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História Grand Chase - A Jornada - Highlanders - O RECOMEÇO


Escrita por: KorolevaF

Notas do Autor


OLHA QUEM VOLTOU EM MENOS DE UM MÊS!

Capitulo pequeno e bem tranquilinho pra vcs

Vou tentar voltar antes do fim de abril mas sem promessas ok?

Capítulo 88 - Highlanders - O RECOMEÇO


 

TERCEIRA PESSOA

"Por que depois da queda, sempre vem o recomeço"

Os dois se encolhem instantaneamente quando entram no campo magico da ilha, a memoria corporal de todos os banhos que os mares davam ainda gravada na pele, mas é ineficaz não acontece nada.

O quartel submarino foi dizimado, a cidade estava deserta há anos, transformada em um memorial pelos povos d’água e intocada desde então.

Não havia sobrado nada inteiro.

— Ei, vocês dois, tudo bem?

— Claro. — Sieghart voltou a posição normal no susto, a voz de Arme os despertando do transe do passado — É só uma velha memoria! — depois de assegurar a maga do bem estar ele se aproximou da amiga debruçada na amurada do navio, a cabeça tombou nos ombros dela — Isso vai ser uma merda.

— Eu sei. — ela respondeu focada no horizonte — Mas, precisamos saber o que está acontecendo.

— Não é sua culpa. — Sieghart diz erguendo a cabeça para olhar a amiga, o perfil dela contra o vento marinho o fez viajar brevemente para os passeis de barco dos anos mortais, ele pisca, revisitar a ilha deve estar afetando mais ainda — Todos nós falhamos, não é um peso para você carregar sozinha.

— Eu sou uma Sistina. — o rosto dela vira para ele, um sorriso amargo e olhos conformados com a besteira que fosse que ela pensava — É meu trabalho ver para impedir tragédias....Como eu falhei tanto? — o riso que escapa dela faz Ercnard se arrepiar — Serre está morto. Scarlet está morta. Régis quase morreu...

— O que você poderia fazer? — Sieghart perdeu a paciência — Suas ordens eram para ir com Caxias, era a cosia certa a fazer, ficar a salvo...Ou, você está questionando suas ordens diretas General Dives?

Lethia fechou a cara e virou o rosto.

— Eu nunca o questionaria.

Sieghart a segurou pelo queixo e virou o rosto para ele.

— Você acha que eles te culpariam? — ele perguntou retoricamente e depois riu do absurdo — No momento que soubessem que era para sua segurança eles teriam te prendido pessoalmente na torre. Lethia você não é onipresente ou onipotente, você não é uma Deusa.

— As pessoas diziam que eu não era humana, lembra disso? Uma beleza e personalidade divina... Escute, eu sei que você tem razão. — ela admitiu por fim com um suspiro, puxando o rosto para longe dele os olhos vermelhos olham para o mar — Eu só preciso de tempo para convencer minha mente programada para prever tudo que essa situação era imprevisível.

— Você vai ficar bem?

— Sempre fico...Ah, tem algo errado...

Sieghart está se movendo antes dela finalizar, correndo para a figura de proa do navio ele força seus olhos ao ver o contorno de casa no horizonte. Ele entende o que Lethia quer dizer com ter algo errado.

Tinha um porto.

Um maldito porto onde Ercnard sabia só existir ruinas.

Por que eles nunca vinham pela frente da ilha, sempre usavam as docas dos Highlanders que acabaram em melhor estado no ataque do que o porto comercial do vilarejo, era mais fácil atracar nos fundos, justamente por não haver porto na frente.

E agora havia aquele pequeno porto que Ercnard considerava um insulto a sua pessoa.

— Que porra é essa?! — ele gritou para ninguém em especifico no barco, virando-se igual um bicho ele assobiou alto chamando Hunin — Lethia?!

— Esperem! — Lothos os fez parar no momento que Lethia subia na própria espada para voar — Fiquem no barco, não quero vocês dois longe das minhas vistas, não sabemos o que está lá.

— Algo com um maldito desejo de morte! — Ercnard respondeu puto da vida, quem diabos havia invadido a maldita ilha iria morrer lentamente ele não se importava com motivos, aquele lugar era sagrado — Lothos...

— CALEM A BOCA! —Lupus grita inesperadamente — Eu posso sentir algo.

— Perfeito! — Sieghart exclamou animado — Quem diabos está naquela coisa...

— Cheira a morte. — Lupus terminou — A morte está gritando naquele lugar.

— Bom considerando o fato de que houve um fodendo GENOCIDIO naquele lugar, o que diabos você esperava...

— É recente. — Lupus murmurou ignorando Ercnard que soltou outro grito indignado — Muito recente.

— Vamos atracar no porto em alguns minutos, peguem as armas e fiquem atentos, pode nos atacar quando chegarmos mais perto.

Sieghart puxou Soluna e se preparou para o sangue.

...

O porto foi reconstruído, muito mais simples do que o movimentado e enorme porto antigo, mas ainda a reminiscência da antiga construção, mesmo que não tivesse a paisagem de fundo não mudou muito.

Sieghart olha para um ponto na praia e ele jura que vê a versão mais nova de si mesmo enrolada na areia com Urano, ele jura que houve seus amigos no final da tarde rindo e brincando no mar, ele jura que escuta a velha cidade fundo.

Alethia parece tão perdida quanto ele, olhando em volta e vendo os mesmos fantasmas que ele.

O cheiro de sangue e carne e podre os trás de volta a realidade, a cidade antiga está morta e a nova não parece muito diferente.

Lothos lidera o caminho, todos em formação de defesa olhando curiosos o caminho tentando achar algo que traísse o inimigo em potencial.

— É como se algo tivesse contaminado a ilha. — Lethia sussurra para todos — O ar está muito diferente, até a energia não é a mesma...Tudo está estranho.

— Encantador. — Elesis resmungou sem se conter — Desculpe, essa sensação está me bagunçando.

— Se serve de consolo, a todos nós.

Demora cinco minutos para eles chegarem na entrada do que parece ser uma vila deserta, pelo menos atualmente, as portas das casas estavam abertas e haviam rastros de sangue na terra, tudo parecia revirado.

— Quem chegou antes? — Sieghart perguntou confuso para ninguém — Lethia...

— Tem uma grande concentração de cheiro de morte  a frente. — Regis apontou para onde antes a praça central ficava — Vamos dar uma olhada...

Ele não terminou quando Alethia disparou para frente com Lothos e Ercnard logo atrás, o grupo se olhou sem entender nada e correu atrás dos três confusos, eles puderam ver o exato momento que os três Highlanders pararam estáticos no meio da praça.

Havia um pira improvisada, nem havia mais fumaça subindo, mas o cheiro de carne queimada quase fez todos vomitarem.

A praça que anos antes presenciou várias comemorações da guilda mais importante do mundo agora estava sendo usada para queimar cadáveres.

— Fiquem em guarda! — Lothos gritou desnecessariamente — Tem alguém aqui!

Ela mal finalizou a frase quando um vulto preto surgiu em uma velocidade anormal e voou para cima de Alethia com tudo, Sieghart e Lothos não tiveram tempo de reação tentando identificar o que era o inimigo, felizmente Lethia aparou o golpe e foi jogada com tudo para trás caindo sobre os cadáveres derretidos na pira.

Pairando em cima da princesa um jovem de cabelos pretos pressiona uma faca na garganta da mesma.

Alethia congela completamente chocada ao analisar o rosto do jovem.

Todo mundo se move ao mesmo tempo, por que diabos Alethia não está reagindo e não há nada que os impeça de atacar o  idiota que deixou a guarda tão aberta.

Sieghart chega primeiro puxando o garoto pela parte de trás da blusa e o tirando de cima da amiga, ele arremessa como se fosse nada direto para algum ponto atrás de si.

O garoto capota na terra várias vezes, mas caí de pé e se impulsiona para frente para um novo ataque com a faca erguida na altura do rosto, Ercnard se vira estourando o primeiro nível da fúria, ele está tão puto que poderia matar esse pivete dos infernos.

Eles podem descobrir o que houve depois, Sieghart se convence, matar essa garoto que provavelmente fez essa carnificina faz o sangue dele cantar com a violência.

Por que você não invade a casa e ataca a Sistina Chefe dos Highlanders, por que a consequência é a morte.

Uma pena que a referida Sistina não recebeu esse memorando.

— ERCNARD NÃO! — Alethia berra se jogando entre os dois, ela apara o ataque do garoto e o empurra para longe, felizmente Sieghart consegue frear a tempo de não cortar a garota — Olhe para ele!

Ercnard está prestes a mandar Alethia para puta que pariu, mas obedece e olha a pobre desculpa de ser humana que já havia levantado e estava em posição de ataque de novo.

O garoto é mais novo que eles, talvez no inicio dos dezesseis anos, cabelos pretos com duas mechas azuis na frente, usa uma camisa branca de manga em trapos, calça marrom e está descalço, ele tem muito sangue por todo corpo principalmente pelas mãos.

Os olhos dele são azuis gelo.

Irina a mente de Ercnard fornece de forma inútil, por que é impossível os olhos de Irina e o rosto do General Orion estarem olhando para ele.

— Como isso é possível? — Lothos perguntou alcançando os dois olhando estática para o garoto — Ele...

— Quem é você criança? — Alethia assume a dianteira, por que ela é boa em falar e parece mais calma do que eles dois — O que faz em nossa casa?

O garoto pisca confuso pela abordagem nova, a postura de luta não cai quando ele responde.

— Casa? Eu nunca vi vocês por aqui.

— Estávamos em missão, voltamos para cá a cada cem anos, suponho que seja por isso. — Lethia continua, ela já havia largado dispensado a espada e erguido as mãos em rendição — Vivemos no quartel do outro lado da ilha...

— As ruínas? Quer dizer, não são mais ruinas...

— Perdão? — Lethia interferiu — Como assim não ruínas?

— Todo lugar foi reconstruídos há algum tempo...— o garoto segurou a própria cabeça fazendo careta — Da noite para o dia, ninguém daqui tocou em nada.

— Você está bem? — a princesa deu mais alguns passos para frente — Parece exausto...

— Eles não calam a boca. — a criança reclamou puxando os cabelos — Desde que tudo foi dizimado...

— Eles quem?

— O povo das ruinas.

O coração de Sieghart falha uma batida, Lothos prende a respiração e Alethia se recusa a ter um grão de esperança.

— Eles estão aqui? — ela pergunta com muita calma, as palavras se embolam em sua mente — Na ilha, o povo das ruinas está aqui?

— Não aqui. — o garoto indicou os arredores com as mãos — Aqui.

A criança aponta para a própria cabeça com raiva.

Sieghart está amaldiçoando a alma de Serre nesse momento, seria muito bom ter um especialista em magia agora, por que essa merda não faz sentido e ele não tem ideia do que fazer.

— O que eles te dizem agora?

 — Que eu não posso machucar você. — o garoto tombou a cabeça para o lado e fechou os olhos, como se tentasse ouvir melhor — Você é Alethia Dives, a princesa dos Imortais, o de cabelos pretos é o General de Thanatos e a mulher loira é a Comandante Lothos...Eles dizem que vocês vão me proteger, que eu estou seguro agora.

Os três imortais piscaram confusos.

— Meu nome é Uno, eu nasci do sangue daquele povo.

Lothos arregala os olhos e leva a mão a boca, as lágrimas caem antes que ela possa controlar, por que não é possível que aquele garoto seja Uno, o feto deveria estar morto na barriga de Irina quando tudo aconteceu.

— Uno, significa único, muito bonito não acha?

— É muito simples! — Eres reclamou rindo, as três sentadas no bosque local em um pique nique quando o mundo ainda fazia sentido — Algo mais poderoso e impactante Irina, não seja simples com o nome do garoto!

— É um bebê Eres! — Lothos ralhou com a ruiva que fez bico — É um belo nome Irina, de fato uma criança única.

Irina riu e o mundo brilhou.

Sieghart cai sentado no chão sem saber o que pensar, o garoto é como a encarnação viva de uma mulher que ele sempre admirou e de um homem que ele sempre respeitou, claramente perdido no meio daquele lugar em ruinas e seus mortos.

Ele é um dos nossos Sieghart pensa com histeria sentindo um riso escapar dos lábios Um dos nossos.

Alethia se move primeiro para o garoto, o rosto banhado por lágrimas salgadas e a mente uma bagunça, mas ela avança para Uno de braços aberto e puxa o garoto para um abraço apertado.

Uno desaba, ele se agarra a princesa com força e chora tanto que deveria ser impossível para um ser expelir tantas lágrimas, ele suja Alethia de sangue, mas não importa, ela o segura e acaricia os cabelos escuros com gentileza.

— Está tudo bem agora,

O garoto chora ainda mais alto.

....

O quartel está realmente reformado a antiga gloria, o que não faz nenhum sentido, mas aquela altura nenhum deles tem energia para estranhar isso, eles teriam passado direto para os alojamentos das divisões se os membros da Grand Chase não tivessem insistido em prestar respeito ao memorial.

Felizmente eles o fizeram, fixado no obelisco memorial havia um bilhete.

É hora de recomeçar...

- Caxias”

Lothos tomou a nota em mãos com um breve sorriso, ela olhou o monumento onde dentro as orbes imortais de seus irmãos estavam, ela recupera o saco do próprio inventário e uma a uma ela devolve os Generais, a Sistina Chefe e o Comandante para seu descanso eterno.

Olhando brevemente para o garoto desacordado no colo de Sieghart ela sabe que Caxias está certo, finalmente era hora de recomeçar o legado de seus irmãos.

...

Uno acorda desorientado em um colchão macio e com um teto branco com estrelas douradas pintadas, ele se senta na confusão de cobertas segurando a cabeça pesada, toda cabeça doía e seus olhos estavam pesados, mas estranhamente ele se sentia bem.

O barulho do cômodo ao lado chamou a sua atenção, entrando na sala a mulher de antes estava prendendo o cabelo prateado em um rabo de cavalo no alto, usando uma saia longa e blusa de manga cumprida a garota sorri para ele.

— Ei, você parece horrível. — ela constatou o óbvio — Limpamos você como pudemos depois que você desmaiou, tem água quente no banheiro e roupas novas.

— Minha cabeça doí.

— Nossos médicos estão trabalhando nisso, vá se banhar, vamos jantar em quinze minutos. — ela indicou a porta com a cabeça — Então, você vai explicar aquela pilha de corpos.

Uno gemeu nem um pouco ansioso, mas se levantou e foi.

Ele não estava feliz em falar sobre aquilo, mas as vozes diziam que ele estava seguro com aquelas três pessoas e as vozes nunca estiveram erradas antes, então ele estava pelo menos um pouco tranquilo.

As roupas que a senhora Alethia o deu eram boa os suficiente, uma camisa escura com cheiro de sabão de roupas e uma calça cumprida cheirando a roupa nova, chinelos macios e havia até um casaco para caso ele sentisse frio.

Uno deixou o casaco e voltou para o quarto encontrando a senhora com uma escova de cabelos nas mãos, ela indicou a penteadeira e Uno sentou-se de frente para o espelho observando a escova deslizar facilmente pelos cabelos molhados dele, a senhora Alethia assobia uma melodia suave enquanto prende a parte de cima e da um aperto reconfortante em seus ombros.

Ele decide que confia nela, as vozes dizem que ele deveria, mas ele decide dar um voto de confiança a mulher.

Alethia o arrasta para fora do que ele percebeu ser uma torre, ela o segura pelas mãos como se ele fosse uma criança pequena e aponta os lugares dando nomes, Uno não liga e aprecia os nomes e as lanternas brilhantes na escuridão da noite, é a primeira vez que as pessoas o tratam como uma criança o que é tecnicamente verdade.

Ele mal tem um ano e algumas luas, ele não sabe ao certo, a aldeia raramente falava de tempo fora os dias da semana.

Alethia o guia até o que ela chamou de pavilhão a céu aberto onde o resto do grupo estava, Uno vê a luminosidade da fogueira e meio as arvores e finalmente chega no local.

Ele nem tem tempo para avaliar a situação, Lethia já o guiou para um lugar, entre ela e o homem de cabelos pretos chamado Sieghart, o moreno passou um espetinho de carne para Uno assim que ele se acomodou, uma coberta foi colocada nos ombros dele pela princesa e finalmente havia chegado a hora.

Uma mulher de cabelos azuis não o deixou falar, ela clareou a garganta e abriu a conversa.

— Ele não é um imortal. — ela começou fazendo Uno engasgar com a carne que comia, todo mundo na roda franziu a testa confuso — A amostra de sangue dele é diferente da de vocês, ele é um humano normal em tudo que consta.

— Então segue a regra antiga. — Lothos constatou, a Grand Chase ainda parecia confusa — Um imortal engravida e da a luz a uma criança mortal, se ele quer ser imortal deve se alistar como todo mundo.

— E como ele nasceu do sangue dos Highlanders? — Elesis finalmente fez a pergunta que estava incomodando todo mundo — Não é normal.

— Quando você vive as coisas que vivemos e pelo tempo que vivemos o normal se torna muito abstrato. — Lothos respondeu a menina suspirando, ela tirou a carne da fogueira e levou para a mesa improvisada ali perto para cortar — Mari?

— Ladmir e eu montamos uma teoria, Arme disse que seria possível, mas nenhum de nós é entendido desse assunto o suficiente, ainda sim foi o melhor que conseguimos pensar para explicar Uno. — Mari mordeu a própria carne claramente insatisfeita em ter apenas uma teoria e não uma confirmação — Achamos que Irina possa ter congelado o feto antes de morrer, depois que o corpo dela foi enterrado o feto continuou a ser nutrido pelo sangue dos imortais até nascer.

Uno piscou tentando raciocinar se havia ouvido certo, ao invés de um útero e um corpo ele foi nutrido por sangue de toda guilda imortal?

— Ele é mortal como deveria ser, mas acho que ele recebeu alguns talentos inatos dos Highlanders como velocidade e cura acelerada.

— Seria possível para Irina congelar o feto, já vi aquela mulher congelar um dragão de quase cinco metros, um feto seria brincadeira de criança. — Lothos concedeu mais provas para a teoria se provar verdadeira — Você ouve os mortos crianças?

— Não o tempo todo, eles estavam quietos desde o massacre da vila, mas voltaram quando vocês chegaram. — Uno explicou inquieto por toda atenção — Não escuto nada desde hoje a tarde.

— E o que houve com a vila? Vocês foram atacados?

— Não, eu os matei.

— Perdão? — Elesis pisca engasgando com a carne, ela olha para Uno abobada — Você o que?

— Eu estava hospedado com o chefe da vila desde que nasci, as vozes diziam para eu sair daqui pois era perigoso, mas não tinha para onde ir então permaneci com eles, comecei a ter uma sensação estranha com o chefe, as vozes me fizeram segui-lo de volta as ruinas, então ficaram furiosas, a vila estava roubando coisas daqui para vender.

— Ah, isso explica muita coisa. — Ercnard o interrompeu dando um suspiro pesado — Vamos ter que refazer o inventário, ver o que falta e ir atrás...Cara eu odeio meu trabalho.

— Posso ajudar vocês pela quantia certa de dinheiro...

— Não complete essa frase ou eu juro pela capa branca de Sansara que eu vou te socar. — Sieghart avisou a Regis com um olhar feio — Seiscentos anos e ainda acha que tem escolha em nos ajudar ou não, idiota, vocês estão presos conosco para sempre.

— Desculpem, eu sou um homem casado agora e tenho uma ilha para cuidar.

— Se você não vier te sequestramos. — Sieghart deu de ombros como se fosse nada — Nos irrite e trazemos sua esposa junto.

Ladmir abriu a boca para rebater a palhaçada, mas Lothos os mandou calar a boca e Uno retornou a fala.

— As vozes sempre disseram que a vila eram invasores, diziam para eu fugir, então em segui Gil uma noite e vi um ritual, ele sacrificou a própria filha para alguma coisa estranha, não sei o que houve depois, lembro de pegar a adaga que roubei daqui e partir para cima de todos. — Uno desviou o olhar olhando para o céu noturno — Não sei o que aconteceu, as vozes gritavam para eu matar todos os invasores pelo sacrilégio, quando eu voltei a mim já havia matado a todos na cidade.

— Alguém estava adorando outra divindade aqui? — Lothos parece pronta para um assassinato — Deuses, como isso fugiu da gente?

— Essa vila deve ter surgido em algum período dos últimos cem anos, algum humano deve ter atracado aqui e estabelecido povoado achando ser uma ilha comum, essa pessoal provavelmente sacrificava humanos por bênçãos dessa divindade... — Lethia deduziu rapidamente, ela abraçou Uno pela cintura e deu um sorriso tranquilizador para ele — Você fez bem criança, não se culpe tanto por algo que precisava ser feito.

— Eu não deveria ter matado a todos, todos me receberam também, nem sei se todos sabiam dos sacrifícios...

— Uno, eles morreriam de um jeito ou de outro, quando chegássemos aqui para prestar homenagem aos mortos seriamos obrigados a exterminar todos, eu garanto que você foi muito mais gentil do seriamos. — Sieghart cortou toda aquela baboseira — Eles ocupam nossa casa, roubam dos nossos mortos e ainda ousam adorar outra divindade no solo consagrado a Xênia e ao Submundo, a morte é a sentença.

— Foi uma vila inteira. — Arme apontou sombria — Crianças...

— Não absorvam isso. — Lethia avisou, não só para Uno, mas para todos os outros — Se te serve de consolo, você foi usado para realizar a vontade divina, como alguém que faz isso há seis séculos eu te digo: foram suas mãos, mas não seu desejo.

— Trabalhar com os Deuses é uma merda, muitas vezes temos que fazer coisas que vão contra nossa moral por eles, coisas que vão te assombrar para sempre. — é Lupus quem fala, ele olha para as próprias mãos e consegue rir um pouco — Eles ditam a sentença, mas nos brandimos a espada e carregamos as consequências eternamente.

— Vocês não vão passar por isso, então fiquem tranquilos, enquanto os imortais estiverem de pé vocês  estão a salvo do lado ruim de serem escolhidos divinos. — Sieghart foi amargo em seu consolo — Vocês são heróis, nós somos soldados, existe uma diferença.

— Voltando, Uno existe algo mais?

O garoto se remexe como se não soubesse se deveria ou não contar, por fim ele parece decidir que era melhor abrir toda história.

— Depois que tudo aconteceu eu estava com sede.

— Do que isso importa? — Jin perguntou confuso — Depois de tanto esforço é normal...

— De sangue.

Uma batida de silencio.

— No sentido figurado ou literal? — Holy foi a primeira a se recuperar — Estou muito confusa e assustada.

— Meu corpo não tem cura acelerada, ele se cura sozinho apenas se eu beber sangue. — Uno segurou a própria garganta com vergonha — Quanto mais eu me machuco, mas sede eu tenho, eu preciso beber sangue ou não me curo, acho que poderia morrer de sede.

— Essa não é a coisa mais bizarra que já vimos, mas puta merda garoto, isso é estranho.

— O que Sieghart quis dizer foi que isso não será problema. — Lethia deu uma risada nasal — Vou tirar um pouco de sangue e fazer um estoque para você.

— Vocês deveriam me matar.

— Se você pisar fora da linha eu mesmo te mato. — Dio fala pela primeira vez, ele olha para Uno com uma desconfiança evidente e o tom sério não deixa nenhum espaço para qualquer argumento — Um pseudo-Highlander que bebe sangue deve ser observado de perto.

— Não seja assim, o garoto é inofensivo.

— Não importa, o nascimento dele é algo inimaginável, estou dando uma chance por que ele não teve culpa dessa vez, mas se ele virar uma ameaça eu vou mata-lo.

— Dando uma chance? — Sieghart repetiu com deboche, ele deu um sorriso de merda para Dio — Quem é você para dar uma chance a ele? Isso não é assunto seu.

— Se envolve a segurança de Ernas é meu assunto. Me comprometi a proteger esse lugar.

— Isso é assunto dos Highlanders. — Alethia corta os dois seca como o deserto, Dio olha para ela surpreso — Você é nossa família Dio, mas isso não te da direito a opinar nos assuntos da nossa irmandade, decidir a vida ou a morte de Uno não compete a você.

— Se ele perder o controle vai morrer. — é Régis que se mete dessa vez, sério e sem um pingo de hesitação — Então mantenham esse garoto na linha, ou haverá uma situação muito desagradável.

— Somos imortais, o que vocês vão fazer? Nos matar?! — Alethia riu alto na cara do Haros, ela logo sacudiu a cabeça — Chega dessa discussão, ninguém vai matar Uno e ele não vai sair do controle.

— Em todo caso, o que era essa divindade? — Sieghart perguntou ao garoto — Lembra de algo?

— Não realmente, não chegou a ter forma física e dispersou do porão logo depois que eu matei os sacerdotes...

— Por dispersar você quer dizer que o ritual foi parado?

— Não? Quer dizer, não sei? A coisa só sumiu pelo porão depois das mortes, achei que tivesse evaporado...

— Desde quando divindade evapora? — Sieghart se levantou jogando as mãos para o alto — Puta que pariu, eu não acredito que tem uma energia desconhecida a solta nessa porra de ilha cheia de artefatos que podem literalmente explodir com o um mínimo toque!

— Eu não acredito que vou passar a noite fazendo um exorcismo. — Alethia gemeu se levantando, ela espreguiça longamente — Certo, vamos voltar ao local da invocação, ver se conseguimos um manual de como invocar essa coisa e despachar para bem longe daqui.

— Por que vocês não levam as crianças pra fazer isso? — Régis indicou a Grand Chase com a cabeça — Estou velho demais pra sair a noite.

A Grand Chase parecia muito menos animada, mas como iriam recusar uma aventura?

...

— Convocamos a ti está noite, o poderoso, para agradar e pedir!

Ryan é quem entoa teatralmente com um livro erguido, todos os meninos estão dentro do referido circulo mágico, demorou um pouco para eles conseguirem recriar todo ritual, mas a memoria de Uno e os livros achados na biblioteca de Gill ajudaram a dar uma ideia.

Os garotos usavam capas pretas com o capuz cobrindo o rosto, estavam todos a caráter cantando um cântico em uma língua estranha tentando se manter sérios, por que sinceramente Ryan imitando um sacerdote era hilário.

Deitada no altar no meio do circulo magico Holly tenta não rir.

— Por que essa música me parece familiar?

— Algum espirito que encontramos antes? — Sieghart se concentra na música tentando puxar na memoria — Não me lembra nada.

— Eu já senti a energia desse ritual antes...

— Já vimos muitos rituais, deve ser algo parecido.

Escondidos nas sombras do porão eles observam o exato momento em que o clima fica mais frio e a fumaça preta começa a surgir dentro do circulo e rodear Holly com interesse, Ryan e os outros continuam a cantar mantendo o personagem.

O problema é que a fumaça tomou forma.

Dentro circulo, Azin engasga de surpresa, do lado de fora Alethia e Sieghart congelam.

— Yiling...?

Yiling, translucida e feita de fumaça, olha ao redor com seus olhos castanhos inconfundíveis, como se buscasse alguém.

— Onde está? Eu posso sentir você pequena Sistina...

Não é Yiling, é a coisa que a possuiu, a coisa que obrigou Alethia a matar sua amiga, a coisa que quebrou Alethia todos aqueles anos antes. A coisa que impediu Yiling de avançar para um futuro brilhante.

Lethia e ele se movem automaticamente para frente, a falsa Yiling sorri para eles e Deuses é tão estranho ver aquele rosto depois de anos, Sieghart admitia que os traços da amiga já estavam borrados em sua mente, então ver o rosto de novo era um choque bem vindo, Alethia por outro lado nunca esqueceria o rosto da primeira morte que a fez sentir-se a pior pessoa do mundo.

— Nos encontramos de novo. — a falsa Yiling parece encantada — Você me impediu de ter um corpo físico há séculos atrás, então depois de mais alguns fracassos tive que mudar a abordagem entende? — o espirito riu de forma soberba, que não combinava em nada com o rosto que usava — Esses tolos, me davam sacrifícios em troca de uma coisa tão básica quanto colheitas e proteção...

— Você estava atuando em uma terra consagrada a outros panteões.

— Ah, eu descobri depois que saí desse porão chato. — a divindade riu um pouco mais alto — Não tenho motivos para me indispor com os xenianos e nem com o pessoal de baixo, então vou me retirar pacificamente. Eu só queria ver você de novo pequena Sistina.

Alethia não falou nada, apenas encarou a imagem da amiga que ela assassinou.

— Sabe me chocou muito o que você e essa menina fizeram para me impedir de ter uma forma terrena, não achei que duas mortais tivessem tamanha coragem...Uma surpresa desagradável, mas ainda sim divertida. E olhe para você agora, serva da destruição quem diria?! — outra risada encantada do espirito — Bom se serve de consolo a vocês, as jovens sacrificadas vinham de bom grado uma vez que seus pais contavam sobre o motivo da aldeia ser tão  abençoada, era uma honra para elas e suas famílias.

— Toda a aldeia sabia então? — Sieghart perguntou — Sobre você ser quem mantinha eles bem de vida.

— Ah sim, todas as moças descobriam quando atingiam certa idade, os rapazes não, eles não precisavam saber o por que suas irmãs, primas e amantes morriam misteriosamente a cada lua ou mais. — o espirito foi cínico na próxima frase — A verdade era muito chocante e perigosa para suas cabecinhas cheias masculinidade e ideais heroicos.

— Vá embora. — Alethia finalmente falou — E pare de usar o rosto dela.

— Por que eu deveria? Ela foi meu último corpo terreno, tenho direito. — a falsa Yiling sorriu maldosa antes de mudar para a voz da verdadeira Yiling — Até algum dia alteza.

A fumaça some, o calor retorna a sala e Alethia está fora do porão no minuto seguinte.

....

— Então foi assim que ele conseguiu suportar o poder divino? Pelo Geas da sua família?

Reunidos no quarto de Alethia a antiga equipe tem garrafas de bebidas e petiscos disponibilizados por Alfred, eles estão espalhados pelos colchões e almofadas de Lethia ou no chão do quarto, o dia estava nascendo  nenhum deles tinha conseguido sentar para colocar as informações adquiridas na batalha final juntas.

— Sim. — Mari respondeu a Ladmir, ela tomou um longo gole de sua garrafa de cerveja antes de cair no colchão e olhar para o teto — No tempo que vocês estavam ocupados cuidando deles depois da batalha, eu voltei ao castelo de busquei informações.

— Como ele pode ter o Geas? — Dio questionou, ele sabia que aquilo era exclusivo da família de Mari — Bastardo da casa real?

— Não. Ele conseguiu salvar meu pai da explosão, o colocou em hibernação e passou séculos retirando o Geas e aplicando em si mesmo até que o corpo dele se tornou resistente a energia divina. — Mari sentiu um nó na garganta — Os relatórios diziam que papai morreu alguns anos atrás já que Baldinar não precisava mais de seu corpo.

— Isso é totalmente fodido. — Régis deu voz ao pensamento geral — Foi assim que ele conseguiu a imortalidade? Pelo Geas?

— Não. Ele ligou a vida dele a um objeto, como Serre fez, a ancora de Baldinar era a aliança de casamento dele. — Mari de repente pensou em Caxias e Baldinar, o casal sorridente e brincalhão que ela conheceu por toda vida e que agora era apenas uma memoria — Eu achei a aliança, ele tirou e guardou antes do ritual final.

— Canalt está encerrada finalmente, o que nos deixa livre para focar totalmente em Argentum. — Ladmir apontou o elefante na sala — Precisamos matar Karina.

— Não gosto como isso está indo, sinto como se estivéssemos fazendo exatamente o que ela quer. — Régis reclamou para ninguém, todo mundo parecia pensar o mesmo — É desconfortável ser peão de outra pessoa que não seja Lethia.

— Estamos fazendo como ela quer, mas não tem problema. — Lethia garantiu, ela está deitada na cama olhando para o teto com um olhar vago — Não vamos falhar.

— Como você sabe? — Dio rebateu um pouco irritado — Viu algo?

  Alethia sorri e repete para ele a mesma frase que disse para Scarlet no primeiro jantar em grupo deles.

— Somos os melhores, como falharíamos?

....

Na manhã seguinte eles tomam café da manhã no refeitório, Alfred chega de supetão com a noticia de que a reunião com os cabeças da Resistencia estava marcada para os próximos dias.

A Grand Chase atravessaria para Elyos no inicio da tarde.

Zero que gritar de nervoso, ele não se sente pronto para ficar a frente da família Zephyrum, Dio estava aliviado por finalmente poder voltar para a mansão e Rey estava ansiosa para ver o pai engolir aqueles humanos vivos.

Os ernasianos estavam animados para primeira viagem inter-dimensional.

Uno estava mais perdido do que cego em meia a guerra.

E sem conhecimento de ninguém, os dois responsáveis pela Torre das Ilusões estavam preparados para realizar a última ilusão de Caxias Gradiel.

 


Notas Finais


Galerinha, comecem a sugerir o bÔnus.

admito que fiquei surpresa coma falta de barulho pelo parentesco do Uno e do Alpha no último capitúlo.

AH ANTES QUE EU ESQUEÇA DE NOVO: a fanfic está no arco final praticamente, então eu gostaria de saber, pra que fandom vcs gostariam de me ver escrever quando essa belezura acabar?

MY HERO ACADEMIA - Uma fanfic narrando sobre os Todoroki, uma versão alternativa da história onde a Liga ou a Shie Haissakai nunca existiu, e Dabi, Tenko e Overhaul são um trio de hérois / vigilantes que vivem em fuga até o ALL FOR ONE ser morto e eles voltarem a vida normal, com o bonús do Shouto indo morar com eles. Casais: tododeku/dabihawks e etc...

NARUTO - Basicamente o que eu fiz com o universo da Grand Chase, uma/um personagem original para colar tudo e tentar cobrir os buracos da trama, a diferença é que eu ignoraria completamente o canon. Em fim, o plot, Nagato consegue acessar Uzushio e isso muda tudo, ele muda o objetivo da Akatsuki, agora eles vão reconstruir o País do Redemoinho e uma nação forte o sucifiente para colocar medo em todas as outras e evitar a guerra. Casais: KakaObito, Itachi/Shisui (passado), provalvelmente NaruSasu e todas as mulheres da trama/ desenvolvimento bom e matando homem a soco. Piadas a parte, doida pra escrever a Hinata dessa fic.

ONE PIECE - Começa narrando as aventuras do Roger, completamente AU (pelo menos a parte do passado antes do Lu sair para ser pirata) e termina na execução do fulano que não vou dizer nome para não dar spoiler, podendo ou não mudar o canon dos tempos do Luffy graças aos personagens não-canon.

Tenho ideias pra Haikyuu também, pro meu xodó eterno, KHR também.

Então me digam, quais fics dessas listadas vcs leriam?


vejo vocês no próximo.


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