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História Gostinho de saudade e bala de canela. - Anel de papel; único.


Escrita por: onlyoujoonie

Notas do Autor


ai gente é mais um repost kkkkkk também tem uma parte em itálico nessa que é flashback

Capítulo 1 - Anel de papel; único.


Jimin havia acabado de chegar e estava jogado, todo de mal jeito, no sofá estreito em sua sala. 

Nem havia tomado banho ainda, mas estava ali, mentalmente e fisicamente esgotado demais pra pensar em se levantar. Internamente, estava dando uma festa pelo dia cansativo na faculdade ter acabado. Amava seu trabalho, lecionar era uma arte, mas lidar com tantos adolescentes todos os dias o deixava bem desanimado nos fins de semana.

Ele ainda estava com a calça jeans, desconfortável demais para o momento, sem os sapatos e as meias, sentido o geladinho do azulejos do piso na planta dos pés. Se pegou olhando para seus dedos se moverem devagar e pensando em como eram pequenos demais, na verdade, ele todo era pequeno demais. 

Se incomodava um pouco com aquilo, não achava nada másculo. Suas mãos eram grossas e isso sempre deixava a impressão de que eram muito pequenas. Tá legal, admitia que não era só impressão, eram pequenas mesmo. 

Gostava de malhar, ter músculos aparentes, mesmo que não fossem exagerados, talvez os das coxas e os da bunda fossem, mas enfim, ter um físico assim também deixava a impressão de que ele era mais baixo ainda, e nem vamos mencionar a gordura embaixo dos olhos que davam a nítida ideia de que seu rosto era ainda mais redondo, mais gordinho.

Não se sentia infeliz tendo essas características, de forma alguma, mas o problema é que muitas vezes era tratado até mesmo de forma infantil pelas pessoas. Muita gente confundia as coisas, achavam mesmo que ele era um bebezão fofo, miúdo, e que precisava ser lembrado constantemente de que sua aparência era de alguém frágil demais. Mas, porra, ele já tinha vinte e sete anos na cara.

Deveria ser tratado como o homem adulto que era porque, mesmo que as pessoas não soubessem, era muito bem casado também. Tá legal, não havia uma aliança enorme e dourada em sua mão esquerda, ou um papel com o sobrenome novo que seria adicionado ao seu, e o "marido" não estava em casa a maior parte do tempo, mas isso não importa para o Park.

Ele levou a sério aquele pedido risonho do namorado, na última mesa de um restaurante meia boca, com uma música qualquer tocando e uma cerveja barata sobre a mesa.

"Mas estamos na Coréia, Kook, na Coréia! Nunca vamos poder nos casar aqui, idiota…" E o mais baixo riu, já meio alto pela bebida, meio grogue.

"Você que é idiota." Jungkook também ria alto, tanto por estar bêbado, quanto por estar feliz demais perto de Jimin. "A gente vai se casar sim, senhor Jeon Park Jimin."

E Jimin se surpreendeu um pouco com o tom sério de Jungkook na última parte e soube naquela hora que havia sim uma vontade forte da parte do mais novo para que partilhassem do mesmo sobrenome. O viu pegar um guardanapo de papel que estava na mesa e enrolá-lo todo, como se fosse um cigarro, e depois, de um jeito totalmente misterioso para Jimin, conseguiu juntar as duas pontinhas e dar um pequeno nó.

Jungkook estava sorrindo largo, e mesmo bêbado ele era lindo, brilhante e fofo demais para Jimin. O Park também sorriu, sentindo o rosto queimar um pouco quando o outro garoto o encarou com os olhos brilhantes, pegou em sua mão esquerda, e a levou para baixo da mesa, onde a toalha esconderia de olhares desnecessários sua pequena cerimônia, um pedido de noivado.

"Quer casar comigo, baixinho?" Jungkook perguntou baixo, amoroso, meio bêbado, mas ainda assim, muito sincero; fazendo um carinho irregular pela mão pequena e quentinha de Jimin.

Jimin sentiu o peito esquentar, aquele garoto era impossível mesmo! Olhou bem para o pequeno "anel de papel" que Jungkook segurava delicadamente, pronto para colocar em seu dedo, sentindo vontade de explodir de amor, e dar uns cascudos naquele garoto por fazê-lo sentir aquelas coisas meio vergonhosas.

"Você é um idiota mesmo, Kookie." Jimin riu, aquela risada gostosa e alta, mas não debochada e sim, apaixonada. "É claro que eu aceito ser o senhor Jeon Park. Mas só se você aceitar ser o senhor Park Jeon também…"

Jimin sempre ria meio bobo, meio envergonhado quando se lembrava daquilo. Tinha sido embaraçoso, mesmo assim, muito fofo, e era com essas palavras mesmo que poderia descrever com exatidão o que Jungkook era pra ele.

Muitos anos já haviam passado desde aquilo, cinco, pra ser exato, mas Jimin mantinha viva a chama daquele sentimento que envolveu o tal "pedido de casamento", matinha vivo todo aquele amor apesar da distância.

Jimin suspirou no sofá, sentindo as costas doerem pela posição. Decidiu que já era hora de deixar a preguiça de lado e tomar um bom banho para poder descansar direito. 

Levantou-se preguiçosamente e tirou a calça apertada ali na sala mesmo, mas antes de seguir até o banheiro, decidiu beber uma cerveja. Cantarolando uma das várias canções que Jungkook havia composto pensando nele, seguiu para a geladeira, retirando de lá uma garrafa mediana daquele "néctar dos deuses", pelo menos era assim que o chamava. 

Quando estava prestes a tomar o primeiro gole, ouviu a porta se abrir e fechar lá na sala. Não se assustou com isso, era sexta-feira, dia em que, normalmente, Taehyung aparecia para beber e jogar alguns jogos de tabuleiro com Jimin. Tae era folgado assim mesmo, já estava acostumado.

"Tae, você não acha está passando dos limi-"

Jimin andava enquanto falava casualmente até que chegou na sala e congelou. Sentiu quando as pernas tremeram, as mãos fraquejaram e a cerveja se espatifou, fazendo uma bagunça enorme de cacos e líquido gelado no chão. Não importava, faria Jungkook limpar tudo depois porque, puta merda, ele estava bem ali, no meio da sala e com um sorriso lindo demais para um ser humano tão filho da puta!

"Oi, amor. Sentiu saudade?"

E Jimin nem pensou em responder a pergunta claramente retórica, porque no instante seguinte, havia se jogado nos braços de Jungkook. Impulsionou o corpo, e lá estava ele com as pernas em volta da cintura fina do mais alto, seus braços curtos e fortes em volta de seu pescoço, e a boca farta colada na sua semelhante, um pouco mais fina, de Jungkook. 

"Já. Fazem. Dois. Meses. Idiota!" O espaço entre as palavras era preenchido com selares desajeitados e afobados do Park. "Nunca mais faz isso comigo, tá entendendo?!"

Jungkook segurava firme o corpo forte pelas coxas desnudas e sorria como um retardado. Por mais que Jimin detestasse ouvir isso, ele era fofo pra caralho! E Jungkook apenas se empenhava em corresponder aos beijinhos com gostinho de saudade e bala de canela, até que o ato se tornou um beijo de verdade, com línguas desesperadas e tudo.

Jimin estava dividido entre explodir de alegria ou de raiva. Raiva, isso mesmo, porque já era difícil o suficiente ver Jungkook um único final de semana a cada mês, dessa vez, o idiota havia ficado ausente por dois horrendos meses.

Jungkook começou a sentir que Jimin o estava dando alguns tapinhas em seu peito, e notou que ele estava meio dividido entre continuar o beijando ou espancá-lo até a morte. Exageros à parte, ele entendia a revolta de seu baixinho, havia sido doloroso para ele também.

"Ai, Jimin! Isso dói, tá?!" Disse quando sentiu um tapa mais forte e uma mordida nada carinhosa no lábio inferior. Aquele cara...

"Você merece bem mais que isso por quase me matar, imbecil!" E Jimin disse meio ofegante, meio bravo e completamente apaixonado antes de voltar a atacar os lábios de Jeon de novo, ou melhor, Jeon Park.

E se beijaram com vontade até que seus corpos estivessem fervendo de desejo, ereções se formassem, gemidos e suspiros escapassem, e frases baixas sempre com teor sobre a saudade louca que sentiam fugissem de suas gargantas.

Quando se deram conta, estavam fazendo amor no chão da sala, meio próximo demais dos estilhaços da garrafa cerveja. E o líquido gelado escorrendo até alcançar as costas do Park, o arrepiando tão gostosamente e o fazendo gritar pela forma com que que que a sensação gelada se mesclava maravilhosamente bem a outra sensação, bem mais quente, grande e grossa que Jungkook o proporcionava, o estava fazendo enlouquecer.

E Jungkook sentiu tanta falta daquele corpo pequeno e musculoso que deixou tudo o que tinha para contar a Jimin pra depois, quando já tivessem matado aquela saudade que corroía e machucava seus corações. Já havia se ausentado por tempo demais, e por mais que a distância fosse apenas uma consequência, isso não fazia doer menos.

E o que Jimin não sabia enquanto beijava seu amado namorado, sentindo as estocadas firmes e o gosto de canela na boca, é que muito em breve ele se tornaria mesmo o senhor Jeon Park Jimin, com papel passado e tudo.

E por mais que ser um dos idols mais amados e influentes da atualidade fosse o sonho de Jungkook se realizando, colocar uma aliança dourada naquela mãozinha tão forte e destemida era um sonho ainda maior, e que ele estava prestes a realizar.

Mesmo que fosse às escondidas, eles se casariam nos Estados Unidos porque, felizmente, o casamento gay era uma realidade ali. Teriam uma cerimônia com tudo o que tinham direito e como sempre sonhou desde que beijou Jimin pela primeira vez. E ainda que o documento não tivesse qualquer valor em solo coreano, aquilo não importava, já pertenciam um ao outro de qualquer forma, a união matrimonial deles foi oficializada há anos atrás, com um anel de papel. 

E nada, nem ninguém, vai poder mudar este fato.


Notas Finais


ai é tosquinha mas eu gosto kkkkk queria perguntar uma coisa pra quem me segue... Se eu postar fic 3some vocês lêem??? To pensando em repostar minhas antigas kkkkk

amo vocês ok 💜


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