1. Spirit Fanfics >
  2. Greyhound Bus >
  3. Capítulo Único

História Greyhound Bus - Capítulo Único


Escrita por: MlleVoyage

Notas do Autor


Eu sei que não existe nenhuma ''tia Bianca'' nos livros de HP, mas eu precisava de uma tia na historia e foi ela que veio na minha mente.

Eu também sei que tia Muriel tem preferência por Gui, não por Gina, mas eu precisava de uma senhora insuportavel e ela entrava exatamente nessa qualificação.

A fic foi betada por uma beta de outro site que nao sei se tem conta aqui. Ainda assim, sou muito grata a ela.

Não sei se é nescessario dizer que, fora o enredo, nada aqui é meu, mas ja que não mata: nada aqui, fora o enredo, é meu.

Espero que gostem :)

Capítulo 1 - Capítulo Único


Assim que a primeira tentativa de raio de sol do dia 21 de fevereiro começou a brilhar pela minha janela eu já sabia o que viria a seguir: eu teria que me levantar, me arrumar correndo e sair – mais apressada ainda – para o terminal de ônibus de Montréal. Claro, levantar tão cedo em pleno dia de semana para viajar ao invés de ir para escola tinha um ótimo motivo: minha tia-avó, Muriel estava doente e eu sou, aparentemente, a única parente que ela ‘’suporta’’. Sendo assim, sobrou para mim ter que ir cuidar da tia mala que mora do outro lado do país. Para piorar, teria que enfrentar três dias e três noites dentro de um ônibus para conseguir chegar em Vancouver – tudo porque meus pais decidiram que seria uma maravilhosa experiência econômica para mim.


 

Sonolenta ao extremo – eram quatro e meia da manhã – eu me levantei e decidi que o banho de ontem a noite teria que servir para hoje de manhã também – e para os próximos dois dias, provavelmente. Peguei uma roupa e corri para o banheiro para escovar os dentes e me trocar, tentando colocar todas as roupas do lado certo. Enquanto ainda tentava me entender com a camisa – não que ela tivesse nada demais, afinal, ela era simplesmente uma camisa de manga listrada, eu só estava muito sonolenta mesmo –, eu pude escutar meu pai arrastando minha única mala grande e a mala de mão para o carro. Meio atrasada, sai correndo para o quarto com os meus últimos produtos de higiene, coloquei-os na bolsa e fui de encontro ao meu pai assim que vesti meu casaco de inverno. Enquanto esperava ele tirar a neve do entorno do carro, observei meu reflexo no vidro congelado da porta de passageiro. Meus cabelos – que eu esqueci de escovar – estavam parecendo uma fogueira de acampamento – vermelho vivo e muito cheio –, minha calça jeans clara parecia tão surrada quanto realmente era e meu casaco verde exército poderia caber duas de mim, mesmo com o cinto apertadamente marcando minha cintura


 

– Vamos, Gina? – Chamou meu pai assim que acabou de tirar a neve.


 

Olhei-o de soslaio mostrando toda minha irritação por estar indo de ônibus até o fim do mundo e entrei no carro, sem agradecer a porta que meu pai ainda segurava para mim – talvez eu seja meio chata quando estou irritada, mas só talvez. Assim que ele sentou no seu lado, avisei-o que teríamos que parar na Starbucks para eu comprar meu café da manhã. Durante todo o percurso papai tentou puxar assunto, mas meu escudo de aço da irritação era forte demais para que qualquer um quebrasse-o falando sobre a professora ridiculamente chata de história – ela me deu uma detenção no dia anterior por ter atrapalhado um pouquinho a aula .


 

Quando nós chegamos na estação, eu deixei papai resolver tudo para mim enquanto eu terminava meu café da manhã. Meu sono não me deixou reter muita coisa do lugar, mas também não achei que tinha muito a observar. O lugar era todo branco e, na direita, havia um corredor entre a entrada e a bilheteria – provavelmente era a ligação interna com o metrô. Era possível, desde a entrada, ver as cadeiras de espera e as portas de embarque, além dos ônibus ja que as paredes eram, na verdade, janelas.

– Boa viagem, amor. – Desejou-me, assim que me deixou na frente do portão certo, bem longe da entrada.

 

Apenas bufei e deixei que ele beijasse o topo da minha cabeça. Assim que papai virou o corredor de volta para a porta de entrada, eu me joguei numa das cadeiras em frente às portas de vidro que ficavam em frente à parada do ônibus. Aproveitei o tempo sem nada para fazer para ler o que tinha escrito nos papéis da viagem. Seriam tantas paradas até Vancouver que chegava a me dava uma dor só de pensar. Aliás, minha cabeça estava doendo, o que me lembrou que eu tinha esquecido de trazer minha fiel cartela de tylenol. Me afundei ainda mais na cadeira e comecei a escutar a rádio enquanto esperava pelo ônibus – notoriamente atrasado, por falar nisso.


 

Irritadíssima, eu quase fui perguntar sobre o motivo da demora, mas não quis deixar as malas sozinhas, então desisti da idéia. Com quase meia hora de espera extra, o maldito motorista finalmente apareceu com a melhor cara de santo do mundo. Entrei no ônibus e agradeci a Deus ao perceber que era bem moderno e teria internet. Peguei uma das fileiras do fundo e me acomodei como queria nas duas cadeiras. Ouvi o motorista falar sobre a viagem até pararmos em Ottawa tanto em francês quanto em inglês enquanto tirava o casaco e guardava-o na bolsa, depois aproveitei o suave balanço para cochilar.


 

Umas duas horas depois, acordei quando o motorista anunciou nossa chegada na capital canadense, Ottawa. Tive a impressão de ouvi-lo falar alguma coisa sobre troca de ônibus, mas achei que era para os passageiros de algum outro destino e me entretive analisando a cidade, muito bonita e branca por sinal.


 

Assim que chegamos no terminal, no entanto, estranhei ao ver todo mundo descendo, por isso resolvi falar com o motorista.


 

– Minha filha – O homem exclamou assim que viu minhas passagens – Seu ônibus é o da baia cinco. Corra, se não ele vai embora sem você!


 

Estressada, saí correndo junto com um dos seguranças do lugar que estava tentando me ajudar. Atrás da gente vinha o motorista com uma das malas e outro segurança com a mala de mão. Ofegante, entreguei meu bilhete ao novo motorista carrancudo e entrei no ônibus lotado enquanto colocavam minhas malas junto com as dos outros – a mala de mão foi considerada grande demais para entrar comigo.


 

Sentei-me junto a uma senhora que parecia ser a menos aborrecida dentre todos e rezei para chegar logo no próximo terminal porque 1) aquele ônibus estava muito lotado e 2) ele era muito velho e super incômodo.


 

Finalmente, depois de muitas paradas – para almoço, para ir ao banheiro, para colocar gasolina, para passageiro descer basicamente no meio do nada e para nenhum outro bom motivo aparente – nós finalmente chegamos à parada final com aquele teco-teco ambulante. Era uma cidadezinha pequena que eu até diria o nome se eu soubesse – desculpe, eu realmente não entendi o nome. O terminal era minúsculo. Tinha uma sala cheia de cadeiras, uma pequena lanchonete e um corredor com os banheiros femininos e masculinos, tudo isso ocupando o espaço de um apartamento de dois quartos mais ou menos.


 

Com fome, fui até a pequena lanchonete e pedi um café com leite, torradas e um cupcake. Comi observando os outros passageiros que esperavam pelo ônibus comigo e notei, do outro lado da sala, um moreno bonito. Ele parecia muito grande – pelo tamanho das pernas dele – e eu podia ver os músculos por debaixo da camisa de manga verde escura que ele usava. O rosto tinha traços bem masculinos e ele usava um óculos de grau que dava um charme a mais ao rosto já muito bonito. Os cabelos eram tão revoltos quanto os meus, a julgar pelas mechas que estavam todas bagunçadas para todos os lados. O moreno olhou para mim e eu desviei os olhos, levemente corada por ter sido pega no flagra.


 

Quando acabei de comer, pedi a uma senhora para tomar conta das minhas coisas e fui ao banheiro fazer as necessidades básicas e escovar os dentes. No entanto, as pias estavam tão nojentas que desisti, com nojo até da água. Na volta para minhas malas, eu senti um vento estranho passar pela minha bunda e escutei uma pequena risada grave do moreno que eu tinha encarado algum tempo atrás. Colocando a mão na fonte da ventania, entendi o gorila que eu estava pagando: minha calça estava rasgada bem ali. Assustada e envergonhada pelas próximas três encarnações, corri até a mala com a mão na bunda e procurei desesperadamente por outra calça. Graças a Deus, achei minha jeans escura quase imediatamente e sai correndo para o banheiro com um casaco escondendo o rombo. Quando eu voltei para a sala de espera, joguei tristemente minha calça favorita na lixeira enquanto recebia um olhar divertido do carinha bonito.


 

Para minha sorte, o ônibus chegou logo após esse acontecimento e eu me mantive ocupada demais tentando arrastar a mala até a porta de embarque para ficar remoendo o fato do carinha ter visto minha calcinha de florzinha. No entanto, o destino parecia disposto a brincar com a minha cara, já que eu fui a última a entrar e o único lugar vago era lá no fundo, ao lado do – adivinhem só – moreno gostoso.


 

O lado bom era que nós estávamos – obrigada, Senhor! – De novo em um ônibus moderno, confortável e com internet da Greyhound – considerada a melhor companhia de ônibus. O lado ruim era que mesmo nesse ônibus as cadeiras não inclinavam o suficiente e o espaço ficou totalmente reduzido para mim, visto que as pernas do gostosinho ocupavam todo o espaço dele e uma boa parte do meu.


 

De início, enquanto eu estava distraída na internet, a falta de espaço não incomodou tanto assim. Na verdade eu estava até gostando dos esbarrões acidentais entre a minha perna e a do estranho. Foi só na hora de dormir que tudo se complicou de verdade. Como o senhor delícia tinha ido dormir bem antes de mim, as pernas dele estavam ocupando bem mais espaço que antes, o que me restringia a quase nenhuma posição. Para piorar, dormir sentada sem nenhum apoio nem para os braços – Zé bonitinho estava ocupando o único descanso de braço – não era realmente meu forte. Assim, eu acabei desistindo da idéia de dormir e passei a observar o rosto bonito do moreno de acordo com a luz que entrava pela nossa janela. Finalmente, eu meio que me arrependi, quando observa-lo tanto me fez perceber o quão beijáveis eram seus lábios e o quanto eu realmente queria poder atacá-los.


 

Quando era por volta das dez e meia, o ônibus teve uma parada para sair alguns passageiros e entrar novos. Meus olhos brilharam esperançosamente quando eu percebi as cadeiras quase ao nosso lado esvaziaram, mas perdi as esperanças quando uma mulher com uma criança de colo sentou nas duas vagas – as fileiras do outro lado eram levemente mais para frente que as nossas para dar mais privacidade, eu acho . Rezei para todas as entidades para que a criança não começasse um escândalo, mas quase gritei de susto quando percebi que a mulher era tia Bianca, uma das melhores amigas da minha mãe. Nós nos cumprimentamos levemente aos sussurros e eu voltei a tentar me arrumar para um cochilo, ao menos.

 

Sem sucesso, eu me revirei de todas as formas possíveis e impossíveis para conseguir achar uma posição enquanto morria de vontade de me encostar no ombro forte do bonitão ainda ao meu lado. Interiormente, jurei que faria meus pais pagarem por todo aquele sofrimento. Sinceramente, até a professora ridiculamente mal comida de história já estava me fazendo falta.


 

– Você pode se encostar em mim, se quiser – Me sugeriu o deus grego ao meu lado num tom profundo e rouco de quem acabou de acordar.


 

Pensei em recusar, mas o cansaço falou mais alto e eu resolvi que não faria nenhum mal pegar o braço dele emprestado já que ele estava usando meu espaço para as pernas. Finalmente, agradecida, me encostei nele. Eu podia sentir seus músculos logo abaixo do meu rosto e sua pele esquentando a minha. Apesar da posição estar melhor do que qualquer outra que eu já tinha tentado, ainda havia um problema: o descanço de braço que separava minha cadeira da dele estava machucando minha costela. Pedi ao moreno para tirá-lo do meio do caminho e ele prontamente atendeu ao meu pedido. Mesmo assim, aquela droga de plástico ainda me machucava, mas estava tão bom ficar encostada no rapaz que eu nem fiz questão de continuar sentindo aquele troço furando minhas costas.


 

Mais ou menos uma hora depois, eu e gostosinho ainda estávamos acordados e o ônibus fez mais uma parada. Eu estava distraída olhando as luzes do posto de gasolina quando eu senti a mão do ser se entrelaçar à minha – no espaço entre a minha perna e a dele. Não me fiz de desentendida e deixei o calor da mão dele esquentar a minha até que o seu dedão começou a acariciar toda as costas da minha mão. Aproveitei o carinho por um tempo até começar a retribuir da mesma forma – só conseguindo acariciar o dedão dele de tão grande que a mão dele era.


 

O ônibus voltou a andar e nós continuamos naquela pequena troca de afeto. Fingindo uma inocência que eu só percebi não existir algum tempo depois, o estranho foi mudando devagar e cuidadosamente a posição de nossas mãos: do banco para minha coxa; da minha coxa para dele; do fim da coxa dele para o início dela até que, finalmente, ele chegou no ponto que ele – e eu também para ser sincera – queria: a lateral interior da coxa esquerda, onde havia um volume notório. Eu continuei me fazendo de rogada enquanto imaginava a reação dos meus pais e irmãos se imaginassem uma coisa dessas. Sinceramente, eu mesma não sabia por quê eu estava fazendo aquilo, mesmo que não tivesse a menor intenção de parar.


 

Senti quando o taradinho se animou e começou a empurrar minha mão levemente contra a ereção dele. No mesmo momento duas opções me vieram à cabeça: continuar com aquilo e ver até onde chegaria aquela brincadeira ou dar um basta no divertimento e voltar à revolta da falta de espaço para dormir. Obviamente, eu escolhi a mais tentadora de todas: a primeira. Afinal, o meu lema era ‘’se está na chuva é para se molhar’’.


 

Olhando para a amiga da minha mãe para ter certeza que ela não veria a minha interação com o estranho, soltei a mão dele e segurei o volume por cima da calça. Eu podia sentir o pênis dele pulsando e rezei para que o cara tivesse a decência de fazer alguma coisa por mim também. Mesmo assim, decidi aproveitar o que tinha em mãos – literalmente – e comecei a apertá-lo entre meus dedos, só para provocar. A mão do cara foi para o meu joelho, onde ele apertava toda vez que eu apertava. Quase desesperada por mais que um apertão no joelho, eu cogitei pedi-lo algo a mais quando o deus grego resolveu, finalmente, que era tempo de me retribuir da forma devida. Assim, eu senti a mão dele ir para o centro da minha coxa esquerda, onde ele começou a acariciar do início ao fim. Animada, eu abri mais as minhas pernas para dar maior liberdade à ele para me tocar. Gostosão, então, apertou minha coxa e subiu a mão até estar com ela no meio das minhas pernas e começar a acariciar por cima da calça. Meu coração batia a mil enquanto tentávamos ser discretos por causa de alguns passageiros que resolveram que aquela era a maldita hora certa de ir ao banheiro – situado no fim do ônibus, então eles tinham que obrigatoriamente passa pela gente – e por causa de tia Bia que eu não fazia a mínima ideia se estava acordada ou não.


 

– Por favor – Sussurrei quase inaudivelmente quando a barreira da calça já começava a ser insuportável.


 

Escutando meu pedido – e sentindo também já que fiz questão de apertá-lo mais forte –, a mão do moreno subiu até o botão da minha calça e abriu-o para logo em seguida descer o zíper. Aquele momento foi o primeiro da minha vida que eu me arrependi de ter calças tão justas, já que elas obviamente impediam a mão forte de chegar onde eu mais precisava. Persistente, eu levantei meu quadril para ajudá-lo a colocar sua mão para dentro enquanto eu subia a minha mão para o botão do jeans dele. No instante que a mão quente chegou ao meu clitóris eu tive que reprimir um gemido. Pude ver pelo canto dos olhos tanto que meu acompanhante tinha percebido minha reação, quanto que ele estava se divertindo com aquilo, por isso tratei de apertá-lo por cima da cueca para que aquele divertimento desaparecesse de seus olhos – recém-descobertos – verde-esmeralda.


 

O moreno olhou para mim cheio de desejo e sorriu de lado, quase me fazendo lamentar minha decisão anterior. Senti, com um prazer angustiante, a mão quente e forte descer até minha entrada e ficar brincando por ali, enquanto seu dedão continuava a me esfregar no mesmo lugar anterior. Voltei a fitar a cadeira de tia Bia, sentindo vários pequenos espasmos de energia percorrem do pé da minha barriga até o peito enquanto minha mão continuava a acariciar – com muito mais vigor – meu vizinho de cadeira. Um tempo sinceramente indeterminável depois, senti meu orgasmo chegar, tremendo todo o meu corpo, e me assustei ao perceber que o moreno também havia gozado. No mesmo instante, uma placa anunciando mais uma cidadezinha passou pela nossa janela e ele retirou sua mão de dentro da minha calça e fechou-a, para logo em seguida tirar a minha mão de dentro da dele também. Levantei, pela primeira vez na noite, meu rosto do ombro dele e fitei-o ainda meio mole e desnorteada.


 

– Eu preciso ir embora – Ele me sussurrou apressado.


 

– Por quê? – perguntei abobadamente, só então me dando conta que era melhor manter meu hálito o mais longe do nariz dele quanto possível – eu não tinha escovado os dentes, lembra?


 

– De onde você vem? – retorquiu, ignorando minha pergunta.


 

– Londres – respondi de cara, me arrependendo logo em seguida. Afinal, já fazia cinco anos que eu morava no Canadá depois que papai foi transferido e o moreno provavelmente não estava perguntando sobre onde eu nasci.


 

– Londres – ele repetiu. – Me dá aqui seu celular.


 

Idiotamente, tirei meu celular do bolso traseiro da calça, destravei e entreguei-o. Observei enquanto o moreno escrevia o seu contato no meu celular e agradeci quando ele devolveu, guardando o objeto no meu bolso imediatamente. Logo em seguida, o garoto levantou, foi ao banheiro e voltou uns cinco minutos depois passando diretamente para a frente do ônibus, tocando na minha mão no caminho. Menos de três minutos depois, o ônibus parou e eu pude vê-lo caminhando para longe do ônibus, rumo só Deus sabe aonde.


 

Pelas horas seguintes até clarear eu não consegui pregar os olhos, relembrando cada detalhe do que tinha acontecido. Quando finalmente o sono começou a tomar conta de mim, eu ouvi tia Bianca chamando meu nome.


 

– Dormiu bem? – Ela perguntou num tom simpático. Eu esfriei um pouco com medo do que ela poderia ter visto.


 

– Ainda nem dormi, tia – Fui sincera.


 

– Claro que dormiu Gina, tanto que, quando eu olhei para trás para saber se ainda estava acordada, vi você deitada no ombro do rapaz ao seu lado.


 

– Não, eu estava acordada. Ele só foi simpático e disse que eu poderia deitar no ombro dele para tentar dormir, se eu quisesse. Nós até nos demos as mãos em um dado momento. – expliquei sem pretensão nenhuma de contar o resto.


 

– Como é que você faz isso com um estranho, menina? – brigou tia Bia, parecendo meio divertida – Ainda bem que foi só um pedaço da noite que ele ficou aí, imagina se houvesse mais tempo, o que vocês não iriam fazer?


 

Contive minha vontade de rir eternamente enquanto lembrava de cada detalhe do que nós tínhamos tido tempo de fazer antes do moreno ir embora.


 

– Bem, ele me deu o telefone dele, então quem sabe na próxima, não é mesmo? – brinquei.


 

Tia Bianca olhou para mim meio espantada enquanto eu me arrumava para tirar um cochilo. Tirei o celular do bolso, já que ele estava me incomodando, e aproveitei para ver o nome do moreno, rindo internamente ao pensar que fiz tudo aquilo com ele sem nem saber o nome do cara. Quando desbloqueei a tela, o contato dele foi a primeira coisa que me apareceu. ‘’Harry’’ havia escrito. Sorri, gostando do nome e lembrando que ele nunca saberia o meu. Pouco depois, peguei no sono imaginando que essa viagem à Vancouver não seria de todo ruim se houvesse mais Harrys por lá.
 


Notas Finais


Por mais surreal que isso pareça, a historia é uma adaptaçao de uma situaçao real (shame on me) com alguns exageros aqui e acola (Infelizmente, a parte da calça rasgada nao foi nenhum exagero).

Obrigada a todos que leram até o final! Espero ver vocês de novo em breve (rezemos para que minha imaginaçao deixe de frescura e volte a funcionar direito)!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...