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História Guarda-Costas - A leoa e sua cria


Escrita por: DHWritter

Capítulo 31 - A leoa e sua cria


O escritório estava cheio de pessoas. De agentes pra falar a verdade, todos estes estavam falando várias coisas, hipóteses. Planejando como destruir os planos de Hatter, burlar o sistema de câmeras da sede da C.I.S.N.E, exceto a agente Swan. Que estava com a cabeça na pessoa repousada em sua cama, que chorou por quase uma hora, por um motivo que a mais nova desconhecia.


- A gente pode causar uma interferência no sinal, aquele embaralhador de sinal está conosco. - Lancelot sugeriu.
- Tudo bem, as câmeras vão desligar por algum tempo. Só que o sensor de calor do bloco subterrâneo estará ativado, não temos como ultrapassar sem disparar o alarme geral. - Anna estava mapeando em um papel os problemas e soluções pedindo ajuda aos companheiros.
- Anna, o sistema de segurança de vocês... Não há nenhuma base que possamos acessar? - Franklin tentou ajudar. - Eu posso colocar um vírus no sistema.
- Não, não. É arriscado. O mainframe da agência ficará vulnerável para qualquer um. Só há dois computadores que podem acessar o sistema sem restrições.
- O computador central. - Aurora falou o óbvio.
- E o meu computador. - Anna falou com certo pesar. - Juro que não fiz por mal, mas eu pensei que um dia precisaria dele caso o servidor viesse sofrer algum problema.
- Alguém sabe disso? - David perguntou.
- Não, nunca compartilharia esta informação. Ela é muito sigilosa.
- E onde ele está? - Lancelot estava curioso.
- Na minha sala. - Recebeu um olhar de desaprovação de Elsa.
- Sério? - Sua irmã rolou os olhos. - Você tem como acessar ele pelo menos?
- Se ele estiver ligado sim. Dá pra acessar pelo Team Viewer. - Ajeitou seus óculos e arrumou o laço em seu cabelo.
- Caso ele não esteja, o que faremos? - Franklin perguntou já imaginando a resposta.
- Aí temos que partir para o plano B. - Emma respondeu. - Eu já estava imaginando a possibilidade de ter que ser a isca.


Todos a olharam surpresos. Seu pai tentou dizer algo, mas a vovó Swan veio avisar que o jantar estava pronto. Nada dito, até eles pedirem mais alguns minutos para a matriarca que cedeu com grande esforço por parte de David.


- Você vai entrar pela porta da frente? Assim, sem mais nem menos? - Franklin perguntou coçando a barba.
- Se necessário... - Swan cogitou enquanto apoiava o queixo no indicador e no polegar esquerdo. - Claro que não, se eu entrar lá sem nenhum "ás na manga", vai ser como se eu carregasse uma placa "atirem em mim".


Lancelot de repente se levantou da cadeira e passou a fazer uma dancinha ridícula, parecia que estava comemorando.


- Eu já sei como vamos entrar na agência. Sem sermos detectados. Eu sou um GÊNIO! - Deu ênfase na palavra.
- Não sei o que te dizer Lancelot, mas no momento estou sentindo vergonha alheia. - Aurora balançava a cabeça negativamente. - Diga qual é a sua ideia genial.
- Serviço de limpeza. - Disse como se todos os problemas estivessem resolvidos.
- Como é? - Anna não compreendera o que se passava na cabeça de seu colega.
- Serviços de limpeza. Nunca notaram que o pessoal da limpeza tem acesso livre ao prédio da sede?
- Como eu não me dei conta disso? - Elsa pousou a mão espalmada na lateral do próprio rosto. - É perfeito.
- Eu acho que o nome da empresa que presta serviços para a agência se chama "limpinhos & CIA". - Aurora parecia estar tentando se recordar.
- Com um nome desses, é bom que o serviço seja de primeira. - Lamentou Franklin.
- Dá pra entrar pela área de serviços na ala sul do prédio, só precisa da credencial da empresa. Pelo que sei, se o governo ainda não soube do que houve lá dentro, é porque eles querem manter a aparência, então pelo menos os serviços de limpeza eles vão manter. - Lancelot estava bem animado com sua ideia e possibilidade de invadir o prédio. - Com esses dois... - Apontou para Anna e Franklin. - Com certeza a gente consegue as credenciais, depois arrumamos um disfarce e os produtos de limpeza a gente compra em qualquer lugar...
- Calma aí Lancelot, não sabemos os horários, escalas e nem nomes dos funcionários da empresa. O nome pode até ser "limpinhos & CIA", mas não creio que eles vão entregar esse tipo de informação para os supostos "clientes" deles sem contatar a agência. - Elsa brecou a animação dele.


Alguém bateu timidamente na porta do escritório, David permitiu a entrada. Era Henry e Grace.


- Gente, sem querer assustar vocês. A vovó Swan disse que vai puxar cada um aqui pela orelha até a cozinha para jantarem. - Henry deu o ultimato alheio.
- E a gente tá com fome, ela disse que só vamos comer se todos estiverem sentados à mesa. - Grace confirmou.


David foi o primeiro a se levantar.


- Eu vou logo, os puxões de orelha dessa mulher doem, só para vocês saberem. - Foi levando Henry e Grace consigo.
- Eu não vou arriscar. - Franklin levantou e em seguida Anna foi junto.
- Nunca levei puxões de orelha. Não vai ser hoje que vou começar. Principalmente da sua avó. - Aurora já foi se mandando pra cozinha com Lancelot e Elsa.


Emma sorriu e também foi para a cozinha, sabia que sua vó não blefava.


...


- Vovó Swan, se eu pagar a senhora posso morar aqui em sua casa? Eu amo sua comida. - Anna elogiou sincera. - A comida da agência é boa, mas a da senhora... É divina! - Colocou na boca outra generosa porção de carne de cordeiro.
- Oh querida, receberia a todos de braços abertos, há tempos não enchemos nossa mesa. - Comentou com tom divertido.


Todos conversavam animados, esta noite em especial Baelfire estava completamente quieto, parece que somente Swan notou.


- Bae. - Chamou o pequeno que estava do seu lado.
- Que foi? - Este parecia estar pensativo.
- Você está quieto.
- Eu to bem.
- Sério? Não parece. Não te vejo desde ontem, ou melhor, antes de ontem.
- Eu fiquei no quarto. - Comentou garfando um pouco de vagem.
- Desculpe por não estar indo à escola. É precaução.
- Tudo bem, é legal ficar em casa. - Sorriu e fez Emma rir baixinho. - Amanhã você vai estar em casa?
- Vou sim. - Emma respondeu já pensando no porquê.
- Vamos jogar videogame? Por favor.


A agente já entendera o silêncio do garoto. Há quase três dias não conversavam, e ele parecia sentir falta dela. Ela o abraçou pelos ombros e beijou o topo da cabeça dele.


- Claro. - Sorriu para ele que parecia ter gostado de sua resposta.


Regina aparecera na cozinha, parecia estar um pouco sonolenta ainda. Eva lhe sorriu, o que atraiu a atenção de todos da mesa, principalmente de Emma.


- Junte-se a nós Regina. - Vovó Swan a convidou.


A mulher se sentou na ponta da mesa para jantar com todos. Todos jantavam animados. Conforme terminavam lavavam sua louça suja na pia. A vovó havia determinado assim, pois no fim das contas a mesma só teria que lavar as travessas e panelas. A cozinha voltava a esvaziar, ficando somente a vovó Swan, a guarda costas Swan, Baelfire e Regina. Regina colocou sua louça na pia e foi recolhendo todas as outras. Claro que a jovem Swan não deixava de observar todos os seus movimentos. Eva protestou, pois já percebia o que a mulher queria fazer, mas Regina insistiu em lavar a louça.


- Vovó eu tô com sono. - Bae bocejou logo após confirmando.
- Quer que eu te conte uma história? - A senhora ficou animada. Gostava de contar histórias ao neto antes de dormir.
- Quero.


A senhora desejou boa noite à sua neta e sua namor... Quer dizer, Regina. Pegou na mão de Bae e subiu as escadas devagar, pois como ela mesma dizia, sentia dores horríveis nas costas. Emma rapidamente foi até onde Regina estava e a abraçou pelas costas. Se sentia aquelas adolescentes de filmes idiotas de romance adolescente.


- Swan.
- Regina, está melhor? - Perguntou virando a mesma para si.
- Sim. - Olhou nos olhos da mais nova e lhe sorriu, como se dissesse "está tudo bem".


Emma selou os lábios num beijo casto. Após o término do beijo Regina esfregou a ponta de seu nariz no de Emma.


- Gosto quando faz isso. - Emma confessou com uma risada baixa.
- Disso o quê? - Um sorriso singelo nos lábios da juíza.
- Beijo de Esquimó. - Tocou com o indicador a ponta do nariz da juíza.


Regina repetiu o gesto novamente e deu um selinho nos lábios de Emma.


- Feliz aniversário Emma. - Abraçou o pescoço de Swan.


Regina riu quando o rosto pálido de Emma passou a ficar corado.


- Achou que eu tinha esquecido?
- Não. É que eu não costumo comemorar meu aniversário.
- Por que?
- Porque a graça para mim era quando toda minha família estava junta. - Confessou triste.
- Que tal você comemorar comigo e seus colegas de trabalho, que são praticamente seus amigos? - Tinha girado a mesma de costas para a porta. - Acho que ainda dá tempo. - Sorriu soltando-se do pescoço dela.


Emma pensou na possibilidade.


- Não é mesmo pessoal?! - Regina falava em direção da porta.


A guarda costas confusa se virou para a porta e seus amigos, seu pai, seu irmão, Grace, Henry e vovó Swan começaram a cantar uma música de aniversário. A moça ficou em choque. Sua avó acabara de colocar o bolo em cima da mesa com velinhas de número. Era "21".


- E pra Emma nada!!! - Gritou Anna.
- TUDO!!! - Todos gritaram.


Ela riu daquilo, mais ainda quando seu pai e Franklin sopravam cornetinhas e Lancelot soprava insistentemente uma língua de sogra. Seu irmão correu e pulou no seu colo.


- A gente te pegou direitinho. - Bae riu e beijou a bochecha demoradamente da ex-loira que riu.


O garoto que estava em seu colo puxou o coro da canção mais odiada por aniversariantes.


- Com quem será?! Com quem será?! Com quem será que a Emma vai casar?!... -Bae puxou o coro e todo mundo continuou com ele. - Vai depender, vai depender... Vai depender se a Regina vai querer...


Emma que estava recém corada, queria colocar sua cabeça num buraco qualquer, tamanha vergonha sentia. Virou o rosto pro lado tentando esconder as bochechas rubras. Regina segurou seu ombro e riu. Bae pediu pra descer do colo da irmã após o término da musiquinha.


- Psiu! Não fica com vergonha. Olha a "sua mulher", que vergonha você teria? - Brincou Regina, o que fez Emma ficar mais corada.
- Aí sim Swan, você tem bom gosto. - Aurora atiçou.
- Então quer dizer que tenho uma nora? - David que era um pouquinho mais lerdo perguntou. - Nossa família já vai aumentar? Finalmente... Deus ouviu minhas orações! - Ergueu as mãos aos céus.


Emma estava cogitando a ideia de se jogar num lago bem fundo depois dessa frase, mas decidiu rebater.


- Credo pai! Fala como se eu estivesse encalhada.
- Não está porque ainda é nova, mas se depender de você eu não vou ter netos antes dos sessenta anos.
- Ô PAI!!!


A risada foi geral. Regina beijou a bochecha do lado oposto o qual Baelfire havia beijado. Um alto e bem sonoro "hummmm" foi ouvido, a menina estava morta de vergonha.


- Vamos cortar o bolo crianças. - Vovó Swan avisou.
- Onde está os pratinhos Eva? - Madge perguntou.
- Dentro daquele armário ali. - Apontou para o armário mais alto. - Querida sopre as velinhas. - Pediu à neta.


Emma sabia que o costume era o de fazer um pedido e logo depois soprar. Só que dessa vez ela faria diferente.


- Eu estou bem feliz fazendo o que faço, agora principalmente que estou entre amigos. Quero ceder meu pedido à vocês. - Sorriu para os colegas. - Pensem em um pedido e eu sopro a velinha.


Todos ficaram quietos, provavelmente pensando em algo. Após um minuto Emma soprou as velinhas. Elas eram insistentes, pareciam que queriam ficar acesas. Regina ria de Emma tentando apagar as velas. Ajudou a mesma soprando as velas.


- AÊ!!! - Lancelot e Franklin gritaram.


A porta da sala se abriu e o avô de Emma apareceu.


- Poxa! Parece que me atrasei querida. - Sorriu encabulado para Eva que pareceu ficar mais aliviada em vê-lo. - Eu trouxe um presente para você.
- Nós dois trouxemos o presente. - Sidney logo se mostrou ainda na porta. - Com licença, estou entrando Eva. - Adentrou a casa ficando ao lado Leopold. Educado como sempre.


O presente de Emma adentrara à casa com passos tímidos, causando alegria extrema em algumas pessoas. Era uma mulher jovem da qual se lembrava, mas parecia que havia envelhecido alguns anos em pouco tempo. Tinha cabelos longos agora e a pele antes pálida continuava pálida, mas não mais tão bem hidratada. o corpo antes magro e saudável, estava mais magro, um magro quase doentio. Mesmo aparentemente mais velha, o sorriso continuava intacto.


- Filha... Você cresceu bastante. - A mulher na porta, que agora se identificava como mãe da agente Swan, sorriu singela para a garota. - Regina? - Pareceu pouco confusa, mas não abandonou o sorriso.
- Olá Snow. - Sorriu para ela, como se tudo fizesse sentido.


Baelfire foi o primeiro a correr para abraçar Mary Margarete. David se aproximou bem devagar antes de abraçar a esposa. Fortemente. Só que agora a mãe da moça a olhava, esperava alguma reação. A única reação da ex-loira foi a única que ninguém que soubesse a fundo a história daquelas duas esperaria.


- Mãe... - Aquele par de braços agora adultos enrolavam o corpo frágil de Snow, igual a criança de muitos anos de atrás. - O que faz aqui?


Abraço sua "pequena" com força.


- Eu voltei para casa. - Beijou o topo da cabeça de sua filha.


Sim, a sua mãe havia retornado para casa, aquela mulher que estava repleta de sangue na noite fatídica, se afastara da figura doce e terna de sua mãe. A leoa e sua cria finalmente se encontraram depois de anos.



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