História Green of Love - Ele tem um ar misterioso

Tinha se passado uma semana, e eu a a Annie nos tratávamos como irmãs, vivíamos grudadas. Só nos desgrudávamos para ir no banheiro. Pra dormir, as vezes eu no quarto dela, e as outras ela no meu. Era como se nós conhecêssemos desde sempre. A Milena e a Sarah estão uma fera comigo, ciúmes. Mas sempre que posso eu falo com elas pelo skype. Minha mãe vai vir morar aqui comigo, ela é casada então vão vir o meu padrasto que no caso é o Pedro , a minha irmãzinha e o filho do Pedro ele tem 18 anos, nunca o conheci, ele morava com a mãe, mas agora que o pai vai viajar quer vir pra cá. A casa vai ficar cheia, mas dá pra todo mundo. A Annie vai dormir no mesmo quarto que eu, minha mãe o Pedro no outro, a Lucy no da Annie e o Guilherme no escritório. O escritório é grandinho, dá pra ele. A Tia Marie vai continuar no quartinho dela, a Annie horrorizada fico falando como que eu tinha coragem de deixar minha “tia” dormir no quartinho de empregada e fazer tudo na casa, eu tive que explicar tudo pra ela, ela entendeu que “tia” é uma forma carinhosa deu chamar ela.

   Os meninos tinham acabado de entrar em turnê, quando eu digo acabado, eu quero dizer acabado, acabado mesmo, tem  pouco tem que deixamos eles no aeroporto, confesso que eu chorei um pouquinho, a Annie também, ela virou muito amiga do Louis, assim como eu sou do Harry, um faz merda os dois pagam. Ela e o Harry ficaram, mas decidiram ser só colegas mesmo, por que eles não se gostam e blá, blá, blá.

   O Nathan é um fofo, agora a gente se fala bastante por mensagem ou skype, ele é meu amigo e da Annie também, está até ajudando a Annie com o Tom, o que é engraçado os dois conversando sobre isso. O Jay, nunca mais falou comigo, eu achava que ele nem se lembrava, mas o Nath me garantiu que sim, por que contou tudo pra ele.

   A gente está no banheiro do Aeroporto retocando a maquiagem, que estava borrada por causa do choro. Aproveitamos que o voo da minha mãe irá chegar 1 horas depois da saída do dos meninos e ficamos no Aeroporto mesmo.

-Guria, trouxe o lápis de olho?- A Annie me pergunta. É ela agora chama todo mundo de Guria, até os meninos.

-Tá aqui- Digo passando o mesmo para ela- E o rimel?

-Ta na bolsinha. – Ela diz

-Você acha que minha roupa ta boa?- Pergunto me olhando no espelho. Eu estou com uma T-shirt branca do System of Down, uma bermuda Jens clara , uma supra bege de camurça e um cardigã preto. Meu cabelo estava solto com uns cachinhos só nas pontas.

-Cara já disse que você tá arrasando gata!- Ela disse como se fosse obvio me fazendo rir – Mas por que a pergunta, você nunca me pergunta isso.- Ela diz e me olha se lembrando de alguma coisa- É por causa do menino né? O tal de ...- Ela tenta se lembrar mas não consegue.

-Guilherme- Digo

-Isso.- Ela diz e ri- Tem algum interesse?

-Olha, eu nunca vi ele na vida, minha mãe disse que ele é um deus grego, eu não confio muito em como minha mãe define “ beleza” , mas o que me resta é acreditar.- Digo supirando- Eu preciso de alguém, alguém melhor que o Caio- Suspiro mais uma vez

-Tá, você faz bem, mas cuidado pra não perder ele pra mim, eu também sou linda guria!- Ela diz se gabando e eu dou um tapinha em seu obro. Ela estava com uma bermuda do USA, uma sapatilha, jaqueta de couro, uma blusinha cinza clara e o cabelo solto.

-Vamos sair daqui que esse banheiro, tá fedendo. - Disse e saímos

    Colocamos nossos óculos escuros, estávamos nos sentido celebridades.

- Olha ali aqueles paparazzi tentando tirar fotos nossas! – Digo jogando o cabelo

- Melhor fugimos, se ele vê a gente aqui vai dar polemica. - A Annie diz e me puxa pelo braço e a gente começa a correr pulando malas e desviando das pessoas.

 Até que a gente para no Mc Donald’s .

- Uma bata-frita e uma coca-cola média, pra mim por favor.- Disse a Annie pro moço

-Eu quero 2 batatas-fritas e uma coca-cola grande, fazendo o favor!- Digo recuperando o fôlego.

-Come tanto e não engorda, dá pra entender senhor?- Annie pergunta olhando pro céu, ou melhor, o teto do aeroporto.

- Para com isso – Digo e o cara chega com os nossos pedidos.

- Valeu- Digo botando a batata frita na boca.

-Falta quanto tempo pro voo da sua mãe chegar? – Ela pergunta pagando o cara

   Pego meu celular e vejo 2 chamadas perdidas de “Mãe” vejo a hora e 15 minutos da hora prevista.

- O voo já chegou, vamos logo- Digo e a gente começa a correr tomando a coca e segurando as batatas.

- Qual é o portão de desembarque?- Ela pergunta

-Acho que o 6- Digo com a boca cheia de batata

-Tu ACHA?!- Ela diz

-Fale menos e corra mais- Digo e logo avisto a Lucy

   Assim que ela me vê corre na minha direção e me abraça, só senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, eu não sabia que estava com essa saudade toda até ela me abraçar. Fico com ela no colo e ela pede o resto da minha coca, por que as batatas, meu bem, as batatas já tinham acabado.

-Mãe- Digo e a abraço forte quase esmagando a Lucy, mas ela pareceu gostar de ser esmagada- Que saudades- E mais lágrimas rolavam

-Que saudades também filha!- Ela diz chorando também

- Oi Pedro- Digo e dou um breve abraço nele

-Oi Angel, você mudou- Ele diz e eu sorri- Está mais pálida- Dou um tapa em seu braço e riu estava sentindo falta de suas piadas sem graça, ele é meu pai, meu pai de coração.

-Gente essa é a Annie - digo apresentando ela a todos

-Oi querida, você é muito mais bonita do que eu pensava, como o computador engana. - Minha mãe disse abraçando-a.

-Vocês não acreditam como foi difícil achar as malas, a mulher ficou me enrolando, ainda acho que... - Ele parou de falar assim que me viu- Ah, oi. – Ele com um sorriso sínico – Mas continuando, ainda acho que ela estava dando em cima de mim. - Eu apenas revirei os olhos e olhei para a Annie que estava do mesmo jeito que eu.

-Acho melhor a gente ir né? To cansada do clima de aeroporto. - Digo e suspiro

-Vamos que ela está cansada! – Disse Guilherme- Cansada de que mesmo?- Ele perguntou com um tom de gozação

-Cansada de ficar olhando pra tua cara de mal-comido- Digo e vou andando em direção ao estacionamento

-ANGELINA, OLHA OS MODOS- gritou minha mãe atrás de mim.

-Que babaca- disse a Annie acompanhando meu ritmo.

-Mal chegou e já está assim? Juro que eu vou acabar castrando esse cara!- Digo irritada

-Mas confessa, ele realmente é um deus grego- ela disse com um sorrisinho safado

-Eu achei ele lindo quando chegou com as malas, mas juro que depois disso eu acho ele mais feio que um gato sarnento- Digo e ela ri- Ta rindo de que?

-Eu já sei até aonde isso vai dar- Ela disse

-É realmente, isso vai acabar comigo atrás das grades por ter cometido um assassinato- Digo- Desculpa cara, queria que ele não soubesse falar inglês pra você não ter entendido a babaquice dele- digo isso

-Que nada, guria cansei!- Ela diz recuperando o fôlego.

    Nós já estávamos em frente ao meu carro

-Carro bonito.- disse o babaca- Eu dirijo, passa a chave.

-Atá bom!- Digo gargalhando – O carro é meu, eu dirijo!- Digo e entro no carro. Ele entra no banco de carona.

-Meu pai me falou tudo sobre você- Ele disse e eu olhei pra ele- você é mais estressadinha do que eu pensei- Ele disse e sorriu. Seu sorriso era lindo, ele tinha os olhos verdes intensos iguais o do pai, o cabelo arrepiado castanhos escuro, ele tinha um ar misterioso. Ele era sexy. Perai, sério que eu pensei isso?

-Já podemos ir filha! -Disse minha mãe.

-Tá muito apertado ai Annie?-Digo olhando pelo retrovisor

-Que nada, sua mãe é magrinha, sua irmã também é levinha- Ela disse brincando com a minha irmã de 5 anos no seu colo.

-Lucy, como foi viagem? Você viu as nuvens?- Disse

-Eu vi, elas parecem algodão-doce!- Ela disse- Eu quero uma pra mim, será que eu vou conseguir pegar um dia?- Ela perguntou com os olhos brilhando

-É muito perigoso, mas pode deixar eu pego uma pra você, e  quando eu pegar, vai ser a maior de todas! Você quer de que bichinho? -O Guilherme pergunta

-Coelhinho- Ela diz toda feliz.

    Eu olho sorrindo pro Guilherme e ele me olha sorrindo também

-Você vai pegar mesmo Gui?-  A Lucy perguntou

-Seu desejo é uma ordem, princesinha. - Ele disse puxando o pé dela, ela começou a rir

   Ele me olhou e sorriu, ele pode ser até um babaca, mas se ele fizer minha irmã feliz e não a magoar, juro que não castro ele.

-Chegamos!- Disse estacionando em frente a minha casa.

-Legal! – Disse o Guilherme descendo do carro

   Assim que desço do carro encaro a casa vizinha e Annie no mesmo instante se junta a mim e me abraça.

-É, eles vão voltar, esse tempo vai passar rápido, eles voltam!- Ela disse mais pra ela do que pra mim.