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História Great Secrets - Contrato.


Escrita por: gcaroliny

Capítulo 5 - Contrato.


Fanfic / Fanfiction Great Secrets - Contrato.

 

Candice Clarkson.

atlanta, 09:35 a.m, 13/02/2015

Por algum motivo desconhecido, não acordei com nenhum vestígio sequer de gripe ou algum tipo de virose e agradeci mentalmente por isso até porque ninguém merece ficar doente.

Lucy ainda não havia chegado e isso me preocupava, mesmo não sendo a primeira vez que já tivesse acontecido, mas logo me acalmei quando ouvi a maçaneta da porta girando.

- Puta que pariu olha a hora que você chega em casa, Lucy - me levantei do sofá olhando o relógio da parede indo em direção a ela.

- Cale a boca, Candice - ela disse fechando a porta e se encostando na parede.

- Calar a boca? - riu seco - Você tem noção do quão inresposável está ficando?

- Eu não fiz nada demais - bufou impaciente - Você sabe exatamente com quem e o que eu estava fazendo, então não há motivos para tudo isso - jogou seus saltos no canto da sala e sentou-se no sofá. - Eu tenho dezoito anos, Candice - destacou - Não é nove, nem dez e nem onze, são dezoito anos. Sei o que faço.

- Você fala como se dezoito anos fosse grande coisa - ri irônica.

- E você fala como se fosse bem mais velha do que eu - me lançou um sorriso falso e revirou os olhos. - Se não lembra você é apenas dois anos mais velha, então pare de querer bancar a senhora-sabe-de-tudo - depois disso permanecemos alguns minutos em silêncio.

- Lucy eu...

- Pare de querer me controlar - ela me interrompeu, permanceu alguns segundos calada e voltou a falar - Pare de querer impor ordens, apenas pare de querer assumir o papel da minha mãe, porque você nunca será ela - gritou.

- Eu... - ela tentou com um tom de voz derrotado - Eu só estou cansada de receber ordens, de sempre você querer me controlar. De tudo isso! - Lucy fala tudo enrolado, claramente bêbada. - Eu sinto saudade da minha mãe Candice, muitas saudade. - à medida em que ela ia falando, novas lágrimas iam surgindo.

- Tudo isso o que?

- Tudo isso - fez um gesto abrangente com as mãos - Eu só tenho você Candice, eu-só-tenho-você!!

- Mas você te...

- Ela morreu cedo demais e de uma forma absurdamente dolorosa, acabei me relacionando com outras pessoas para que o vazio que ela deixou fosse preenchido e isso só prejudicou. Eu me odeio cada dia por isso. - colocou seus cotovelos no joelho e cobriu seu rosto com as mãos. - Eu tentei substituí-la. - disse baixo.

- Você lembra do que te falei no dia em que estávamos indo no enterro dela? - ela permaneceu com as mãos cobrindo seu rosto. - Eu falei que estaria com você nos momentos mais difíceis e que se estivesse lá no fundo do poço, apenas com o resto de seus caquinhos, eu te puxaria com toda a força e grudaria caquinho por caquinho - ela levantou a cabeça ainda com os olhos marejados.

- Me desculpe - disse baixo e fungou.

- Tudo bem, não se preocupe e não desculpe. - falei sentando-se ao lado dela - Vá dormir, você está precisando.

- Eu te amo muito. Por favor nunca se esqueça disso - ela disse me dando um grande abraço apertado.

- Não irei esquecer - balancei a cabeça negando e sorrindo.

Sempre soube que Lucy tinha um temperamento forte ­- todos nós temos para falar a verdade -, e poucas das vezes ele aparecia, uma delas foi hoje. 

Após a pequena conversa que tivemos Lucy pegou no sono e minutos depois foi minha vez. Eu estava confusa, muito confusa, porque eu sabia que havia alguma coisa por trás de toda essa história que ela tinha me contado, eu conhecia Lucy perfeitamente.

[ ... ]

Algo irritante tocava e vibrava em cima da mesinha que havia ali fazendo com o que eu avançasse no celular irritada.

- Que merda você quer comigo essa hora da manhã? - falei brava sem ao menos olhar quem me ligava.

- Me perdoe Candice, ligarei outra hora - Joseph falou do outro lado da linha.

- Não não!! - me exaltei - Me desculpe, achei que fosse uma ligação de outra pessoa. - disse meio envergonhada atropelando minhas próprias palavras.

- Tudo bem - riu - Bom, nós conversamos com alguns professores e diretores e desejamos que você fosse a empresa discutida no jantar da noite passada para resolver todos os assuntos pendentes.

- Eu? - disse meio perdida - Isso não deveria ser obrigação de vocês?

- Exato. Porém o professor Hanson nos deu motivos para isso e recomendou você. - ah filho da puta. - Acho que seria uma boa experiência.

- Tudo bem então. Quando e que horas? - perguntei

- Hoje às ... - acredito que ele olhava a hora - Quatro horas e trinta minutos da tarde, tudo bem?

- An.. - droga!! Eu planejava ficar com Lucy toda à tarde - Claro. Estarei lá este horário - desliguei.

Por que esses velhos chatos tinham que me escolher para fazer o trabalho deles? Isso era algum tipo de obrigação que eles tinham preguiça de fazer e mandavam os alunos fazerem por eles? Porra, eu odeio isso.

...

Fazia uns cinco minutos que estava me olhando no espelho tentando achar alguma imperfeição na roupa que Lucy tinha escolhido e terminava de passar um batom nude. A roupa que vestia era uma calça social justa preta, um blazer preto e por baixo uma blusa branca junto com um salto simples.

- Caralho Candice, pare de se olhar nessa merda, já estou ficando agoniada - Lucy reclamou.

- Se você estivesse no meu lugar estaria dessa mesma forma. - digo terminando de arrumar meu cabelo.

- Se eu estivesse no seu lugar já estaria lá na empresa, porque você já está atrasada.

- O táxi já está ai?? - peguei minha bolsa em cima da cama e fui descendo as escadas.

- Claro que sim florzinha. Se não fosse por mim aqui. - ela apontou para si mesma - Você estaria perdida.

- Não acha que está com o ego muito fortalecido não, amor? - ri. - Bom, eu vou indo.

• • •

Assim que o táxi havia parado no local fiquei alguns pequenos segundos admirando a grande e maravilhosa empresa à minha frente. Era um prédio grande, muito grande, repleto de vidros espelhados com mulheres e homens saindo e entrando a todo instante. O que realmente havia chamado minha atenção era algumas grandes letras escrito "Empire Bieber's". Por favor Deus que isso seja apenas coincidência, repetia mentalmente.

Tentei parecer o mais formal possível e cumprimentava quase todos enquanto procurava o elevador. De acordo com algumas informações o andar em que deveria ir era o último e assim que adentrei na grande caixa metálica procurei o último andar e apertei em "30". Eu estava nervosa, extremamente nervosa, e me olhava a todo minuto no espelho do elevador.

Assim que as portas abriram meus olhos rapidamente pararam em uma maravilhosa mulher morena de cabelos cacheados e sorriso brilhante onde fui me direcionando à ela.

- An... Boa tarde - parei em frente ao balcão - Eu fui mandada pela Emory para resolver alguns assuntos com o...

- Senhor Bieber - ela me interrompeu - Já estávamos a sua espera Candice, certo?

- Exato.

- Bom o Sr. Bieber não está neste exato momento então terá que se resolver com o outro Bieber. Siga esse corredor e vá até última porta à esquerda e você chegará lá. Bata na porta três vezes, ele já está esperando a senhorita.

- Tudo bem, obrigada - sorri gentilmente e fui retribuída com outro sorriso.

Fui em direção ao imenso corredor e segui até a última porta onde a moça tinha me indicado na qual estava escrito "president ''. Fiz como ela havia me dito e bati na porta três vezes, como não escutei nada resolvi entrar.

Assim que abri a porta coloquei minha cabeça no espaço que se formou e arregalei meus olhos logo em seguida. Que droga era aquela?

Ele estava jogado no chão com os cabelos entre os dedos, e alguns fios loiros grudavam em sua testa por conta do suor. Sua boca entreaberta estava ensanguentada e seus olhos marejados que olhavam para a parede logo foram repousando em mim. Um olhar indecifrável se formou e eu não sabia se era um do tipo "Me ajude por favor" ou "Sai daqui, não preciso da sua ajuda".

Dei uma leve olhada no local e percebi alguns papéis desorganizados sujos de sangue em cima da mesa e também um copo com algum líquido desconhecido que estava quebrado. Que porra tinha acontecida ali? Uma briga?

- Saia daqui. - ele falou entre dentes em um tom baixo.

Eu não iria sair dali. Não iria mesmo. Tenho sentimentos o suficiente para não deixar um ser humano naquele estado - mesmo que esse ser humano fosse o homem que possivelmente quisesse me matar.

- Me deixe ajudar. - entrei na sala fechando a porta em seguida.

Ele ainda permanecia sentado no chão e balançava a cabeça de um lado para o outro repetindo algumas palavras impossíveis de serem decifradas. Perturbado? Talvez. A cada palavra que ele falava seu tom de voz ia aumentando e isso ajudava para que eu pudesse ouvi-las.

- Foi minha culpa, ele sempre fala isso - disse baixo balançava a cabeça freneticamente- Você também acha, não é? - riu seco - Eu sei que você acha. Todo mundo acha isso.

- O que aconteceu aqu...

- Odeio ele, eu odeio todo mundo - ele gritou e toda a sua voz rouca preencheu o ambiente. - Ele te mandou aqui, não foi?

- Ei, olhe pra mim. - me ajoelhei ao seu lado na tentativa de fazê-lo olhar para mim mas ele ainda não me escutava. - Eu falei pra você olhar para mim - peguei bruscamente seu queixo o obrigando a olhar para mim e logo senti suas lágrimas em contato com a minha mão. - Me fale o que houve, qual é o problema? Eu quero ajudar.

- Ele é o problema. Eu o odeio muito, odeio todos, arrghh!!! - ele se remexia ao meu lado e eu já não sabia o que fazer então desferi um tapa forte em seu rosto.

- Pare de dizer que odeia todo mundo. Ódio é uma palavra forte, não acha? - perguntei e ele ria irônico negando.

- Cale a boca, você não sabe de nada - ele falava e agumas gotículas de sua saliva respingavam em minha pele.

Ele estava calado e tentava fazer ficar calmo, seu olhar transmitia piedade. O único som que se podia ouvir no ambiente era de nossas respirações ofegantes e eu até estranhei por ninguém ter vindo olhar o que estava acontecendo depois de tamanho barulho.

- Eu...- tentou se explicar e logo passou a mão na testa retirando o excesso de suor.

- Não se preocupe - murmuro baixo.

- Me desculpe de verdade, não era minha intenção fazer você presenciar isso - disse mordendo os lábios, envergonhado.

- Sem problemas - me levantei do chão e estendi a mão o ajudando a levantar também.

- Acho que começamos com o pé errado. Bom meu nome é Justin. Justin Bieber - estendeu sua mão para me cumprimentar.

- Eu sei exatamente seu nome.

- Co...

- Ouvi algumas pessoas comentando sobre você - menti.

- Ah - sorriu - E você?

- E eu o que? - perguntei perdida.

- Como se chama? - riu rouco e eu corei por ter feito papel de desatenta.

- Candice - falei meio desconfortável e observei a sala - Essa sala tá um caos.

- Ah, desculpe. - ele sorriu sem jeito e arrumou os papéis - Tive um pequeno problema aqui, mas a que devo a honra da sua visita?

- Vim a pedido da Universidade Emory.

- Ah sim, eu já estava te esperando - ele pegou uma caneta em uma gaveta - Você está com os papéis ai?

- Sim - peguei os papéis na pasta que tinha em minhas mãos, lhe entreguei e o esperei assinar todos os contratos.

- Eu me lembro de você - ele parou de assinar os papéis e me olhou sorrindo.

- Como disse?

- Foi com você que estava trocando olhares ontem, e foi você que recusou minha carona - entortou a boca.

- Os papéis... - falei para que ele terminasse de assinar os contratos.

- Eu só não entendi o porquê de estar fugindo de mim. Sei que pareço meio louco, mas as aparências enganam - riu.

- Termine de assinar os papéis por favor. - suspirei.

- Tudo bem.

Depois de alguns curtos minutos Justin já havia terminado de preencher cada contrato com seu nome e logo ficamos nos entreolhando. Eu podia ver perfeitamente através de seu olhar que ele tinha sido despedaçado e que por trás daquele homem haviam grandes e perturbados segredos.


Notas Finais


é isso ai, até a próxima
TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=NvOLmXQYyr4


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