1. Spirit Fanfics >
  2. Good Enough >
  3. Soutien

História Good Enough - Soutien


Escrita por: SynthyaM

Notas do Autor


VOCÊS SÃO DEMAIS! Os comentários no capítulo anterior foram os maiores até agora, então, muito obrigada! Estou postando rápido porque essa é minha última semana de férias, então, quero compensar vocês.
Boa leitura!

P.S: Não sei se já contei isso, mas eu sou péssima com títulos de capítulo, então sim, o capítulo se chama "sutiã", irão entender ao decorrer dele.

Capítulo 23 - Soutien


Fanfic / Fanfiction Good Enough - Soutien

 

"Cansada de todas as lutas
De todas as portas batendo
A dor, os pais, muito fundo, você sabe
Para trás, para trás
Você pode ver através dos meus olhos?"

(Cher Lloyd - Love me for me)

 

- Você está linda – Jesse elogiou depois de ter me ajudado a descer da moto.

- Obrigada – sussurrei sentindo o ar frio balançar meu cabelo, tirei alguns fios do rosto e aceitei a mão que estendia. Entramos no restaurante e subitamente me senti mal vestida para aquele lugar, primeiro porque Jesse exibia uma elegância que não fazia parte de um adolescente da nossa idade, a jaqueta preta de couro caiu perfeitamente bem com as roupas escuras que usava e também porque todo mundo ali parecia rico demais, atraente demais.

Ele afastou a cadeira para que eu sentasse, agradeci com um sorriso nervoso e esperei que ele rodeasse a mesa para sentar-se. Colocou a mão no queixo ao invés de olhar o cardápio que um garçom nos trouxe.

- Está me deixando constrangida – falei após ele passar os últimos segundos encarando-me.

- Você está linda – repetiu.

- E você já disse isso, Jesse.

Ele deu de ombros – Posso continuar, tenho a noite toda – piscou – Você está linda.

- Okay, chega – soltei uma risada – Como foi seu dia?

Eu não estava tentando puxar assunto, não era boa nisso e sabia que a pergunta saiu trêmula e incerta, mas só queria que ele parasse de me olhar daquele jeito desconcertante.

- Pensei em você o dia inteiro – admitiu – Especialmente no modo como sorriria e coraria quando eu dissesse isso.

A noite foi repleta de elogios assim, se com isso ele queria que eu passasse a confiar nele e parar de pensar que só estava comigo para zoar-me, então estava conseguindo. Jesse me fez rir quando enrolou a língua ao falar o nome do prato francês, também me fez corar durante a maior parte do tempo, não me deixou pagar a conta e, embora tenha insistido para pagar minha parte, fiquei contente porque isso significava um motivo a menos para Anthony castigar-me. Além disso, ele me fez sentir nervosismo quando terminamos e fomos dar uma volta na praça, nossos dedos juntos e sua voz cantarolando alguma musica de forma desafinada.

- Oh meu Deus! – exclamei – Irei ficar surda!

Ele apertou meu nariz – Se você não fosse tão fofa eu juro que cantaria bem alto no seu ouvido.

- Não teria essa ousadia – fiz-me de ofendida e coloquei a mão no peito – Jesse Hughes é tudo menos um cavalheiro.

- Não tem coragem de repetir o que disse, tem? – colocou a mão na cintura e tirou o cabelo do rosto – Menina Charlotte, pare de rir de mim.

Dei alguns passos em sua direção e inclinei o corpo para sussurrar – Jesse Hughes é tudo menos um cavalheiro.

Em seguida corri porque sua primeira reação foi tentar puxar minha cintura, gargalhando me desvencilhei das suas mãos e subi em um banco para tentar me afastar dele. Sua risada alta me alcançava cada vez mais por mais que corresse. Foi quando seus braços me rodearam, levantando meu corpo e fazendo com que eu sentisse seu cheiro mais perto, que percebi que fazia tempo que não sorria daquele jeito.

Jesse Hughes poderia ainda estar tentando me zoar, mas, só pediria que isso demorasse mais um pouco porque finalmente estava me sentindo como uma adolescente normal e, se não fosse isso, então teria tirado a sorte grande e aproveitaria o máximo antes de tudo ir por agua baixo ao perceber que, assim como não fui boa o suficiente para minha mãe e Anthony, também não seria para ele.

- Então eu tive que subir em um banquinho – ia dizendo – Para poder ficar na mesma altura que ela, mas, mesmo assim, minha cabeça batia em seu queixo.

Soltei uma risadinha e me permiti encostar mais meu ombro no dele. Sabia que estava tarde, que provavelmente Anthony teria acordado e sentido minha falta de alguma forma – meu lado pessimista não me permitia pensar em outra coisa – mas estávamos sentados em um dos bancos da praça enquanto ele me contava detalhes da sua vida.

- E o que aconteceu?

- Eu me inclinei para beijá-la – balançou a cabeça, rindo de si próprio – E me desequilibrei. Cai de bunda no chão e o banquinho acabou a machucando. Ela me encarou por alguns segundos, podia ver a raiva no olhar dela e depois virou as costas e saiu. Dias depois a vi beijando um garoto da minha sala e ele não estava em banco algum.

- Desculpe – tive que rir – Sinto muito, mas essa história é hilária.

- Certo – rolou os olhos – Sua vez.

- O que?

- Como foi seu primeiro beijo?

Não soube o que responder por que eu nunca tinha sido beijada, Juan quando me violou sequer chegou perto da minha boca. Pensar nisso me dava arrepios, embrulhava meu estômago e me fazia sentir vontade de chorar. Eu era tão nova e queria que por causa disso as coisas não passassem de um sonho, mas jamais conseguiria esquecer o que aconteceu. Estava marcado não só no meu corpo, mas na minha alma.

- Ei, você está bem?

Pisquei para voltar ao presente e tentei sorrir – Acho que já está tarde, Jesse. Tenho que ir para casa.

- Eu disse algo errado? Não está com uma cara boa.

- Só estou pensando na bronca que vou levar se chegar muito tarde – menti – Podemos ir, por favor?

Ele assentiu – Claro. Aqui, vista – antes que eu pudesse processar o que queria dizer, tirou a jaqueta por sobre os ombros e entregou-me – Pode ficar com frio durante a volta.

- Obrigada, Jesse.

Prendi meus dedos uns nos outros quando circulei sua barriga antes dele dar partida na moto. Ele tinha razão e mesmo com a jaqueta estava sentindo frio, encostei minha bochecha em seu ombro e fechei os olhos, me permitindo sentir-me livre por mais alguns minutos porque sabia que quando chegasse em casa tudo voltaria a ser como antes e Anthony não deixaria barato tudo que fiz.

- Foi uma noite ótima – agradeci depois de ter entregue o capacete a ele, pensei que ia permanecer na moto para ir embora, porém, me surpreendeu ao descer e encostar-se nela.

- Você é uma pessoa maravilhosa – disse – Não devia se esconder por trás dessa armadura que não deixa ninguém chegar perto de você.

- Acredite, com armadura ou não, ninguém ousa chegar muito perto. Eu sou tóxica – tentei rir para fazer com que não levasse aquilo tão a sério – Não sou boa o suficiente para as pessoas.

Ele me encarou daquela maneira única que tinha de me fazer sentir desconfortável e esticou o braço, sua mão tocando em minha bochecha suavemente enquanto se inclinava em minha direção.

É agora, pensei, ele vai me beijar e como eu não sei fazer isso irá terminar o encontro me zoando como quis fazer desde o começo.

Engoli em seco enquanto ele se aproximava, meu estomago parecendo estar pesado. Estava com medo de vomitar ou de minha boca está seca demais, mas se passasse a língua por meus lábios com certeza ele iria reparar e isso não seria nem um pouco legal.

Fechei os olhos quando a ponta do seu cabelo roçou em meu rosto, minhas pernas estavam tremendo e jurava que aquilo iria terminar mal quando ele me surpreendeu e pressionou os lábios em minha bochecha em um toque leve que me fez respirar mais aliviada, contudo, não podia deixar de notar que meu peito se apertou sentindo falta de algo que não veio. 

- Você é linda – sussurrou em meu ouvido alguns instantes depois – Por dentro e por fora. Esqueça do que me acabou de dizer agora porque não faz sentido algum.

Então se afastou e subiu na moto, sorriu uma ultima vez e deu partida, deixando-me como uma boba a lembrar de todas as palavras que tinha dito. O sorriso em meu rosto só ameaçou ir embora quando abri a porta de casa, minha mente repassava as varias possibilidades que Anthony teria para castigar-me, mas a tensão se esvaiu um pouco quando não o vi na sala.

Havia pensado que ele me esperaria ali com sua expressão raivosa de sempre, então subi as escadas com passos temerosos, provavelmente estaria no meu quarto com tudo que roubei em suas mãos, porém estava no corredor quando escutei seu ressonar baixinho. Abri um pouco a sua porta e o vi deitado na cama, vestido com as mesmas roupas que o deixei.

Suspirei em alivio e fui para o meu quarto, Anthony deveria ter estado em um sono mais profundo do que imaginei e por isso se arrastou até o quarto sem ao menos me conferir já que o meu estava intocado, exatamente como deixei.

Demorei a dormir naquele dia, tanto por causa do alivio por ele não ter descoberto quanto por que a adrenalina de tudo que tinha feito estava me tornando histérica e, sobretudo, porque a noite com Jesse tinha me feito esquecer o quão minha vida era trágica, senti uma culpa imensa por não ter pensado em Harry durante todo o dia e, agora, lembrando-me da nossa infância, me peguei desejando que tivesse sido ele o cara que me levou para jantar numa motocicleta.

No outro dia, o café da manhã com Anthony foi normal, embora eu ainda estivesse tensa. Ele me deixou na escola sem uma única palavra e aquilo era rotineiro e por isso não me preocupei, mas, no refeitório sabia que a hora tinha chegado, estava nervosa por saber que era agora que Jesse zoaria de mim, provavelmente teria fotos minhas espalhadas por todo colégio fazendo referencia ao quão boba eu parecia ao lado dele.

Mas, surpreendendo-me mais uma vez, ele estava me esperando na mesa onde sempre almoço, sua bandeja intocada enquanto sorria para mim. Alguns alunos encaravam a cena e outros estavam imersos em suas próprias vidas e eu não sabia que estava prendendo o ar até soltá-lo de forma aliviada.

Jesse Hughes era real e talvez, só talvez, ele gostasse mesmo de mim.

(...)

- Ah, Harry! – ela exclamou quando o viu por cima do meu ombro e passou por mim de forma rápida – Você não apareceu mais na faculdade e eu soube o que aconteceu com Gemma, que tragédia! – ele estava em pé e parecia estar surpreso com a presença dela ali, porém, a tal Hanna definitivamente não percebeu isso já que o abraçou no mesmo instante – Eu estou aqui por você, Hazza!

Hazza?

Se tinha alguém naquela sala que estava achando aquilo normal, provavelmente estava disfarçando muito bem. Anne estava com a testa franzida e os meninos olhavam a garota de cima abaixo como se estivessem a analisando. Vic provavelmente refletia a minha reação, ela estava com as sobrancelhas erguidas tentando entender de onde saiu aquele ser loiro.

- Ahn, er... – Harry a afastou e me encarou, molhou os lábios e depois sorriu de leve – Essa aqui é a Hanna. Minha amiga da faculdade – ela abraçou a cintura dele e sorriu – Hanna, esses são...hm...

- Somos amigos dele – Victória o interrompeu porque eu duvido que ele soubesse o que dizer – Estamos dando apoio a família.

- É um momento bem delicado mesmo – Hanna assentiu e encostou a cabeça no peito de Harry – Ainda bem que eu vim logo, não é? Você precisa de alguma coisa, Hazza?

Eu ainda estava processando o fato dela chamá-lo daquele jeito quando tive que bufar porque Harry beijou a testa dela – Ainda bem que você veio, querida.

Ah, fala sério. Reprimi o riso porque aquela cena era no mínimo hilária e aproximei-me de Anne que parecia me chamar com o olhar – Ela liga todos os dias desde que Harry trancou a faculdade, mas ele nunca retornou as ligações. Não sei o que a fez vir até aqui, mas ela me parece um tanto quanto expansiva demais. Quer que a mande embora? Vai atrapalhar a missão?

Suspirei – Não atrapalhará se ela não souber de nada e consequentemente não se intrometer.

- Tudo bem – ela parecia cansada mesmo após ter dormido – Vamos tomar café.

Zayn estava ao meu lado durante todo o café e, quando Hanna falou algo no ouvido de Harry que o fez rir, inclinou-se em minha direção – Ela parece bem mais que uma amiga para ele, não acha?

Dei de ombros e sussurrei de volta – Acho que ela está claramente flertando com ele.

- Isso te incomoda?

- Porque incomodaria, Zayn? – ergui a sobrancelha e esperei uma resposta que não veio porque nossa atenção foi desviada para a risada alta dela conforme estendia a mão para limpar os lábios sujos de café dele.

Após ter terminado, esperei Anne levantar-se para fazer o mesmo – Bem, enquanto as crianças se divertem – apontei para os dois – Nós temos o que fazer. Vamos.

Niall reclamou que ainda não tinha terminado de comer, mas Liam o obrigou a nos seguir e por isso o irlandês teve de levar alguns bolinhos em suas mãos, o que fez Vic rir.

- Temos que pensar no que faremos a partir de agora – falei quando chegamos até o quarto de operações.

- Niall, eu já te disse para não comer no computador. Saia dai.

- Caralho, Liam – ele reclamou – Me deixa em paz.

- Pelo menos ele não está tomando a comida de você – Zayn interviu – Ele tomou meu espelho.

- Nós estávamos no velório da Gemma e você estava preocupado se chorar tinha te deixado com olheiras, Zayn – Liam explicou.

- Não liga, Zayn – Louis riu – Liam se acha o Daddy, implica com tudo.

- Fico muito feliz sabendo que vocês estão se dando bem, mas será que podemos focar agora?

E era verdade, eu realmente estava contente por saber que Zayn e os meninos não criaram problemas entre si, seria a ultima coisa que eu precisaria agora.

- Porque nós não podemos ir até onde Brad está e matá-lo?

- Arriscado demais – Vic explicou – Ele dobrou o número de seguranças.

- Além disso, nossa missão não é de ataque – continuei – É de defesa. Não posso arriscar ir até onde ele está e deixar Harry desprotegido aqui e nem posso levá-lo.

- Precisamos de uma brecha – Liam suspirou – Brad sabe exatamente no que tocar. Nós não temos nada contra ele.

- Ele não tem mais família na qual possamos ameaçar – Niall disse – Eu pesquisei de novo, o pai se suicidou alguns anos depois da filha morrer e a mãe dele morreu logo em seguida.

- As únicas pessoas que ele mantem consigo são os seguranças e as dançarinas – Zayn explicou – A do cabelo cacheado que Charlotte conheceu na boate e a que acabou morrendo porque Brad descobriu que você a interrogou, provavelmente ele já a substituiu.

- Por quê? – batuquei o pé no chão – Porque ele quer tanto mal a essa família? Não faz sentido ser só por drogas, não faz.

- Talvez por inveja do futuro que Harry teve, diferente do dele.

- Zayn pode estar certo – Vic apontou – Harry, Zayn e ele cresceram próximos. A diferença de classes sociais deve tê-lo feito sentir inveja.

- Eu não sei... – Louis explanou o que eu estava pensando – É só que não me parece um motivo bom o suficiente para tudo isso.

- Niall, por favor, pesquise mais – pedi – Qualquer coisa será útil, qualquer mínimo detalhe. Eu tenho certeza que você achará alguma coisa.

- Charry, eu já tentei – suspirou – Mas se você acha que eu posso ir mais fundo, tudo bem, eu pesquiso.

- Obrigada, Nini – pisquei para ele – Agora temos que pensar em um contra-ataque.

- Achei que tinha dito que nós não atacávamos.

- Bem, não vamos ficar parados – dei de ombros para Zayn – Alguma ideia?

- Na verdade, sim – ele sorriu com a língua entre os dentes e me encarou – Pensei na boate. É a única coisa que eu sei que ele preza, que ele cuida e quer bem. Trabalha naquilo noite e dia... E se nós a destruirmos?

- Zayn Malik – sorri para ele com orgulho – Acho que foi uma ótima ideia trazer você para o time.

Seu peito inflou e o sorriso que deu me fez lembrar das suas mãos na minha pele, um súbito calor se formou em meu corpo e sabia que o estava desejando novamente porque o que há ali para não ser desejado? Porém, aquilo significa coisas diferentes para nós dois. Precisava manter distância.

- Mas eu vou sozinha – falei por cima do barulho das vozes deles planejando como fazer aquilo.

- O que? – Vic perguntou sem entender.

- Vai começar... – Louis rolou os olhos.

- Ela sempre quer fazer o trabalho arriscado sozinha – Liam explicou aos novatos.

- Você não dá conta de queimar aquela boate sozinha – Zayn tentou me convencer – Além disso, as dançarinas praticamente moram lá, como irá tirá-las e queimar ao mesmo tempo?

- Droga – resmunguei após ter pensado nisso – Okay, mas Zayn e Vic não virão.

- A ideia foi minha!

- É claro que eu vou!

- Vocês são novatos.

- Eu já fui com você na casa do Brad, recebi alguns pontos na testa e acha que não posso ir queimar uma boate? – Vic colocou a mão na cintura – Charlotte Di Angello, não ouse me tirar dessa parte da missão.

- Okay, você vai – rolei os olhos.

- Vocês acabaram de ver o que eu vi? – Louis praticamente gritou – Passei anos tentando convencê-la a me deixar ir com ela numa missão de terrorismo e ela simplesmente deixa Victória ir fácil assim?

- Louis, não faça drama.

- Isso não é drama, minha querida – negou da forma estridente que só ele sabia fazer – Olhe aqui, Charlotte Di Angello, foram anos, okay? Anos! Liam, lembre a ela que foram anos tentando convencê-la a me deixar ir a uma missão perigosa com ela e Victória chega agora e já faz isso? – ele colocou o dedo na minha cara – Que palhaçada é essa?

Beijei sua bochecha e apertei a sua bunda porque acho que todo mundo quer fazer isso, a bunda de Louis Tomlinson é simplesmente maravilhosa – Eu até que amo você, Tomlinson.

 - Não venha com “até que amo você”, sua falsa – resmungou, mas sabia que tinha amolecido um pouco – Como ela pode conseguir isso em tão pouco tempo?

- Charlotte me ama, querido – Vic debochou.

- Eu também vou, não é? – Zayn perguntou para mim – Não vai me deixar fora da diversão, certo?

- Ele faz parte do time agora – Liam, a voz da sensatez, falou – Nós temos que leva-lo, Charry.

- Precisaremos treinar você – respondi – Zayn, você precisa aprender a lutar como nós, a atirar para não errar e tantas outras coisas.

- Era exatamente sobre isso que queria falar com você – Liam me disse – Precisamos ensinar auto-defesa para essa família, sabe disso.

- Você está certo, pode montar tudo no jardim atrás da casa? Acho que eles não se importariam se usarmos lá.

Ele assentiu – Mais tarde estará pronto.

- Posso dormir agora? – Zayn bocejou – E ter você como companhia também?

Louis deu um safanão no braço dele – Moleque folgado.

Ele riu – Posso dividir com você, Louis.

- Agora eu topo.

- Calem a boca – resmunguei – Sim, pode dormir. Mas não, não irei com você. Vou pegar minhas facas no quarto de Harry.

- Bata antes de entrar – Louis gritou – Eles podem estar transando!

- Louis, pelo amor de Deus... – ouvi a reprimenda de Liam quando fechei a porta e soltei uma risada.

Não bati na porta. Se eu estava tecnicamente morando lá e dormindo naquele quarto não precisaria bater, porém, Louis estava quase certo. Eles não estavam transando, pelo menos não ainda.

Os dois estavam na cama, Hanna com as pernas abertas sentada no colo dele e sem camisa, eles se beijavam enquanto as mãos dele passaeavam pela sua coluna.

Pigarreei e foi divertido de ver a expressão assustada em ambos os rostos. Ela ficou vermelha, procurou a blusa e a vestiu apressadamente enquanto que Harry não fez questão alguma de fazer o mesmo ou de limpar o borrado de batom na sua boca, permaneceu onde estava e apenas virou a cabeça para me olhar melhor.

- Vocês deveriam trancar a porta – falei – Vai que Anne entra aqui, ela não vai querer ver... isso.

- Me desculpe – ela mordeu o lábio – Fecharemos a porta da próxima vez, acho melhor eu ir.

- Ah, não. Pode ficar – a assegurei num tom de deboche – Eu só vim tirar o meu sutiã, sabe? – dizendo isso comecei a puxar as alças e tirar mesmo com a blusa – Está me apertando tanto.

- O que? – ela olhou de mim para Harry sem entender nada e ele parecia quase... se divertindo.

- Harry não disse? Eu durmo aqui - tirei o sutiã preto e joguei na cama, exatamente onde ele estava – Guarda para mim, querido?

- Vocês dois... vocês... – ela gaguejou – Ah meu Deus.

- Vou deixar vocês a sós e podem voltar para o que estavam fazendo, desculpem atrapalhar – dei um tchauzinho para ela e antes de fechar a porta olhei com desdém para a expressão no rosto de Harry e, novamente, vi um sorrisinho sínico ali.

Idiota.

Quando estava no quarto de Vic, prestes a colocar um sutiã dela foi que realmente pensei no que tinha feito. Porque diabos essa cena toda? O que eu tinha na cabeça? Me xinguei mentalmente e disse a mim mesma que só queria provocá-lo, brincar com ele e apenas isso. Mas, não consegui explicar o porquê eu estava com raiva e com um aperto estupido no peito ou o motivo de minha nuca estar queimando ao lembrar da cena dos dois se beijando.

Resmunguei alto quando percebi que também havia esquecido de pegar minhas facas. O que diabos aquilo significava?


Notas Finais


Espero que tenham gostado, o que acham que as atitudes da Lottie significa? Ciúmes ou só ela sendo um tanto quanto... Ela?
Temos um grupo no whats, quem quiser entrar é só mandar o número por mensagem!
Mil beijos


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...