosto do médico.

- Ele sentiu muita dor? – perguntou com a voz mais baixa.

O médico assentiu lentamente – A bala estraçalhou um dos oito ossos cranianos projetados para manter o cérebro humano seguro, empurrando os tecidos no seu caminho, esticando os mesmos além de seu ponto de ruptura, senhor.

- Pode nos informar o provável tipo de arma que o assassino usou?

- Não com precisão plena, agente – respondeu virando-se para entregar-me um copinho pequeno com a bala dentro – Provavelmente uma arma curta, uma ACP 380 (1), mais conhecida também como 9 mm curto para que não seja confundida com a mais potente de calibre também 9 mm, porém Parabelum.

- Um pouco simples, não? – franzi a testa.

- Foi o que consegui deduzir – pigarreou – Contudo, também encontrei alguns sinais de luta aqui – mostrou os punhos arroxeados – E também ao redor do olho, um provável murro com certo impacto, diria.

Não disse que esse último foi por causa minha, preferi não mencionar esse pequeno incidente e meu cotovelo acertou a cintura de Harry disfarçadamente quando fez menção de abrir a boca.

- Poderia também, pelo modo como a bala foi localizada e pelo diâmetro das esfoliações em sua face, que estava ajoelhado e o autor teria, e aqui indico que possa haver algumas variações, uma altura de 1,80 a 1,85m.

- Obrigada, doutor – esperei tirar a luva para apertar sua mão – Foi de grande ajuda.

- Espero que consigam prender quem fez isso com esse garoto. Era muito jovem e a família estava desolada quando vieram reconhecer o corpo.

Assenti, esperei Harry se despedir, até olhou um pouco mais para o corpo de Jack, e saímos daquele lugar. Ficou silencioso o caminho todo, assim que vimos a noticia na televisão corremos para o Instituto intitulado para análise e trabalho da medicina legal, os pais dele ficaram nervosos e sem entender direito o que estava acontecendo.

Não perguntei se estava bem porque suspeitei que queria aquele momento apenas para pensar, todos nós precisávamos disso em alguns momentos da vida, eu, por exemplo, amava só pensar e não falar com ninguém na maior parte do dia.

- Brad deve ter a altura que o médico disse – quando falou sua voz estava mais rouca que o normal, os olhos perdidos na estrada conforme eu nos levava para sua casa – Acha que foi ele?

- Provavelmente, garoto – respondi – O que ainda não consegui afirmar com total certeza é o motivo de ter feito isso.

- Acha que descobriu que ele estava mentindo?

- Pode ser – aceitei a sugestão – Ou foi queima de arquivo, entende? Jack tinha feito o que ele queria e fim. Ele o matou.

- Como consegue falar disso assim? – falou mais alto e virou o corpo para mim – Como manteve a expressão neutra naquela sala? Tínhamos visto aquele garoto vivo há poucas horas!

- Já estou acostumada...

- Não te afeta mais, então? – interrompeu-me – Que tipo de pessoa não consegue sentir, ao menos, pena?

Estava nervoso, pude perceber. A voz autoritária e duvidosa, cheia de questionamentos que pudessem sanar suas duvidas e algo mais, entendia o que estava sentindo porque já tinha visto milhares de vezes pessoas que agiam da mesma forma.

- Acho melhor parar com as perguntas, Styles.

- Por quê? – desafiou-me – É difícil para você aceitar que sentiu um mínimo sentimento de pena por ele? Ou realmente não tem sentimentos algum, é tão fria e fechada como tanto luta para passar?

Girei o volante com força e freei o carro, tudo isso em pouco tempo, o suficiente para que se alarmasse, contudo. Respirava fortemente quando virei meu corpo para ele e tirei a arma da cintura.

- Está vendo isso aqui? – ergui-a enquanto minha voz adquiria um tom raivoso – Já a tive apontada para minha cabeça tantas vezes que não consigo contar e já a apontei para pessoas que você juraria serem inocentes.

Destravei-a e apontei para o meio da sua testa, minha mão firme no cano da arma – Sabe o que me impede de te matar agora? Não é um sentimento de pena ou algo do tipo, nenhuma sensação auto-depressiva ou de afeto, apenas a única razão de não querer manchar meu currículo com a morte de alguém que tinha de proteger.

Ele engoliu em seco quando o cano frio da arma tocou em sua testa, a noite escura impedindo que algo assim chamasse a atenção de alguém que estive passando – Você é capaz de entender isso ou precisa que eu repita? Não venha testar a minha capacidade de lidar com as coisas ou querer desafiar algum sentimento que acha que posso possuir.

- Charlotte, eu...

- Entendeu, garoto? – o interrompi agora e esperei que assentisse – Eu juro que estou tentando o meu máximo para não matar você, não irrite meu ultimo nervo.

Eu estava exagerando, vale ressaltar. Claro que estava com raiva por ter desafiando-me, mas jamais o mataria por causa disso, na verdade, acho que nunca haveria de matá-lo, precisava apenas que não soubesse disso.

Travei a arma e a coloquei novamente no coldre em minha cintura, voltei a ligar o carro e dirigimos silenciosamente até sua casa, percebi seus olhos fechados e a mão cheia de anéis segurando as temporas. Queria realmente que estivesse assustado, mas, ao vê-lo entrar em casa e dirigir-se diretamente para o quarto, senti uma pontada de culpa. Porém, pequena demais para que eu lhe desse importância.

(...)

- Não consigo dormir com você se mexendo assim – reclamei e ergui a cabeça para ver seu corpo sentado na cama, a expressão tanto sonolenta quanto alerta.

- Desculpe – murmurou – Não consigo tirar da cabeça a imagem do Jack deitado naquela maca, morto e com a cabeça aberta.

Sentei-me no colchonete, encostando-me à sua cama – Melhora se pensar nele de outra forma, tente lembrar-se de como se conheceram, de quando ele sorria.

Ficou em silêncio por algum tempo e ouvi o farfalhar dos lençóis, pouco tempo depois se sentou no chão comigo, surpreendentemente não tão perto quanto suspeitava. Podia sentir seu cheiro, mas, não seu respirar, nem no mesmo colchonete estava sentado e, novamente, só estava de cueca box.

- Porque está me dizendo isso? Digo, qual o motivo de estar sendo legal?

- Precisa existir um motivo para tentar ajudar?

- Não achei que você fosse do tipo que ajuda as pessoas, não depois de hoje – sussurrou olhando para as próprias mãos, o longo cabelo jogado no rosto.

- Não sou assim tão ruim – brinquei tentando desviar o assunto de mim – Contou a sua mãe?

- Está preocupada com minha mãe? – reprimiu um sorriso e mudou de assunto quando fiz uma expressão desgostosa – Certo, não é tão ruim assim. Sim, contei. Ela está confiante que você irá resolver isso logo.

- Sua mãe é...

- Pegajosa demais? – sugeriu – Ela tem receio que ache isso dela.

- Eu iria dizer “legal”, se quer saber – admiti – Bem melhor que você, pelo menos.

- Não tive a chance para provar a você que posso ser um cara bom – esticou as pernas e desencostou-se da cama para olhar-me melhor – Não sou um playboy mimado, Charlotte.

- Não estou interessada em ser sua amiga, garoto.

- Só estou pedindo para convivermos sem que tenha que apontar a arma para mim porque fiz algumas perguntas.

- Não acha que isso é pedir demais?

Ele bufou – Como alguém consegue conviver com você?

Pisquei. Querendo ou não, tocou num ponto sensível. E, sim, tenho sensibilidade, não sou um robô pronto para matar. Sou ser humano e sinto dor, principalmente relacionada a esse local que tocou. Como alguém consegue conviver comigo? Até Louis já tinha se afastado um pouco. Sou dura demais – ele disse – fria e não consigo demonstrar sentimentos.

Desculpou-se depois, mas doeu também, assim como agora. Porque minha mãe não conseguiu conviver comigo? Porque Anthony também não?

- Charlotte? – sua voz lenta e rouca trouxe-me de volta – Disse algo que...?

- Não, garoto – balancei a cabeça voltando a focalizar seu rosto – Não está na hora de você dormir?

- Não sou uma criança, mulher – resmungou e, em seguida, seu rosto se iluminou – Olha só! Você sorriu!

- Está vendo coisas – menti erguendo o punho para esmurrar seu ombro devagar.

Ele segurou minha mão antes que pudesse acertá-lo e com a outra subiu a manga do meu casaco, entrelaçando nossos dedos e levando até seus lábios, depositou um leve toque dos seus lábios ali, uma sensação suave em conjunto – Alguém já foi gentil com você?

- Tem algum problema na sua cabeça? – puxei o braço com força e arrependi-me de não ter feito isso assim que segurou minha mão – Não dá para conversar com você, é um idiota.

- Pelo menos sou mais bonito que você – zombou esticando os braços e pude ver os músculos em sua barriga se alongar.

- Anda sonhando demais, sabia? Vai logo para sua cama, quero dormir.

- Admita – falou – Tenho até mais bunda que você.

- Harry Styles é um mimado e mentiroso de uma figa – tirei o cabelo dos meus ombros – Vai para sua cama, não quero mais conversar com você.

- Bem, foram alguns minutos de paz – suspirou erguendo-se, ouvi seu corpo voltar a deitar na cama e, antes que fizesse o mesmo, voltou a falar – Mas, tenho que concordar, estava mentindo, não sou mais bonito que você e nem tenho uma bunda maior.

- Cale a boca – resmunguei e reprimi o riso. Balancei a cabeça enquanto voltava a deitar-me e coloquei a mão na boca para tentar cessar o sorriso que fez com que minhas bochechas erguem-se minimamente e repreendi-me mentalmente por isso, era como demonstrar uma fraqueza e não podia voltar a fazer isso.

No outro dia tinha decidido que iria visitar o amigo que lhe apresentou as drogas, tinha me dito o nome, mas era difícil demais de se pronunciar ou, ao menos, lembrar. Ele tocou a campainha e uma garota atendeu.

- Oi, Harry – sorriu timidamente quando o viu. Ela era bonita, devo dizer. Tinha um longo cabelo preto e liso, olhos castanhos e uma pele tão branca quanto a dele.

- Alice essa é a Charlotte, minha Guarda Costas – não pude deixar de notar o orgulho em sua voz e fiz uma nota mental para lembrar de perguntá-lo o porque daquela baboseira – Charlotte, essa é Alice Malik.

- É um prazer – falou apertando minha mão, sorrindo com os olhos e me deixando perceber que era menor que eu.

- Queremos ver seu irmão, é possível?

- Claro, entrem – abriu mais a porta e antes de fechar olhou-se num pequeno espelho na parede ao lado.

Estava analisando aquela garota de aparência tímida quando senti o cheiro forte de cigarro, ela resmungou alguma coisa e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha enquanto subíamos algumas escadas.

A porta na qual passamos estava aberta, alguém com tantas tatuagens quanto Harry estava sem camisa, um cigarro na boca e olhou meu corpo inteiro quando me avistou. Tinha um cabelo tão preto quanto o da irmã, olhos claros, lábios finos e um corpo magro.

- Charlotte – Harry anunciou – Esse é Zayn Malik.


Notas Finais


(1) - Automatic Colt Pistol

O que acharam? Nos vemos nos comentários, por favor, não esqueçam de deixar a opinião de vocês. Mil beijos.


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