História Gravity - Blum

- Lua?- chamou Justine, vendo que a amiga tinha parado de passar as fotos no celular.

Sem obter resposta Justine voltou o olhar para onde Lua estava olhando e viu o amigo de Marcus junto com uma mulher ruiva sorridente. Virou a cabeça de um para outro vendo o jeito que estavam se encarando. Percebeu quando a mulher ruiva olhou na direção delas, e fechou a cara quando identificou Marcus.

- O que vocês estão olhando?- disse Marcus virando o rosto. - Noa!- Exclamou Marcus erguendo o braço direito, chamando Noa para se aproximar da mesa deles. 

Lua não desviou o olhar enquanto Noa chegava perto da mesa, junto de uma Sabine um tanto contrariada. 

- Oi, cara!- disse Marcus, se levantando e cumprimentando Noa com um aperto de mão estalado, e um  semi abraço. -Nossa que coincidência encontrar você por aqui. - disse Marcus bem feliz. 

- A Sabine disse que esse restaurante tem a melhor lasanha da cidade. Foi o suficiente para me convencer. - respondeu Noa simpático. 

Marcus então percebeu a presença da moça atrás de Noa.

- Ah... Oi, Sabine. Não tinha te visto. - disse olhando para Noa com um olhar acusador. 

Noa simplesmente negou com a cabeça, tentando comunicar que a situação não era como ele estava pensando. Marcus só deu um sorrisinho de canto, não acreditando. 

- Bom, sentem conosco, por favor. - disse Marcus. 

Lua lançou um olhar mortal para Marcus, mas ele fingiu não ver. Ela não queria ter que almoçar com Noa, muito menos tendo aquela mulher junto dele. Lua sabia que não tinha nenhum motivo para isso, mas a presença dela perto dele, e o jeito que ela o olhava a incomodavam muito. 

- Ah desculpe, eu já reservei uma mesa.- disse Sabine, querendo sair dali. 

Sabine tinha tido muito trabalho para conseguir aquele almoço com Noa, e agora Marcus e aquela menina da boate estavam ali de novo, estragando o momento dos dois. Aquela era uma oportunidade real de ficar sozinha com ele. Além disso ela precisava recuperar um pouco da sua dignidade perdida na sexta-feira. Quando Noa estava a levando para casa, durante a madrugada, ela já estava muito bêbada, e não pode evitar de vomitar, não só no carro de Noa, mas na roupa de Noa também. Pra piorar ela ainda começou a chorar compulsivamente depois disso, dizendo repetidamente que queria transar com ele ali mesmo, mas agora ele estava todo sujo de vômito, e isso seria muito anti higiênico. 

Infelizmente Sabine não foi agraciada com a amnésia do dia seguinte, e lembrava exatamente de todo o vexame que passara na frente de Noa. Decidiu que iria até a universidade pegar o telefone dele de dentro da ficha dos professores, na reitoria. Depois de voltar para casa tratou de ligar para Noa, que ficou surpreso por ela ter seu telefone. 

Ela pediu desculpas pelo trabalho que deu, e insistiu muito que ele deixasse ela lhe pagar um almoço como forma de agradecimento. Noa não queria almoçar com ela, mas achou justo ser cortês com uma colega de trabalho. Percebia que ela estava dando em cima dele, mas planejava usar o almoço também para deixar claro que ele não estava interessado, e com sorte conseguir manter uma boa relação com ela. 

- Imagina que vocês vão sentar lá longe, tem lugar aqui.- disse Marcus apontando para os lugares vagos na mesa. 

Lua abaixou a cabeça, xingando Marcus mentalmente por ser tão sociável. Noa percebeu o desconforto da menina, e sorriu respondendo:

- Claro, você tem toda razão, vamos sentar aqui com vocês. - disse já sentando na ponta da mesa, perto de Lua, que levantou a cabeça lhe encarando. 

- Ah que maravilha! - disse Marcus animado.- Nosso almoço em família está mais completo agora!

Sabine bufou, e sem outra escolha sentou ao lado de Marcus. 

- Ah eu ainda não apresentei vocês, essa é a minha namorada, Justine. E bom, a Lua você já conhece. - disse para Noa que sorriu olhando para Lua. 

- Muito prazer.- disse Justine sorrindo para Noa que também a cumprimentou. 

- Amor, essa é a Sabine.- disse Marcus continuando com as apresentações.-Ela trabalha lá na universidade, na secretaria da sala dos professores. Sabine, essa é minha namorada Justine. - disse Marcus apontando para Justine como se ela fosse um troféu. A ruiva só acenou com a cabeça, claramente decepcionada com a falha do seu plano. 

- Posso escolher com você? - perguntou Noa para Lua, se referindo ao cardápio.

- Claro.- respondeu Lua.

Então Noa puxou sua cadeira e sentou bem perto dela, encostando o braço na lateral do seu corpo. Lua travou imediatamente no lugar. Ele poderia ter pedido outro cardápio ao garçom, porém ele queria aproveitar a oportunidade para se aproximar dela. Passara o dia anterior inteiro com a menina na cabeça, por mais errado e desastroso para a sua carreira que aquilo pudesse ser.

- Você disse que gosta de lasanha né? - disse Justine para Noa, que assentiu.- A Lua é especialista no assunto. - completou rindo.

- Ah é? - perguntou Noa virando o rosto e a encarando. Lua levantou o rosto para ele, porém abaixou rapidamente quando percebeu a proximidade que estavam. Uma coisa era flertar com ele na boate, outra coisa era ali no meio do restaurante, inclusive na presença de funcionários da universidade.

- É a comida favorita dela desde sempre.- respondeu Marcus sem tirar os olhos do cardápio.

- A minha também. - respondeu Noa sorrindo.- Qual você me recomenda? Essa aqui talvez? - disse, sutilmente resvalando sua mão sobre a dela no processo. Lua segurou a respiração ao sentir o calor da mão dele, e somente respondeu:

- Sim...essa é uma ótima escolha. - enquanto retirava a mão devagar, e a acomodava  no seu colo.

Diferente de Marcus e Justine, Sabine estava sentada de frente para os dois, olhando o claro interesse de Noa em Lua, e ficando muito irritada com isso. 

- Lua né?- perguntou Sabine educada, mas ainda assim na defensiva.

- Ah desculpe, não te apresentei, essa é a Lua. Ela estuda lá na universidade. É minha aluna e do Noa. - disse Marcus, voltando os olhos novamente para o cardápio. 

- Muito prazer.- disse Lua. 

- Sua aluna, e do Noa? - Perguntou Sabine sem entender, até que algo lhe passou na mente. - Por acaso ela é a bolsista do Fulltock?! - disse apontando para Lua, e falando o ela com um certo espanto na voz.

- A própria.- respondeu Marcus, enquanto decidia se escolheria o risoto de limão siciliano ou outra coisa.

- Mas a bolsista do Fulltock já está no último ano, e essa menina não parece ter mais de 20 anos.- disse Sabine ainda não acreditando.

- 19.- corrigiu Lua sorrindo. Não se incomodava com a sua idade, na verdade se orgulhava de já ter conseguido tanta coisa sendo tão nova. - Eu entrei na universidade com 15 anos. 

Noa arregalou os olhos. Já tinham lhe falado da atualmente única aluna da bolsa do Fulltock da universidade, que era excepcional. Lua olhou para ele sorrindo, se divertindo com a reação. 

- Você parece ter ficado surpreso, professor. Eu não pareço com alguém que pode ganhar uma bolsa integral?- disse Lua com atrevimento no olhar, ignorando a mulher na sua frente. 

- Não é qualquer bolsa integral. - respondeu Noa, ainda a encarando de boca aberta. 

A bolsa Fulltock fazia parte de um programa do governo que "caçava", quase que literalmente, alunos com QI muito acima da média. Ela garantia entrada na universidade e no curso que o escolhido quisesse, além de garantir a bolsa de estudos até o doutorado. Ela vinha com muitos benefícios, e também prestígio, já que era muito restrita. Somente 5 pessoas no país inteiro tinham essa bolsa atualmente. 

Sabine analisou a menina, e não simpatizou nada com ela. Além de muito bonita, era um tipo de gênio. Era só o que faltava. De qualquer forma não se deu por vencida. Não iria perder essa oportunidade com Noa. 

-Marcus, eu só não entendi uma coisa, você disse que estava almoçando em família, porque trouxe a sua aluna? Ela é tão especial assim pra você? - perguntou Sabine, com uma certa insinuação. Sabine era um pouco tímida a princípio, mas quando se sentia ameaçada tinha uma postura passiva-agressiva. Era exatamente isso que ela estava fazendo agora. 

Justine franziu as sobrancelhas, considerando a mulher muito intrometida, e não gostando do tom que ela estava usando. Lua e Marcus não costumavam ficar explicando a sua relação, porque não gostavam de ter que mencionar o irmão de Lua. Era um assunto que entristecia muito os dois. 

Marcus olhou para Sabine, ao mesmo tempo em que levantava a mão chamando o garçom. Se voltou para Lua sorrindo, e a olhando com carinho. 

-Ela não é só minha aluna, é minha aluna favorita. - Estendeu o braço sobre a mesa, apertando a bochecha de Lua, que sorriu para ele.  

-Tenho impressão de que vai ser a minha também.- respondeu Noa baixo, virando o rosto em direção ao ouvido de Lua, só para ela escutar. 

Essa atitude dele fez com que ela tivesse calafrios em lugares indevidos, e se repreende-se mentalmente. 

Marcus viu nesse momento Noa grudado em Lua, e chamou o garçom.

-Vocês vão escolher mais alguma coisa? - Todos responderam negativamente.- A então você já pode tirar os cardápios.- Se dirigiu ao garçom, que o fez no mesmo momento. - Obrigado.- disse antes dele se afastar.- Noa você não está apertado aí? - perguntou Marcus o olhando sério.

Não, eu estou perfeitamente bem aqui, pensou Noa.

- Ah verdade, eu nem percebi.- disse voltando para o lugar original na ponta da mesa. 

- E completando a sua pergunta Sabine, sim, ela é muito especial para mim. Ela é minha irmã mais nova.- respondeu sério, encarando Noa, que travou com a informação, e entendeu o recado no olhar de Marcus. 

Isso explica muita coisa.- pensou Noa.

-Irmã mais nova? Eu li na sua ficha que você é filho único. - Perguntou Sabine enquanto o garçom começava a trazer as bebidas e alguns acompanhamentos. 

Marcus olhou para ela já começando a ficar sem paciência. 

-Sim, eu sou filho único, mas ela é minha irmã de coração. Conheço essa menina desde que ela era criança. 

-Ah, então nem faz tanto tempo assim.- respondeu Sabine de forma jocosa.

Lua soltou o ar pela boca, percebendo que a mulher claramente queria lhe atingir.

Justine olhou para Sabine um pouco irritada com a insistência nesse assunto, e com o tom que estava usando. Resolveu se pronunciar. 

- Eu também não entendi uma coisa, porque exatamente você estava fuçando a ficha do meu namorado? Se meter na vida de homens comprometidos também é parte da sua função? - Perguntou Justine seca. 

Todos na mesa ficaram em silêncio, e Sabine sentiu a presença da namorada de Noa crescer, a medida que ela lhe encarava. Ela tinha mudado a postura de meiga, para assustadora em um piscar de olhos.

Sabine arregalou os olhos e ficou sem ter o que responder. 

-Bom...é.. eu só estava um pouco curiosa..e ..é ..eu estava sem ter o que fazer..

- Foi assim que você conseguiu o meu telefone então?- Perguntou Noa a olhando descrente. 

Sabine o encarou engolindo em seco, mas deixando a responsta óbvia. Justine sorriu, e jogou o cabelo para o lado. 

- Eu não trabalho na universidade, mas eu acho que  é muita falta de profissionalismo invadir a privacidade dos outros assim. Você não concorda, amor? - Falou olhando para Marcus, que apenas concordou com a cabeça, se divertindo com a situação.- Se os seus superiores ficassem sabendo disso você provavelmente teria algum problema, não? - falou em uma declarada ameaça, a olhando sério, com os braços cruzados na frente do corpo. 

Sabine perdeu a cor, e começou a suar frio. 

Justine vendo que Sabine já estava devidamente aterrorizada, começou a rir, e falou:

- Ah relaxa, colega. É só brincadeira minha, o clima estava tão pesado. Não estava combinando com um almoço de domingo.- disse rindo, mas ainda assim fuzilando Sabine com o olhar. Obviamente ela não estava brincando. Toda a aura que ela emanava dizia: " mantenha distância deles, se você preza pela sua vida".

Lua, como Marcus, abaixou o rosto suprimindo o riso. Ela já tinha visto Justine fazer coisa parecida com algumas mulheres que ousavam tentar dar em cima de Marcus. Ela não precisava de muito para colocar elas nos seus devido lugares. 

Marcus começou a rir abertamente. 

-Ah amor, só você mesmo. Sempre tão espirituosa...-disse Marcus, piscando para Justine, que já tinha retomado a sua postura  habitual. 

Nesse momento o garçom trouxe o resto dos pratos, e todos se ocuparam de comer, tentando enterrar os assuntos prévios.

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Depois de terminarem de comer Sabine foi ao banheiro, e Marcus foi pagar a conta. Ele e Noa ficaram discutindo por uns 10 minutos sobre quem deveria pagar, até  Marcus falar que ele era novo na cidade, e deveria parar de insistir ou ele ficaria verdadeiramente chateado. 

Justine sentiu que estava sobrando na mesa, e não querendo ficar de vela seguiu Marcus até o caixa. 

Quando a amiga se afastou, Lua olhou para Noa, que estava com uma cara muito safisfeita, e resolveu matar a sua curiosidade. 

- Você gostou? - perguntou Lua com bastante expectativa, apontando para o prato dele. 

- Estava magnífico! Obrigado pela indicação. - respondeu Noa sorrindo.

- Na próxima vez que vier aqui, você pode escolher a "Takemeji". É com cogumelos. - Lua viu que Noa fez uma cara de interrogação.- Eu sei, é meio exótico, mas eu garanto que é uma delícia! Vai por mim. - disse sorrindo, como quem tem PHD no assunto.

- Se a senhorita afirma, eu vou confiar. - disse Noa apoiando o cotovelo na mesa, e apoiando seu rosto em sua mão. - Mas você sabe, esse é um nome muito estranho. É provável que eu esqueça. O que a senhorita acha de me acompanhar na próxima vez? Daí eu com certeza não vou errar. - disse, enquanto a encarava. 

Lua sorriu, enquanto devolvia o olhar.

- Realmente. É muito provável que você não lembre.- disse Lua balançando a cabeça.- Um nome tão difícil desse...- disse entrando no jogo. - Acho que posso vir te ajudar. Sempre muito bom ajudar os necessitados. - disse com os olhos brilhando. 

- Quando a senhorita quiser então.- disse Noa sorrindo. 

- Talvez demore um pouco.- disse Lua lembrando dos seus horários malucos.- Dias como esse são raros. Eu trabalho e estudo bastante. Não tenho muito tempo livre.- completou de forma sincera. 

- Eu entendo senhorita. Também sou uma pessoa bem ocupada. Mas eu espero, sem problemas.- respondeu se endireitando na cadeira.- Por sinal você tem um trabalho bem interessante.- disse com um sorriso safado.

Lua corou, e ficou meio desconcertada, lembrando da noite de sexta-feira. Mordeu os lábios, e olhou pro outro lado.

- Eu tenho contas pra pagar igual todo mundo. Mesmo sendo bolsista do Fulltock eu não descobri uma forma dos boletos se pagarem sozinhos ainda. - disse chateada, como quem realmente tinha parado para pensar naquilo.

Noa abriu um grande sorriso, e começou a rir muito, se divertido. Estava achando aquela menina mais interessante a cada minuto que passava. 

-Por favor, caso você descubra, me avise. Eu também quero saber. - disse ainda rindo, e levando Lua a rir também. 

- Desculpe se eu te passei uma impressão errada. - disse, lembrando  de quem ele era, e que seria melhor esclarecer as coisas, antes que isso prejudicasse sua relação acadêmica.- Eu fiquei nervosa quando te vi lá, e acabei precisando entrar um pouco no personagem para conseguir fazer a minha função corretamente. - disse sincera. 

-Eu te deixo nervosa?- disse Noa enquanto umedecia os lábios. Lua seguiu seu olhar e ficou encarando a sua boca.

- Sim.- disse levantando os olhos para os seus olhos, que agora a observavam atentamente.

- Bom saber.- disse Noa a comendo com os olhos. - Não se preocupe senhorita, eu entendo que só estava trabalhando, porém não posso evitar dizer que eu gostei muito. Talvez eu acabe voltando lá outro dia.- disse enquanto passava a mão no cabelo. 

Lua sorriu para ele, querendo que ele fizesse aquilo mesmo.

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Na fila do caixa Marcus olhava para os dois na mesa apertando os olhos, em visível desconforto.

- Você está vendo aquilo ali também?- perguntou para a namorada, se referindo ao clima entre Noa e Lua.

- Sim. - disse Justine rindo. 

- O que eu faço com essa menina? Porque ela não é normal, e gosta de garotos da idade dela? - disse Marcus muito incomodado. 

- Você não tem muito o que fazer sobre isso, amor. Se jogar um palito acesso ali perto deles pega fogo.- disse Justine se referindo a tensão sexual que rodeava os dois.- Acho que eles se envolverem é invitável. Melhor aceitar logo. - disse olhando para os dois, que riam juntos de alguma coisa. 

Marcus expirou irritado, passando a mão nos cabelos. 

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Parada um pouco mais atrás de Marcus e Justine, estava Sabine, que voltara do banheiro. Ela ficou parada analisando a cena, e sentindo uma irritação crescente, que por sinal era o que ela mais tinha sentido naquele dia.

Andou a passos rápidos até a mesa, e parou ao lado de Noa, tocando no seu ombro. 

-Você poderia me levar para casa? Eu acabei de receber uma ligação urgente, e preciso ir ajudar uma vizinha. - disse inventando a primeira coisa que lhe passara na cabeça. 

Lua olhou para ela, percebendo o que ela estava fazendo, mas não falou nada. 

-Claro.- disse Noa solícito, e preocupado de verdade. 

- Vou esperar lá fora.- disse Sabine, antes de virar as costas e sair do restaurante sem se despedir de ninguém. 

Noa se levantou, pegando a sua jaqueta que estava apoiada nas costas da cadeira, e se virou para Lua. 

- Infelizmente vou precisar ir embora, senhorita, mas gostei muito da nossa conversa. Espero que possamos repetir a dose. Se eu não tiver o prazer de te encontrar outro dia essa semana, até sexta. - disse charmoso. 

Em seguida se abaixou e deu um beijo na bochecha de Lua, um pouco perto da sua boca. 

Lua ficou olhando para ele, enquanto se afastava, sem ter respodido nada, levando a mão ao rosto, ainda sentindo um formigamento na região.