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História Grávida do inimigo do meu pai - New reality


Escrita por: LittlePenguim23

Notas do Autor


hey babes, como estão? Fiz esse capítulo um pouco menor e até mesmo mais vazio que o outro porém acredito que seja necessário, tudo está indo muito rápido e provavelmente está ficando confuso, mas garanto que tudo fará sentido e se ajeitará com o passar do tempo.

Foi um capítulo com menos chororo porque sei que também é necessário kjkjjj decidi por fim mostrar um pouco mais do Justin, logo logo a personalidade dele ficará mais clara para vocês — assim como a da Emma também, por hora não estou podendo entrar a fundo nos personagens mas isso é só questão de tempo. Tenho que esperar a poeira baixar, certo? Enfim, boa leitura para vocês amores, não esqueçam de me contar o que estão achando da fanfic nos comentários, é importante para mim. Vejo vocês no próximo.

ah, e antes que eu esqueça, não revisei o capítulo. Estava apressada para atualizar e por isso veio dessa forma, apenas relevem, ok? Agora sim podem ler kjjkjj sz
xoxo

Capítulo 3 - New reality


Fanfic / Fanfiction Grávida do inimigo do meu pai - New reality

Seguimos rápido neste jogo que jogamos

Ninguém sabe por que tem que ser tão difícil

Não dizemos nada além do que precisamos  — This Is What You Came For, Calvin Harris (Feat. Rihanna)

 

Atlanta, Geórgia.

Estados Unidos.

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Emma Cooper Point Of View

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— Dezesseis. — murmuro umedecendo os lábios enquanto cruzo os braços sorrindo fracamente para a senhora que volta a me olhar, dessa vez analisando melhor. Acabo franzindo brevemente o cenho quando por alguns segundos seus olhos se arregalam.

— Isso é sério? Pensei que tivesse mais que dezoito. — ri nasalmente negando com a cabeça, eu não acho aparentar ter mais que minha idade, provavelmente ela pensou isso por eu estar aqui.

— Entrou nisso mais cedo, coitada. — desvio por alguns segundos o olhar para a galega que limpava o fogão, a mesma havia resmungando aquilo de forma baixa porém alta o suficiente para que eu, Beth e Bree pudéssemos escutar, eu não havia entendido. Conheci Anette quando estavam me apresentando a casa, além dela, Bree e Beth também trabalha aqui Elinor. Com exceção de Beth todas são jovens, e por mais que os trajes sejam parecidos a leve vulgaridade nos das três me fazem pensar que de alguma maneira Justin tem algum envolvimento nisso. Decido ignorar a frase da loira e volto a olhar a mulher a minha frente mas seguidamente a voz da morena me faz a encarar.

— Não seja idiota, Ann. Sabe que ela está aqui por algo diferente.

— E você acredita mesmo nisso? Por favor Bree, el...

— Parem! — Beth exclama num tom mais alto, eu se quer entendia sobre o que falavam. Umedeço os lábios me afastando da mesa que estava encostada quando Beth de forma irritada começa a falar com ambas.

— Estão se metendo onde não devem, de novo. Eu já relevei uma, duas, três vezes e vocês não se cansam. Apenas parem! A garota acabou de chegar e não tem nada haver com os problemas das duas. Gostam de onde estavam? Me parece que querem voltar.  — reprimo por alguns segundos os lábios ouvindo o tom alto que a senhora baixinha passou a falar, ela não  parecia ser irritada dessa forma. As duas abaixaram o olhar e acabaram optando pelo silêncio voltando ao que faziam antes, eu queria abrir um buraco no chão e morar lá pelo resto da minha vida, a tensão se instalou no ar. O microondas continuava trabalhando no esquentar da lasanha e eu realmente não sabia o que fazer, Beth se virou no instante que Elinor chegou ao cômodo e pediu ajuda para algo, ela não demorou para sair e avisar para as duas que permaneceram comigo na cozinha para que se comportassem. Já são sete da noite e se eu realmente não estivesse com fome iria voltar para o quarto e dormir, ainda não tive nenhum sinal de Bieber.

— Do que estavam falando? — pergunto após alguns segundos ou minutos de silêncio logo ouvindo o apitar do eletrodoméstico avisando que o prato estava pronto, as duas se entre olharam e não demorou para que Anette tomasse frente da resposta, a galega aparentava ser mais velha que a morena, tinha olhos grandes e azuis, é realmente linda.

— Nada. — resmunga. — Bree, coloque a comida para ela. — continua, eu iria impedir tal ato mas não sei onde nada fica, além do mais a mesma logo se afastou da vassoura que passava no cômodo e seguiu para o armário, apenas acompanhei com o olhar enquanto me sentava na cadeira da cozinha.

— Você é daqui de Atlanta, Emma? — a loira tenta puxar assunto, nego com a cabeça.

— Califórnia, precisamente Santa Mônica. E você?

— Londres. — afirma deixando o pano de prato de lado.

— Estive lá pela última vez quando tinha onze anos. — falo, apesar de ser algo raro sempre gostei de acompanhar meu pai em viagens.

— Nunca fui na Califórnia. — murmura abrindo a geladeira para pegar o suco de laranja.

— Fui para lá quando me pegaram, mas fiquei em Malibu. É tão lindo. — Bree fala me fazendo abrir um pouco a mente, é claro que são do tráfico de mulheres, muitos trabalham com isso.

— Adorava ir para lá. — falo, era a verdade. Sempre viajei pela Califórnia, as praias de lá de fato são o meu amor. — De onde é, Bree? — continuo.

— Argentina babe. — fala sorrindo fracamente quando deixa o prato à minha frente na mesa, havia mais do que eu provavelmente comeria.

— Latina? Quente, garota. — falo tentando soar animada, a mesma ri concordando. Eu ainda estou mal e isso não é algo que vá passar de uma hora para outra, mas focar na minha dor o tempo todo vai contra o que acredito. Se estou nessa situação é porque tenho forças para lidar com a mesma.

— Já esteve lá? — nego com a cabeça sentindo o olhar de Anette sobre nós duas.

— Argentina não, mas já fui na Colômbia. — respondo, Cooper sempre foi um pai maravilhoso apesar da falta de atenção vez ou outra. Em exatos dezesseis anos da minha vida não posso negar o amor que recebi, não em palavras, mas atitudes. Realmente me parte o coração ter o machucado daquela forma, eu sempre soube da existência daquele lado dele mas nunca pensei que seria mostrado e usado para mim. Meu pai é o próprio demônio e me mostrou isso me jogando aqui, foi um ato imprevisível para mim e para qualquer um que saiba da história, estou em uma nova vida e meu primeiro dia nela me faz acreditar que não sei se quer a metade da história; uma gravidez não seria o suficiente para isso, eu sei que não.

— Me parece já ter ido em muitos lugares, Emma. O que te trouxe aqui? — a sobrancelha da galega se arqueia no momento que novamente se dirige a mim, o copo com o suco de laranja é colocado sobre a mesa juntamente da jarra, enrolo o garfo na lasanha e o levo a minha boca ao pensar na resposta, ela já parecia saber mas queria ouvir novamente, a sensação que passo a sentir é estranha.

— A gravidez. — murmuro dando um gole no suco, havia sido sincera.

— Então está mesmo grávida do Bieber? — a curiosidade com uma leve euforia escapa da boca da morena, concordo com a cabeça e me limito nas palavras, eu não tinha muito o que falar.

— Como foi isso? Digo, você é da Califórnia e... — Anette não teve tempo de continuar já que a atenção da mesma foi roubada para a porta da cozinha, vozes masculinas vindas da sala nos fizeram desligar brevemente do assunto, Bieber havia chegado e ver Bree sibilando um “ele chegou” me trouxe a certeza disso. Eu não conseguia raciocinar direito, estava realmente prestes a ter um ataque, eu não sei o que fazer. Meu coração palpitava de forma rápida enquanto tentava distinguir o assunto que aparentemente um grupo de homens tratava, é tão estranho não saber se quer da voz do pai do meu filho.

— A sua princesinha já chegou? — eu sabia que de alguma maneira isso se referia a mim, as risadas seguintes me levaram a ter leves calafrios enquanto permanecia comendo, todas estávamos em silêncio.

— Bieber com uma Cooper embaixo do teto, quem diria... — eles pareciam brincar um com o outro e vez ou outra se tornava difícil distinguir o que diziam.

— Bieber sendo papai. — eram vozes diferentes a todo tempo, assim como as risadas. Eu sabia que minha tonalidade estava diferente, podia sentir meu rosto queimando mesmo que nenhum deles estivessem nesse cômodo para se dirigirem diretamente a mim. Ergo o olhar após alguns minutos encarando a comida e ouvindo as risadas e conversas, a porta de coloração branca havia sido aberta e um homem de aparentemente vinte e poucos anos entra, o mesmo era alto e tinha os cabelos escuros assim como a pele, seu braço era coberto por algumas tatuagens, claramente não era o Justin mas é bonito como o mesmo, seu olhar para em mim e novamente minha vontade era de me jogar num buraco, o mesmo ri virando o rosto para trás.

— Acabei de encontrar a garota. — era como se eu não estivesse ali e isso estava claro, o mesmo nega com a cabeça rindo e pisca para Anette quando passa pela mesma na tentativa bem sucedida de se aproximar de mim.

— Sou Khalil, pequena Cooper. Satisfação em conhecê-la. — ele tinha um sorriso ladeado, estendo minha mão logo após o mesmo fazer isso, eu sabia que isso estava sendo algum jogo idiota, o mesmo se quer disfarçava o sorriso divertido.

— Emma. — não era minha intenção ter soado rude ao pronunciar meu nome que já sei que o mesmo sabe. — é um prazer. — me refiro a estar o conhecendo e tento sorrir amigavelmente, o mesmo nega com a cabeça enquanto ri.

— Ainda não. — brinca num tom malicioso e logo desvia a atenção para a porta após cortar o contato físico comigo, entravam mais três garotos. Ambos com cabelos claros e pele da mesma cor, dois com um dos braços fechados em tatuagem e o outro livre, apenas o mais loiro deles com um braço completamente fechado e o outro com apenas a metade, eu sabia quem era Bieber ali. O mesmo era mais alto que eu e tinha os olhos num castanho mais claro do que eu lembrava, seu maxilar era bem desenhado assim como o restante de seus traços, suas vestimentas eram despojadas apesar de arrumadas e da mesma maneira que eu o analisava o mesmo fazia comigo.

— Então é a garota de que tanto estou ouvindo falar? — o de cabelos castanho claro e olhos também castanhos fala dando um leve sorriso, tento retribuir.

— Eu não sei, sou? — é claro que havia um pingo de nervosismo coberto pela leveza do meu tom, ele e os outros riem, com exceção de Justin.

— É. — afirma vindo em minha direção e também segurando a minha mão, porém me dando um leve impulso para levantar, assim faço.

— Christian Beadles. — se apresenta após dar uma discreta e rápida analisada em meu corpo, não demora muito para que me abrace, isso era estranho.

— Emma Co... Lindsay. — prefiro não pronunciar meu sobrenome, ele e os outros riem, eu não entendia. Justin se virou e seguiu para o armário, ele não fazia questão de ao menos fingir ter algum interesse na minha estadia aqui.

— Você é branquinha demais pra ser da Califórnia. — o outro falou, o mesmo tinha cabelos loiros e olhos azuis, solto uma risada fraca negando com a cabeça, já ouvi muito isso.

— Gosto de me proteger. — me refiro ao protetor solar quando o mesmo se aproxima para me abraçar.

— Bieber não. — Khalil fala rindo em seguida, é claro que eu havia notado aquela alfinetada. Christian e o homem em minha frente não disfarçaram o riso, assim como Justin, apesar do dele ser o mais contido. Eu podia sentir meu rosto queimando em vergonha, se quer tinha tempo pra raciocinar o que estou sentindo.

— Vai se foder. — é a primeira frase que escuto do loiro que até então estava calado, Justin não parecia ser muito paciente. Desvio o olhar do mesmo quando sinto braços em minha cintura me puxando para um abraço, eles continuavam falando e rindo.

— Sou Ryan, babe. — concordo com a cabeça sorrindo fracamente, já havia me apresentado. O loiro me solta e umedece os lábios se virando e seguindo para a geladeira, a cozinha que é tão grande parecia ter se tornado pequena com a algazarra que começaram a fazer, eles são estranhos mas aparentemente divertidos. Volto a me sentar, é uma situação desconfortável para mim. Não demorou para Bree sair do cômodo, ela não estava a vontade com as brincadeiras tiradas com ela, Anette continuou, estou começando a ter outra impressão sobre ela, eu não sei.

— Já terminou os estudos? — Ryan volta a se dirigir a mim enquanto abre a boca para despejar o cereal que o mesmo tinha em mãos lá dentro, nego com a cabeça o vendo encostar na beirada da mesa.

— Estou no último ano. — falo dando um gole no suco, eles haviam se acalmado já que passaram a comer, Bieber continuava próximo ao armário sem se dirigir a mim.

— Como vai continuar agora? Digo, pretende terminar? — dessa vez é Christian que fala, dou de ombros.

— Quero terminar, só não sei como ainda. Provavelmente irei tentar continuar a distância, ou com algum professor particular, não tive tempo de pensar nisso, não estou conseguindo acompanhar o ritmo das coisas. — reprimo brevemente os lábios, era a verdade, ele concorda com a cabeça.

— Faz sentido... Já fez alguma consulta? — continua, nego com a cabeça.

— Meu pai não me deu espaço para isso. — bato a ponta das minhas unhas na mesa de madeira, ele concorda com a cabeça.

— Por que não abortou quando descobriu? — entre abro os lábios ouvindo a pergunta indiscreta de Ryan, foi inevitável não franzir a testa, ele realmente está falando isso? Eu não havia notado maldade em seu tom de voz mas ainda sim não é algo confortável.

— Isso é sério? Por Deus. — falo desviando brevemente o olhar para Justin que parecia interessado na resposta, prendo por alguns segundos o ar vendo o loiro de olhos azuis assentir.

— Não pude fazer isso com o bebê, Ryan. Ele não tem ou teve culpa do que aconteceu.

— Sabemos que essa criança não irá crescer num lar saudável, Emma. Foi egoísta da sua parte continuar com isso. — dessa vez Khalil fala, eu não podia acreditar nisso. Ele me conheceu a dez minutos, todos aqui me viram a exatos dez minutos, isso é ridículo.

— Egoísta? Mas que merda é essa? — solto um riso nervoso quando decido levantar da cadeira, eu não continuaria aqui ouvindo essas coisas, não agora. Acabei de me mudar, tudo que estou passando é por esse bebê, como diabos posso ser egoísta?

— Hey, não precisa sair. — Christian fala, é o menos estupido desse grupo. Justin se quer se movia, isso é tão desnecessário para ele quanto qualquer outra coisa, como vim parar nesse inferno?

— Eu não irei continuar aqui ouvindo essas coisas. — falo rapidamente enquanto tiro o prato da mesa para o levar para pia. — Se quer ouviram a porra da minha versão, não sabem um terço do que está acontecendo, isso é desnecessário. — eu estava nervosa e isso era visível, esses últimos dias estão me levando ao meu extremo sentimental, não tenho capacidade de lidar com tudo isso.

— Não tenho nem certeza se esse filho é meu e é a sua versão que tem importância aqui? — pela primeira vez ele se dirige a mim, eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Era como se todos os meus músculos tivessem simplesmente parado por alguns segundos, é um idiota.

— Vá se foder. — é tudo o que me limito a falar, meu corpo tremia, eu não merecia tanto desrespeito, ele sabe que não se preveniu, esse imbecil sabe disso. Deixo o que eu segurava na pia ignorando todas as vozes soltas de uma única vez, não quero me importar com isso, não agora. Meus passos são apressados para fora do cômodo e tudo que consigo fazer quando me vejo na sala é erguer uma das mãos para o rosto na tentativa de prender o choro ao menos até chegar no quarto que me colocaram, eu não aguento essa situação, não aguento. Meu primeiro dia aqui me parece ter sido um resumo de todos os outros, eu não irei me acostumar com essa nova realidade, sei que não.

 

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Justin Bieber Point Of View

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Reviro brevemente meus olhos, eu sabia que era necessário mas ainda sim tão insuportável.

— Vá logo Bieber, deixe de ser imbecil. — Christian repetiu, o mesmo foi o único que continuou aqui em casa depois de termos decidido os últimos detalhes da rota e de termos jogado ao ar todas as opiniões sobre a provável gravidez da Cooper, essa ideia ainda me parece distante. Depois da discussão na cozinha a uns dois dias não a vi pela casa, tudo bem que mal parei aqui mas isso não é algo a ser analisado agora.

— Por que não consegue respeitar o caralho da minha decisão, Beadles? — falo erguendo a mão esquerda para o rosto e a passando ali, estou exausto e procurar problemas uma hora dessas da noite não é minha vontade, a garota provavelmente está dormindo.

— Porque você é um babaca, como pode ter certeza de algo se ainda não teve uma conversa com ela? Não faz sentido, Justin.

— Nada faz sentido, Christian. — falo com certa desdém, o mesmo mantém o olhar firme sobre o meu até por fim o desviar e revirar.

— Tudo bem, faça o que quiser. — fala soltando o ar preso em seus pulmões quando se levanta da cadeira a minha frente. — só não se arrependa das suas decisões depois, ela é a droga da filha dele, você está deixando informações de lado por pura birra, continue dessa forma Drew, vai longe. — reviro os olhos, Chris me trata como alguém que não soubesse o que está fazendo, eu sei o que é certo e chegar perto dela em busca de informações é estupido, Cooper não seria imbecil o suficiente de me mandar a filha sabendo que ela tem algo importante para eu usar contra, ou seria?

— Eu sei o que estou fazendo, Christian. — resmungo enquanto despejo o whisky no copo de vidro a minha frente, o vejo dar de ombros.

— Se quer continuar evitando o problema, tudo bem. — é a sua resposta final apesar de vazia, ele sabe o quanto detesto os “se” escondido nas entrelinhas, é claro que uma probalidade de ter algo por trás de tudo estava evidente em seu tom e eu sei que tem, mas também sei que ela não irá poder me ajudar nessa descoberta. Cooper ter recorrido ao meu pai para a mandar para cá não faz sentido, assim como a ter aqui; o mais provável é ela estar sendo usada de peãozinho para espionagem e honestamente nada seria mais idiota que isso.

— Só te aconselho a acompanhar a gravidez de perto. — continua, é, ele não me dará tréguas. Reviro os olhos o acompanhando com o olhar, o mesmo voltava a vestir sua jaqueta jeans.

— Irei avisar a Beth que amanhã Luana virá aqui, se não se preocupa com respostas, eu sim. — Christian de longe era o que mais acreditava que havia algo na estadia de Emma aqui, e tudo bem, eu concordo, apenas discordo que ela saiba. Assim como na primeira vez que a vi a mesma continua com o olhar perdido, é como se não pertencesse a este mundo, e se por ventura ela tem algum envolvimento proposital em tudo isso, atua muito bem.

— Tudo bem Christian, apenas vá embora. Não quero perder a melhor parte da minha noite e você provavelmente não quer dormir na casa do cachorro. — falo finalizando um pequeno gole e soltando um riso ladeado, o mesmo está casado com Luana a cerca de três anos.

— Vá se foder. — ri nasalmente de sua resposta, ele fez o mesmo. — Mas estou falando sério, Bieber. Se tudo isso realmente for real, você terá algo pelo qual lutar, não estrague tudo dessa forma. Sabe que irá ter uma razão e motivação para se manter vivo, para dar o seu melhor. Digo isso porque também sou pai, tenho duas crianças e você mais do que ninguém sabe o que faço para os manter bem, apenas tome um pouco de juízo, se você cair, todos iremos com você e cá entre nós: não seria justo. — eu prestava atenção em cada uma de suas palavras enquanto mantinha a ponta do dedo indicador no copo transparente, ergo o olhar quando o mesmo finaliza tudo o que tinha para me dizer, um lado meu se esforça para o entender. Christian tem gêmeos, se casou com Luana por conta dos mesmos, é claro que se tem amor na relação, mas os filhos fortaleceram isso. Eu de fato estou tentando ligar todos esses pontos relacionados a sentimentos mas ainda sim me parece tão distante, essa criança não me causou nada diferente — apenas raiva — e tudo bem, pode ser que seja cedo demais para todas essas conclusões mas honestamente não me imagino amando meu provável filho, talvez o exemplo que eu tenha tido do que é um pai reforcem essa ideia.

— Vá com esse assunto de maria mole para a puta que pariu, Beadles. — resmungo, o mesmo nega com a cabeça soltando um suspiro e não demora para sair do cômodo, eu sabia que ele se preocupava mas ainda sim me parece tão desnecessário. O problema maior em minha cabeça estava no envolvimento de Jeremy nisso tudo, meu pai nunca foi flor que se cheire e quando deixou tudo isso para mim estava claro que não era sua vontade e sim uma obrigação para poder manter a cabeça grudada no pescoço, ele fez muitos inimigos quando estava no trono que agora eu ocupo, mas, Cooper não foi um deles.

Eu estou desconfiado sim da minha paternidade sobre essa criança, mas não consigo desconfiar da maldade na garota, ela está sendo usada pelo pai e isso é o mais claro e longe que minha mente pode chegar, eu sentia e sabia que ele havia a mandado aqui para eu a matar, toda essa situação é um jogo confuso e mesmo com todas as peças posicionadas sob o tabuleiro as regras não haviam sido ditadas, meu time está perdido e o que pode chegar a ser a salvação do mesmo também pode ser a sua ruína, Emma é a peça chave disso tudo e é a que mais me parece ser inútil, contraditório, não? Minha distância de Emma Cooper não se trata apenas da minha falta de afinidade com a sua pessoa ou com a criança que carrega, minha ausência em palavras e corpo não está relacionada apenas a minha falta de confiança sobre tudo que a trouxe e a rodeia aqui, tudo isso é bem mais do que ela ou até mesmo eu sei e isso não me parece errado. Não há nenhum sentimento nessa situação e eu sei que esse fato irá resultar na sua ou na minha cabeça postas sob uma bandeja, não pode haver uma trégua em algo que não se há controle, ela não mudará o sangue que corre em suas veias e eu não poderei o retirar do corpo em formação do meu filho. Seu sangue é o problema, o seu sobrenome é o problema, essa maldita gravidez e o seu pai são o problema, e, mesmo relevando muitas coisas por essa gangue essa é uma que sei que não irei conseguir. Não são só os sentimentos e vidas em jogo, meu orgulho e minha honra também estão e honestamente, nada vale mais do que eles.

Decido levantar da poltrona após alguns minutos bebericando do álcool, novamente irei me ocupar na noite, ficar em casa soa estranho. Não demoro muito para sair do escritório, levo minha mão direita ao bolso do jeans em busca da chave do mesmo e assim que a encontro tranco a porta, esse lugar é quase que sagrado. Viro para seguir pelo corredor até o meu quarto e paro quando vejo ela saindo do seu, reprimo por alguns segundos os lábios a analisando abaixar o olhar e sibilar um palavrão, sabia que ela me evitava da mesma maneira que a evito, não conversamos nenhuma vez desde que a mesma chegou, pra ser exato, nunca conversamos e se depender de mim continuará assim, esse bebê não mudará nada. Coloco as mãos dentro dos bolsos do moletom enquanto sigo com passos lentos, ela fazia o mesmo. Paro quando sinto uma mão em meu braço, eu não precisei olhar para saber de quem era.

— Podemos conversar? — murmura de forma baixa, umedeço os lábios, o mundo provavelmente gosta de brincar com a minha cara, já não basta uma vingança ter resultado nessa gravidez, agora tenho ela me atrasando. Volto meu olhar para ela.

— Claro. — resmungo, essa não era a minha vontade no momento mas olhando tudo isso de um outro ângulo talvez seja necessário.

 



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