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História Gravado Em Mim... - ... Em Minha Vida


Escrita por: devikauni

Notas do Autor


Bem, esse capítulo na versão original da fic seria o último, mas como eu fiz algumas mudanças acrescentei mais dois capítulos a história contando um outro lado que não foi visto e que eu senti falta depois de um tempo quando reli a história.

Espero que gostem ^^

Obrigado pelos favoritos e pelos comentários rsr :3

Capítulo 3 - ... Em Minha Vida


 … Em minha Vida

 

05 de Fevereiro de 2012 °

Era só mais uma briga sem importância, ela dizia para si mesma. Era algo que eles podiam resolver juntos se conversassem e ela não iria ficar em casa de braços cruzados.

Saiu e foi para casa dele, não diria nada, não choraria apenas faria o que seu coração mandava e foi o que fez indo procurá-lo em casa.

Seus passos eram rápido e chicoteavam no chão fazendo um barulho que ela considerou engraçado. Não cessou, não diminuiu a velocidade.

Depois de quase uma hora ela chegou a casa dele a porta estava aberta, não viu os irmãos dele, nem o pai que sempre estava por ali, a mãe também não estava e nem os sobrinhos que sempre vinham e lhe abraçavam as pernas. Ela ouviu um gemido baixo e se perguntou quem estava em casa e se devia esperar por ele ali, mas não queria ser indelicada. Ainda sim a curiosidade era muita.

Notou que as postas do quartos estavam abertas e olhou pela fresta, no primeiro não tinha ninguém e no segundo ela viu um mulher sentada sobre um corpo masculino e com longos cabelos castanhos que eram puxados por mãos fortes. O rapaz foi beijá-la no pescoço e foi quando Manu viu o rosto do namorado beijando a mulher.

Ela quis dizer algo, falar algo, mais uma parte de si estava excitada e a outra com raiva. Raiva dele, raiva daquela mulher e raiva de si mesma por ainda esta ali. Diego a notou e levantou fazendo a mulher em seu colo quase cair. Abriu a porta e a fitou.

— O que você faz aqui? - ele perguntou surpreso.

— Conversar, porém você esta ocupado. - ela disse de maneira sarcástica.

A mulher saiu e a fitou de cima a baixo, havia uma grande diferença entre elas. Manu era magra, mais alta que a anã de um metro de cinquenta, usava uma calça jeans skinny e uma blusa de renda caída nos ombros. A Garota vestia uma bermuda jeans surrada e uma blusa estilo top preta, tinha um corpo cheio, era baixa e metida, Manu observou vendo-a lhe analisar.

— Quem é essa? - disse com desprezo.

— Minha namorada. - ele respondeu e ela a ficou com o queixo no chão. — Você já pode ir, preciso resolver uma coisa aqui. - ele disse e a levou até a porta, ela tentou retrucar, porém ele não permitiu.

— Já disse para você ir. - ele falou um pouco exaltado, uma coisa rara de se ver. Diego não era do tipo conhecido por perder a paciência. Pelo contrario, ele era a pessoa mais calma que Manu conhecia, e que conheceu em toda sua vida.

— O.K. - ela concordou e tentou beijá-lo, só que ele não permitiu e a dispensou.

— Não. - ele disse áspero.

Ela bateu o pé, o xingou e disse algo como: “Eu nunca mais quero olhar na sua cara!”. Diego fez pouco caso e deu de ombros, voltou e fitou Manu de forma interrogativa. Ela era louca, impulsiva ele sabia, mas não esperava que ela viesse vê-lo depois de tudo que disseram um para o outro a dois dias. Principalmente por que ambos sabia que tinha dito coisas para serem cruéis e magoar.

— E então? - ele falou.

— Eu vim me desculpar, fazer as pazes.. mas acho que não precisa. - ela falou seca.

— Sem drama, é você que me larga pelos outros, que me abandona por outras coisas mais importantes. - ele acusou.

— A gente briga e você não deixa nem passar meia hora e já tá com alguma vagabunda. - ela soou magoada e ríspida.

— Você me traiu com aquele idiota do Gabriel, e eu não posso dar o troco? - ele disse irônico, ferido.

— Até onde me lembro, você confessou que me traiu primeiro. - ela o relembrou.

— Você brigou comigo, você desmereceu meus sentimentos.. você tá me afastando. - ele disse quase gritando e com os olhos cheio d'água. — Droga Manu, eu e você sabemos que sua família não gosta de mim, e que para eles aquele palhaço de circo seria melhor para você do que eu. - afirmou. — Vai lá, começa de novo. Fica com ele.

— Droga! É VOCÊ QUE EU AMO Diego, eu preciso de você. - ela falou quase se encolhendo no chão. — Só queria que você me ouvisse, entendesse. - ela pediu com a voz fraca.

— Entender o quê? Que eu não sou prioridade na sua vida? Que não importa que eu largue tudo para ficar com você, você nunca vai fazer o mesmo? - ele falou cheio de amargura.

Ela tentou se aproximar, mais ele não viu e virou com tudo acertando-a e o impacto a fez ir ao chão. A cabeça atingiu a parede criando um leve corte, o rosto estava vermelho onde a mão dele lhe atingiu, e Diego tinha os olhos ambares em choque.

— Manu.. e-eu.. - ele queria se desculpar, dizer algo mais não conseguiu.

— Está tudo bem. - ela disse e se levantou colocou a mão na cabeça e seus dedos voltaram com sangue. — Droga! - praguejou.

— É melhor você ir, e é melhor a gente terminar aqui. - ele pronunciou vendo o estado dela. Se culpava, se arrependida, mas não podia fazer mais nada. Aquela relação parecia consumi-los, destruí-los aos poucos.

— O que? - ela disse surpresa.

— Acabou. Eu não quero machucar você mais do que já esta, eu não quero ver lágrimas em seus olhos, nem soluços escapando por seus lábios. Chega de sofrimento. Você merece algo melhor. - ele disse e estava decidido.

— Não.. eu não quero. Quero ficar com você. - ela bradou. — Você é o melhor pra mim.

— A que preço? - ele perguntou e ela iria responder, mas ele a cortou. — Não dá mais, e eu não vou mudar de ideia dessa vezes. É definitivo. - ele soltou e sua voz era tão firme e autoritária que ela não conseguiu segurar as lágrimas, ele estava falando sério.

Diego puxou seus fio negros, suspirou e entrou em seu quarto trouxe uma tolha para que ela secasse o rosto e a abraçou.

— É por isso que é melhor a gente terminar. - ele sussurrou triste. No fundo ele não queria perdê-la, não queria deixá-la ir de sua vida, mas não suportaria feri-la.

Ela levantou o rosto, não queria acreditar naquilo, não queria aceitar e não ia, lutaria até não ter forças. Diego era quem ela amava. E não deixaria que ele sumisse assim depois de tudo que viveram.

— Me beija. - ela pediu. Ele iria negar mais ela segurou o rosto dele entre suas mãos. — Só dessa vez. - insistiu.

Ele tocou levemente seus lábios e iria se afastar quando ela invadiu sua boca de forma sedenta e urgente, era um beijo de despedida, por que ela não sabia quando receberia outro beijo dele e queria guarda aquilo para ela.

Suas mãos foram para os cabelos pretos dele, puxando os fios entre seus dedos, descendo pela nunca até as costas, abraçando-o contra seu corpo. Diego a acompanhava com dificuldade, tentando seguir o ritmo dela. Suas mãos na cintura fina puxando-a para si como se pudesse fundir o corpo dela ao seu.

Aos poucos a urgência foi dando lugar aos sentimentos fortes que os uniam: amor, compreensão, sinceridade, confiança e carinho.

Seus lábios se tocavam com se fossem plumas, suas línguas não travavam uma batalha, mas dançavam em sincronia dentro da boca um do outro, ela sabia que logo ele ficaria sem ar e se afastaria dela primeiro.

Mordeu levemente o lábio inferior dele e suspirou quando em fim se separaram fitando os olhos dele até que ele desviou constrangido, com o rosto ruborizado.

— Eu te amo. - ela sussurrou.

— E eu também amo você. - ele disse.

 

[…]

 

13 de Maio de 2012 °

— Então foi isso. - ela concluiu ao terminar de contar o que houve.

— Vocês são bem cruéis quando brigam. - ele disse um pouco aturdido com tantas informações. Ele entendia a final, e não havia se enganado tanto assim, sabia que Diego jamais faria algo para magoá-la de proposito, ou pelo menos não para machucar fisicamente.

— Foi tudo muito intenso. Confuso. - ela disse dando de ombros.

— E mesmo assim você quer voltar para ele? - indagou. — Já passou quanto tempo? - Gabriel inquiriu.

— Três meses e meio, eu acho. - ela informou.

— Ainda tem esperanças? - ele precisava saber no que estava se metendo.

— Sim. - ela foi sincera, não iria mentir.

— Sua sinceridade é que mata. - ele comentou e riu de forma leve mais com o coração um pouco pesado.

— Eu sei, mas te enganar não faz parte das minhas intenções. Eu gosto de você, é um amor diferente, só não da mesma forma que eu amo Diego. - ela contou.

— É uma pena que não seja. - ele disse.

Ela havia devorado um pedaço de bola, um de pudim, três pães doces e agora atacava o pote de biscoitos enquanto eles conversavam. Isso o irritou o desconcentrando da conversa.

— Você ainda esta com fome ou é só gula mesmo? - indagou.

— Tá, tá.. não se pode mais nem comer. - ela disse brava.

Se levantou e ele imitou o gesto, foram para a sala e se sentaram ali, ele num sofá e ela no outro, não por constrangimento, mais queriam se encarrar. Foi quando ele viu sua camisa e a recolocou.

— E seus pais, e Fernanda, por onde estão? - ele perguntou ao notar que desde que chegou ninguém apareceu.

— Meus pais estão em um tipo de retiro, e Fernanda e eu devíamos está dormindo nos meus tios para cuidar de Gérson e das meninas, para ajudar Alice. - ela disse.

— E Fernanda não esta lá? - ele ficou curioso.

— Está, sou eu que não quis ir. - ela confessou. — Não gosto muito de ter que sair daqui, meu quarto é meu refujo, e não quero ir para lá. Aquelas garota me deixam furiosa. - disse simplesmente.

Ele entendia o que ela queria dizer, as primas de Gérson por parte de mãe eram terríveis. Uma personalidade como a de Manu jamais se encaixaria ali, entre elas.

— Vai mesmo voltar para ele? - Gabriel retornou ao primeiro assunto.

— Se ele me aceitar. - ela respondeu se encolhendo no sofá abraçando os joelhos.

Ele foi até ela, queria aproveitar aquele dia de chuva da melhor maneira que podia, sabia que sairia dali com o coração na mão e talvez partido, mas ela precisava dele naquele momento, não como homem, como ele havia sido mais cedo e sim como amigo, do jeito que ele nunca quis ser.

— Ele seria louco se não aceitasse você de volta. - ele falou sentando-se com ela no mesmo sofá e a acolhendo em seus braços por puro instinto e ela sorriu. — E caso não aceite, eu ainda estou aqui. - falou.

— Você tem namorada. - ela disse se lembrando de algo muito importante. — E isso foi muito errado da minha parte. - confessou.

— Se você não engravidar ninguém vai saber. - ele disse brincando, mas na verdade tocando em um ponto importante.

— Relaxa, eu tomo anticoncepcional. - informou causalmente.

Ele a abraço, talvez fosse só a necessidade de tê-la perto de si, ou de se iludir achando que ela precisava dele, queria pensar assim, queria que fosse assim.

Ouviu ela suspirar e lhe agarrar a camisa, sorriu e lhe beijou o topo da cabeça. Talvez ela realmente precisa-se de si afinal.

Gabriel tinha o dom de afastar seus problemas, seus fantasmas e preocupações quase tão bem quando Diego, ou até melhor. O ruivo emanava uma segurança que fazia a se sentir protegida, segura. Queria poder correspondê-lo tão intensamente quanto ele a si. Queria poder amá-lo com ele a amava, ou como ela amava Diego, mas Manu sabia que não conseguia e sabia que ter feito amor com ele fora uma sentença, para ambos.

Normalmente dias de chuva são dias em que nada acontece, em que tudo é tranquilo e os sentimentos em seu peito são sempre terno e contidos...” - era o que se esperava daquele dia, mas nada fora dessa forma.

Tarde da noite quando Gabriel finalmente decidiu que já havia usufruído de tempo o bastante de Manu ele foi embora, claro, depois de muitos beijos e afagos, ele não perderia uma chance assim e para Manu era “por que não? Já fomos para cama mesmo, então só hoje!”.

Gabriel foi, deixando-a em casa, mas saiu dizendo que se ela precisasse de algo voltaria correndo era só ela chamar.

Quando se viu sozinha na casa, se perguntou por que estava com raiva dele quando o viu? Por que o quis tratar mal e por que ele fora ali?

Resolveu ligar para ele. O celular chamou e a cada segundo que o som se propagava seu coração se apertava.

***

Gabriel. - ela chamou o nome dele assim que a atendeu.

Aconteceu alguma coisa? - ele falou preocupado, ela sorriu com aquele reação.

Não, só queria saber afinal por que você veio aqui, o que queria conversar? - ela perguntou.

Ah, isso. - ele disse e pareceu ficar sem jeito. — Soube que você tinha terminado com Diego e quis saber como você estava. Estava preocupado. - ele confessou e Manu podia jurar que ele devia estar corado.

Obrigada por se preocupar comigo. - ela disse de forma sincera.

E-eu.. você sabe, eu gosto de você, é inevitável. - respondeu e ela sabia que ele tinha um sorriso nos lábios.

Eu também gosto de você. - ela respondeu. — Bom, boa noite. - ela disse envergonhada.

Boa noite linda. - ele lhe desejou. E desligaram.

***

Ficou fitando o teto de seu quarto, pensando no que havia acontecido ali. Ela se permitiu ser amada por outro homem na cama onde ela e Diego estiveram muitas vezes juntos, se permitiu desejar aquele momento, aquele prazer e os toques que Gabriel lhe oferecia. Fora egoísta de sua parte, mas ela também o tocou, também lhe deu prazer, se esforçou para estar ali com ele por inteiro, e por isso não se arrependia.

Não podia negar que amava Diego, e que ainda queria voltar com ele, em momento nenhum cogitou a ideia de se envolver com outra pessoa, ou começar um novo relacionamento. Não queria um novo relacionamento, o que tinha era o único que realmente desejava.

Talvez por que só agora via Gabriel dessa forma, mas não era o bastante para fazê-la desistir do homem que amava e que mesmo aos trancos e barrancos queria ao seu lado.

Sorriu lembrando de uma frase de filme infantil: “Mesmo que seja estranho e complicado, eu não trocaria essa história por nenhum conto de fadas” - era irônico, pois o filme se trava de um típico Conto de Fadas, lembrou, mais se enquadrava perfeitamente no que sentia e doía muito.

Nunca esqueceria o que houve, o que compartilharam e como foi intenso, e como foi único. Algo que ela poderia chamar de “perfeito”, ou talvez de algo só deles. Sabia que assim como ela, Gabriel também não esqueceria e isso a fazia feliz até certo ponto, ter a certeza de ser tão importante na vida de alguém quanto essa pessoa era para si. Mesmo sabendo ser um sentimento egoísta. Mas quem sabe o que há no futuro?

No fundo, ela o amava de alguma forma, todavia aquele amor só os machucaria, a machucaria, por que ela não era a pessoa certa, não para ele. Talvez não fosse para ninguém, mas com Diego ela sentia que podia ser quem ela quisesse.

Iria procurar Diego, faria o que seu coração mandava, mas naquele momento queria aproveita aquele dia de chuva, seu dia de chuva com Gabriel.

Mesmo que algum dia aquelas lembranças se tornassem um inferno em sua mente. Ele havia entrado em sua vida, de uma forma que talvez não a permitisse tirá-lo.


Notas Finais


Obrigada a você que chegou até aqui.[

espero por você nos comentários XD


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