1. Spirit Fanfics >
  2. Green of Love >
  3. A filha que eu pedi a Deus

História Green of Love - A filha que eu pedi a Deus


Escrita por: CupcakeFunny

Notas do Autor


Eu iria postar ontem, mas aqui caiu o maior temporal e a internet caiu com ele. Eu sei, bem trágico. Esta bem merdinha esse, desculpa. Prometo melhorar!

Capítulo 18 - A filha que eu pedi a Deus


Fanfic / Fanfiction Green of Love - A filha que eu pedi a Deus

- Quero te levar em um lugar – Disse Harry

- Ta bom, só deixa eu me arrumar

  Tomei um banho rápido, coloquei uma roupa quentinha e uma touca. Olhei pro meu cabelo refletido no espelho, ele estava na cintura “hora de cortar”.

  Desci e encontrei o Harry sentado no sofá e roubando o café da manhã da Annie.

-Vamos- Falei e ele assentiu

   Fomos em direção ao seu carro, assim que entramos ficou um silencio desconfortável.

-Onde estamos indo?- quebrei o silencio.

-Você vera baixinha

-Para o carro Harry- Falei

-Pra que?

-Só para o carro.

   Assim que ele parou, desci e fui correndo em direção a uma banca. Ele continuou no carro. Observei as revistas e era exatamente o que eu imaginava, as revistas teens estavam todas com as manchetes “Quem será a tal musa inspiradora de One Direction”, “Baixinhas são o fraco de uma das maiores boybands da atualidade?” ou “Quem será a baixinha da direção?”. Só comprei algumas revistas e voltei para o carro.

-O que te deu, sua louca?- ele perguntou.

-Olha isso!- disse mostrando a revista ao mesmo

-Você pode processar e ganhar um bom dinheiro

-Como assim- perguntei confusa

-Isso é bullying, mas até da revista? Você deve ser bem baixinha mesmo.- respondeu olhando para a pista

-Seu viado- disse batendo nele

-Chegamos- ele disse e eu desci do carro

   Estávamos em um campo, tinha um lago mais a frente, vários morros todos cobertos pela grama, havia algumas pessoas, a maioria casais. Sentamos a frente de uma garota com um senhor.

-Gostei daqui- disse me direcionando para Harry

-Aqui me transmite paz e acho que é disso que precisamos- ele disse e ficou observando a paisagem.

  Estávamos em silencio, mas vozes me chamaram a atenção, pessoas estavam falando em português. As vozes vinham de trás de mim, acho que era da menina com o senhor.

-Aqui é um bom lugar para se trazer o namorado, vou trazer o meu quando tiver um.- disse a menina

-Eu mato ele antes, você só vai namorar depois dos noventa e quatro anos- ele falou

-Mas como eu vou continuar a família, sou filha única.- ela falou inconformada

Eu ri

-Adote, faça esse ato nobre- ele falou

-Boa ideia, mas ainda quero ter filhos.

-Só vai namorar depois dos noventa e quatro.

-Tsc, tsc, tsc. Escutando conversas alheias, toquinho? – perguntou Harry me encarando

-Toquinho é uma arvore pequena e agora cala a boca que eu quero escutar, Haroldo- respondi e ele riu pelo nariz.

-Mas até lá você já vai estar morto- ela disse rindo

-E isso me impede de algo?

-Vai fazer o que? Puxar meu pé de madrugada?- ela perguntou rindo e eu ri

-Vou cortar seu cabelo, vai ficar careca e feinha que só. Alem de não arrumar namorado, toda a vez que se olhar no espelho vai lembrar de mim.- Ele disse e ela soltou um soluço, acho que estava chorando- Não fica assim minha filha.

-Você é muito burro, alem de se chamar de careca, ainda se chama de feio.- ela disse e ele riu

  Ela correu e ele correu atrás dela, ele nem era velho, deveria ter seus quarenta e poucos anos. Ele a derrubou um pouco a frente onde eu e Harry estávamos sentados.

-Sai de cima de mim seu gordo!- Ela gritou

-Me chama de feio de novo agora, quero ver.- ele disse

-FEIO- ela disse e ele imobilizou ela- SOCORRO!- ela gritou em inglês e ele riu

-Será que ela precisa de ajuda? – perguntou Harry, neguei com a cabeça

  Ele a soltou e caiu ao seu lado ofegante

-Pai, respira! Por favor!- Ela pediu com a voz chorosa- Se eu pudesse te dava meus pulmões- ela disse chorando e uma lagrima caiu do meu rosto, que foi? É triste.- Por que você não faz as quimioterapias e radioterapias? Eu preciso do senhor!

-Você sabe, se eu morrer, que eu morra quando Deus achar que é a hora certa, não eu. – Sorri, ele estava certo

-Mas pai, você não pode me deixar! Eu preciso de você, quem eu vou chamar de careca, quem vai me levar pra passear, quem vai me ninar e mimar, quem eu vou chamar de pai? Em fala!- ela disse soluçando e ele soltou uma lagrima.

   Eu também sentia muita falta do meu pai.

-Você vai achar o amor da sua vida filha, e ele vai cuidar muito bem de você- ele disse deitado ainda ofegante no chão.

-Agora você mudou de ideia, né?- ela disse e ele soltou uma risada- Pai, não me deixa. Por favor.

  Eu sabia a dor de ser deixada pelo pai, mas pelo menos agora não era escolha dele.

-Eu tenho um câncer em estagio avançado, não tem como. Você vai achar alguém, ele vai te entender, vai ser idêntico a você. Vai amar jogar futebol, vai ser preguiçoso, vai brigar por comida com você...- ela o interrompeu

-Credo pai, a comida é só minha. Se ele for o amor da minha vida não vai tira-la de mim.

-Posso continuar a filosofar?- ela assentiu e eu ri. Eles eram o tipo pai e filha perfeitos.

-Ele é talentoso igual a você, vai pensar da mesma forma. Só vai ter um problema, é teimoso e palhaço igual a você. Ah, e convencido também!- ele disse e ela o olhou confusa

-Por que isso é um problema?

-Por que imagine dois de você, vai dar briga pra tudo que é lado. Mas você vai saber assim que você tiverem a primeira briga, vai saber que ele é o amor da sua vida.- ele disse

-E como é que você sabe?

-Eu sou foda!- ele falou e ela riu, mas ainda chorando. Ai eu percebi que já estava afogada nas minhas lágrimas.- Deus me mostrou, minha linda. Eu fiz minha escolha, e ela foi proteger você e para te proteger eu tenho que saber das coisas, e Deus me mostrou tudo que eu tinha que saber. Ele vai te amar da mesma forma que eu te amo, ele vai cuidar de você igual, ou até melhor que eu. Só não deixe ele escapar.- ele disse e eu solucei, o Harry me olhou confuso.

-Você é bipolar pai, acabou de falar que eu só vou namorar depois dos noventa e agora vem me dizer como vai ser o amor da minha vida- ela disse sorrindo

-Eu juro, vou fazer de tudo que eu puder, pra você só achar ele depois dos noventa.- ele disse

-Eu não vou deixar

-De la de cima, vai ser muito mais fácil, eu creio.- Ela soltou mais umas lágrimas e soluços. E eu também.- Eu te amo...- ele disse fraco- Não esqueça de dizer pra sua mãe que eu vou morrer amando ela para sem...- Então a voz dele acabou e seus olhos viraram na orbita.

-SOCORRO!- ela gritou desesperada e eu corri em sua direção com um Harry confuso atrás de mim- Ajudem meu pai, por favor.

-Vou chamar uma ambulância- disse Harry

-Não, as ambulâncias demoram muito. O que eu faço?- ela perguntou

-A gente leva ele pro hospital- Disse e o Harry pegou o pai dela no colo o levando para o carro.

-Obrigada- disse ela soluçando, até eu estava soluçando.

Entramos no carro e fomos direto ao hospital. Ficamos esperando na sala de espera, ela não parava de chorar nem um minuto, de vez em quando minhas lágrimas caiam.

-Menina- chamei ela se virou pra mim- qual seu nome?

-Rose- ela disse- Muito obrigada mesmo.

-Não foi nada. Se não for incomodo, tem como explicar a história?- perguntei com um sorriso sem graça. Harry tinha ido resolver um negocio da banda com os meninos, eu tinha ficado com ela.

-Eu sou brasileira, morava com a minha mãe. Vim morar com meu pai esse ano, tem apenas alguns meses, vim por causa do meu intercambio. Meu pai tem câncer no pulmão, descobriu quando já estava avançado e a cirurgia não era mais uma opção. Só o restava fazer quimioterapias e radioterapias para prolongar seu tempo de vida. Ele só tinha mais cinco meses de vida, hoje é o quarto. Ele é o meu melhor amigo, ele é meu tudo, minha vida, ele é meu pai!- ela disse chorando e eu chorava junto com ela.

-Parentes de Paulo Ribeiro?- perguntou uma enfermeira gordinha

-Eu – Disse Rose.

-Ele não resistiu a cirurgia de ultima hora, teve hemorragia interna. Me desculpe, meus sentimentos.- disse e ela ficou em prantos, a enfermeira a abraçou, logo eu a abracei também.

-Rose eu estou aqui, tudo vai ficar bem.- disse a ela

-Eu perdi meu pai... Qual o seu nome?

-Angelina, mas Angel, por favor- disse a abraçando

-Eu perdi meu pai Angel, você não tem noção de como dói.- ela disse debulhada em lágrimas.

-Eu tenho, mas o seu te amava e não foi embora por que quis.- disse e ela me olhou confusa- Meu pai me deixou quando eu tinha nove anos, e levou com ele o meu irmão. Ele me abandonou e levou com ele o meu melhor amigo, eu não vejo eles desde então- disse chorando e ela me abraçou forte.

-Desculpa, eu não sabia...- ela disse

-Ninguém sabe.- suspirei- Mas agora, vamos parar de chorar, por que eu como sou curiosa e mal educada, escutei a conversa de vocês. Ele disse que você tem uma coisa a fazer agora.- disse

-Ah, eu não quero lavar a louça!- ela disse e eu ri.

-Vamos encontrar o amor da sua vida!- disse e ela gargalhou

-Calma, eu só tenho dezesseis anos.

-E eu dezessete- disse e ela sorriu

-Mas eu não tenho pra onde ir, vou ter que voltar para o Brasil e perder um ano na escola.- ela disse chorando

-Como assim?

-Eu moro... Morava com o meu pai, só tenho... Tinha ele de parente aqui. Pra eu continuar preciso de uma família receptora.- ela disse

-Não seja por isso, você fica comigo- disse e ela sorriu

-Tem certeza? A despesa com comida vai ser grande- ela disse, mas só pra esclarecer, ela é magra. Bem magra.

-Ela já é grande- disse e ela riu

   Fomos para a minha casa de ônibus, ela era bem legal.

-Mãe cheguei!- gritei- Quero todo mundo aqui na sala agora! Tenho um comunicado a fazer.- disse e logo todos apareceram menos o Guilherme- Cade o Gui... Guilherme? – perguntei

-Ele já foi para o aeroporto- disse minha mãe e eu me controlei para não chorar

-Continuando, essa é Rose...- expliquei toda a história para eles, eles ficaram em silencio e o clima ficou meio tenso.- Eu vou cuidar dela, ela vai ser responsabilidade minha. Como se fosse uma filha!- disse

-Então cuide bem da sua filhinha- minha mãe falou e eu a abracei.

-Então ela fica no quarto que era do Guilherme- disse Pedro e eu beijei sua bochecha

-Rose, depois a gente ajeita tudo, as papeladas do intercambio, fala com a sua mãe, vamos ao necrotério, decoramos seu quarto, nos conhecemos melhor... Mas agora eu preciso te apresentar a família... Família de amigos. – disse e ela me abraçou

-Obrigada, obrigada, obrigada! – ela disse me abraçando forte.

   Mandei uma mensagem para os meninos e para as meninas, só o Louis que não estaria lá, tinha ido ver um desfile da Eleanor. Mas enfim, marquei na casa do Harry em meia hora, a Rose foi tomar banho, e eu fui em meu quarto e avistei um bilhete em cima da cama. Era do Guilherme.

“Foi tão bom, pequena, a gente se gostar, foi a melhor coisa que me aconteceu. Mesmo que acabe, não faz mal. Quer dizer, mal faz, mas o bom que foi, a gente não perde. E quando eu voltar, puxa vida, heim  pequena, quem sabe? Der repente dá certo! Gui –xx”

- Esse garoto sempre me surpreende- disse  baixinho e sorrindo.

- Vamos Angel?- disse Rose entrando no meu quarto com os olhinhos vermelhos e um pouco inchados.- Você ta com uma cara de drogada- ela disse rindo

- Você também!- disse rindo da cara dela- Vamos

   Chegamos a casa do Harry e todos estavam lá.

-Oi gente- disse e cumprimentei todos.-  Expliquei toda a história trágica para eles.

-Nossa nossos sentimentos ... Qual seu nome?- perguntou Perrie

-Rose- respondeu a mesma

-Prazer, Jack.- Disse Niall estendendo-lhe a mão

-Cantada na minha filhinha, Jack?- eles riram

-Então Jack, nunca vá em um cruzeiro. Você pode se dar mal, muito mal- disse Rose fazendo todos rirem, inclusive Niall.

-Você não conhece a gente?- perguntou Zayn, esse garoto ta com sono. Não deve ta dormindo...

-Claro que conheço... Vocês são aquela banda com nome de seita satânica... Qual é o nome mesmo?- ela pensou e eu, Perrie e Danielle começamos a rir da cara que os meninos fizeram quando ela falou “seita satânica”- One Direction, não é?- eles assentiram

-Você não curte as nossas músicas?- Perguntou Harry

-Curto, são legais. Mas eu sou prisoner- eles fizeram cara de tédio e eu pulei no pescoço dela comecei a beijar seu rosto.

-Meu Deus, isso foi destino. Não... Foi seu pai! Obrigada tio, essa foi a filha que eu pedi a Deus- disse e eles riram. 


Notas Finais


Obrigada por ler e por ter favoritado.
Comentem, please.
-xx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...