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História Great Secrets - Catching feelings


Escrita por: gcaroliny

Notas do Autor


Quem fez um capítulo enooorme? Eu mesma!

Capítulo 42 - Catching feelings


Fanfic / Fanfiction Great Secrets - Catching feelings

Ponto de Vista Candice C.

 

Atlanta, 07:48 p.m, 20/04/2015

 

Já passavam das sete da noite e eu não fazia a menor ideia do que vestiria para ir na festa de Apolo. Meu guarda-roupa estava cheio mas ao meu tempo vazio, e isso me irritava. Hoslyn já tinha me ligado, sei lá, umas quatro vezes, e em todas as ligações ela falava a mesma coisa “não se atrase”, “esteja pronta às nove”, “se você se atrasar eu te deixo e vou embora”. Ela viria pegar Lucy e eu às oito e meia, ou seja, eu tenho menos de cinquenta minutos para me arrumar. Merda?! Ter convencido Lucy a ir para essa festa sem pedir permissão ao Logan tinha sido um saco, ela tinha argumentos estúpidos, mas felizmente consegui o que eu almejava a dias. Nessas últimas semanas sinto que ela e eu estamos nos afastando sem propósito algum, e aparentemente sem motivo algum. Isso era uma merda! Eu não queria me afastar dela.

— O que acha desses? - me mostrou o quinto par de saltos.

— Tá lindo, Lucy… - repeti bufando enquanto estava de barriga para cima deitada na cama com as mãos no rosto e ela encostada no batente da porta.

— Você nem olhou para eles! - gritou revoltada e eu revirei os olhos olhando para o objeto preto em suas mãos.

— Esse não é o primeiro par que você tinha me mostrado? - questionei franzindo o cenho.

— Não! - bufou - Esse tem alguns detalhes em prata - mostrou.

— Ah sim… - murmurei - Ambos são lindos, mas gostei mais desse.

— Certo, obrigada - agradeceu e deu meia volta fazendo menção de ir para seu quarto - Espera - interrompeu a si mesma e voltou - Por que está com essa cara de vadia morta? - questionou.

— Vadia morta? - falei surpresa me levantando e ela assentiu.

— É, vadia morta - confirmou.

— Não estou com cara de vadia morta - revirei os olhos - Apenas cansada.

— Ah é, esqueci que você já nasceu com ela - caçoou.

— Há-Há-Há! Anda transando com um palhaço para estar tão engraçadinha assim? - semicerrei os olhos.

— Eu não! - jogou os braços no ar na defensiva.

— Ah, esqueci que você transa com Logan, o próprio palhaço ambulante - rebati e ela me lançou o dedo do meio.

— Para de cu mole e vá se arrumar - revirou os olhos - Já já tua amiga aparece aqui - disse com certo nojo saindo do quarto.

— Cuidado com o ciúmes, pequena Carter - gritei e ela rosnou alto.

Rastejei sob a cama pronta para ir ao banheiro, mas antes de fazer tal percurso parei meu olhar no teto branco do meu quarto, que no momento aparentava ser bem importante, e logo fui para o cômodo. Eu já tinha lavado meu cabelo mais cedo, então não tinha necessidade de lavá-lo novamente. Após o banho, vesti uma calcinha preta - que eu não definiria como fio-dental, porém era bem pequena -, e abri meu guarda-roupa procurando algum vestido. Passei o antitranspirante e peguei a peça de roupa que mais tinha chamado minha atenção no meio de todas as outras, eu nem me lembrava que ainda tinha aquele vestido.

Coloquei-o em meu corpo e após uma analisada ele tinha sido uma boa escolha inesperada. Sua cor era de um vermelho, na verdade estava mais puxado para o laranja, e continha alguns pequenos retângulos (quase imperceptíveis) sem pano abaixo das minhas costelas que deixavam à mostra minha pele, o vestido por completo ficava justo em minha pele e realçava todas as minhas curvas, desde minhas coxas até meus seios. Sua alça era média e ele não tinha um decote extravagante, era normal. Peguei o frasco pequeno de cor preta com roxa e borrifei meu perfume Versage - Crystal Noir em meu pescoço e punho, espalhando por meu corpo. Ele tinha um cheiro que exalava feminilidade, luxo, sofisticação e sensualidade. Era doce e duradouro, eu amava esse perfume, tanto é que tenho ele a mais de um ano. Busquei rápido um colar brilhante, porém pequeno em minha caixa de jóias juntamente com um par de brincos, pulseira e dois anéis, todos do mesmo material: prata.

— Candice! - Lucy gritava enquanto caminhava até meu quarto - Qual você pre… - esticou dois pares de brinco assim que abriu a porta mas logo parou de falar - Nossa?! - franziu o cenho me olhando.

— Nossa, o que?

— Você está… gostosa - murmurou zombando e eu ri alto.

— Muito obrigada pelo elogio sensacional, Senhorita - fiz reverência e ela riu - O par da mão esquerda - falei após me recompor e ela assentiu saindo.

Fui rápido até o banheiro e lá peguei meu modelador, onde eu faria alguns cachos em meus fios, nada que ficasse muito cacheado, apenas para dar um volume maior. Ajeitei meus fios loiros e logo fui passando o modelador pelas pontas. Passei um spray para cabelos onde ele ajudaria os mesmos a ficarem do mesmo jeito que estavam e fui para a maquiagem. Optei por destacar meus olhos e deixar a boca um pouco menos chamativa. Passei os produtos na pele e parti para a sombra, um esfumado preto nas pálpebras e linha d’água com um delineado da mesma cor, rímel e um batom com nude. Peguei meu salto preto não muito alto e desci, esperando Lucy na sala.

— Desce logo, Carter! A Hoslyn já, já apareceu aqui! - gritei.

Os passos de Lucy logo eram ouvidos descendo os degraus da escada e o meu celular ao meu lado começava a tocar, indicando que Hoslyn já me ligava.

— Wow! - gritei assim que a vi e ela riu dando uma voltinha - Que bunda, em…

— Obrigada, obrigada - acenou e agradeceu caçoando e eu ri atendendo o celular.

Já tô aqui, magrela. Desce! - Hoslyn gritou assim que atendi e logo desligou. Nossa.

Lucy estava ciumenta ao meu lado assim que saímos do elevador, ela achava que eu iria esquecê-la e ignorá-la apenas por causa da presença de Hoslyn. Polpe-me!

— Ainda bem que não atrasou, em! - gritou assim que sentei no banco ao seu lado e Lucy no banco de trás.

— Sou sempre pontual, linda - debochei e ela riu aumentando o som do carro.

Seus cachos estavam sensacionais, eles realmente estavam lindos. Um vestido preto com algumas peças brilhantes apertavam seu corpo estilo latina e seus seios grandes quase pulavam para fora do decote. Seu cabelo estava perfeitamente alinhado a seus ombros e sua maquiagem estava totalmente bem feita. Um batom vermelho, pele limpa, sombra marrom, delineador e iluminador. Wow, Hoslyn! Só não dava para enxergar o que ela calçava pelo fato dela estar dirigindo.

— E aí, amiga da magrela! - ela gritou para Lucy rindo enquanto ajustava o retrovisor e a olhava pelo espelho do mesmo.

— E aí… - Lucy riu sem ânimo.

— Quem morreu? - silabou para mim se referindo à Lucy.

— A animação dela - fiz pouco caso e ela deu de ombros.

A velocidade que ela corria com aquela máquina era assustadora, a habilidade de ultrapassar carros do mesmo jeito, eu sentia como se fosse morrer a qualquer momento. Por Deus! Segurei firme o cinto assim que ela ultrapassou mais um caminhão e logo respirei fundo. O som já estava alto e assim que começou a tocar “Anaconda - Nicki Minaj” Hoslyn tratou de aumentar o volume ainda mais.

Now that’s real, real, reaaaall (Agora isso é real, real, real) - ela cantava alto enquanto remexia-se no banco - Gun in my purse, bitch, I came dressed to kiiill (Com uma arma na minha bolsa, vadia, eu vim vestida para matar) - cantou e me olhou divertida.

Hoslyn tinha bebido antes de sair de casa, não era possível.

By the way, what he say? He can tell I ain’t missing no meals, come through and fuck him in my automobile, let him eat it with his grills and he tellin' me to chill ( A propósito o que ele disse? Ele não pode falar que estou pulando refeições, cheguei e transei com ele no meu carro, o deixei comer com seus dentes de ouro e ele está falando para eu relaxar) - tentou cantar na mesma rapidez que a Nicki mas respirou fundo e parou rindo ao notar que não conseguia.

Ela riu alto ao notar minha cara estranha sob ela e tirou uma mão do volante me incentivando a cantarolar um pequeno trecho junto com e Lucy.

Oh my gosh, look at her butt, oh my gosh, look at her butt, oh my gosh, look at her butt (Oh minha nossa, olha para o bumbum dela) - nós três cantávamos oscilando a ordem de quem cantava cada trecho.  

 

[...]

 

Hoslyn estacionou o carro em uma vaga procurada por nós durante uns dez minutos e finalmente saímos do automóvel. A casa de segundo andar estava cheíssima, sem contar as diversas pessoas do lado de fora e na parte do estacionamento. O grave alto e forte era audível há metros de distâncias e os gritos de pessoas bêbadas do mesmo jeito. Eu daria uns trinta minutos para que os vizinhos chamassem a polícia, ou talvez até menos.

— Aproveitem, vadias! - Hoslyn gritou com os braços para cima indo na frente enquanto rebolava o quadril e arrastava os saltos no chão causando atrito com as pedrinhas ali existentes.

— Tua amiguinha é louca - Lucy disse em um tom relativamente baixo enquanto acompanhamos a morena a nossa frente.

— Concordo contigo, Carter - suspirei.

— Aí, magrela. O Apolo nem deve tá por aqui pelo andar debaixo, então pode entrar de boas, ele nem vai te ver - deu de ombros dizendo alto e se enfiando na multidão de pessoas que tinha na porta de entrada.

Fiz o mesmo percurso que ela e senti mãos em minha bunda, aproveitando o contato inesperado. Me esquivei rápido e andei para dentro da casa lotada, de um lado tinham jovens que consumiam maconha ou talvez cocaína, do outro alguns completamente bêbados, do outro alguns jovens simplesmente dançavam enquanto conversavam com alguém a sua frente e do outro alguns casais homo e hetero se beijavam.

— Isso aqui tá um caos - Lucy gritou enquanto tentávamos sair do alvoroço.

— Só vai, Carter. Aproveita o momento - dei ombros indo até a cozinha e sendo seguida por ela.

Uma mulher com a calcinha a mostra estava sentada no balcão da cozinha e a sua frente estava um homem sem blusa, que a beijava ferozmente. Os chupões em seu pescoço eram perceptíveis e sua cabelo desajeitado bem visível.

— As pessoas estão praticamente se comendo em público - Lucy disse ao meu lado.

— Esse é o espírito da coisa - caçoei procurando um copo.

— Já vai beber? - questionou ao me ver colocando vodka em um copo de vidro médio.

— Acha que eu vim aqui fazer o que? - franzi o cenho e ela riu estendendo a mão para que eu desse um copo a ela.

Após tomarmos a quantidade que tinha no copo o enchi novamente, mas dessa vez pela metade e competi com Lucy para ver qual das duas tomava o líquido mais rápido. Virei o copo e rapidamente senti minha garganta queimar notando que Lucy ainda nem tinha terminado de tomar o que havia em seu copo.

— Puta merda, não consigo virar isso de uma vez! - gritou fazendo careta negando e eu ri alto chamando a atenção de um homem ao nosso lado.

— Precisam de companhia, lindas? - ele disse sorrindo de lado bêbado ao chegar perto de nós.

Seu peitoral descoberto estava suado e sujo com alguma bebida e seu sorriso galanteador levaria uma moça fácil para cama.

— Nã…

— Ainda não - pisquei e ele riu saindo fazendo Lucy me olhar estranho.

Ela tentou me responder mas foi interrompida pela troca de músicas que gerou um coral gritando “wow” assim que um remix de “Or Nah” começou a tocar. A batida grave do início gerou gritos finos e grossos e um grupinho ao nosso lado riu.

I got a lotta cash! I don’t mind spending it! (Eu tenho muita grana! Não me importo de gastar!) - todos gritaram de início.

 

Do you like the way I flick my tongue or nah?

Você gosta do jeito que eu mexo a minha língua ou não?

You can ride my face until you drip in cum

Você pode montar no meu rosto até você gozar

Can you lick the tip then throat the dick or nah?

Você pode lamber a ponta, em seguida, usar a garganta ou não?

Can you let me stretch that pussy out or nah?

Você pode me deixar esticar sua buceta ou não?

I'm not the type to call you back tomorrow

Eu não sou o tipo que liga de volta de manhã

But the way you wrappin 'round me is a problem

Mas o jeito que você está me envolvendo é um problema


 

Nessa altura do campeonato, o resto de sanidade existente em todos o bêbados daquele ambiente tinha acabado. Um coro alto de vários gritos foi ouvido assim que começaram a se esfregar uns nos outros e eu arregalei meus olhos ao bater meu olhar numa garota debruçada sob o balcão com a bunda virada para seu parceiro, que junto com o ritmo da música fazia movimentos de penetração e esfregava seu membro no corpo da garota.

 

Pussy so good, I had to save that shit for later

Buceta tão boa, eu tinha que salvar essa merda para mais tarde

Took her to the kitchen, fucked her right there on the table

Levei-a para a cozinha, peguei ela ali mesmo na mesa

She repping XO to the death, I'm tryna make these bitches sweat

Ela representa XO até a morte, estou tentando fazer essas cadelas suarem

I'm tryna keep that pussy wet

Estou tentando manter essa buceta molhada

'm tryna fuck her and her friends

Estou tentando transar com ela e suas amigas

 

Um rosnado de desaprovação foi escutado por todos assim que pararam a música, mas logo novamente gritaram alto assim que “Earned It - The Weeknd” começava a tocar.

— Caraca, tá todo mundo doido! - Lucy gritou alto ao meu lado e rimos.

Uma roda com pessoas ao redor foi formada em um espaço da casa, na sala, e duas cadeiras foram arrastadas para o meio do espaço. A música prosseguia e de repente Lucy me aparece com dez copos de shot, jogando tudo no armário ao nosso lado.

— Cinco meu e cinco teu - disse alto - Cem dólares pra quem ganhar - completou.

— Certo - respondi eufórica - Vai ser tequila?

— Dois de tequila, dois de vodka e um de energético - respondeu colocando os líquidos nos shots.

— Tu não vai conseguir nem tomar o três primeiros, Carter - zombei e ela me lançou o dedo do meio.

— Pronta? - perguntou assim que organizamos nossos copos em fileira ao som da música.

— Prontíssima - afirmei rindo - Um… Dois… Três e… Já!

Virei rápido o primeiro de tequila, depois o segundo e parei para respirar e fazer careta, Lucy estava do mesmo jeito. Virei logo os dois de vodka e já sentia meu estômago queimar e gritar por socorro. Só mais um, merda. Lucy ainda estava no quarto de vodka e eu aproveitei e terminei de virar o energético, levantei a mão e gritei um “acabei!”, deixando-a puta.

— Quero meus cem dólares até amanhã, linda - respondi após me recompor enquanto ainda escutava a música do The Weeknd tocar.

— Odeio você, Clark! - reclamou revirando os olhos.

Me encostei na geladeira ao meu lado e passei meus olhos pela roda de pessoas que havia se formado numa parte do cômodo. Dois homens com seus peitorais desnudos estavam sentados com as pernas abertas nas duas cadeiras no meio do círculo, enquanto duas garotas estavam sentadas em seus colos, dançando e se remexendo sob o mesmo ao som da música. Elas estavam fazendo um lap dance. A calça de um dos caras era um jeans preto, que por conta da posição deixava à mostra a barra da sua cueca branca. O outro cara, por sua vez estava com uma calça de lavagem clara com alguns rasgões e também por conta da posição deixava à mostra a barra da sua cueca preta.

O homem da calça preta estava com um copo com algum líquido desconhecido enquanto a garota esfregava sua intimidade coberta em seu pau já duro, aquilo já estava perceptível a todos. Notei que esse mesmo homem era o que tinha falado com Lucy e comigo minutos atrás e assim que me aproximei do aglomerado de pessoas seu olhar foi atraído para mim, juntamente com um sorriso sacana. A garota em seu colo virou e ficou de costas para ele enquanto rebolava e esfregava sua bunda no membro dele, com a mão descoberta o cara repousou-a na nádega esquerda da garota e mordeu os lábios, apreciando toda a vista privilegiada que ele tinha.

 

Cause girl you're perfect

Pois garota, você é perfeita

You're always worth it

Você sempre vale a pena

And you deserve it 

E você merece

The way you work it

A maneira como você trabalha

'Cause girl you earned it

Porque garota, você ganhou isso

Girl you earned it

Garota, você ganhou isso

 

Ela voltou a colocar ambas as pernas em cada lado do corpo do homem e a cada batida fraca da música ela subia e descia rebolando fraco e devagar em seu membro. As mãos dele passearam por todo o seu corpo, desde os seios até a cintura, e com isso sua cabeça foi jogada para trás, tendo seu pescoço marcado com chupões dados pela menina loira a sua frente arrancando grito de todos. A música logo foi parada e logo começou a tocar desde o início, fazendo assim as garotas saírem do colo dos caras. A batida fraca do início gerou alguns cochichos e logo a mão do homem de mais cedo foi levantada e foi erguida, apontou o dedo para mim e me chamou para mais perto. Puta merda, puta merda!

— Ele tá te chamando, loirinha - um garoto ao meu lado falou rindo e eu a olhei nervosa.

— Vai lá, linda - me empurraram para dentro da roda.

Porra… - cadê a vagabunda da Lucy?

— Senta gostoso, em! - gritaram e eu me aproximei devagar do cara a minha frente.

— Senta gostoso… - ele repetiu mordendo os lábios e batendo em seu colo.

— Cara, não dá… E-eu…

— Só senta e aproveita. Te garanto que vai ser bom - silabou e piscou.

— Eu tô de v-vestido e… - tentei negar.

— Te ajudo com as minhas mãos - riu sacana e me chamou novamente batendo em suas pernas.

— Manda ver, magrela! - escutei Hoslyn gritar de longe e eu me arrependi mentalmente de ter vindo com ela.

Se bem que se eu aproveitasse o momento não ficaria tão ruim assim…

Fui movida pelo fogo e pelo pedido e sentei rápido em seu colo, colocando uma perna de cada lado do seu corpo e fazendo com o que meu vestido subisse rapidamente. As mãos grandes e os seus dedos grossos repousaram em minha bunda cobrindo a possível parte dela que estava à mostra e com isso seu quadril criou mais pressão sob o meu. Ele estava tão duro… Puta merda.

— Eu vou cuidar de você - repetiu baixo em meu ouvido uma parte da música e eu tossi - Rebola devagar, linda. Devagar e bem gostoso - pediu lentamente ao escutar a música.

Engoli em seco e passei os olhos por seu peitoral desnudo fazendo com o que ele risse baixo, rolei meus olhos pelas pessoas ao nosso lado e procurei Lucy, não a achando.

— Pode passar a mão, linda - disse me chamando a atenção - Todo seu.

Respirei fundo e ele apertou devagar minhas nádegas. Escutei meu nome ser chamado há metros de distância e notei que os gritos eram de Lucy. Obrigada! Olhei para o lado e ela tentava me alcançar passando pelo aglomerado de pessoas.

— Puta que pariu, Candice! - ela gritou vindo em minha direção.

— Graças a Deus - murmurei ao ser puxada por ela e me levantei do colo dele.

— Enlouqueceu? - murmurou em meu ouvido irritada enquanto me puxava para fora de toda aquela aglomeração - Justin vai me matar… - disse baixo e eu acabei escutando.

— Justin? O que ele tem a ver com isso? Você falou com ele? - perguntei perdida.

— Fica quieta - suspirou irritada assim que estávamos em um lugar mais calmo.

— O que vocês conversaram? - perguntei curiosa insistindo.

— Nada - disse seca e respirou fundo.

O que merda Justin tinha falado pra ela? Inferno.

— Ele não vai saber de nada disso, escutou? - disse brava dirigindo-se a mim - Nada, absolutamente nada. Nada disso aconteceu.

— Até porque não tem necessidade dele saber - confirmei e ela me olhou afirmando.

— Certo. Vou tentar fazer alguma coisa pra me distrair, não se mete em merda - pediu e se afastou.

Um alvoroço ao meu lado foi ouvido e dois jovens brigavam, arrancando gritos das pessoas ao redor. Me afastei e fui para o lado de fora da casa, na finalidade de respirar um ar mais fresco e frio. Péssima ideia. O ar estava impregnado com a fumaça de cigarros e a parte de fora da casa estava repleta de pessoas. Respirei fundo e fui para o estacionamento, onde estava o carro de Hoslyn. Lá também tinham algumas pessoas, mas em uma quantidade bem menor do que do lado de fora da casa. Cheguei perto do carro preto e me sentei no capô com cuidado para que nenhuma peça do meu vestido arranhasse o lugar.

Olhei para o céu e vi como ele estava iluminado, repleto de estrelas brilhantes. Lembro-me que nos últimos momentos de vida meu pai pediu que quando eu sentisse saudades olhasse para o céu com a mão no peito e observasse a estrela mais brilhante dentre todas as outras, essa estrela seria ele. Ele iria me escutar quando eu precisasse de ajuda ou quando eu percebesse que não dava mais para suportar a dor de perdê-lo. Eu ainda lembrava disso, como se fosse ontem, eu lembrava da sua feição tristonha e dolorida que tentava me passar calmaria, dizendo que tudo ficaria bem. O problema era que nada ficaria bem naquela merda, e eu tolinha como sempre, acreditei em cada palavra otimista vinda da boca dele.

Fiz menção de colocar a mão em meu peito mas fui interrompida pela voz do grotesco do Apolo, me fazendo piscar e interromper a lágrima que ousava cair do meu olho.

— Ora, ora, ora. O que temos aqui?! - zombou rindo bêbado enquanto aproximava-se de mim - A penetra e excluída Candice Clarkson - debochou levando a lata do energético para a boca.

— Excluída? - ri alto e me levantando do capô.

— Excluída! - gritou levantando a lata para o alto - Uma vadia excluída!

— Vagabundo! - me aproximei dele acertando seu rosto com um tapa.

Seu cabelo grudado em sua testa suada seguiu o movimento do seu rosto assim que acertei sua bochechas, um pouco do energético foi ao chão e sua mão desocupada foi no lugar atingido. Com a cabeça baixa ele ergueu o olhar e me olhou rindo alisando a bochecha vermelha.

— Vadia - riu de lado falando baixo - Me bate assim quando eu estiver metendo em ti, porra - disse entre dentes malicioso lambendo os lábios.

— Você é tão ridículo, Apolo… - neguei com nojo e dei passos para trás ao notar seu corpo mais perto do meu.

— Seria mais excitante você dizendo isso de quatro, com a bunda bem na minha cara - rebateu baixo.

— Sai daqui, porra! - falei irritada batendo em seus ombros e consequentemente fazendo a lata de energético cair no chão.

— Amo essa tua marra - entortou a cabeça para o lado com um tom malicioso enquanto chegava em mim - Você fica bem mais gostosa assim…

— E você fica bem melhor longe de mim - rebati com nojo tentando me esquivar.

— Não foge, vadia - me agarrou e eu tentei dar um tranco com um braço - Tô afim de beijar essa tua boquinha hoje, mesmo estando aqui sem o meu consentimento. Quero tu me chupando hoje, bem devagarzinho. Só de imaginar essa tua boquinha deslizando no meu pau, esses lábios rosadinhos, ah porra! - apertou seu membro sob a calça e eu rosnei.

— Me solta, nojento de merda! - gritei.

— Não antes de um beijo - zombou e colocou seus lábios no meu.

Ele colocou em uma rapidez extrema sua mão atrás do meu pescoço e me puxou para ele, forçando-me a beijá-lo. Seus lábios continham vestígios de energético e o cheiro de álcool em seu corpo era horrível. Empurrei seu peitoral e pela força que ele usava acabou machucado meu pescoço, aquilo ficaria vermelho. Soquei seu ombro e ele trouxe sua boca dessa vez para o meu pescoço, chupando o local como um animal. Levantei meu joelho e bati o mesmo em seu membro, bati novamente em sua bochecha e puxei seus cabelos.

— Vai pro inferno, cachorro! - gritei e cuspi em sua cara correndo para longe do ser ridículo a minha frente.

Eu precisava voltar pro apartamento, agora.


 

Ponto de Vista Justin B.

 

Atlanta, 09:20 p.m, 20/04/2015

 

Estávamos na minha casa Theo, Chaz, Ryan e eu enquanto terminávamos de organizar os grupos da brincadeira. Ryan tinha comprado quatro armas de paintball, sendo três para mim e eles dois e uma pequena para Theo. Já se passavam das nove da noite, mas ninguém ligava.

— Eu e Theo contra vocês dois - apontei para Chaz e Ryan enquanto terminava de ajeitar a roupa de Theo.

A segurança era sempre em primeiro lugar, então nós vestimos roupas confortáveis e grossas, luvas e não esquecemos da máscara.

— Suave - Chaz assentiu colocando sua máscara e foi seguido por Ryan.

— Já esconderam a bandeira de vocês? - perguntei e eles afirmaram - Beleza, todos aos seus postos.

Entreguei a arma pequena com munição para Theo e peguei a minha, nos escondemos atrás do sofá e Ryan e Chaz atrás da parede da cozinha.

— Olha, se a gente estiver perdendo você cai no chão e finge que se machucou, então eu corro e pego a bandeira deles - falei baixo para Theo e ele assentiu rindo.

— Você escondeu nossa bandeira?

— Sim. Está lá na porta do meu quarto - respondi.

— Que cor é a deles?

— Laranja. E a nossa amarela.

— Preparar, apontar, já! - Chaz gritou

As bolinhas coloridas começaram a nos acertar e ora ou outra eu tentava ajudar Theo a mirar bem. Sem querer ele acabou acertando no pau de Ryan, mas nada que depois não passasse. Ri alto e uma bolinha laranja foi mirada na minha testa, acertando em cheio. Revidei atirando várias outras em Chaz e Theo se jogou no chão atrás do sofá, se protegendo.

— Vai tentar pegar a bandeira que eu dou cobertura - silabei e ele assentiu saindo do lugar.

Ele tentou chegar perto do início da escada mas foi acertado por dezenas de bolinhas coloridas vindas das armas de Chaz e Ryan.

— Abortar missão, soldado. Abortar missão! - ele gritou voltando para trás do sofá.

A mira de Theo era horrível. Ele mirava no ombro de Ryan e acabava indo para a geladeira, mirava na testa e ia na parede. Por Deus! Atirei rápido em Ryan e ele parou por ter machucado algo. Aproveitei a distração e tentei me aproximar mas acabei levando um tiro bem na lente da máscara.

— Atira neles, Theo! - gritei.

Pela segunda vez a mira de Theo tinha sido acertada. De primeira ele acertou na barriga, depois na testa.

— Se aproxima deles e cai no chão, baixinho - pedi e ele assentiu.

Theo foi de mansinho e acabou sendo acertado por mais bolinhas, ele tava todo colorido. Caiu no chão e fingiu uma cara de dor, bom ator!

— Ei, ei! Para aí, Ryan. O carinha se machucou - Chaz pediu aproximando-se de Theo assim como o testudo.

Fingi me aproximar e com a distração corri para a escada, indo rápido em direção ao andar de cima. Escutei alguns xingamentos e o riso de Theo e infelizmente fui atacado por uma bolinha na minha nádega esquerda. Continuei o trajeto e encontrei a bandeira grudada na porta do último quarto, voltei para o andar debaixo e eles me olhavam putos.

— Tá zoando comigo né, porra?! - Ryan esbravejou com os braços cruzados.

— Ganhamos! - levantei a bandeira batendo na mão de Theo.

— Ganharam meu cu! - Chaz disse revoltado lançando o dedo do meio - Roubando quem é que não ganha, né?

— Não quero ganhar teu cu não, Charles. Pode ficar com ele - debochei e ele revirou os olhos.

— Tu é um f…

Ryan foi interrompido pelo som do meu celular no sofá que tocava, indicando que alguém me ligava. Franzi o cenho e fui ver quem era, rolei os olhos pelo ecrã e li o nome da Candice. Que merda tinha acontecido dessa vez?

— Oi? - falei assim que atendi.

— Pode vir ficar comigo? - disse calma e sonolenta.

— O que aconteceu? - bufei.

— Nada - riu. Bêbada de novo não, porra!

— Não acredito que tá bêbada de novo, Candice! - esbravejei.

— Só bebi um pouquinho - riu fraco - Tipo, um tiquinho de nada.

— Tá legal, e eu sou o Leonardo DiCaprio - zombei.

— Ele é lindo - riu e eu revirei os olhos.

— Onde está?

— Num Motel - disse séria.

— Oi?! - gritei alto e ela riu.

— Tô brincando, bobinho. Tô no meu apartamento - respondeu calma.

— E porque diabos você me quer ai?

— Porque sim! - rebateu rápido - Quero dormir com você e quero que cuide de mim. Tô precisando de você agora.

— Virei babá agora, Clark? - zombei pegando as chaves do carro.

— Sim! - riu alto e eu neguei do mesmo modo.

— Tô chegando - avisei e desliguei.

Antes de ir troquei de roupa, expliquei tudo para Chaz e Ryan e pedi que eles ficassem com Theo essa noite.


 

{...}

 

A porta do apartamento de Candice estava entreaberta e assim que a empurrei encontrei a loira jogada no sofá, olhando para o teto. Assim que ouviu o rangido da porta ela olhou para mim e sorriu.

— Pensei que não vinha - disse baixo e eu me aproximei fechando a porta.

— Pensou errado - ri baixo já fazendo força para colocá-la em meus braços.

— Senti saudade de você - disse séria e devagar enquanto colocava as mãos em minhas bochechas e me beijava.

— Também senti sua falta - ri de lado a beijando novamente e a acomodei. em meus braços.

— Estou morta - reclamou comigo subindo os degraus.

— Na verdade, você está bem viva - rebati abrindo a porta do seu quarto e ela revirou os olhos.

— Não, não, não! - gritou ao perceber que eu a levava para o banheiro - Por favorzinho, banho não! - choramingou.

— Qual é, babe… Você precisa tomar banho - entortei a cabeça para o lado e ela fez biquinho ainda nos meus braços.

— Tomo quantos banhos você quiser amanhã, mas hoje não. Por favor - pediu novamente e eu bufei assentindo.

— Certo. Mas pelo menos temos que tirar seu vestido, amor - falei e ela assentiu fechando os olhos.

Puxei o cobertor da sua cama e coloquei devagar seu corpo na mesma, a virei de costas e abri o zíper do vestido, o puxei e a deixei apenas de calcinha, já que ela estava sem sutiã.

— Deita aqui - bateu no espaço que ela havia deixado para mim.

Ri de lado e tirei meu tênis, minha calça e minha blusa, ficando apenas de cueca, puxei o cobertor e enrolei nós dois.

— Agora coloca a mão aqui e mexe até que eu durma - pegou minha mão a colocando em seu cabelo mandona e eu ri baixo.

Obedeci ao ser loiro a minha frente e mexi em seus cabelos. Não tinha demorado muito até que ela dormisse, eu diria menos de dez minutos. Puxei algumas mechas para trás da sua orelha e parei meu olhar em sua expressão suavizada. Sua pele e olhos marcados com vestígios de maquiagem eram perceptíveis e seus fios encaracolados do mesmo jeito. Os traços bem desenhados do seu rosto e todo o corpo eram incríveis, aquela garota era completamente incrível. Sua cintura bem definida acompanhada por um quadril médio e bunda arredondada eram de deixar qualquer homem louco. Seus olhos azuis eram hipnotizantes e seus lábios rosados eram convidativos até demais. Sem dúvida eu era um tanto quanto sortudo. Em pensar que minhas mãos já passearam por todo aquele corpo era ridiculamente gratificante, pelo amor de Deus o que eu estou falando?!

Parei com todos aqueles pensamentos e meu coração acelerou, merda, merda, merda! Eu estava fodido. Estou criando sentimentos por Candice! Porra! Inevitavelmente criei sentimentos por esse ser loiro a minha frente, e eu não a culpo. Ela não tem culpa. O único culpado aqui sou eu, por estar apaixonado. Merda, merda! Estou me apaixonando! Ficando um puto fodido. Um puto fodido apaixonado por Candice Clarkson.

 


Notas Finais


TRAILER::::::::::::: https://www.youtube.com/watch?v=NvOLmXQYyr4 ::::::::::


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