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História Graciosamente sexy - Capítulo 18


Escrita por: janewriter

Capítulo 18 - Capítulo 18


Quase enfartei quando vi Allison conversando com Michael, meu choque foi tão sério que eu tive que segurar no corrimão que havia no elevador para não cair. O que diabos Allison está fazendo aqui e justamente hoje? Ah Paula deixe de ser paranoica, antes de mais nada eles são tio e sobrinho, possa ser que estão resolvendo coisas de família. É, deve ser isso.


Michael falou alguma coisa e logo depois abriu um sorriso debochado e se virou para mim, mais uma vez meu coração bateu descompassado. Ele deu dois tapinhas no peito do meu namorado e então se moveu pela sala. Passou por mim com uma expressão mais dura do que o de costume. O que Allison disse pra ele, ou melhor, o que ele contou a Allison? Me aproximei dele e logo me pegou pela cintura e me beijou com gosto. Ouvi o bip do elevador.

- O que você tá fazendo aqui? – Perguntei com nervosismo

- Ah bateu saudades suas e vim te ver.

- Você sabe que eu estou em horário de trabalho. Mas bem, o que estava conversando com meu chefe?

- Ah, nada demais, só disse ao meu tio o quanto eu te amo. Bom, hoje a noite haverá uma ocasião especial e eu quero que use isso.


Só quando ele levantou a sacola eu notei que ele estava segurando uma. Me entregou e como sou curiosa verifiquei o conteúdo. Era um vestido vermelho aveludado com um decote que era grande, não sei o quanto pois não o tirei da sacola. O olhei abismada.

- Para onde vamos? – Perguntei desconfiada. Se for pra esses eventos de gente de rica eu vou ter que inventar alguma desculpa. Não me sinto bem nesses ambientes.

- Pra premiação do grammy. Minha mãe está concorrendo e ela quer toda a família lá. E bem meu amor, você já é da família.


Agora é que eu não quero ir mesmo. Se ele disse toda a família com certeza Michael estará lá. Minha vida não teria como melhorar, eu realmente fiz alguma coisa de ruim pra Deus me punir dessa forma? Comecei a formular uma desculpa em minha mente mas ela logo foi interrompida pelo barulho do elevador. Uma mulher vestida formalmente e com o crachá da empresa saiu dele.

- Bom meu bem eu já vou indo. Ah, não aceito “não’’ como resposta.


Ele saudou a mulher e correu até a grande caixa magnética que estava quase fechando. Suspirei pesadamente, por que eu fui inventar de namorar um filho de uma famosa, e logo um Jackson? O universo me odeia. Fui até minha mesa e recepcionei a moça que chegou e logo descobri que ela era uma das editoras pessoais de Michael e estava atrás de um dos manuscritos do novo lançamento de seu livro. Bom, eu nem sabia que ele ia lançar um novo livro, melhor, nem sabia que ele escrevia. Até porque você não precisa ser escritor para ter uma editora não é?

- Eu vou ver se acho algum arquivo na sala dele, você espera só um momento?

- Claro. Leve o tempo que precisar.


Entrei na sala dele com receio, se ele me ver fazendo uma coisa dessas vai me matar, com certeza. Liguei seu computador e meio que agradeci por estar desbloqueado. Procurei por todos seus documentos até que cliquei em algo sem querer, que logo revelou uma foto. Era um casamento, o seu casamento. Ele já foi casado? Ele estava bem feliz aqui, nunca o vi sorrir dessa forma. Ele e uma mulher excepcionalmente bonita estavam cortando o bolo, que também era lindo. Bem que eu queria ter comido para ver se é melhor que os bolos de casamento do Brasil. Michael olhava pra essa tal mulher com uma pureza no olhar que até uma chama se ascendeu em mim. A mulher estava sorrindo e com a cabeça deitada em seu peito enquanto ambos desciam a faca pelo bolo. Olhei outras fotos e fiquei com os olhos cheios d´água. Parei de prestar atenção quando ouvi uma voz estrondosa atrás de mim. Me virei e encontrei Michael com um olhar que era uma mistura de tristeza com fúria.

- Desculpa senhor, eu só estava procurando o documento que sua editora pediu.

- Acredito que essas fotos não são do meu manuscrito. – Ele disse com raiva e eu engoli em seco.

- Claro, tem razão senhor. Com licença.


Me levantei de sua cadeira e saí de sua sala, a editora entrou na mesma logo em seguida, e os dois ficaram lá por duas horas e meia. Em nenhum momento eu consegui me concentrar em meu trabalho, não que eu tivesse algum já que Michael não me destinou nada por todo o tempo em que ele ficou na sala com a editora. Por que ele reagiu daquela forma quando me viu olhando as fotos? Será que aconteceu alguma coisa nesse casamento que o fez se tornar da maneira que é, ou ele já era assim mesmo antes de se casar? De toda a forma isso não tem nada a ver comigo.

 
A minha hora de ir embora chegou e eu sai sem avisá-lo, não que nos outros dias eu tenha feito isso. Bom, eu ainda tenho que me arrumar pra ir para esse tal evento. Sinceramente? Eu só queria ficar em casa, debaixo de minhas cobertas e aproveitar o frio de L.A que quase nunca faz aqui. Tava perdida em pensamentos quando me gritaram para deixar não deixar que as portas se fechassem, só pode ser brincadeira. Deixei as portas abertas e o ignorei prestando atenção no meu smartphone, que está para descarregar.

- Me desculpe. – Ouvi um murmúrio seu e me virei para ele. Será que ouvi direito? – Me desculpe por ter te beijado e por ter gritado com você quando estava na minha sala.

- Não tem porque se desculpar. – Mentira tem sim por ter sido um babaca comigo. – Eu também sou culpada por tudo isso. Não se preocupe com isso, eu estou de boa. Não guardo rancores.


Forcei um sorriso e voltei a prestar atenção no celular e foi só questão de segundos para ele desligar. Porcaria! Fiquei encarando o espelho e logo me bateu um tristeza, eu tô um lixo para ir pra um evento enorme, nem preparei meu cabelo nem nada. Allison me paga. Depois de mil anos chegamos ao hall do prédio.

- Vamos, eu te levo pra sua casa já que é caminho da minha.


Eu bem que queria rejeitar porque não quero ficar mais nenhum minuto a sós com ele, mas seria uma economia de 15 dólares, como eu poderia rejeitar? Coloquei a sacola em meu colo assim que entrei e ele logo deu partida. Ousada do jeito que sou, me atrevi a ligar o rádio, e caiu justamente em uma das músicas pela qual eu sou apaixonada. Comecei a cantar sem me importar do meu chefe estar me olhando.

- Você canta perfeitamente, se seguisse essa vida, certamente ganharia um grammy.


E dessa forma eu fui para casa, cantando ao lado do meu chefe.

 



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