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História Grêmio Estudantil - Vinte e cinco minutos


Escrita por: Ovomaltina

Notas do Autor


Antes de qualquer coisa, queria agradecer pelos favoritos e comentários. Ainda não respondi todos, mas farei isso logo.

- O capítulo não foi betado.
- Os próximos capítulos terão, em média, o mesmo tamanho que esse.
- O próximo capítulo só será postado após o Enem, ou seja, em novembro. Espero que vocês compreendam, mas vida de vestibulando não é mesmo fácil.
- Espero que gostem do capítulo. Críticas bem construídas são bem vindas. Beijos!

Capítulo 2 - Vinte e cinco minutos


Fanfic / Fanfiction Grêmio Estudantil - Vinte e cinco minutos

Grêmio Estudantil

 

Capítulo 02 – Vinte e cinco minutos.

 

Não existe nada tão horrível quanto uma história não contada.

Victoria Aveyard, Canção da Rainha.

 

Por: Ovomaltina

 

O vídeo vazado e a masculinidade fragilizada.

Hoje cedo recebi um vídeo quentíssimo enviado por uma das minhas fontes mais confiáveis. O vídeo, de exatos três minutos, mostra dois rapazes mantendo relações sexuais dentro do vestiário masculino do time de basquete mais famoso da cidade, os Lobos.

Os garotos, que além de serem estrelas do time, também ocupam cargos relevantes dentro do Grêmio estudantil, aparentavam estar sob efeito de drogas.

Ressalto que este blog não irá divulgar nomes. O vídeo foi entregue nas mãos do Diretor e a equipe deste blog, assim como a editoria do jornal, espera que providências sejam tomadas.

Karin Uzumaki.

Em tantos anos de tradicionalismo daquela Instituição, nunca os alunos viram tanta confusão em vinte e cinco minutos de intervalo.

A nota publicada no blog do jornal, na coluna de Karin, uma das mais acessadas da cidade, havia sido postada há pouquíssimos minutos e já causava reboliço em cada metro quadrado da Shawnigan Lake.

O intervalo acabaria logo e Naruto, um dos astros dos Lobos e vice-presidente da Taka, estava em choque com aquilo tudo. Quando soube que Sasuke se encontrava na editoria do jornal da escola, pensou que talvez ele estivesse conversando com Sakura a respeito do que estava acontecendo, mas ficara surpreso em saber que nem mesmo a sua amiga de infância, responsável pelo editorial do jornal, sabia da notícia que Karin publicara.

— Naruto, eu não fazia ideia. Ela nunca atualiza o blog na parte da manhã, sequer fui avisada sobre isso.

Pronunciou-se Sakura, em uma tentativa consciente de defender-se dos olhares acusatórios que o amigo lhe direcionava.  

— Mas não vejo nada de errado na nota que ela publicou. Teria meu aval de qualquer forma.

Sua voz soara simplicista, mas desafiadora para os ouvidos de Sasuke. Sabia o quão Sakura era competitiva e inescrupulosa quando o assunto se tratava daquele jornal. Amava-a como pessoa, odiava-a como profissional e dificilmente aprenderia a lidar com isso.

— Sasuke, cara... Eu não faço ideia de quem sejam os moleques.

Comentou o Uzumaki, ainda consternado com o que estava acontecendo.

Para Naruto, quando Sasuke o convenceu, juntamente com os rapazes do time, a montarem uma equipe para competir no Grêmio Estudantil, não fazia ideia que compraria uma briga tão grande com Sakura e os Betas, a equipe que a garota liderava.

Até mesmo Hinata, sua namorada com quem ele nunca havia sequer discutido durante dois anos de relacionamento, estava irritada devido ao acontecimento dos últimos dois meses.

Quando a Taka venceu as eleições, Hinata havia jogado em sua cara o quanto foi injusto e desmerecedor da parte deles entrarem de supetão nas eleições. Apesar de terem vencido democraticamente, não podia negar que de certa forma, as eleições foram desleais.  

Eram muito mais populares e amados pelos alunos do colégio. Logicamente venceriam com facilidade, independente de suas propostas de campanha pra lá de fantasiosas, como por exemplo, melhorar a qualidade dos lanches oferecidos pela cantina. Aquilo era uma instituição particular de ensino, sequer tinham o poder para intrometerem-se nos contratos alimentícios do colégio. Chegava a ser absurdo e beirava ao ridículo que os alunos acreditassem naquelas promessas. Todavia, os estudantes não se importavam. Eles só queriam eleger os heróis do basquete. As questões políticas da escola pouco interessavam.

O quadro havia mudado drasticamente quando Sakura decidiu usar do seu poder midiático para atacar de forma descarada sua equipe.

Tudo parecia ter se tornado um campo de guerra. Campo esse que ele não tinha a condição de escolher lados.

— Quem é a fonte, Sakura?

Sasuke estava focado em achar uma solução para aquele problema. Não se importava com quem os caras do seu time estavam transando ou se entre si, gostavam de se comer. A imagem de sua equipe estava em cheque. Se aquela notícia chegasse aos ouvidos dos Mambas, principal adversário dos Lobos, seriam caçoados para o resto de suas vidas acadêmicas.

A Haruno ponderou se devia responder aquela pergunta. Conhecia o ex-namorado o suficiente para saber que pontos não ficavam soltos sem nó. Sasuke não dizia coisas involuntárias, tampouco fazia perguntas sem objetivo.

— Não conheço as fontes de Karin, mas presumo que isso não seja da sua conta.

Foi grossa, curta e cínica. Estava mentindo de forma deslavada. Conhecia algumas fontes de Karin porque também eram suas, mas era claro e evidente que jamais entregaria, do contrário, que tipo de jornalista rude se tornaria?

Sasuke riu de nervoso. Estava irritado, decepcionado e, muito em breve, com o orgulho jogado as traças.

Sentia-se esgotado de tentar repetidas vezes dialogar com Sakura, de tentar procurar soluções amigáveis com quem só queria terminar de foder com sua vida.

— Amor, como você é mentirosa.

O deboche contido em seu tom de voz era um desaforo para ela. Considerou não engolir tamanha petulância e jogar mil e uma verdades em sua cara. Entretanto, não podia negar que Sasuke tinha razão. Ela era mesmo uma mentirosa, embora não tivesse constrangimento algum em relação a isso.   

— Ei, cara. Gaara mandou uma mensagem dizendo que o treinador quer falar conosco.

Deu graças a Deus que Naruto interrompeu a troca de farpas que surgiria ali. Sasuke a encarava com tanta cólera, que podia jurar que o chão fora tirado debaixo dos seus pés por segundos aterrorizantes.

Odiava Sasuke. Detestava com todas as forças os sentimentos conturbados que sempre eram atirados em sua direção quando dividia o mesmo espaço físico que ele.

Horas pensava que ainda amava-o. Horas outras, desejava que ele fosse atropelado por um caminhão de mudanças.

Assim que os dois deixaram sua sala, não pensou duas vezes antes de entrar em contato com Karin, mas fora sem sucesso.

A colunista de fofocas conhecida por ter dedos mortíferos e uma língua venenosa, era bastante popular entre os alunos e o corpo docente daquela Instituição. Alguns a amavam, outros torciam para que sua morte fosse lenta e bastante dolorosa, mas a verdade era que Karin foi uma das principais responsáveis pelo Jornal do Instituto Shawnigan Lake ter crescido tanto. Seu blog pessoal era o mais acessado de Konoha e sua coluna no jornal a mais lida.

Não duvidava da credibilidade de suas notícias, tampouco de suas fontes. Entretanto, dizer que dois vangloriados atletas do time estavam mantendo relações homossexuais dentro das dependências do colégio era muito grave.

A Instituição era conhecida e admirada por manter um sistema educacional rígido e postura que cedia aos padrões mais tradicionalistas e, como Konoha era uma cidade pequena, os valores tradicionais eram bem visíveis nos hábitos da população local. Sakura recordava-se bem de como foi uma luta conseguir fazer com que maquiagens fossem liberadas para livre uso dentro das dependências acadêmicas.  Demonstrações de afeto com o sexo oposto ainda eram rigorosamente proibidas, quiçá exibir uma relação homoafetiva pelos corredores do lugar, isso resultaria em punições severas.

No laboratório de química, durante toda a aula, não se falava em outra coisa que não fosse a bomba lançada pela colunista ruiva.

Não havia prestado atenção em absolutamente nada. Contou os segundos para que a aula terminasse e pudesse saber mais sobre o caso.

Jurou ter ouvido um garoto comentar que o treinador chamou o time e deu um sermão daqueles em todos eles e, só de imaginar o quanto Sasuke ficava irado quando alguém se atrevia a lhe chamar a atenção, sua veia investigativa pulsava de uma forma absurda. Era o cúmulo como editora chefe do jornal, saber tanto quanto os alunos de inteligência mediana sabiam. Precisava de informações logo ou ficaria louca.  

 

--

 

Assim que chegou a quadra, pode ver os olhares de seus companheiros de time ir de encontro a sua direção com curiosidade.

Os rapazes discutiam e acusavam-se tentando de forma inútil achar um culpado. Culpado esse que Sasuke não sabia dizer se de fato existia.

Fazer sexo não era errado. Usar drogas era problema de cada um. Mas, quando envolvia um dos seus companheiros de time, ou no caso, dois companheiros, isso o chateava profundamente.

Expor um dos seus amigos era a mesma coisa que expô-lo, por isso compreendia a reação do time em caçar culpados pelo que estava acontecendo. Era como se todos ali tivessem sido colocados em uma situação vexatória. O que para o restante da população de Konoha, realmente era.

— Isso tudo é culpa da sua namorada, aquela diabinha precisa levar uma lição, quem sabe perder aquela língua de trapo fosse o suficiente para calar aquela boca.

Ouviu Shikamaru despejar toda a sua falta de empatia em relação à Karin e ser aclamado por isso por boa parte dos garotos. Todavia, não concorda com aquela afirmação. Karin, por mais detestável que fosse, ainda era prima de Naruto e namorada de Suigetsu, portanto merecia respeito.

Suigetsu abominava, de todas as formas possíveis, que quem quer que fosse falasse mal de sua garota. E fez questão de deixar isso bem claro.

— Ei! Ela não tem culpa se o Kiba e Deidara gostam de comer o cu um do outro.

Suigetsu não poderia ter sido mais explícito.

Na mesma hora, Sasuke e Naruto se entreolharam abismados. Eles não sabiam, até aquele momento, quem eram os rapazes do vídeo.

Por um dado instante, esperavam que os outros garotos demonstrassem a mesma reação de espanto que eles, mas isso não aconteceu. Foi então que os dois viram que somente eles não sabiam das informações completas. Só eles dois estavam por fora do que realmente tinha acontecido.

— As mocinhas não deveriam estar brigando entre si e, sim, procurando uma forma de apoiar seus colegas de time.

A voz cortante do treinador Gai, um homem de meia idade que fugia completamente de todos os padrões de moda e beleza, invadiu o ambiente e constrangeu parte dos rapazes que se concentravam em discutir entre si coisas nada proveitosas para o momento.

— Gaara, eu já disse que aparelhos telefônicos são extremamente proibidos durante os treinos.

O primeiro, dos muitos esporros que viriam a seguir, foi direcionado a Gaara, o garoto ruivo de visual alternativo e mais novo que boa parte do grupo, não fingiu o descontentamento em ser repreendido pelo uso do celular. Sequer sabia que estavam em um treino.

— O que houve com o Deidara e o Kiba?

Objetivo e curioso, Naruto direcionou a pergunta que latejava na mente de todos ali.

Olharem interessados foram direcionados a figura de colã verde e franja anos 70, que por sua vez, deixava nítido em seus trejeitos o quão preocupado se encontrava. Gai sabia que a situação dos garotos não era boa. Seria uma sorte muito grande que a permanência deles no time continuasse. Corriam o risco inclusive de serem expulsos do colégio.

— Não sei ao certo. Os dois se encontram na direção, juntamente com a mocinha que publicou a notícia.

 

--

 

Chutou a cadeira da sala de espera entediada muitas vezes. Era um saco ir parar na direção por falar a verdade, mas seria absorvida como sempre fora. Não era a primeira e muito menos seria a ultima vez que estava sentada ali, esperando que o monstro — como era o apelido popular que os alunos tinham dado ao diretor — lhe chamasse.

Quando viu os dois meninos do vídeo saírem da sala e lhe fitarem com todo o furor possível, soube que seria sua vez de ser interrogada.

Karin não estava arrependida de ter, muito possivelmente, arruinado a vida de Kiba e Deidara. Achava que os dois deveriam ter pensado nas consequências que seus atos errados renderiam. Ela só era uma jornalista que recebeu uma notícia grave em mãos e cumpriu o seu dever em denunciar.

Quando Orochimaru, o diretor de costumes esquisitos e aparência peculiar, pediu para que ela se sentasse naquela poltrona desconfortável que compunha a sala, quis que tudo fosse o mais rápido possível.

— Senhorita Uzumaki...

Antes que Orochimaru terminasse de formular seu questionamento, Karin o interrompeu.

 

— Diretor, de antemão peço desculpas pela intromissão, mas eu quero ressaltar que espero de verdade que o senhor considere o vídeo que eu mandei como um favor a esta Instituição. Como jornalista, por mais aspirante que o corpo docente possa me considerar, eu ainda devo manter minha ética intacta e, por conta disso, não direi o nome da minha fonte. 


Notas Finais


Karin Uzumaki = Fabíola Reipert do colegial uehuehe

Então, quem é a fonte? Fica aí o questionamento kk.


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