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História Guardiões da Noite - Novas Lâminas


Escrita por: JohnReedfox

Capítulo 16 - Novas Lâminas


Fanfic / Fanfiction Guardiões da Noite - Novas Lâminas

Amanhecia no apartamento, Tomioka havia dormido mais que suficiente, seus planos de  patrulha foram para o espaço junto com qualquer resquício de fé na humanidade, após ser traído por Tanjirou e Kanao, pois sim, ele notou as fotos e as risadinhas, aqueles dois pequenos demônios estavam de rizinhos enquanto ele não sentia o braço direito e seu coração batia como louco por Shinobu estar deitada do dono do braço e do braço, mas ao vê-la tão doce, quieta, sem destilar veneno como sempre, não teve coragem de acordar a pequena borboleta, que aos seus olhos parecia mais com uma vespa. O relógio da televisão mostrava que eram 09:45, havia perdido o dia de escola e provavelmente seu tio puxaria sua orelha pelo atraso, mas o mais estranho daquilo tudo, era Shinobu, ainda aconchegada e com um sorriso sem vergonha no rosto.


– Shinobu...- chamava baixinho.


– Ah~ Giyuu~... não pode fazer isso...- resmungava ao ser chamada, num tom doce e incomundo, fazendo o frio Giyuu corar. – Ehehe...se fizer assim...vamos ser punidos...


"Senhor...que tipo de sonho ela está tendo...e por que diabos ela ainda cheira tão bem, mesmo com todo esse tempo todo dormindo colada comigo?"


Os lábios dela eram de um tom róseo, bem claro, o leve contraste com pele, fazia o pilar engolir em seco uma vontade desconhecida até então. Ele tinha noção que estava mais apegado a ela, mas não tinha ideia que dessa fosse dessa proporção. Não demorou nada para aqueles olhos cor roxos encontrassem os orbes azuis dele, os dois ficaram uns poucos segundo quietos, se encarando, cena que caso alguém estivesse assistindo, pensaria se podiam conversar apenas com o olhar, não sendo tão distante disso.


– Acho que fui um pouco má com você Giyuu-kun...


– Não tem motivo para se desculpar...mas perdemos a hora da escola, acho que relaxamos demais. - dizia desviando o olhar um pouco.


– Verdade...vamos tomar café então? Já estamos atrasados mesmo e... você apenas tem de ir mais tarde ao restaurante do sr.Kamado.


Com um pouco de relutância, Tomioka aceitou aquele convite, feito com uma voz doce e manhosa, tendo de tomar cuidado para não cair nos encantos daqueles lindos olhos de ametista. Shinobu parecia pensar em algo, quase cedendo, mas, suas palavras foram restringidas por seus lábios.


– Vou passar uma água no corpo, depois faço o café. Não vou demorar, Giyuu-kun.


– Okay...vou fazer um pouco de exercício, pra acordar o corpo.


Cada um ia para o seu canto, Giyuu começava a abrir um espacinho na sala, enquanto Shinobu, ia para o quarto, pensando no quanto ela tinha deixado claros os seus sentimentos, enquanto aquele tolo musculoso e perfumado apenas fazia igual a ela, fingindo dormir. Sabendo o jeito de ser do rapaz, estava pensando seriamente em falar com ele, fazer diferente do que fez com Rengoku, apenas ficar próxima dele o máximo que podia e no final sofrer uma desilusão como aquela.


Na sala, Giyuu tentava manter o foco nos exercícios, mas, não estava prestando nem para contar, ainda sentia o calor e aquele toque delicado de Shinobu, deitada sobre seu peito, deixando seu coração descompassado e seu corpo mais desperto do que desejava.


" Pare de besteiras... Shinobu, gosta de pessoas semelhantes ao Rengoku-san, altivas e que falam o que pensam." - gritava em seus pensamentos para cada subida e descida durante as flexões, sem notar a aproximação de uma certa pessoa.


– Giyuu, podemos conversar?



– Hm? Cla-Claro. - dizia para depois se por em pé num simples pulo. – Eu também...estava querendo falar com você.


Ele se aproximava, vestindo a camisa e deixando a dona da casa levemente desconcertada, Giyuu estava de frente pra ela, Shinobu sempre o via de costas ou de lado, era primeira vez que notava que tinham uma boa diferença na altura e quanto os músculos ajudavam deixá-lo maior.


– Eh...por onde começo... Giyuu, eu queria saber... você gosta de alguém?


– ...? Sim, gosto muito da Kanao, Tanjirou...


– Tomioka-san...- dizia a pequena fera, se segurando para não ter um aneurisma. – Estou dizendo...estou dizendo...


– Shinobu, você está levemente vermelha. Está tudo bem? - dizia cheio de cuidados, vendo o aparente nervoso da baixinha.


– Eu quero saber se você é apaixonado por alguém, cacete!


Os dois pareciam impressionados com a situação onde eles se encontravam.


– Na... Não sei dizer ao certo. Meu corpo fica quente quando chego perto dela...


" DELA..." - gritava em sua mente, sem mudar sua expressão.


– E após ficar a noite toda sentindo seu perfume e o calor do seu corpo...eu acho que...sim. Estou... apaixonado por você, Shinobu...


– Me-Me-Meu calor?! E-E-Eu?!


– Não era isso que estava perguntando agora pouco...?


Pareciam estar falando línguas diferentes, a mente de ambos, apesar de levemente embaralhada por seus sentimentos, postos em ebulição por uma noite inteira, havia pego a alma daquelas palavras calmas e atrapalhadas que saíram pelos lábios do quase sempre calmo Giyuu Tomioka.


– Então você também...


– Si-Sim...se isso é de fato estar apaixonado, sim. Eu te amo, Shino...


Antes de poder terminar sua magnífica frase, Tomioka era interrompido por Shinobu, que o abraçava forte, enfiando o rosto contra o tórax dele.


– bu... Por acaso eu fiz algo errado?


– Fez...


Aquela voz doce e meio manhosa, parecia um golpe de tirar o fôlego. Logo, aquelas pequenas mãos, agarravam seu pescoço e o puxavam para baixo, forçando a olha-la. Estava vermelha e seus olhos purpura fugiam dos olhos de oceano dele, engolindo em seco os seus receios, Giyuu toma a iniciativa, segurando o queixo dela e antes que sua pequena borboleta fugisse, seus lábios fizeram contato, para sua surpresa, ela não se debatia ou tentava se separar, apenas deixava o momento seguir, aquela sensação era ótima, como se houvesse algo além do beijo os unindo. Ambos tinham aquela sensação, como uma saudade que nem quando se viram no primeiro dia, foi computada por seus corpos, porém durante o beijo podia ser sentida de maneira inexplicável, algo semelhante a aquilo que Iguro descreveu sentir, antes de Kanroji se revelada uma caçadora e os dois se conhecerem melhor.


Aquela chama só fazia crescer, não demorou muito para Shinobu se jogar ainda mais naqueles braços firmes, ele tinha vontade de guarda-la dentro de si, o perfume dela apenas o deixava ainda mais desnorteado. Ela sentia algo duro tocar seu corpo, o fino tecido do pijama ajuda a sentir melhor o seu amado, aquela sensação de total entrega era boa, quase tão boa quanto ao que sua irmã dizia, algo que neste momento parecia ser uma praga de irmã mais velha, Kanae sempre dizia " Um dia você vai achar alguém que te faça morder essa língua e provar desse veneninho tão maligno, meu amor", não apenas ela, Mitsuri também repetia algo assim, ainda mais quando encontrou seu anão irritadisso, mesmo ele sendo gente fina e tendo um que semelhante a Shinobu em seu âmago.


Aos poucos se tornavam mais íntimos, os beijos mais demorados, as mãos pesadas do caçador sobre os ombros delicados dela e aqueles dedos delicados e magros contra as costas dele. A respiração pesada deixava tudo mais intenso, Shinobu o empurrava em direção ao sofá, usando o "grande" peso de seu corpo, Tomioka se deixava levar, jogando-se no sofá e a puxando para junto de si.


– Acho que...estamos pulando algumas "bases"Shinobu...


– Giyuu, nós moramos juntos, comemos juntos...beijos e amassos são quase a primeira para nós...- dizia enquanto soltava os cabelos, sem notar os raios de sol que ilumminavam sua pele pálida e macia. Ela segurava firme nos ombros de Giyuu, olhando naqueles olhos azuis, semelhantes ao mar em meio a tempestade.


Sua mão sobre o peito dele lhe dava uma noção do quão nervoso estava o caçador de onis, nem em suas caçadas mais perigosas, seu coração acelerou daquele jeito.


– Shi...Shinobu, e-eu realmente...


– Realmente... está com medo, Giyuu-chan?


– Chan?


Os dois riram com a reação dele, dando vários selinhos, alguns mais demorados, as mãos pesadas de Giyuu aos poucos tocavam com mais firmeza, puxando para mais perto, arrumando seus corpos no sofá, com Shinobu por cima, sentindo uma imensa vontade de provoca-lo.


– Quer ir mais devagar?- perguntou docemente para ele.


– Te incomoda...? - perguntava de volta, receoso.


– Não, na verdade, te deixa ainda mais fofo, meu Giyuu...


O beijo mais uma vez se iniciava, ela sente o coração acelerar quando as mãos envolviam sua cintura.


– Shinobu, aceita ser minha namorada?


– Você é meio lerdinho, não é, meu querido...- beijava os lábios de Tomioka. – Tomioka...*beijo* Giyuu...


– *Caw!* Giyuu Tomioka! *Caw!* Shinobu Kochou! Abram! *Caw!*


Os dois se abracavam em desespero ao terem seus nomes gritados, vindos da sacada. Giyuu conhecia mais que bem aqueles gritos estridentes, extremamente escandalosos e que davam a impressão de uma pessoa estava sendo esganada.


Do outro lado da cidade, Rengoku estava checando a bela lâmina em suas mãos, ao balançar contra o vento, podia ouvir o fio cantar, tamanho poder de corte que carregava.


– É uma arma magnífica...sua cabeça será minha, Douma.


Uma figura vinha por trás dele, usando um quimono laranja queimado, com estampa de chamas.


– Cuidado, meu amor. O sol está forte nesse horário...


– Não se preocupe, flores mais sensíveis podem receber luz indireta. - dizia Kanae, se jogando sobre a costas de Rengoku, encostando sua cabeça junto a dele. – É uma linda nichirin.


– Tem sorte dos meus pais estarem fora... está com fome?


– Não...estou enjoada, enojada, minhas memórias estão no lugar. Rengoku, tudo que eu fiz... - dizia enquanto estendia os braços para o sol, ignorando a queimação, até a mão calejada e firme de Rengoku a puxar para as sombras, colocando contra o peito.


– Isso é passado, vamos por tudo no lugar novamente.


Ela o abraçava com força, ao ponto dele quase sentir seus pontos abrir, mas, sua expressão melancólica logo mudava para seu habitual alto astral, devolvendo o mesmo abraço a ela e beijando sua testa calmamente.


– Tenho tanta vergonha, quase matei o Inosuke, quase matei você...e se eu...e se...


– Se manteve no quase, mesmo em meio a embriaguez, causada pela fome voraz e por aquele sangue corrompendo seu ser.


– Kyojurou, você ainda me ama, mesmo eu sendo essa coisa?


Ele apertava ainda mais o abraço, ao ponto dela sentir algo quente escorrer contra seu abdômen.


– Kyojurou, não faça esforços! Os ferimentos estão abrindo!


– Eu ainda te amo, mesmo depois de você escolher o Sanemi, mesmo você se tornando uma oni.


Os dois se separavam do abraço, com Kanae desesperada com o sangue e tampando seu nariz e Rengoku apenas rindo da preocupada oni, com medo de ataca-lo.


Notas Finais


Demorou, eu sei, me perdoem kkk
Ta parecendo lançamento de capítulo de Berserk, ocorre a cada 84 anos e meio kkk
Espero que tenham curtido o capítulo, um abraço pra todo mundo.


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