História Guerra das Terras Brancas - Revelações

Ásdara olhava tristemente para o corpo de seu amigo sem vida enquato arrasvata-o pelo gelo conforme seguia seu caminho para se reagrupar com os soldados, ao se aproximar do lugaronde onde antes ocorria uma batalha feroz, Ásdara foi recebido pelo seu comandante que, preocupado com a expressão do garoto, perguntou.

- o que ouvi filho - disse ele.

Ásdara nada respondeu, apenas mostrou o cadáver de seu companheiro sem vida.

- sinto muito garoto - falou ele ao ver o corpo - eu sei que esta triste, mas isso é uma experiência que qualquer soldado que lutou em uma guerra passa, eu perdi vários de meus homens hoje, mas o que me consola é saber que o sangue deles não foi em vão.

- o sangue do meu amigo só não terá sido em vão quando o corpo daquela criatura estiver estirado na minha frente! - disse o garoto alterado e com seus olhos cheios de lágrimas - eu matei ele semhor! - continuou - eu matei ele com a minha própria adaga, eu não queria, não queria mesmo, mas ele ficou na minha frente, eu queria matar aquela criatura e ela sumiu, deixando apenas o peito do meu amigo, o peito do meu melhor amigo na frente da adaga que eu arremessei! - ele parou, derramou algumas lagrimas e, ainda com seus olhos lacrimejando, prosseguiu - ele caiu na minha frente, com seu peito completamente machado de sangue, e eu não pude fazer nada, não pode fazer nada além de ver meu amigo morrer!

O comandante abraçou o garoto enquato ele chorava em seu ombro.

- fica calmo garoto, quando isso terminar você poderá chorar o quanto quiser, mas ate lá precisamos fazer com que o sacrifício de seu amigo também não tenha sido em vão.

- esta bem senhor - respondeu o garoto com sua voz trêmula.

- agora me diga - falou o comandante olhando nos olhosde Ásdara - agora me fale que criatura é essa.

Após Ásdara relatar todo o ocorrido ao seu superior, ele reuniu um contingente de 40 soldados com autorização dos reis que estavam ali presentes e dos comandantes dos demais exércitos, e com esses soldados, incluindo Ásdara, entrou na cidadela. A cidade parecia deserta a princípio porém, conforme entraram nas ruas, começaram a encontrar varios corpos de soldados elfos desacordados, tentaram prestar socorro porem nenhum daqueles homens respondeu ou mesmo despertou o que levou aos soldados a conclusão de que estavam mortos, haviam dragões sobrevoando a cidade mas estavam ocupados de mais lutando contra as aeronaves dos anões e por isso não se atreviam a atacar os soldados.

- ei, garoto - disse o comandante do exército elfo - Você falou que a criatura parecia um fantasma?

- sim - respondeu Ásdara.

- meu pai me contava histórias quando era pequeno, ele lutou ao lado dos magos na primeira invasão dos guardiões, ele me disse que os magos contaram a ele sobre uma criatura de aparência fantasmagórica chamada espectro de gelo, uma criatura capaz de possuir o corpo de uma pessoa, eu não acreditava, mas depois de ouvir sua história estou um tanto preocupado.

- vamos descobrir o que ele é hoje - disse Ásdara com uma expressão séria no rosto.

Ao se aproximarem do palácio de gelo no centro da cidadela, o comandante deu ordem para seus solados se preparem.

- vamos na frente - disse o comandante apontando para Ásdara e mais três soldados.

Eles entraram no palácio devagar e com cautela, o lugar aprecia completamente vazio, os passos dos soldados ecoavam pelos corredores congelados.

- que droga esta acontecendo aqui? - perguntou um dos soldados.

- calado - falou Ásdara baixinho.

- como assim, a gente levou horas matando e morrendo para aquelas criaturas lá fora, não pode ser que eles não tenham deixado pelo menos uma aqui para defender - falou o soldado em tom alto.

- calado! - falou Ásdara novamente - estamos mexendo com algo que está bem além das noças capacidades.

- o que quer dizer? - perguntou o soldado

- isso... - Ásdara fez uma pequena pausa voltando sua cabeça para o alto como se procurasse algo - é magia.

Nesse instantes ouviu-se um barulho alto de explosão e, ao olharem para trás, perceberam que a explosão ocorrerá na entrada do Palácio congelado levando toda a estrutura da entrada abaixo e bloqueando a porta do palácio.

- estamos presos - falou Ásdara

Os soldados sacaram suas espadas e arcos e se prepararam para qualquer ataque surpresa,

- vamos avançar - falou o comandante.

Os cinco soldados avançaram pelos corredores e escadas do enorme Palácio ate chegar em uma enorme porta, o capitão deu a ordem e os soldados, usando um pedaço de madeira congelada arrombaram a porta.

Ao entrarem na sala encontraram apenas um enorme salão vazio, haviam uma bola de cristal a qual emanava uma luz forte de dentro.

- gostaram do meu orbe de cristal? - disse uma voz fantasmagórica.

- quem está aí? - perguntou o comandante.

De uma ante-sala saiu um ser com uma aparecia estranha, a pele negra e os olhosvermelhos dava ao seu rosto uma aparecia demoniaca, aparecia que fiava ainda mais em evidência quando se observava seus cabelos vermelhos cor de sangue.

- bem vindos ao meu humilde palácio - disse ele soltando uma enorme e aterrorizante gargalhada.

- que droga de lugar é esse? - perguntou o comandante e continuou - quem construiu esta maldita cidade?

A criatura de pele negra e aparência humanóide respondeu.

- esta cidade pertence a uma das quatro civilizações mágicas que colonizaram estas terras.

- isso é mentira - disse Ásdara - as primeiras nações mágicas eram apenas três e nehuma vivia nessa região.

- foi isso que te contaram garoto? - perguntou ele - estas terras durante anos permaneceram inabtadas, era uma terra de belos campos e florestas, ate que os primeiros homens chegaram, devido a forte concentração de mana nesse lugar, os primeiros humanos apredenram facilmente a utilizar o mana para conjurar feitiços e se tornaram os primeiros magos desta terra.

- isso eu sei - interrompeu Ásdara - depois eles fundaram três grandes civilizações, os magos a leste, os druidas a oeste e os clérigos ao sul.

- e os bardos ao norte - falou a criatura.

- bardos? - perguntou Ásdara com uma expressãode surpresa e de medo no rosto.

- sim, uma nação que usava a arte para manipular o mana, e foram eles que eu corrompi - falou a criatura soltando uma enorme gargalhada logo em seguida - eu os corrompi e induzi seus líderes a usarem o seu mana para criar as criaturas que tanto cusaram mal a vocês.

- guardiões - disse Ásdara.

- isso mesmo garoto, os guardiões, as criaturas de reino dos deuses, elas foram trazidas a seu mundo pelos bardos que, ao se coromperem, ganharam o nome de feiticeiros pelas outras raças.

- e como não sabíamos disso? - perguntou um dos soldados.

- esta é uma história antiga que foi esquecida pelas gerações fruturas, qualquer registro dos bardos foi destruído pelo tempo.

- então como pode ter corrompido eles se ja morreram - perguntou Ásdara.

A criatura olhou para o garoto com um olhar de intimidação, o que fez Ásdara arrepiar ate o seu último fio de cabelo.

- porque eu sou o deus das trevas - disse ele.

A revelação fez todos ali tremerem de medo, Ásdara sem acreditar começou a falar.

- não pode ser, era apenas uma lenda não era?

- lenda? - falouo deus das trevas e, logo depois, usou dua magia para projetar lembranças, usando a esfera de luz, que contavam toda a história desde a criação do mundo ate aquele momento.

Foi mostrado a eles a princípio uma visão do surgimento do mundo, que foi seguida por outra visão da batalha dos dois deus irmãos e do banimento do deus das trevas para o mundo dos homens, foi mostrado a eles a colonização de Aldáraia e todos os conflitos que ocorreram naquele continente, foi revelado como alguns dos primeiros humanos de Aldária desenvolveram a habilidade de absorver o mana e decarrega-lo usando feitiços tonando eles os primeiros magos, foi mostrado também como esta habilidade se conectou ao gene dos primeiros magos e como esse gene se fez presente nas futuras gerações criando assim a primeira raça de magos na terra, foi mostrada a criação das 4 nações mágicas de Aldária e como uma das nações foi corrompida pelo deus das trevas, e por fim, foi mostrado como o deus das trevas usou as criaturas criadas pelos bardos corropidos para invadir Aldária na primeira guerra das terras brancas com o único objetivo de conseguir uma esfera de cristal que estava localizada dentro da grande árvore sagrada que ficava no centro das terras selvagens e onde a cidade dos elfos da floresta havia sido erguida.

Ásdara, perplexo após ver toda aquela história com seus próprios olhos, perguntou.

- então todas aquelas pessoas morreram - e olhando para a esfera de luz que estava no centro do salão continuou - para que você colocasse as mãos nessa esfera?