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História Grand Chase - A Jornada - Vila dos Bandidos do Deserto - Holy e Sieghart.


Escrita por: KorolevaF

Notas do Autor


VOLTEI

FELIZ ANO NOVO DEPOIS DE UM MÊS DO ANO TER COMEÇADO CARAMBA.

sério me desculpem mais eu me enrolei muito.
eu perdi uma pessoa relativamente próxima nesse inicio de ano, tive uma desilusão com alguém que eu considerava muito e uns problemas bem fodidos de sempre da minha cabeça instavel.
eu me afastei de escrever, postei o que tinha pronto.
até que finalmente voltei para me distrair e esquecer de tudo e graças a deus deu certo e aqui estamos com um cap que eu particularmente gostei muito (ELESIS BADASS IS THE BEST ELESIS FRIENDS)

eu gosto quando posso explorar esse lado "creppy" do Sieghart fazer o que me processem.

Capítulo 65 - Vila dos Bandidos do Deserto - Holy e Sieghart.


HOLY

 

“O que faz a gente se apaixonar uns pelos outros não

é o que o outro nos fala, é o jeito como o outro nos olha.”

 

Padre Fábio de Melo

 

 

— Tem uma vila a frente. — a ave de Sieghart informou pousando no ombro do moreno — Casas e comercio não vi nada fora do normal, menos é claro alguns caras de mascara nos becos, mas creio que seja comum.

— Não é, não aqui pelo menos. Bandidos do deserto não vivem nas aldeias, eles tem espiões no porto que avisam quando alguém entra no deserto para eles darem o bote. Aldeias não gostam deles.

— Então a cidade é uma armadilha? — Holy perguntou de testa franzida.

— Provavelmente.

— Como uma cidade inteira coopera com bandidos? — a pergunta veio de Arme que parecia de muito bom humor desde que se resolveu com Lass — Quer dizer, sempre tem alguém que não...

— Não é muito difícil na verdade, os bandidos oferecem proteção e a cidade os acolhe, os Assassinos fazem isso também, claro sem a parte do roubo. — Lass explicou dando de ombros.

— Então vamos passar direto?

— Não, temos que parar e descansar Mari. — Elesis declarou — Vamos entrar na cidade e seja o que Gaia quiser.

— Então estamos fodidos. — Sieghart murmurou ganhando atenção, ele ainda estava todo enfaixado desde a luta contra os escaravelhos — Digo, vamos nessa!

 

Não tiveram problemas em achar uma hospedaria humilde que acomodou todos sem problema, Holy estava grata era a primeira que estava sozinha desde sua chegada ao continente e era bom tirar um tempo para descansar.

Dois toques na porta a acordaram da sua pequena soneca da tarde, ela pediu para que entra-se e logo Azin estava parado a sua frente olhando para o chão.

— Posso ajudar? — ela perguntou confusa.

— Eu não consigo enfaixar. — ele apontou para o tronco coberto por uma fina camisa transparente.

— Ah sim, claro. Sente-se, vamos resolver isso. — ela piscou entendendo o pedido, Holy se levantou e puxou um banquinho baixo de três pernas até o meio do quarto e logo Azin se sentou ali esperando o atendimento.

Os cortes pelo vento do deserto não eram graves, mas Holy tinha todos do grupo com ataduras cobrindo para evitar qualquer tipo de infecção que seria impossível tratar no deserto.

O seguro havia morrido de velho já diziam.

— Estão quase sumindo, mas alguns dias e todos estarão novos em folha. — ela avaliou os cortes assim que a camisa de Azin foi retirada — Apesar de eu achar que seria melhor mesmo depois de curados o curativo se manter por mais alguns dias, você sabe o seguro...

— Morreu de velho. — Azin completou um leve riso na sua voz.

— Conhece esse ditado? Vi perdido nas anotações de alguns antepassados meus, ninguém na ilha conhecia.

— É da Terra de Prata, meu mestre costumava dizer para mim antes de morrer. — Azin manteve a voz calma.

— Oh então você é de lá? — ela perguntou interessada enquanto pegava gases novas de sua recém recuperada bolsa de primeiros socorros.

— Vermencia, meu mestre era de lá. Ele era o mentor do Jin também, mas Victor acabou se rebelando contra a guilda e dizimou tudo e todos, Jin foi o único sobrevivente. Meu mestre foi mandado por uma fenda de poder e acabou em Vermencia, eu o encontrei e ajudei ele a se recuperar.

— Nossa, isso é uma grande viagem. — Holy assobiou concentrada em passar os remédios nos cortes — Eles eram amigos? Esse Victor e seu mestre?

— Eram. Melhores amigos. Victor se corrompeu e quis assumir a Terra de Prata a Guilda foi exterminada ao tentar impedir ele e seus monstros.

— Se ele matou todos, como seu mestre ficou vivo? — Holy questionou posicionando os braços de Azin no alto para começar a enrolar as bandagens novas.

— Sorte talvez.

— Ou talvez Victor não quisesse matar o melhor amigo?

— Isso é um pensamento muito otimista.

— Você ficaria surpreso com o que um pensamento altruísta pode fazer — Holy riu enquanto apertava as bandagens e checava tudo uma ultima vez — Pronto, já pode ir imitar uma múmia de Aton.

— Obrigado, me deixe saber se você precisar de algo.

— Eu não costumo cobrar meus serviços Azin. — Holy sorriu observando o garoto andar até a porta.

— Que bom, eu não tenho dinheiro para pagar mesmo. — ele piscou por cima do ombro antes de sair do local.

Holy ergueu uma sobrancelha e se viu sorrindo.

 

— Eu não bebo. — ela disse a moça quando ela chegou a mesa enorme e redonda que a Guilda compartilhava na taberna da hospedaria.

— Tudo bem docinho não tem álcool nesta aqui. — a menina que deveria ter por volta dos dezesseis anos sorriu colocando uma mecha do volumoso cabelo preto para trás, ela serviu a Holy uma caneca transparente com cor vibrante — É um drink de cereja, por conta da casa.

— Conta da casa?

— Meninas bonitas não pagam comigo. — ela piscou sussurrando antes de sair para servir o resto da mesa.

Holy piscou chocada.

— Essas coisas só não acontecem comigo. — Ryan, que graças a sua audição de lobo, resmungou irritado.

Holy riu.

Ela levou um gole da caneca a boca e sorriu ao sentir o gosto doce descer pela garganta, era cereja realmente e não tinha álcool ela tinha certeza, ela iria beber mais dessas coisas se todos fossem assim!

— Isso meus amigos é vida! — Sieghart garantiu erguendo uma caneca de cerveja preta no ar acompanhado pelos garotos e Elesis, as meninas riram erguendo suas taças de vinho e Holy seu sabe-se Sansara o que de cereja.

A noite correu entre as histórias de aventura, comedia e drama. Em algum ponto uma musica animada começou e Sieghart puxou Elesis para a pista girando com a ruiva que ria alegre e todos batiam palmas e gritavam incentivos. Jin se contagiou e puxou Arme com ele que ria feliz e claramente bêbada. Lass e Amy foram os próximos a irem para a pista por insistência da rosada e Ryan não resistiu em puxar Mari para uma dança e logo Ronan e Lire se foram também.

Azin permaneceu na mesa com Holy gritando incentivos aos amigos, a taberna inteira acompanhava a festa bêbada deles rindo e batendo palmas.

Holy se viu com um sorriso enorme no rosto, ela então bebeu outro gole de sua decima caneca da noite e tudo que ela se lembra é dos olhos vermelhos de Azin a encarando arregalados quando tudo apagou.

 

SIEGHART

 

“Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade,

 então falha em tudo.”

-Albert Camus

 

— Isso vai ser divertido. — Alethia riu olhando Sieghart pelo espelho que usava para fazer seu penteado da noite, o vestido verde-água estava folgado como o estilo daquela civilização pedia, um cinto de metal dourado marca a cintura da amiga enquanto o tecido descia em fendas por sua perna.

— Bah, eu tenho mesmo que usar esse vestido? — ele indagou irritado amarrando as sandálias revoltado com o fato de sentir suas partes de fora.

— É o costume Sieghart, e não é um vestido é uma toga. Você está lindo querido, sua bunda fica sensacional desse ângulo. — Lethia riu aplicando algo no rosto.

— Que raios é isso?

— Maravilhoso não é? A princesa me deu uma caixa cheia disso...

— Aposto que ela te deu muito mais coisa. — Sieghart bufou irritado, ele era o único que não estava se divertindo naquele caralho de missão.

— Bem você me conhece. — Alethia riu aplicando mais do pó brilhante e dourado ao redor dos olhos e desenhando verdadeiros arabescos com o pincel — Venha deixe eu te maquiar.

Ele bufou e se sentou na cama com o rosto para cima enquanto Alethia aplicava uma camada de pó para começar o trabalho. Eles estavam ali a mando de Sansara, alguém da corte estava tramando deter a união de dois países assassinando um membro da realeza e eles tinham que impedir.

Chegaram usando o titulo de Alethia, Sieghart e Dio seus guardas fieis em proteger sua princesa vieram prestigiar a união de ambos os países daquele continente no fim do mundo que graças a magia pesada conseguiam falar a língua bizarra.

Alethia encantou a realeza com seus presentes exóticos (comidas típicas e vestes diferentes ) e logo se infiltrou no circulo mais alto das duas cidades (que na verdade eram tribos, mas eram enormes e Sieghart chamava de cidade) e agora estavam prestes a serem convidados para o baile que proporcionaria o primeiro encontro entre cada governante naquele pedaço de terra a céu aberto.

Eles dividiam uma luxuosa tenda com Alethia.

— Eu juro pelos Deuses de vocês que se outra pessoa passar a mão na minha bunda eu cometo um assassinato. — Dio entrou na tenda revoltado com os cabelos úmidos sinalizando recente banho.

— Sua bunda é linda Dio. — Alethia garantiu concentrada sem olhar o Asmodiano enfiando a toga branca pela cabeça muito irritado e sentando em seguida para calçar as sandálias.

— Não interessa.

— Eu particularmente adoro esse pessoal, a liberdade sexual deles é fantástica. — Alethia assoprou os olhos de Sieghart para tirar o pó — Vermencia é muito boa com isso também, mas aqui? Outro patamar.

— Então quem vocês acham que é o provável assassino? — Sieghart desviou o assunto, era perigoso conversas com teor sexual com aqueles dois.

Ele iria preservar os ouvidos.

— Perguntei a princesa Úrsula sobre algum inimigo ela me disse que todos da corte apoiam o rei, mas obviamente não é verdade...

— Enquanto eu estava com os guardas não ouvi nada estranho também. — Dio relatou esperando Alethia ir maquia-lo, o feitiço forte escondia sua pele fora do comum e chifres.

— Nada com a criadagem também.

— Estamos sem nada então! Como vamos impedir um assassinato se não sabemos quem é o assassino?! — Alethia desenhou com o pó dourado o olho de Sieghart antes de se afastar satisfeita e ir para Dio.

— Bom é um assassinato, não da pra esconder isso...Quer dizer humanos não são discretos em mortes.

— Dio, nos somos humanos, apesar de tudo!

— Vocês me entenderam. — ele revirou os olhos — Vamos esperar, com certeza vamos saber.

Sieghart concordou indo para o espelho e prendendo os cabelos que iam até sua cintura com uma fita discreta e em um rabo de cavalo baixo na nuca, ele estava assim há quase cinquenta anos e se recusava a aparar os fios com Alethia, gostava do visual.

 

As tochas iluminavam o pavilhão onde pessoas dançavam e bebiam entre as colunas e outras faziam sexo a céu aberto como se fosse nada demais, Sieghart demorou a se habituar a isso e agora já não o surpreendia tanto.

— Eles estão se dando bem. — ele comentou com Dio em pé atrás de Alethia, indicando ambos os reis de cada cidade que bebiam e riam como se não fossem inimigos.

— Acho que tudo vai correr bem.

— Não, não vai. — Alethia garantiu, ela se levantou da mesa alta de supetão — Onde está Úrsula?

Sieghart caçou os cabelos flamejantes da princesa na multidão e não encontrou, Alethia saiu correndo por meio dos convidados com os dois a seguindo e o penteado elaborado desmontando aos poucos.

Eles ganharam a atenção dos convidados e quando Alethia parou no meio do salão e indicou uma das colunas todos olharam para ver um homem, um dos conselheiros do rei, com uma mão tapando a boca da princesa e a outra arrastando a mesma junto ao próprio corpo para fora das vista.

— Adamastor! — o pai de Úrsula berrou furioso.

— Solte ela! — Sieghart berrou as mãos escorregando para a faca escondida na toga.

— Droga! A ideia era me divertir um pouco com essa vagabunda e depois largar o corpo na cabana de algum idiota da outra cidade.

Alethia segurou os braços de Dio e Sieghart indicando para não se meterem, ela andou alguns passos e com uma falsa cara assustada começou a falar.

— Uma princesa por outra! Me leve no lugar dela, meus pais pagariam uma fortuna por mim, você some e não vemos você nunca mais!

— O que? — Sieghart soltou junto com Dio.

Alethia continuou andando até o cara e logo Úrsula foi jogada no chão com violência e a serva de Periet presa nos braços do agressor.

— Me ache. — Alethia formou com os lábios antes do cara jogar um saco no chão criando uma fumaça negra densa que os fez desaparecer.

Dio gritou irritado.

A multidão foi socorrer Úrsula.

Sieghart permanecia congelado.

“Me ache”

Isso ele tinha que achar Alethia, ela havia sumido. Achar Alethia e matar o cara.

“Ercnard você precisa me achar”

Sim achar Alethia, não seria difícil.

...Eu estou segura no momento, mas você precisa se apressar e me achar Ercnard, você PRECISA me achar.”

Espere.

Está errado.

Alethia deveria ter sumido com o cara dizendo “Deixa comigo” não “Me ache”.

Ela não precisava ser salva de um feiticeiro, ela o matou ele recorda de dias depois a amiga aparecer suja de sangue e com a cabeça do cara. Ela não disse aquilo.

Não estava certo, Úrsula tinha cabelos pretos não vermelhos.

Ele precisava achar Alethia sim, para salvar o mundo.

Estava errado.

— CHEGA!

Ele desperta em um susto gritando e assustando a garçonete que flertou com Holy mais cedo, a mocinha estava com uma bolsa cheia dos pertences da Guilda e no balcão do bar (agora vazio) uma menininha gritou junto segurando a cabeça.

Sieghart observou os amigos caídos pelo bar acordarem aos poucos gemendo de dor.

Ele agiu rápido.

Se ergueu do chão e voou para a criança no balcão segurando a garotinha pelo colarinho com seu melhor olhar irritado e puxou para perto de si murmurando assustadoramente.

— Explique, agora.

— Solte ela! — a mocinha que estava os roubando gritou sacando uma faca de um coldre na perna.

— Escute aqui garota, abaixe isso. Você vai dizer exatamente o que está acontecendo aqui ou eu juro que quebro o pescoço dessa pequena garotinha aqui. — Sieghart se virou para a menina ainda suspendendo a criança pelo colarinho — Vai ser tão fácil quanto quebrar um graveto.

A garota o encarou por longos segundos antes de deixar a faca cair e respirar fundo.

— Os bandidos, precisamos dos serviços deles, ela se chama Zara é minha irmã caçula, ela é versada em magia da mente, as bebidas contem um pó alucinógeno que apaga quem toma e faz sonhar, Zara apenas as mantem sonhando. Não iriamos machucar vocês, mas precisamos pagar pelos serviços...

Sieghart bufou largando a menina no chão de forma brusca. Ele estava irritado e ainda desnorteado pelo sonho que Zara o induziu, era tão real que o perturbava. A voz de Lethia e seu sorriso cravados em sua mente com um lembrete constante de sua falha iria o assombrar por alguns dias antes que ele conseguisse se concentrar de novo.

— O que você precisa que eles façam? — ele perguntou negando com a cabeça e voltando ao mundo real onde Zara já estava nos braços da irmã.

— A hospedaria é da minha família há anos, mas você pode adivinhar que eu comando o lugar sozinha. Minha mãe morreu no parto de Zara e papai há alguns anos, o governante da cidade diz que vai fechar o lugar devido a falta de pagamento do imposto, a menos que eu case com ele. — ela relatou com raiva na voz — Papai foi morto, pelos homens dele quando negou minha mão aquele idiota. Zara viu tudo, eu estava no comercio na hora e ela havia voltado para buscar moedas....

— Você quer matar esse cara.

— Sim.

— Bem então hoje é seu dia de sorte, parece que os Deuses atenderam seu pedido.

 

 

— Isso é no mínimo inesperado.

— Nem tanto ruivinha, as vezes não se precisa derramar sangue para ganhar algo, só algumas ameaças as pessoas certas. — Sieghart girou os olhos pratas dando de ombros enquanto seguiam o caminho por entre os becos escuros da cidade.

— Você teria matado Zara? Se Helena não tivesse revelado a história? — a ruiva perguntou o que estava na mente de todos os membros do grupo.

— Teria. Eu disse que fiz coisas que não me orgulho Elesis, não estava brincando, fiz coisas que não deixariam vocês dormirem a noite e vi coisas piores ainda. Eu faço o necessário para deixar as de acordo com o que os Deuses querem. — ele explicou virando onde Helena virava logo a frente.

O plano era simples, eles chegariam ao covil dos bandidos e tentariam conseguir alguma informação relevante para o proposito deles, na manhã seguinte dariam um jeito no prefeito e logo seguiriam viagem.

— Eu teria te expulsado da Guilda.

— Nunca fui realmente um membro querida. — ele sorriu de lado se divertindo — Chega disso, acho que chegamos.

Helena parou no fim de um beco escuro e puxou um monte de panos do chão que pareciam apenas lixo comum aos becos e bingo ali estava um alçapão onde a garota bateu três vezes antes de ser aberto por um homem baixo com o rosto envolto em um pano branco deixando visível apenas os olhos negros.

Helena indicou o grupo ao homem e falou algumas coisas que fizeram o cara assentir e indicar o alçapão para eles.

Não estavam todos, apenas Sieghart, Elesis, Lass e Ronan estavam na missão o resto havia ficado guardando Zara por precaução, a maioria ainda zonza demais pelo feitiço para distinguir o que era real ou não, Holy estava cuidando disso com ajuda de Zara.

 Eles desceram pela escada estreita do alçapão e logo saíram em um corredor largo onde desembocaram diretamente em um amplo salão cheio de mesas com um teto em abóboda e luminárias laranjas, pessoas riam alto e cantarolavam, havia tapetes detalhados nas paredes e joias empilhadas em barris no canto do bar como se fosse normal, havia algumas portas que Sieghart supôs levassem a outros cômodos do complexo.

Todos tinham os rostos cobertos.

— Kupu vai receber vocês, me sigam. — o encapuzado que os guiou atravessou o salão com eles para uma porta na outra extremidade onde outro corredor largo se estendia.

Sieghart estranhou ao sentir uma corrente de ar forte pelo corredor, Elesis lhe enviou uma sobrancelha erguida e ele deu de ombros sem saber o que era aquilo e logo suas respostas foram respondidas quando eles saíram para a escuridão da noite.

— O que...

Elesis não completou a frase, pois atrás deles o encapuzado abaixou enormes grades de madeira e uma gritaria foi ouvida junto com um enorme clarão de luz que cegou os recém chegados.

Sieghart não demorou a distinguir estavam em um buraco no chão, redondo com uma enorme cúpula de grades de ferro no teto tornando possível a vista dos espectadores que se aglomeravam nas grades olhando pra baixo e alguns até estavam pendurados olhando com expectativa o que ocorreria ali.

— O que é isso? — Helena ofegou enquanto Lass e Ronan a cercavam em um circulo protetivo.

— BEM VINDOS!

— Me digam que não é um escorpião gigante de armadura bem na nossa frente. — Lass pediu olhando desacreditado para o bicho gigante de couraça preta e armadura laranja.

— Aquele é Kupu, ele é o líder dos bandidos. — Helena informou indicando o montador da fera.

O tal Kupu devia ter a altura de Arme, o rosto estava coberto por um pano branco e ele usava alguns acessórios que faziam lembrar uma múmia em sua tumba de tantas joias, sentava-se em uma cadeira de couro bem no topo do escorpião como se fosse o rei do mundo.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI O BAIXINHO? — Sieghart gritou para o tal líder.

— Baixinho?! — Kupu gritou irritado e a o publico reunido gemeu em desgosto — Eu sou o grande Kupu seus idiotas!

Ótimo um maluco com complexo de altura Sieghart pensou, dos membros apenas Lass estava armado com suas adagas escondidas nas roupas, Helena havia pedido para deixarem as armas em casa, os bandidos não permitiam a entrada de pessoas armadas, e como resultado lá estava Sieghart, Elesis e Ronan completamente expostos ao perigo.

— Helena, me poupou o trabalho de ir caçar vocês Grand Chase, agora posso acertar as contas pela destruição do ninho dos meus queridos escaravelhos!

— AQUELAS COISAS ERAM SUAS? — Elesis berrou furiosa — VOCÊ ATACOU OS KUGJIS SEU DESGRAÇADO DOS INFERNOS!?

— Elesis, calma! —Lass segurou a amiga a puxando para trás — Não espera, você está certa! SEUS DESGRAÇADOS! —Lass acabou por se juntar a amiga nos gritos — QUANDO EU ACABAR COM VOCÊ NEM SUA MÃE VAI TE RECONHECER!

— EU VOU BATER TANTO EM VOCÊ QUE A SUA BOCA VAI IR PARAR NAS SUA NUCA! — Elesis garantiu indo em direção ao escorpião totalmente desarmada e sem um pingo de medo, Lass ficou rapidamente invisível fazendo a arena ofegar com a novidade — É COM VOCÊ MESMO QUE EU ESTOU FALANDO SEU PINTOR DE RODAPÉ! — ela apontou para Kupu.

— A gente não devia parar eles? — Ronan perguntou ainda protegendo Helena de sabe-se os Deuses o que.

Sieghart inclinou-se para dar o primeiro passo, mas algo pareceu sussurrar em seu ouvido um assista Highlander e o fez congelar. Ele conhecia aquela voz mesmo sem ouvir há séculos ele olhou para Elesis e assobiou baixo.

Havia uma aura vermelha de pura mana envolvendo a garota como uma armadura, Elesis marchava decidida até o escorpião gigante e a cada passo Sieghart acreditava mais que sua descendente iria ganhar daquele bicho sem nem suar.

Kupu parecia sentir o mesmo, pois estava começando a se inclinar para trás em sua cadeira.

Salvete Ernasis. — Sieghart murmurou.

— O que raios é aquilo? — Ronan perguntou de olhos arregalados.

— Ela parece uma Deusa da guerra. — Helena murmurou com as mãos na boca.

Elesis deu um impulso e correu em um velocidade assustadora pulando no ar aparecendo bem acima de Kupu e seu escorpião, ela fechou o punho e Sieghart observou a energia vermelha que a envolvia se concentrar naquele local, a ruiva desceu um belo soco na cabeça do escorpião fazendo um CRACK alto ecoar pela arena e a armadura do bicho quebrar desabando com outro estrondo e levantando a poeira do chão.

— Ela acabou de quebrar a armadura do bicho com um soco?! — Ronan gritou embasbacado.

— Sim! — Sieghart sorria, sentindo algo que beirava ao orgulho.

Lass reapareceu atrás deles segurando a chave que outrora esteve em pose de Kupu, ele destrancou a porta atrás deles e Helena rapidamente correu para fora da arena em segurança.

Elesis segurava o bandido pelo colarinho, os olhos escarlate frios e sem emoção emanavam poder e a armadura vermelha estava brilhando.

— Fale. — ela rosnou.

— EU DEVOLVO TUDO! TUDO QUE ROUBAMOS, EU DEVOLVO! — ele esganiçou apavorado.

— Isso não é suficiente...Vocês vão parar de roubar todos vocês! — ela ergueu a cabeça gritando para os bandidos que olhavam para eles de cima — Vocês vão servir a cidade de agora em diante, ou eu juro que nenhum vai viver para ver outro raiar do dia. — as afirmações foram gritadas de volta para ruiva — Você vai pessoalmente devolver aos Kugjis e pedir desculpas por quase ter matado toda vila está me entendendo?

— Sim! Sim! O que a senhora quiser! — Kupu concordou tremendo de medo — Mas, eu receio que teremos um problema.

— Qual? — Elesis rosnou ameaçadoramente.

— Alguém roubou uma peça do saque que fizemos aos Kugjis há alguns dias, um encapuzado, ele fugiu para o Desfiladeiro de Rá.

Elesis revirou os olhos e acertou um soco no plexo solar do bandido, assim que Kupu caiu no chão desacordado Elesis piscou confusa e a mana vermelha se dissolveu de seu corpo, ela caiu desmaiada no chão.

— Peguem a Elesis, eu encontro a guilda na praça principal da cidade ao amanhecer. — Sieghart murmurou para Ronan e Lass enquanto saia discretamente pelo portão passando por Elena, ele puxou o lenço azul marinho de Lass quando passou pelo garoto e enrolou em na cabeça cobrindo a boca — Tempus finire imperium.

— O que?! — ele ouviu Ronan gritar confuso.

 

Ele tocou os sinos do centro da cidade as exatas sete de manhã, convocando o povo para praça urgentemente o que fez uma manada de gentes surgir correndo de todos os cantos, Sieghart estava em pé no planalto o rosto coberto pelo pano de Lass e a sua frente um homem com um saco de batatas na cabeça estava ajoelhado pendurado numa forca que ele improvisou durante o tempo que teve.

A Grand Chase se reuniu no palanque com ele, Helena e Zara estavam ali também junto aos heróis olhando tudo assustadas.

Quando ele julgou haver pessoas o suficiente na praça ele retirou o pano da cabeça revelando os cabelos pretos e olhos pratas para a população.

—General Ercnard Sieghart de Thanatos, Vice Comandante dos Highlanders se apresenta a população com o intuito de informar que os Deuses decidiram punir o governante desta cidade — ele retirou o saco da cabeça revelando o prefeito de olhos arregalados para o publico que ofegou — Hathor Sadat, você foi denunciado por assassinato e chantagem, depois de vasculhar sua residência pude constatar que a família de Helena Mahlab não foi a primeira vitima de seus crimes, você também roubava a cidade e assassinava quem se coloca-se contra você. Por esses crimes os Deuses o consideram culpado, agora eu o sentencio a morte, ultimas palavras Sadat!

— EU SOU INOCENTE! — o homem gritou desesperado, a verdade pingando de suas palavras.

— Todos são inocentes perante ao homem, mas ninguém esconde a verdade dos Deuses, Hathor. Diga adeus a este mundo. — Sieghart recolocou o saco na cabeça do homem e bateu com força no chão próximo ao governante onde um alçapão se abriu fazendo o corpo se pendurar no ar na frente de toda população.

A população explodiu em sussurros altos sobre o ocorrido e Sieghart deixou eles falarem enquanto trazia Helena para frente pelo braço e acenava para Kupu descer do telhado em que observava tudo, com os dois parados lado a lado Sieghart bateu palmas para a população se calar.

— Por ordem dos Deuses eu declaro Helena Mahlab governante deste local e faço de Kupu e sua guilda os guardas desta população pela eternidade e se alguém tiver algo contra que guarde para si mesmo ou se entenda com a minha espada. — ele declarou solene.

Kupu olhou para Helena assustado e ela olhou para ele mais apavorada ainda.

— Isso é inesperado. — Sieghart ouviu Arme murmurar atrás de si.

— Não, isso é justiça. — Elesis corrigiu com certeza na voz.

 

 

 

 


Notas Finais


Holy e Azin estão começando a se aproximar e eu to igual uma louca torcendo por eles.

eu queria a tempos fazer uns flahsbacks do sieghart com a trinidade do caos e a Zara me deu essa chance espero que consiga mais chances a partir de agora pq esses 3 são engraçados de escrever.

e sim eles estavam quando os povos começaram a se unir para formar o que viria a ser a Grécia, ser imortal é presenciar algumas coisas bem legais né?!

ERNASIS IS HERE BITCHES

não esperavam né? atualmente só falta Lisnear aparecer para dar as graças e isso vem bem arquimidia adivinhem onde MUAHHAHAHA

CIRCO DOS PESADELOS CHEGANDO TBM EU TO PULANDO AQUI!!!!!

ah a madame aqui vai começar a estudar pra concurso mas antes do meu niver em março eu espero atualizar se tudo der certo e a vida não me decepcionar de novo.

trad do sieghart:
Salvete Ernasis: Salve Ernasis.
tempus finire imperium: hora de dar fim a um governo


ATÉ


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