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História Goodbye - Isso não é real


Escrita por: waldorfstyles

Notas do Autor


Hello
Primeiramente: Fora Temer
Segundamente(?): primeiramente
Terceiramente(?): ME DESCULPA PELA DEMORA
Gente, sério, me desculpem mesmo. Tô em algumas finais ~muitas~ e quase não tô tendo vida nesses últimos dias(ninguém nessa vida merece exatas). É pressão, estudos, séries pra colocar em dia, colocar os livros em dia, escrever e ser sociável.
Tá difícil kkkk
Não vou prometer dia em que vou postar capítulo, mas com certeza sai ainda essa semana(Pelo menos um)
Espero que gostem do capítulo<3
xoxo

Capítulo 3 - Isso não é real


Não queria ir pro colégio. Não queria ver ninguém.

Eu ainda me encontrava chocada pelo que tinha acontecido na noite passada. Não sei por onde anda Emanoel, e nem se ele ainda respira, o que me faz ficar com um peso nas costas. Se não tivesse sido aquele jogo, aquele garoto brincalhão ainda estaria no meio de nós como uma pessoa normal.

Passo a mão no meu cabelo, tentando ajeitar aquela juba morena de uma vez por todas. O amarrei em um coque apertado, pegando a minha mochila e indo para a cozinha.

- Bom dia, meu amor. - Minha tia fala enquanto me sento.

- Bom dia, tia. - A meu desânimo estava bem explícito. 

Também cumprimento a Verônica, umas das empregadas de casa. Ela serve o suco, e a agradeço.

- Aconteceu alguma coisa que eu não estou sabendo? - Minha tia, Ana, quis saber.

Bom, eu decidi jogar um jogo que invoca espíritos com meus amigos em uma noite, não jogando da maneira correta. Agora nós nos assombramos, vemos vultos, avisos e sombras bizarras. E também não posso esquecer do meu amigo que simplesmente sumiu do mapa.

- Não há nada de errado, se é essa a sua pergunta. - Dou de ombros e tomo um gole do suco de laranja. 

- Não vai comer nada, querida? 

Nego com a cabeça, já me preparando para o sermão. Eu não sentia fome desde ontem, quando vi aquele sangue na parede. Quase passei mal com o cheiro da tinta que compramos para ajeitar aquela sala.

- Você sabe muito bem que isso pode fazer com que você passe mal no meio da aula, e não quero ver você lá no hospital.

Quase solto uma risada, mas só se eu estivesse no clima.

- Eu não vou passar mal, garanto. Eu só... - Dou de ombros. - eu só não estou com fome. Comi assim que cheguei em casa.

- Ah, e em falar de ontem, como foi lá na casa do seu amigo? 

Minha tia pegou o jornal que estava em cima de uma das cadeiras. Eu sabia que sempre quando chegava a hora de sua leitura, não fazia questão de saber o que acontecia ali na mesa. Então apenas disse um sim, e cinco minutos depois levantei para me retirar.

(...)

- Eu ainda não sei como a gente vai contar pros pais do Emanoel que o filho evaporou. - Mila deita a sua cabeça na mesa da cantina.

Bocejo mais uma vez. Eu estava acabada

- Nós não vamos dizer nada. - Sugere Paulo, olhando para a mesa e depois para mim. - Eles vão vir perguntar para nós o que houve, só que vamos responder que não sabemos. Simples.

Para Paulo parecia tão simples, mas imagino que há uma máscara por trás dele. Também não estava se sentindo bem. 

A energia naquele dia tava sendo muito negativa.

- Temos que encontrá-lo antes que a polícia o ache. - Caíque já pensava num método para começar a busca. - Só não tenho nenhuma ideia de onde ele possa ter ido parar.

- Emanoel sumiu do mapa, Caíque. Onde mesmo você pensa que ele vai estar? Fumando um cigarro dentro de um shopping?

Mila num instante levantou a sua cabeça. O seu lápis de olho que tinha colocado na noite passada, ainda estava um pouco borrado. Ela não quer criar esperanças para si mesma.

- Alguém não pode sumir do mapa totalmente. Do nada. Tem que ter uma explicação lógica.

- Nada desse rumo sobrenatural tem lógica, Caíque. - Rebato. Tenho, sim, expectativas altas de encontrar meu amigo. Porém, não posso pensar tão alto, pois o tombo pode ser feio.

Me levanto dali, e, caminhando sem animação, vou para a sala de aula. Ninguém veio atrás de mim, e agradeço por isso.

(...)

- CAÍQUE, CAÍQUE! 

Meu coração bate forte assim que vejo que foi só um pesadelo. Outro.

Aperto as cobertas com forças sob a minha mão. Foi só um pesadelo. Foi só um pesadelo. Foi só um pesadelo. Repito isso na minha mente até me tranquilizar. 

Mas não funcionava. Aquela voz no gravador ainda não saía da minha cabeça, e eu estava a ponto de explodir. Pego meu celular e dessa vez eu decido ligar para Camila. Eu estava me tremendo muito, e vim perceber isso quando o meu dedo não clicou no seu nome, e sim no de Caíque.

Deixei tocar e pus no ouvido. 

- Bia? 

Já era madrugada, pensava que eu tinha o acordado. Mas não, a sua voz o denunciava que ele estava acordado. E muito bem acordado.

- É... - O que eu ia falar? Que eu estava tendo pesadelos com a voz de seu irmão?

- Que bom que ligou! - O escuto dizer.  - Temos uma proposta a te fazer.

- Temos? - Levanto uma sobrancelha. 

- Sim, eu vou te buscar aí daqui uns dez minutos, tudo bem?

- Tudo péssimo, Caíque! Quem é que tá com você  e pra ondo vocês vão? Ah, e eu não liguei pra isso, eu preciso te falar uma coisa.

- Depois nos falamos. Já ia me esquecendo, não coloque uma saia.

E assim ele desliga a ligação. Sinto minha nuca se arrepiar com algum toque em mim que eu não consigo sentir. Dou um pulo da cama, me levantando. Acho que vai ser bom essa saída de casa no meio da madrugada. Ainda com meu coração batendo forte, caminho até o guarda-roupas e pego uma calça e uma blusa comum. 

Minhas mãos suavam. Eu não estava bem. Eu precisava realmente sair dali, por pelo menos alguns instantes. Desço as escadas, procurando o banheiro dali debaixo. Tinha que ser cautelosa para não acordar ninguém. Nem minha tia, nem a Verônica.

Assim que o acho, acendo todas as luzes rápido e tiro as minhas roupas. Estava frio, então escolhi bem o que vestir. Coloco a calça primeiro, e depois a blusa. O único problema é que não peguei um casaco, e a blusa não era de mangas compridas. Também esqueci o meu celular no quarto, mas não vou voltar pra lá. 

Uma pergunta martelava na minha cabeça ainda: com quem eu ia sair? Caíque tinha falando "nós" no telefonema, mas não respondeu a minha pergunta.

Mas não deveria ser nenhum estranho. 

Me olho no espelho, ajeitando a blusa que estava um pouco torta ainda. Olho para baixo, também ajeitando a bainha.

Olho de volta para o espelho, mas desejaria não ter feito isso. Minha boca abre perfeitamente para gritar, só que eu não podia.

Sangue escorria em três linhas distintas. Fecho meus olhos, procurando a maçaneta. Isso não podia ser real. Isso não era real. Não abro os olhos enquanto não saio daquele cômodo. Assim que consigo, ando apressadamente para a porta de casa.

Isso não era real. 

Eu precisava sair dali. 

Quando fechei a porta atrás de mim, vi que um carro estava parado em frente de casa. Mas, espera, não ser o de Caíque. E sim o de Paulo. 

O vidro do passageiro é abaixado e encontro o Caíque acenando para mim. Ando até lá, sentindo o vento forte batendo em mim. Era refrescante. 

- Você tá atrasada, mocinha. - Diz Paulo, em frente ao volante. Não sorrio, não tenho vontade.

- Pra onde a gente vai? - Indago, entrando no carro. Só tinha eles dois no carro, e foi aí que percebi que o "nós" era Paulo, Caíque e minha pessoa.

Mesmo não sabendo aonde a gente ia, queria dar um tempo na minha casa. 

- Primeiro tem que prometer que não vai surtar. - Fala Caíque, despreocupado.

- Depois dos últimos dias, não prometo nada.

Paulo e Caíque trocaram olhares. Os dois estavam de mangas longas por causa do frio, então acho que vamos para um lugar aberto. 

- Vamos procurar Emanoel. - Solta Paulo. Estava pronta pra falar que não tinha como a gente fazer isso. Que ele tinha sumido do mapa, sem mais nem menos.

Só que Caíque decidiu continuar.

- No cemitério.



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