História Grand Chase - A Jornada - Ponte Infernal - Dio Von Canyon, Jin Kaien e Lass

Dio

“A noite toda, garota,

eu penso em você noite toda, garota

Eu vou te ver quando o amanhã chegar

E eu não sei o que dizer”

-Bangtan Boys, 24/7 = Heaven

“Como assim Rey está em Ernas?” ele quase berrou com a orbe amarelada a sua frente.

Dio não precisava daquela dor de cabeça, não merecia aquilo, estava começando a char que em sua outra vida havia puxado o cabelo de Gaia ou tivesse feito piada com a altura de Sansara por que não era possível tanto azar para uma pessoa só.

“Eu há vi em Vermencia há alguns meses atrás.” Lothos explicou calma.

“E POR QUE RAIOS SÓ ME AVISOU DISTO AGORA MULHER?” desta vez ele gritou mesmo e que se fodesse os hospedes do quarto vizinho.

“Eu me esqueci.” Lothos respondeu claramente sem ligar muito para o assunto.

“Você é uma pessoa terrível.” Dio deixou a verdade sair crua demais até para ele.

Mas verdade fosse dita ele nunca havia perdoado ou pensava em perdoar Lothos pelo que a mulher havia feito com Sieghart e Alethia. Por que ao contrario de Lothos, Dio estava lá e havia vivido a imortalidade de ambos, havia visto cada surto de Sieghart e cada vez que Alethia o salvará. Havia sido salvo muitas vezes também.

“Não me lembre do obvio Von Canyon, agora vamos ao motivo desta ligação sim.” Lothos bufou entediada.

“Sou todo ouvidos.” ele sentou em sua cama naquela hospedaria vagabunda na terra dos anões em que estava ficando aquela semana.

“Alethia...”

“Está em Xênia, está lá há algumas dezenas de anos, por isso estou separado dela. Pelo que sei Ercnard deve está com ela agora, não precisa se preocupar, ela está bem.” ele deu de ombros sem ligar muito para o assunto.

Houve uma pausa longa demais seguida por um suspiro pesado de Lothos.

“Entendo...”

“Ela não está com Ercnard não é?” Dio sentiu a cabeça girar.

“Ainda não, mas estão quase se encontrando pelos meus cálculos.” Dio achou ter ouvido uma leve tremulada na voz da mulher, mas descartou a ideia, Lothos tinha muito juízo para não mentir para si.

“Vou falar com Ercnard, quero ouvir dele sobre isso.” Dio deu de ombros.

“Não, ele não pode ter sua atenção desviada atualmente, sinto muito. Espere mais alguns meses antes de contata-lo” Lothos informou azeda.

Dio subiu uma sobrancelha em deboche.

“De todas as pessoas, a senhora e a ultima que tem moral para dizer o que eles podem ou não fazer. Lothos você manda neles, mas não tem poder algum sobre mim, e nem nenhuma moral com eles para tal. Você os perdeu no momento em que os deixou a própria sorte para se enfiar no submundo por ser covarde demais para assumir sua responsabilidade.” Dio tinha que destilar seu veneno, não perderia a chance de se vingar da mulher.

“Estava tão machucada quanto eles, Ercnard e Alethia tinham um ao outro e tinham você, e eu o que tinha?” Lothos devolveu.

“Tinha eles, tinha que cuidar deles, mas você falhou. Por hora irei respeitar sua decisão, pois estou ocupado com meus próprios problemas, por hora, tenha uma boa noite.”

Jin

“Ei, queime

Bote fogo como se fôssemos queimar tudo

Ei, se anime

Até o amanhecer passar completamente

Nós podemos apenas viver pois nós somos jovens”

-Bangtan Boys, Fire

Ele não esperava aquilo.

Mas era tão bom que Jin não resistiu em apertar a cintura de Gwen com mais força enquanto a beijava de forma rápida.

Era a terceira noite da garota com a Grand Chase, após despachar o Basilisco desmaiado de volta para o submundo com suas correntes Hades havia mandando Gwen seguir com eles até o próximo desafio, era a terceira noite e Jin finalmente havia cedido as provocações de Gwen e estava ali atrás daquela maldita arvore a poucos passos de onde a Grand Chase dormia se beijando loucamente.

Jin sentia atração por Gwen, nada além disto, amava Amy ainda. Mas visto que Amy não estava presente ou lhe dava alguma chance Jin nunca havia visto problema em se envolver com outras pessoas quando se sentisse atraído.

Gwen havia deixado claro antes do primeiro beijo.

“Sem sentimentos ruivo.”

E para Jin aquilo estava bom demais. No momento ele só queria se perder na cintura fina e na boca com gosto de café de Gwen. Mas tarde ele poderia lhe dar com sua consciência dizendo que estava traindo seu amor por Amy ou perdendo o foco d eseu objetivo de salvar Ernas.

Sentiu Gwen dar um impulso para frente trocando as posições, agora Jin estava sendo prensado na arvore pela menina que o segurava pela gola da camisa com força enquanto o beijava com tudo. Gwen forçou o corpo do mesmo para baixo, o ruivo entendeu o pedido velado e começou a se escorregar pela arvores até está sentado no chão com Gwen em seu colo.

A de cabelos verdes se afastou tirando alguns fios ruivos do rosto vermelho do lutador respirando pesadamente.

“Sabe que não vamos passar disto não é?” ela murmurou se ajeitando nas pernas do ruivo, sentando nas coxas do mesmo evitando a região pélvica.

“Claro que sei, você só quer aliviar a tensão e eu também.” Jin deu de ombros antes de apertar uma ultima vez a cintura da mesma e descer sua mão relaxando sobre as coxas de Gwen.

“Como sabe disso?” Gwen perguntou com um sorriso intrigada enquanto se virava nas pernas torneadas do lutador ficando de costas para o mesmo e encostando a cabeça em seu pescoço e colando os troncos.

“Você está cansada, todos aqui estamos não é difícil reparar, além do que, seus beijos pertencem a outra pessoa.” O ruivo deu de ombros dando alguns selares no ombro de Gwen que estava descoberto pela roupa de dormir da mesma ser de alças.

“O que me entregou?” ela murmurou sonolenta.

“Um apaixonado conhece o outro. Pode ir dormir, eu te levo para sua cabana.” Jin murmurou começando a se movimentar para se erguer.

Gwen sussurrou algo que ele não entendeu e se agarrou ao pescoço do mesmo com os braços moles. Jin a ergueu sem muito problema, caminhando até o acampamento e colocando Gwen dentro de sua cabana verde simples, ele fechou a tenda após acomodar a menina coberta e andou até a bagunça de panos que era a tenda masculina.

Jin quase enfartou quando assim que fechou a entrada e se virou para deitar uma lamparina foi acessa e Ronan e Ryan ganharam luz com caras irritadas sentados na pose de lótus.

Jin se sentiu uma criança pega em fragrante pelos pais.

“Onde você estava?” Ryan questionou indicando para Jin se sentar na frente de ambos.

Aquilo era ridículo até para o parâmetro dos três.

“Fui esvaziar a bexiga.” ele mentiu descaradamente.

“Você saiu há quase duas horas, uma cobra picou seus documentos por algum acaso?” Ronan retrucou irritado.

“Olha se isso aconteceu nos não vamos chupar o veneno...Eu pelo menos não farei esse sacrifício em prol de seus futuros possíveis filhos.” Ryan garantiu, Ronan bateu com a mão na cabeça do mesmo.

“Eu estava ocupado com...treinamento, estava treinando alguns chutes.” Jin sorriu tentando amenizar as coisas.

“Deve ter doído muito, pelos gemidos que ouvimos daqui.” Ryan debochou.

Jin sentiu todo vermelho de seu cabelo escorrer para seu rosto em segundos, estava prestes a desmentir Ryan quando Ronan ergueu a mão em um pedido mudo de silencio.

“Está vendo Ryan? Nós, nos matamos para conseguir fazer ele se adaptar a nosso grupo, emprestamos roupas, criamos esse menino e como ele nos retribuiu? “Ronan sacudiu a cabeça em negação.

“Mentindo.”  Ryan entrou na onda desgostoso.

Jin piscou e acabou por rir do teatro mais forçado da história do mundo, os dois acabaram por rir junto com o ruivo. Jin se enfiou no meio dos dois amigos e os três juntos se embolaram uns nos outros antes de se cobrirem com uma penca de cobertas e ficarem encarando o teto da barraca.

As pernas de Ronan estavam jogadas sobre as de Jin e o mesmo mexia o pé calmamente fazendo carinho nos joelhos de Ryan que estavam do outro lado. Jin tinha a mão fazendo um cafune fraco nos cabelos laranjas do Elfo que estava deitado ao seu lado e tinha o braço servindo de travesseiro para o ruivo. Ryan tinha as mãos em um carinho leve na cabeça de Ronan do outro lado.

“Quer dizer que nosso caçulinha afogou o ganso?” Ronan brincou.

“Em primeiro lugar, o caçula é o Ryan, eu só entrei por ultimo, segundo lugar quem fala afogar o ganso? E terceiro lugar não afoguei nada.” Jin riu fazendo os dois o acompanharem.

“O então todos os meus meninos continuam puro.” Ronan debochou brincalhão.

“Nos seus sonhos.” ambos responderam de volta.

Olha que Jin sabia que seria Gadosen no aguardo deles na Ponte Infernal, ele tinha plena consciência disso.

Mas ver um dos comandantes de Hades frente a frente e ter que enfrenta-lo eram coisas completamente diferentes.

Gwen parecia inesperadamente tranquila.

“Você não está muito calma não? Pelo que você disse esse cara te deu muito trabalho da ultima vez.” Elesis gritou enquanto observava Gwen desviar calmamente de um ataque de vento da criatura.

“Na ultima vez ele estava totalmente ancorado, ele ainda não está totalmente aqui, vai ser relativamente mais fácil. Só precisamos empurra-lo para baixo que meu senhor dará um jeito nele.” Gwen explicou voltando ao chão.

“E como empurramos?” Lire questionou.

“Eu vou abrir um portal e passar, mandarei minhas correntes para cá e puxarei ele, mas preciso que empurrem ele.” Gwen formulou o plano.

“Certo.” o coro de vocês se fez presente.

A caçadora de Hades deu um sorriso breve antes de passar por Jin lhe roubando um breve selo de despedida que chocou as meninas, Gwen chicoteou sua corrente no ar abrindo uma fenda e pulou para dentro.

Logo suas correntes surgiram, a Grand Chase saltou para fora do caminho, e viu as duas serpentearem até envolver Gadosen completamente e a criatura começar a ser arrastada. Mas o monstro era forte e se debatia demais, por um segundo Jin ouviu Gwen berrar de dor do outro lado.

“VAMOS.” ele berrou puxando Ryan pelo pulso.

Era arriscado, entretanto Ryan pareceu entender a ideia de Jin, nunca tinham testado aquela técnica antes mais teria que ser agora ou nunca. Pararam na frente de Gadosen que esticou seus braços tentando alcança-los.

Jin se concentrou.

Logo projetou sua energia em forma crua para frente, sentiu uma ventania quente e logo haviam três bolas médias de ki laranja a sua frente, só teve tempo de fazer um rolamento para trás pois Ryan já havia pulado com sua arma em punho e acertado as três bolas de uma vez acrescentando sua energia verde nelas.

Gadosen aceitou os ataques sendo jogado para trás a cada impacto, e quando a Flecha Meteoro de Lire acertou direito em seu peito o general caiu para dentro do portal com um grito.

Estava acabado, Jin só poderia rezar por Gwen.

E se explicar para os olhares femininos questionadores.

Lass

“Tudo é inverno aqui

Mesmo em agosto, é inverno aqui

Meu coração me faz correr

Como um Expresso Polar solitário

Eu quero segurar sua mão

E ir para o outro lado da Terra

Para encerrar este inverno”

-Bangtan Boys, Spring Days

Ela era sua alucinação mais insistente.

Lass estava começando a achar que talvez a garota com voz bonita fosse real, mas era provável que não.

Ela estava sentada na pose de lótus e Lass estava encolhido em suas pernas como um bebe, sua cabeça apoiada nos ombros da mesma enquanto chorava copiosamente sem motivo algum.

Lass não gostava de estar tão vulnerável, mas não tinha forças para afastar a menina, e qualquer carinho para ele agora estava caindo bem.

“Va embora.” ele suplicou entre os soluços não aguentando mais aquela ilusão maldita.

“Já disse que só saio daqui depois de você.” ela cantarolou docemente afagando seus cabelos brancos.

Lass não conseguia discernir bem o rosto da menina, a luz que a cercava era muito forte, mas ele tinha certeza que ela era bonita e tinha olhos de tons peculiares. Mas Lass não queria ver ela, era uma alucinação, quando ela sumisse ele estaria sozinho novamente.

“Va embora, ela não vai gostar de me ouvir falando.” ele suplicou novamente.

“Então grite, não se preocupe com Karina meu menino, minha missão é você. Vou te tirar daqui, até lá apenas foque na minha luz. Posso te mostrar coisas bonitas.” ela garantiu.

Lass estava preste a dizer que ele não merecia ver coisas bonitas, mas ela fez um gesto amplo com as mãos e a tela de Cazeaje foi substituída por algo em forma quadrada com uma luz forte.

“Esse é o Mar de Patusei.” ela narrou indicando o vasto oceano azul.

Lass sentiu a cabeça doer, já havia estado ali antes, lembrava-se do nome vagamente. Mas por que estava ali? Por qual motivo havia navegado? Sua memoria era uma bagunça de flash e sensações, a menina continuou mudando a paisagem e falando e quando ela parou em Arquimídia, Lass berrou de dor e agonia pois aquele continente tinha lembranças fortes demais mesmo ele não sabendo quais.

Ele se agarrou ao corpo feminino com força se debatendo como nunca e gritando para que a mesma parasse de mexer com sua cabeça.

Mas ela permanecia calma e lhe fazendo carinho com leveza absurda.

“Vamos Lass, você pode descobrir o mundo, ver com seus próprios olhos, se lembrar, descobrir a verdade.” ela sussurrava baixinho.

“Que verdade? Eu sou um monstro não vê?” ele indicou a parte marcada de seu rosto banhado em lagrimas.

A garota riu, um som estranhamente melodioso naquele local escuro.

“Vamos meu menino, você sabe que tem que descobrir quem você era antes de entrar para o picadeiro...E não se preocupe, eu já vi pessoas com marcas piores que eram tão boas quanto você, assim como já vi as mais belas pessoas serem as mais podres de espirito. Você é você Lass, único e devemos agradecer, pois ser igual a alguém e algo horrível.” ela sorria debilmente, como se falasse com outra pessoa

“Como sabe sobre o circo? Quem é você?”

“Oras meu menino, eu apenas vi. Quem sou eu? Você pode me chamar de  amiga por enquanto.”