1. Spirit Fanfics >
  2. Grimm - A Garota do Cachecol Vermelho >
  3. A Bruxa da Floresta

História Grimm - A Garota do Cachecol Vermelho - A Bruxa da Floresta


Escrita por: AutoraFant4sma e CashtonCity

Notas do Autor


Hellousssss Divos e Divas do meu Brasil Guaranillll <3 *----------*

Tudo Right? Espero que sim.
Bom, quem ia postar esse capítulo era o meu amigo insubestimável e ordinário e.e BRUNO ( ~BL_irwin )
(esse cap está pronto desde Quarta- Feira, dia 28)
mas como o Bruno demorou demais, quem tá postando sou eu ( ~PotterQuePariu )

Esse capítulo ficou particularmente FODAVILHOSO. BOMBASTICULAR. FODASTICO. E... Como diria meu Crush eterno: SUPERCALIFRAGILISTICEXPIALIDOSO.
e.e eu espero que vocÊs curtam essas últimas horinhas que a nossa Fios De Fogo passou na floresta e.e

Boa Leitura, meus queridinhos e.e

Capítulo 5 - A Bruxa da Floresta


Fanfic / Fanfiction Grimm - A Garota do Cachecol Vermelho - A Bruxa da Floresta

 

 

Noite.

 

 

Era a segunda noite que eu passava naquele lugar...

Eu estava com fome, meus pés estavam doendo e estava com um pressentimento de algo ruim estava prestes a acontecer, não um dos ataques do Lobo ou algo do tipo, mas sim algo que nunca havia presenciado antes.

Eu seguira dois quilômetros ao sul da floresta como me instruíra o Lobo. As árvores eram densas, a neblina corria pelos meus pés, as corujas faziam um som que eu particularmente, não gostava. Continuei andando pela estrada irregular da mata, olhei no celular... Sem sinal. Já passava da meia-noite, e eu não chegara a lugar algum, o Lobo me instruíra a andar apenas dois quilômetros e eu estava andando a horas. Devia estar perdida. O clima era frio e eu não estava usando nenhum agasalho. Apenas o cachecol, o jeans e a regata preta com a qual saíra de casa. Eu estava congelando, precisava de algo que me mantivesse aquecida enquanto não saía da floresta, e precisava de um banho.

A única que eu tinha certeza absoluta que tinha, era de que devia chegar logo ao posto policial.

Não.

A única coisa não.

Talvez...

Exceto por... Aqueles olhos.

Aqueles olhos prata acinzentados do Lobo...

Aqueles olhos ficaram marcados em minha mente.

Aquele momento de desleixo mental, em que fui estupidamente rude com o Lobo que avançou contra mim, ficou gravado em minha mente, não me deixando pensar mais em nada, o medo de ser devorada me fazia estremecer. No entanto, em meio a todo o receio que sentia por relembrar a cena, haviam coisas que me deixavam em dúvidas.

Eu tinha certeza de que os olhos do Lobo eram dourados, porém de um momento para o outro eles se transformaram, saindo da sua forma assustadora, para uma forma acolhedora. De dourados para Prateados. Eu tinha certeza de que os olhos estavam dourados antes. Antes de... da Lua ser coberta pelas nuvens.

Talvez a Lua tivesse algo a ver com isso. Alguma influência nas mudanças de humor do Lobo. Não. Eu devia estar vendo coisas. Talvez os olhos dele sempre tivessem sido prateados, ou a luz houvesse me causado aquela impressão. Era impossível alguém mudar de instinto graças a um mero astro no céu, não era? E de qualquer modo, eu não estava em um dos Contos dos Irmãos Grimm. Não era uma garotinha prestes a ser comida pelo Lobo-Mal, que acaba se dando “mau”, no final da história. Eu não era a própria Chapeuzinho Vermelho. Então eu devia esquecer aquela ideia absurda e me dedicar a encontrar o caminho. Já me distraíra demais. Decidi esquecer o assunto e continuar andando.

Uma lufada de vento gelado fez meu cachecol esvoaçar. Minha pele se arrepiou e voltei a sentir aquela sensação de algo ruim estava prestes a acontecer. O que era mesmo que o Lobo havia dito?

“Não deixe cair a noite pra sair daqui menina, as coisas mudam de lugar nessa floresta à luz da lua. E eu não fico tão paciente como estou agora.”

O que ele queria dizer com aquilo? O que de tão ruim acontecia naquele lugar à noite? Olhei ao redor. Podia jurar que ouvira uma risada maquiavélica.

– Tem alguém aí?! – Gritei.

Ninguém respondeu.

Mais uma vez tive a impressão de ver aquele pássaro gigante voando por cima das árvores.

– OI?! – Berrei para o alto, recuando uns passos. – Responde!

Alguma coisa passou correndo e gargalhando alguns metros À frente. Engoli seco. Aquilo não estava ficando nada bom.

As árvores começaram a tremular e assoviar violentamente, assim como as folhas que agora dançavam em um voo sincronizado ao redor dos galhos que agora, mais pareciam garras afiadas arranhando o céu. Recuei novamente. Aquilo não estava acontecendo. Era apenas uma visão. O medo estava me fazendo alucinar. As árvores se inclinaram para a frente como se tentassem me agarrar, e só quando de fato percebi que era exatamente isso que tentavam fazer, me movi do lugar e corri desesperadamente.

– Aonde você vai? – Alguém perguntou baixinho.

E logo depois a gargalhada. E não apenas uma gargalhada. Várias. Criando um eco assombroso. Eram as árvores que estavam rindo. Olhei para o lado enquanto corria com a velocidade do vento.

O que era aquilo?

Olhos vermelhos...

Bocas com presas afiadas se formando nas árvores...

– Socorro! – Berrei mais uma vez a plenos pulmões.

Se tivesse o Lobo como aliado aquele seria um ótimo momento para pedir ajuda, mas ele não me ajudaria se eu pedisse, o máximo que podia conseguir era ser devorada mais rápido.

Raízes começaram a irromper do chão, tentando laçar minha canela e me puxar para trás.

– Alguém me ajude!

As árvores agora aquietaram, porém continuei correndo enquanto elas voltavam às suas posições naturais.

Rosnados. Engoli seco. Essa não. O Lobo de novo.

Olhei para o céu à procura da lua, não estava certo. A lua não estava ali, essa não era noite de lua cheia.

– Me deixem em paz!

O Lobo acinzentado saiu de trás de uma das árvores. Rosnando ferozmente, mas não se moveu. Parei instintivamente de correr e petrifiquei. O vento começou a assoviar em meu ouvido:

“Para onde você vai garotinha?”

Engoli seco. Era ele.

“Para a casa da vovó?”

Corri para o lado contrário de onde estava indo, mas não cheguei a ir muito longe, pois outro Lobo saltou em minha frente. Recuei.

Não era possível.

Eu havia acabado de deixar a criatura para trás. Como ele chegara ali tão rápido?

“Ah. Sim. Para a casa da vovó.”

Isso não estava acontecendo.

Não podia estar.

Uma matilha de Lobos acinzentados idênticos ao original se aglomerou rosnando ao meu redor.

“O que é que você traz no bolso?” Disse um deles.

“Posso dar uma olhada?” Outro perguntou.

– ME DEIXEM EM PAZ! – Gritei caindo de joelhos, com as mãos nos ouvidos.

“Olhe só pra ela... Tão frágil...”

“Tão inútil.”

Senti o desespero de ter dezenas de Lobos aspirando ao meu redor, prontos para me engolir.

E então veio o fim.

Quando todos de uma vez saltaram sobre mim. Prendi a respiração e cerrei os olhos na esperança de amenizar a dor de ser lacerada.

Esperei.

Esperei...

E esperei... E nada.

Os Lobos haviam sumido.

Desaparecido num borrão de fumaça cinza, negra e branca.

Abri os olhos.

Não era possível... Eu não estava mais de joelhos no chão perto das árvores como estava antes. Eu me encontrava em minha posição inicial. A que estava antes das árvores me perseguirem. O que significava aquilo tudo? A floresta estava quieta. Como se nada houvesse acontecido. Aquilo fora uma visão? Eu estava alucinando? Suspirei pesado absorvendo a informação. Eu estava ficando maluca. Apertei o cachecol que agora estava sujo e fedorento. Precisava sair daquele lugar. Comecei a andar novamente.

Clap. Clap. Clap.

O som de palmas me fez dar um salto.

– Você ainda se assusta com pequenas ilusões, criança...? – Alguém deixou a pergunta suspensa no ar. 

Olhei ao redor, tentando distinguir de onde vinha a voz.

Um pássaro gigante pousou em minha frente.

Não. Espere.

Não era um pássaro.

Era uma mulher. Uma mulher com a pele platinada e a boca vermelha como o sangue. Com unhas grandes afiadas e o queixo melado de sangue. Não dava pra ver seu rosto, nem os cabelos, pois estavam cobertos por um capuz. Ela era assombrosa. Não apenas por sua aparência, mas também, e principalmente, por suas asas.

Asas gigantes rasgadas e felpudas, que mais pareciam asas de morcego.

Engoli seco.

Aquele definitivamente não era um bom dia.

–  Confesso, estou realmente desapontada. –  Disse a mulher-morcego. –  Esperava encontrar uma mulher adulta, independente medos e receios. Uma líder nata. Mas não encontrei. Tudo que achei foi uma garotinha medrosa e covarde. – Vociferou entredentes.

Ela pendeu a cabeça para o lado enquanto as asas murchavam, rastando no chão e se transformavam numa capa negra densa, que lhe cobria dos pés à cabeça. Soltou um risinho de escárnio quando me viu cambalear para trás.

–  Olhe só pra você. Tão frágil. Tão inútil. –- Agora seu rosto estava sério. –  Quem olha pra você jamais notaria que em suas veias corre o sangue da maldição de uma bruxa.

– Q-q-quem é você? E o que quer dizer com isso?– Gaguejei. –  Uma pergunta por vez garota. Sua mãe não lhe ensinou que é falta de edução se aglomerar nas perguntas? Ah. É. Claro. Você não tem mãe. – Ela abriu um sorriso vencedor.

Presas.

Duas pequenas e delicadas presas no lugar de dentes caninos. Presas parecidas com as de um morcego.

–- Não importa quem sou eu... Ahn... Como é mesmo que o Lobo te chamou? Fios de Fogo. Isso. Se importa se eu também chamá-la assim? Bem. Não importa quem sou eu, minha cara Fios de Fogo, o que importa, é que sei tudo sobre você. Absolutamente tudo. Desde o dia de seu nascimento ao dia de seu óbito. –- Ela sorriu. –- Que não está longe de acontecer. Tenha certeza. E sabe o que mais eu sei sobre você...? –- Mais um sorriso. –  Sei que não sairá desta floresta esta noite.

Dizendo isso suas asas voltaram a se eriçar, tenebrosas e intimadoras. As presas que outrora haviam sido pequenas, agora saiam fora da boca como ganchos afiados, e não apenas duas, todos os dentes se transformaram em presas. As unhas agora eram garras semi-metálicas de vinte centímetros e a pele branca platinada, agora era prateada como um centavo novo.

As árvores ao redor começaram a secar e morrer. Seis ou sete tombaram mortas no chão. O ar esfriou e o céu se encheu de trevas, o chão começou a congelar e se transformar em gelo puro.

A mulher se transformou numa criatura horrenda assustadora.

Ela rugiu ferozmente e avançou contra mim.

Tentei me mover e sair correndo, mas não consegui. Meus pés estavam presos no gelo.

Eu estava congelada da canela para baixo.

Ótimo.

Prendi a respiração e esperei pela morte.

A mulher já estava a centímetros de distância, perto de me agarrar, mas algo a jogou para o lado e ela caiu como uma bomba sobre o gelo, que rachou e estilhaçou ao seu redor.

O Lobo.

O Lobo a havia abocanhado no ar e jogado-a no chão.

Arregalei os olhos. Ele havia me salvado.

Porque ele havia feito isso?

Observei enquanto ele lacerava suas asas com a boca, rasgando-a com os dentes.

A mulher urrou de dor e agarrou o Lobo pelo pescoço e o jogou longe, com uma força sobre humana.

–- Cão do Inferno! –- A mulher berrou com ira. –- Lobo maldito.

Ela olhou para as próprias asas, que sangravam e rosnou. Ergueu as mãos para o lado, formando uma bola gigante de fogo e brasa e a atirou com toda força na direção do Lobo. A bola explodiu como um bomba, fazendo várias árvores voarem e deixando uma cratera negra de carvão no lugar que atingira.

Por sorte o Lobo havia sido mais rápido. Ele correu para longe, na minha direção à toda velocidade, enquanto ela atirava uma torrente de bombas pela floresta, na tentativa de atingi-lo.

O Lobo saltou em minha frente com tanta força que o gelo de minhas pernas estilhaçou. Ele me abocanhou pela calça e me jogou em suas costas.

Em um milésimo de segundo eu estava montada no Lobo que corria pela floresta.

– O que está fazendo?! –- Berrei, agarrada ao pescoço do Lobo.

"Salvando sua vida." Ele disse sobre o barulho de outra bomba que caía atrás de nós.

– O que é "ela"? –- Perguntei.

" A Bruxa da Floresta. A mulher que me amaldiçoou."

–- O quê?! –- Perguntei, achando a ideia absurda.

Buummmmm!!!

Outra bomba explodiu, só que na nossa frente.

O Lobo recuou e correu para a esquerda.

"SERÁ QUE DÁ PRA CONVERSARMOS OUTRA HORA?! DE PREFÊNCIA, QUANDO NÃO TIVER UMA BRUXA SANGUINÁRIA ATRÁS DE NÓS?! Obrigado." Ele gritou.

"Lupus dominus." falou.

–- O quê?! –- Repeti.

"LUPUS DOMINUS" Ele repetiu.

Um portal cinza surgiu em nossa frente. O Lobo pulou dentro dele.

 

*******************************************************************************************************************************

 

A escuridão.

Não estávamos mais sendo perseguidos pela bruxa.

O portal nos levara a um lugar escuro.

Parecia uma gruta ou caverna, com uma fogueira acesa no centro dela.

–- O que foi aquilo que você disse? –- Perguntei saindo de cima do animal.

"Lupus dominus. Significa Domínio de Lobo. Estas palavras abrem um portal que leva ao único lugar seguro desta floresta. Aqui. A toca do Lobo. Minha casa." falou olhando para a floresta, além da toca.

–- Estamos seguros? –- Perguntei.

Ele assentiu.

"A Bruxa da Floresta não conhece a localização desse lugar. Não pode nos achar aqui."

Suspirei aliviada.

–- Obrigada por...

"O que você pensava que estava fazendo na floresta a essa hora noite?! Eu lhe avisei pra sair daqui o quanto antes."

–- Foi mau, eu... Me perdi. –- Falei coçando a cabeça.

"Ah claro. Se perdeu. Você não tem ideia do que aquela mulher é capaz não é!? Não sabe dos perigos que corre nesta floresta."

–- Agora eu sei. Obrigada.

O Lobo deu uma risada amarga ao se virar pra mim.

"Garota estúpida."

–- Ei, espera aí. Porque ficou todo nervosinho? Eu não te pedir pra ir lá me salvar.

"QUER DIZER QUE PREFERIA FICAR LÁ E MORRER?!" ele rosnou.

–- Não foi isso que eu quis dizer. – Recuei.

O Lobo não respondeu. Foi para perto da fogueira e se sentou. O segui.

–- Você disse que é amaldiçoado. Vai me contar a história?

Ele não respondeu.

–- Porque a bruxa queria me matar? O que eu tenho a ver com isso? Porque ela não vai me deixar sair da floresta?

O Lobo estirou as patas no chão e se deitou.

"Durma, Fios de Fogo. Amanhã conversamos."

–- Lobo. Qual é. –- Insisti.

Ele não respondeu.

– Me conte pelo menos um pouquinho.

 Nada.

Me deitei perto dele e da fogueira.

Resolvi não insistir mais. Ele não iria me contar. Não naquele momento.

Meus olhos pesavam.

Segundo depois, antes de ser tragada para o mundo dos sonhos, uma frase acolhedora foi sustentada:

 

 

"Boa noite, Garota do Cachecol Vermelho."


Notas Finais


E aí de novo galerinha e.e

Gostou? Odiou? Achou catastroficamente horrível?

COMENTAÊÊÊ (Sorrisão)

Eu juro solenemente, não te xingar :3

Boa noite Galerinha

*Apago a Luz*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...