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História Good Girl, Bad Habits - Body.


Escrita por: femalesuga

Notas do Autor


Eu estava desanimada pelo baixo feedback, mas não vou desistir. Boa leitura ❤️

Capítulo 2 - Body.


—Unnie. — Eu percebi pela inquietação da menor que Akira estava buscando pelas palavras certas. —Nós tínhamos visto eles juntos quando você estava conversando com a Matsuri próximo a mesa. Eu queria ir embora e te tirar daqui no mesmo instante, senti nojo de Min Aiko. — A menina então parou e pude ver que o assunto estava afetando mais a ela do que a mim. — Eu... Sinto muito.

—Tudo bem, saeng. A culpa não é sua de seu primo ser um completo idiota, na verdade eu quem sou culpada. — Estava com aquele sentimento de novo em minha garganta, aquela ardência por estar segurando o choro que vinha crescendo cada vez mais. —Eu tenho um péssimo dedo pra escolher homem.

Akira sorriu fraco pra mim e lágrimas escorriam pelo seu rosto, as sequei como fiz antes com Matsuri e então depositei um selar demorado em sua testa. A puxei pra mim e afaguei seu cabelos enquanto me esforçava para que a minha voz sobressaísse o som ainda presente naquela sala, mas apenas o suficiente para a mesma poder me ouvir.

—Eu não vou te deixar, ouviu? — Não me via mais sem as gargalhadas da menor. —Pelo menos pra amizade, eu sempre escolho os melhores. — Ela me abraçou forte me soltando logo em seguida, limpou seus olhinhos e então abriu um enorme sorriso pra mim.

—Você é a melhor, Kim Sayuu. Não duvide disso. Tolos são os que não sabem reconhecer isso.

E na hora em que eu estava prestes a respondê-la, Jimin se juntou a nós segurando três red cups com uma quantidade significativa de soju e alguma outra coisa álcoolica misturada.

Uma lição que aprendi anos atrás, nunca misture maekju com soju, mas no momento... Eu estava pouco me fodendo pra ressaca de amanhã.

—Eu não achei o momento propício pra te contar. Me perdoe se eu fiz errado, só quis o teu bem. — Jimin levantou o copo com a maior quantidade em minha direção me fazendo aceitar, ele mantinha seu olhar dolorido sobre mim. —Eu realmente sinto muito, puddin. Por você estar passando por isso mais uma vez... Não consegui te proteger de novo.

Tomei uma boa golada e o álcool era tanto que eu perdi a voz por alguns segundos.

—Obrigada, Jiminnie. — Tomei mais um gole, menor dessa vez. —Sei que você não gostava dele mesmo. — Os três rimos de forma fraca.

Eu realmente estava grata, eu sabia do que ele tinha medo. Não julgo o fato do meu melhor amigo ainda querer me proteger, mas admito que seria bom estar preparada pra lidar com SoMin, ou melhor, ignora-la e não ter ficado os olhando como uma completa idiota.

Me aproximei do mais baixo e selei nossos lábios superficialmente, como se demonstrasse que realmente tudo estava bem e assim que nos encaramos percebi que Jimin tinha recebido o recado.

—Prontos? — Perguntei erguendo o copo para que brindássemos.

—Estamos, capitã! — Os dois responderam em uníssono me fazendo sorrir.

—Três, dois, um! 

E então viramos o copo, engolindo todo aquele líquido em sincronia. Senti meu corpo o esquentar com todo o álcool, minha garganta queimava e percebi que não era a única a estar com problemas quando vi Akira se contorcendo e Jimin com as mãos na garganta.

Depois de alguns segundos nos entreolhamos rindo de nossas expressões faciais, joguei o copo longe no instante em que reconheci o início de "Don't recall" que eu admito ser a minha favorita do momento.

Agradeci mentalmente ao DJ por me conceder uma chance de dançar e ignorar a sensação de nojo que percorria meu corpo.

"Caia fora, afaste-se de mim
Eu odeio isso porque é sujo
Não toque em mim

Eu não estou te reconhecendo mais
Você age como se não gostasse de mim, já deu
Você olha pra mim como se soubesse de tudo
Eu não quero mais esse sentimento."

 

Puxei Jimin pela mão para que fizéssemos a coreografia juntos e eu me senti na sala da minha casa, num domingo à tarde dançando tudo que tocava aleatoriamente com a melhor parte de mim.

Chamei Akira pra se juntar a nós e lhe ajudava vez ou outra com os alguns movimentos.

Enquanto estávamos dançando eu senti toda a minha preocupação sumir, meus cabelos estavam grudando no pescoço e eu sentia alguns olhares sobre a gente, mas eu não estava ligando.

Eu definitivamente não estava dando a mínima.

Eu estava me finalmente extravasando depois de um dia estranho para caralho e aproveitando a presença dos meus amigos.

Yoongi adentrou o local, acompanhado de um rapaz alto de cabelos castanhos e óculos cilíndricos e um ruivo que vestia calças de couro pararam na nossa frente e então ficaram ali com um sorriso nos lábios, nos observando até a música acabar.

—Você continua a mesma, não é? —Ele disse se aproximado enquanto se esforçava para sua voz sobressair a música.

—Não, não. — Jimin disse puxando o rapaz de óculos para perto dele sendo retribuído pelo mesmo. — Nossa dongsaeng cresceu, Suga!

—É. Eu cresci, little suga. —Disse botando as mãos na cintura e levantando meu rosto na minha pose de super-herói.

—É, isso eu não posso ignorar. — Os olhos de Min Yoongi queimavam todo o meu corpo. —Mas continua a mesma doce garota. —A batida de "Body (Mino)" preencheu o lugar e eu pude ver o sorriso de Yoongi enquanto se aproximava para dançar comigo. —Não tão doce assim.

Akira puxara o rapaz da calça de couro para lhe fazer companhia e o mesmo estava tão vermelho quanto um pimentão.

Todos começaram a dançar e sorrir, pelo visto eu era a única que não os conhecia, alguns passos depois Jimin agarrou o mais alto o beijando sem pudor, Akira seguiu os passos do mais velho e então beijou seu companheiro que por mais vermelho que estivesse retribuiu o ato a envolvendo e quase tirando seus pés do chão.

O clima estava propenso a beijos e amaços, o homem de cabelo platinado e jaqueta preta a minha frente não estava ajudando a controlar os meus entorpecidos impulsos.

Yoongi parou a poucos centímetros de mim, eu podia sentir sua respiração e estava tendo que canalizar toda a minha força de vontade para me controlar. 

"Eu sinto falta do teu corpo
O tique-taque de sua respiração
Lembro-me vagamente
Eu não posso te sentir

Eu sinto falta do seu corpo
Seu cabelo brilhante
Lembro-me vagamente
Então, onde está você?"

A porra da letra fazia tanto sentido que eu não conseguia deixar meus olhos caírem sobre Yoongi por mais de dois míseros segundos sem ter uma vontade absurda de voltar ao passado.

Estávamos dançando juntos, porém separados, até ele dar um passo pra frente acabando com fodido espaço que separava nossos corpos e então sussurrar próximo ao meu ouvido a próxima estrofe da música. 

"Eu estou morrendo por sua causa, você é uma assassina
Minha consciência está me xingando, me cutucando
Meus amigos lhe chamam de minha ex
Mas eu quero pronunciá-la
De uma forma mais sexy."

O atrito de nossas peles quentes e soadas estava fazendo com que eu sentisse alguns leves choques, me deixando arrepiada da cabeça aos pés.

Senti minhas forças se esvaírem quando suas mãos pressionaram a minha cintura e por mais que eu já tivesse sido tocada dessa exata maneira inúmeras vezes, eu nunca tinha sido tocada assim por ele.

Eu estava arfando pesadamente, meus olhos pousaram em seus lábios e por ali ficaram, meu corpo estremecia a cada sorriso ladino e eu pude sentir a minha calcinha ficar estupidamente molhada quando ele umedeceu os lábios lentamente próximo aos meus, sem poder me controlar mais, rocei meus lábios nos de Yoongi e para minha surpresa ele aprofundou o beijo sem pestanejar.

Seus dedos apertaram ainda mais minha cintura e eu arfei contra seus lábios, minhas mãos foram em direção à sua nuca e meus dedos subiram para seus cabelos os puxando devagar.

Nossas línguas estavam travando a mais bela das batalhas, enquanto nossos corpos se encaixavam devagar, primeiro as pernas e logo depois os quadris, seguidos dos braços de Yoongi em volta da minha cintura e os meus em seus ombros.

E naquele momento, todas as pessoas sumiram e pra mim apenas nós dois continuávamos naquela enorme sala.

Queria mais, muito, muito mais.

Mas, quando nossos lábios se separaram pela maldita falta de ar, nossas testas se encontraram e seus olhos permaneciam fechados, sua boca formava uma linha rija. Parecia que ele estava sentindo dor... Eu pude perceber o quão arrependido ele poderia estar por ter cometido tal ato, afinal eu sou apenas a sua atrapalhada dongseang.

Cansada demais do fodido dia de hoje me soltei de seus toques num movimento nada sutil e fui em direção à saída, aquilo tudo já deu o tinha que dar.

Alguns flashes da noite invadiram minha cabeça e eu estava com vontade de chorar mais uma vez, mas a mesma passou quase que imediatamente quando senti o vento bruto me embalar na varanda.

Peguei o telefone em minha bolsa e liguei para Niwoo mais uma vez, já que passavam das cinco da manhã, eu sentia meu corpo cada vez mais pesado e minha visão ainda estava turva, mas a ligação foi direto para a caixa postal.

—Merda, Niwoo. Merda. Merda! — Bloqueei o ecrã do mesmo e o guardei novamente em minha bolsa, passei as mãos pelos meus braços sentindo o ar gélido da manhã de Seul.

Comecei a andar em passos tortos e curtos em direção a minha casa.

—Sayuu-ssi!

Reconheci a voz de Yoongi e continuei seguindo, sem ao menos olhar para trás, sentindo um turbilhão de sensações me preencherem de um jeito mais louco que o anterior.

Eu queria correr e me entregar para o mesmo, poder chorar em seu ombro e sentir seus dedos em meus cabelos, como ele fazia sempre que eu precisava extravasar.

Mas no momento, eu precisava evitá-lo, o dia foi cheio demais e esse turbilhão de sensações e álcool dentro de mim não ajudaria em nada.

Então eu apenas continuei seguindo, como se não tivesse reconhecido sua voz. Ouvi alguns passos e me condenei por estar mal a ponto de não poder correr pra longe dali o mais rápido possível.

—Puddin? — Suas mãos foram até meus ombros me parando.  —Caralho. Você está gelada.

Fiquei ali, parada. Estática.

—Sayuu?

Me virei sibilando alguns palavrões aleatórios enquanto eu custava a abrir meus olhos, eu melhor que ninguém entendia a situação de Matsuri a algumas horas atrás e o quão ruim tudo aquilo era.

Ele tirou sua jaqueta a colocando sobre meus ombros, passou aos mãos pelos meus braços parando nas minhas gélidas mãos. Senti todo meu corpo estremecer com o ato, o mesmo Yoongi de sempre.

—Estou cansada, Yoongi. — Respirei pesadamente me controlando por suas mãos ainda estarem paradas sobre as minhas. —Podemos, por favor, nos falar mais tarde?

Eu pude perceber o quão arrastada minha voz estava e o quão difícil era me encontrar ereta sem dar uns passinhos pro lado.

Eu, de fato, ainda estava bêbada.

Ele permaneceu parado, na minha frente, me olhando como se estivesse enxergando toda a minha alma através de meus pesados olhos, eu estava perdida naquela imensidão.

Sem mais paciência (ou força de vontade) me virei, me soltando de suas mãos pela segunda vez. Segui o caminho sem olhar pra trás e a cada curto e torto passo que eu dava sentia o vento ricochetear meus cabelos fazendo com que a vontade de tomar um banho quente e me envolver em meus lençóis só aumentassem, dobrando finalmente a esquina do meu prédio apertei meus olhos tentando decifrar o borrão preto que estava me seguindo.

Ainda era Min Yoongi.

—O que foi? — Encarei o mesmo quem me olhava com o mesmo semblante de sempre. —O que você quer? — Sentia as lágrimas se formando em meus olhos e não pude mais evitar, estava cansada e confusa com toda aquela nostalgia de merda.

—Queria garantir que você chegasse bem. — Ele se aproximou e então passou o polegar sobre a primeira lágrima que descera sob meu rosto. — Quero te ver bem. Quando você foi embora daquele jeito Jimin ia te seguir, mas eu pedi pra que ele deixasse que eu fizesse isso. — Ele colocou um pouco do meu cabelo atrás de minha orelha enquanto mantinha seus pequenos olhos fixos nos meus. —Eu sinto muito pelo escroto do Aiko. De verdade.

—Eu estou cansada desse assunto fodido. —  Minha voz estava mais grossa que o de costume pela grande quantidade álcool que ingeri e por estar começando a ficar rouca pela friagem. —Estou cansada pra caralho de todas essas mentiras e enrolações, parece que quanto mais eu fujo de pessoas assim... mais elas me parecem tentadoras.

Estava cada vez mais difícil controlar as lágrimas que teimavam em escorrer por meus olhos. Yoongi me puxou e me acolheu, ele mantinha o queixo no topo da minha cabeça e me abraçava forte.

—Você precisa descansar. — Ele ainda me abraçava e eu não queria sair dali, por mais que estivesse fodidamente cansada de tudo eu não conseguia me sentir cansada dele.

Sentia o choro finalmente cessar.

—Yoon... Hm... Meu prédio é aquele branco ali... — Eu estava com as bochechas quentes e provavelmente também vermelhas, estava pensando cuidadosamente em cada palavra, não queria soar oferecida.  —Quer tomar... um café?

Mantinha meus olhos fechados e minhas mãos cobrindo o rosto, por mais que eu não estivesse vendo muito bem seu rosto senti o mesmo sorrir e todas as malditas borboletas atacaram mais uma fodida vez.

—Você aprendeu a gostar de café puro? — O mais velho disse me soltando de seus braços e encaixando nossas mãos, eu abaixei a cabeça por reflexo, que porra, parece que eu acabei de entrar no caralho da adolescência outra vez. —Ou você ainda só toma com creme?

—Aigo! Eu sou uma adulta agora, claro que tomo café puro. — Sorri amarelo pro mesmo, pois eu estava mentindo... Eu ainda só tomo café com creme.

Yoongi sorriu ladino passando a língua nos lábios. —Estou tentando me acostumar com isso, Sra. Kim.

Andamos em silêncio até o meu prédio, parte porque eu ainda estava bêbada e precisava me concentrar pra andar em linha reta, parte porque Yoongi mantinha sua mão na minha fazendo carinho na mesma. Passamos por Soo, quem nos cumprimentou com uma pequena saudação, Yoongi e eu fizemos o mesmo e então seguimos para o elevador.

—Sayuu, m- —Yoongi tossiu um pouco afim de limpar a garganta. —Me desculpa. — Ele falou sem me olhar, ainda brincando com o meu dedão.

—Por? — O encarei confusa, minha cabeça estava girando um pouco e o solavanco do elevador só influenciou num enjoo repentino. Ajeitei a jaqueta em meus ombros agradecendo, por ao menos estar quentinha.

—Pelo beijo. — Ele evitava me olhar, no momento seus olhos estavam fixos em seus pés.

Senti vontade de selar nossos lábios ali mesmo, mais uma vez, dizer que eu queria aquilo a oito fodendo anos, mas o elevador apitou avisando que estávamos em meu andar me despertando de meu transe. Soltei sua mão com muito custo para que pudesse procurar a maldita chave em minha bolsa.

—Foi  um beijo, não é? — Por mais que pra mim tivera sido um puta beijo, não queria que as coisas ficassem estranhas entre a gente. Estávamos nos reaproximando depois de três fodidos anos, não vou jogar tudo no ralo por meus sentimentos reprimidos. —Não tem problema, foi coisa de momento. — Disse abrindo a porta, no meu tom mais casual.

Joguei meus tênis pro canto e então fiquei apenas de meias, sentindo o carpete fofinho sobre os meus pés. Yoongi fez a mesma coisa que eu e então sorriu quase que minimamente. Passei novamente a chave na porta trancando a mesma.

—É. — Ele disse enquanto olhava os móveis da minha sala. —Deve ter sido isso.  um beijo, coisa de momento.

Tive vontade de me jogar da janela do oitavo andar, parecia ainda pior vindo de seus lábios.

Evitando sofrer mais com o passado me apressei em mudar de assunto antes que todo o autocontrole presente em mim se esvaísse com o resto do álcool.

—Pode ficar a vontade, ali é a sacada. — Apontei com a cabeça pra cortina ao lado da TV. —Eu costumo tomar café lá, o sol bate de um jeito surpreendente ali pela manhã.

Yoongi assentiu. Peguei um cigarro, acendi e então joguei a bolsa no sofá —Vou fazer o café, você quer expresso, certo?

—Isso. — Ele sorriu sacana.

Segui pra cozinha com o cigarro entre os dedos. Eu estava exausta e enjoada, mas agora eu queria a companhia de Min Yoongi e se for preciso, eu tomo o maldito café puro.

Liguei a máquina e fui até a geladeira pegar um copo de água, tomei uma aspirina e logo em seguida peguei as xícaras. Uma rosa pastel para mim e uma outra branca para ele, nossas cores favoritas. Custei a não pegar o creme no armário de baixo, que porra.

Segui pra sacada com duas xícaras grandes de café e o cigarro entre os lábios. Mas antes que eu pudesse falar alguma coisa, fiquei ali com o cigarro queimando e as mãos ocupadas enquanto observava Min Yoongi sentado com os olhos fechados sentindo os primeiros raios de sol sob sua pálida pele.

Ele estava, no mínimo, divino.

Senti meu estômago revirar quase que enlouquecendo com aquela cena, até quando ele não está fazendo nada consegue me afetar desse jeito.

Isso é ridículo.

—Está com sono? — Perguntei assim que deixei as xícaras em cima da pequena mesa e me sentei de frente pra Min Yoongi tirando o cigarro dos meus lábios e dando um último e longo trago.

Fui preenchida pelo falso prazer antes de libertar toda a fumaça, Yoongi abriu seus olhos devagar, sorrindo ladino e passando a língua entre os lábios.

Tudo que me veio em mente foram cenas maldosas, eu perdi a manha de controlar esses impulsos a alguns anos... Hoje em dia a sensação de tê-lo assim tão perto me entorpece fazendo com que eu perca o controle sobre quase tudo.

—Estava pensativo. — Ele respondeu simplista.

—Oh, tudo bem. — Joguei o cigarro no cinzeiro que ali se encontrava e levei a xícara cor-de-rosa até meus lábios.

Os olhos de Yoongi seguiam fielmente a mesma, e antes que eu pudesse tomar o primeiro gole do café que me deixaria enjoada pelo resto do dia, Yoongi levou o dedo indicador parando a minha xícara.

—Sabe... Eu queria saber se você tem um pouco de creme pra por no meu café. Sei que parece estranho mas... É que eu acabei me acostumando a tomar desse jeito por influência de minha dongsaeng. — Eu fechei os olhos com um sorriso bobo nos lábios, como eu pensei que poderia mentir pra ele? Logo pra ele...

Soltei uma alta gargalhada, mais pelo nervoso do que pela graça em si.

—Sim, por sorte, eu tenho um pouco de creme. — Sorri me levantando pra pegar o mesmo.

—Por sorte, sei.

Yoongi me seguiu até a cozinha com as duas xícaras ainda saindo fumaça nas mãos, as apoiou no balcão e voltou para a entrada da cozinha se escorando na parede mais próxima.

—O mesmo preguiçoso de sempre, não é mesmo?

Eu disse enquanto me abaixava afim de procurar o creme no armário. Ele apenas sorriu e voltou a me observar.

Estava certa que o creme ainda não tinha acabado, me inclinei mais um pouco e consegui pegar uma caixinha nova.

—Eu não aguento mais.

Ouvi passos e assim que me levantei senti alguém me pressionar contra o armário, bom, alguém não... Eu sabia muito bem quem era.

—Y-yoon.. — Minha voz estava presa em minha garganta, deixei a caixinha cair assim que senti seus dedos pressionarem minha cintura com força e seus lábios pousarem em minha nuca. Arfei sem forças para reagir a aquela situação. —Yoongi.. O que v-vo..

Ele acabou com o espaço de nossos corpos. Seus dedos brincavam comigo percorrendo todo o meu tórax. —Foi só um beijo, puddin? — Yoongi me virou e se aproximou roçando seus lábios em meu ouvido, eu sentia que cairia ali mesmo se ele não estivesse pressionando minha cintura com tamanha força. —Me diz, foi coisa de momento pra você?

—O que você quer que eu diga? — Eu tive que lutar contra a vontade de me entregar a aqueles malditos toques sem dizer uma só palavra. Meus olhos pousaram em seus lábios e por ali ficaram, observando cada mínimo movimento do mais velho.

—Quero a verdade, Sayuu. — Agora ele me olhava com seriedade. —Foi coisa de momento? — Yoongi afastou seu rosto do meu o suficiente para poder ter uma visão geral das minhas expressões.

—E-eu... —Sentia as palavras em minha garganta, dizendo que aquele tivera sido o segundo melhor beijo de toda minha vida, perdendo apenas para o meu primeiro que foi também com ele. Eu podia ouvir as palavras sendo pronunciadas, mas o medo de perde-lo me invadiu e eu apenas fiquei ali congelada, em seus braços, na cozinha do meu apartamento.

Fechei os olhos e inspirei a maior quantidade de ar que meus pulmões podiam aguentar.

Eu estava pronta pra dizer alguma mentira mal contada quando senti sua respiração levemente falha próxima ao meu rosto, em seguida senti seus lábios juntos aos meus. Demorei alguns segundos para finalmente ceder a todo aquele turbilhão de sensações dentro de mim retribuindo com todo o desejo e vontade que estavam presentes em mim.

Levei minhas mãos para sua nuca arranhando a mesma enquanto explorava sua boca, senti Min Yoongi me puxar de encontro a ele logo descendo uma mão até a minha bunda, subi um pouco a perna direita pra que nossos corpos se encontrassem por completo.

Senti seu membro em minha intimidade e não pude controlar o gemido que escapou entre meus lábios.

Yoongi sorriu e voltou a me beijar, lenta e necessitadamente enquanto sua mão alisava minha perna. O ar estava escasso fazendo com que infelizmente cessássemos o maravilhoso ósculo em que estávamos.

Eu estava ofegante e confusa, sentia vontade de chorar e não conseguia identificar o motivo. Um misto de emoções me preenchia por completa fazendo com que minha voz embargasse e meus olhos marejassem.

—Sayuu, não foi só um beijo pra mim.

Ele não me soltou ou tirou seus olhos dos meus enquanto proferia tais palavras, senti uma queimação no meu ventre e então me entreguei a aquelas sensações que me consumiam.

Selei nossos lábios pela terceira vez e me senti estranhamente maravilhosa, como se tudo estivesse bem no mundo. Yoongi me envolveu com seus braços me dando uma espécie de abraço de urso fazendo com que meus pés saíssem do chão sem interromper nosso beijo.

Eu tentava não sorrir e parecer uma idiota, mas a tentativa foi completamente falha.

Eu estava nos braços de Min Yoongi e meu coração doía quando eu pensava que isso tudo podia ser fruto do álcool, do calor do momento ou da pena por Min Aiko ter feito o que fez.

—Não, Min Yoongi. —Eu o abracei de volta quando o mesmo me pôs no chão novamente, meu rosto se encaixou perfeitamente na curvatura de seu pescoço, como todas as outras vezes. Me aconcheguei deixando alguns beijinhos e me entorpecendo daquele cheiro tão seu. —Não foi só um beijo pra mim, muito menos coisa de momento. Eu queria aquilo.

Continuamos envolvidos, apenas aproveitando do calor do corpo alheio por algum tempo. Ficamos em silêncio e tudo que conseguia ouvir era a nossa respiração falha se mesclando em meio ao ritmo acelerado de nossos corações.

—Você precisa descansar. — Ele disse acabando com o silêncio, olhei para cima e percebi que ele também estava cansado. Seus olhos estavam menores que de costume e vez ou outra ouvia o mesmo bocejar, mesmo que baixinho.

Quando Yoongi afrouxou seus braços, mencionando me soltar, me senti fraca. Pode ser apenas o cansaço ou a carência, mas por hora, eu não queria sentir aquilo de novo.

—Não vai embora não... — Pedi como uma criança manhosa. Min Yoongi sorriu e selou nossos lábios. —Por favor, Yoon. Fica mais um pouco...

—Fico bobo percebendo que você ainda é a mesma garotinha manhosa, que consegue tudo o que quer apenas com meia dúzia de palavras e um biquinho. — Ele mantinha um sorriso ladino nos lábios enquanto me olhava.

—Você ainda não viu nada, Little Suga. — Completei sorrindo sapeca pro mesmo. Sua expressão mudou e eu pude perceber o tom de luxuria e desejo em seus olhos, ele umedeceu os lábios com a língua e eu senti meu corpo estremecer. —Vem.

Dessa vez quem entrelaçou nossos dedos foi eu, o puxei para que o mesmo me seguisse. O guiei até meu quarto e me livrei do vestido preto em que usara a noite toda, continuei caminhando pelo quarto apenas com a lingerie rendada que estava usando.

Sentia os olhos pesados de Min Yoongi sobre cada curva de meu corpo, estava me esforçando ao máximo para não o levar para cama e fazê-lo gritar o meu nome. Peguei uma blusa grande que costumo usar para dormir e a vesti, Yoongi balançou a cabeça em desaprovação e eu ri.

—Eu estou exausta. Vou dormir uma semana inteira! — Me joguei na cama dando uns tapinhas na mesma o convidando para se deitar ao meu lado.

—Eu não duvido disso. — Ele disse enquanto se aproximava tirando sua camisa, me dando a visão de seu peitoral branco como a seda de meus lençóis e em seguida a calça jeans preta rasgada. Tive que cruzar as pernas para conter a queimação em meu ventre ao vê-lo apenas de cueca a minha frente.

Min Yoongi se deitou ao meu lado e me puxou para perto, sentia seu coração acelerado e sua respiração ofegante, o que só aumentava em disparada a vontade de senti-lo em mim.

Relaxei minha cabeça em seu peito e então fechei os olhos, senti suas mãos em meus cabelos me ninando e em pouco tempo finalmente me entreguei a cansaço e adormeci em seus braços.

Eu prometo estar aqui quando você acordar. — Min Yoongi falou ao sentir minha respiração se normalizar.

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Notas Finais


O que vocês acharam? Tem muita treta ainda até chegar o Taehyung na história shahshahajah fiquem de olho.
Obrigada a você que leu! ❤️


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