História Guerra Entre Psicopatas ( Hiatus) - And I Won't Wait For Them To Cut Me Up

Oliver

      O cara atrás de mim, faz barulho com a arma para que eu me lembre que em qualquer movimento em falso, meus miolos serão estourados. Mas isso não me assusta. Funciona de maneira contraria, isso apenas faz com que eu queira matar o cara com a arma . Benjamin realmente não sabe com que esta brincando!

- Oliver! – Benjamin clama por meu nome em tom de deboche aparente.

- Sykes pra você. – Meu tom sai intimidante - Me conte sua triste historia de vida Bruce. – Lhe dou a chance.

- Sabe... Sykes – A pronuncia agora sai com nojo - era uma vez uma garota, ela era especial,  tinha um jeito único de ser,  e  depois de muito insistir, ela foi minha.  – Os olhos verdes a minha frente lampejam memorias mortas – E então de uma hora pra outra, ela simplesmente me deixou, foi embora.

Eu o encaro friamente e ergo minha sobrancelha, afinal, qual a novidade em alguém querer se afastar daquele cara?

- Surpreendente – Analiso o cano da arma a poucos centímetros da minha testa.

- E em um belo dia, havia um nome em seu diário... Oliver. Tudo tinha seu nome, em todas as linhas. A Melody não me queria mais... – Ele vacila.

Ela é o ponto fraco da questão.   Ouço um gemido , e volto meu olhar para trás. Quinn esta tremendo. Bela hora pra ficar com hipotermia garota! Meu olhar se volta para a frente e seguro os olhos verdes melancólicos.

- Você esta atrás de mim, apenas porque sua namorada não te quis mais? – Massageio minha testa cuidadosamente para que meus dedos não toquem o cano gélido - Isso é patético até pra você dude.

    Benjamin sorri maquiavélico, continua com a arma direcionada a mim, mas agora ele se move dando a volta por mim, faz meu corpo girar o acompanhando enquanto da passos para trás.  Algo dentro de mim se aperta. Ele vai indo em direção a Copel.

- Sabe o que é patético? – Ele segura a arma em uma mão e com a outra puxa os cabelos de minha Quinn. Bastardo filha de uma puta. – Essa garota, ela inteira – A risada ecooa em meus ouvidos , tão amarga quanto a própria morte – Quando ela começa a gritar pedindo pras vozes ficarem quietas

Olho para Copeland  que morde o lábio manhosa. Sua expressão é de pura dor. Então as vozes retornaram?

- PARA DE TOCAR NELA PORRA. – Grito a todo pulmão. No momento em que dou um passo pra frente, Benjamin aperta o gatilho.

Copeland grita ...

Abro meus olhos e observo tudo ao redor. O buraco da bala esta na parede ao meu lado. Sinto o gelo subindo por minhas veias.

- Mas ate que ela consegue ser bem gostosa quando desafia!  - Os dedos de Ben passeiam pelo cabelo e pelo rosto de Copeland. A garota parece que em breve entrará em combustão, os olhos reviram.

Aguente só mais um pouquinho amor. Só o tempo de eu te trazer pra mim

Repasso o mantra em minha cabeça. E antes que eu possa tomar alguma atitude idiota, uma mão toca em meu ombro, me viro instantaneamente em tempo de ver Jordan me encarar confuso.  Ele olha através de mim. Benjamin com a arma apontada em nossa direção.   O homem de olhos azuis atrás de mim levanta a arma e aponta para o loiro.

- Se você acertar ela, se considere morto Jordan – Minha voz é como um latido agoniante

Reage Copel. Garota burra. Da um soco nas bolas desse imbecil -_-

 Sei que é quase palpável  esse pensamento. Mas a Quinn esta tremendo como um vibrador. Ora essa! Isso não é hora de um surto psicótico *Bostwick, enfrente sua esquizofrenia mais tarde sua piranha.

Os olhos arredondados se  travam nos meus, um pequeno sorriso se abre em seus lábios ressecados , então ela morde a mão de Benjamin que grita enquanto minha pequena desvencilha para longe dele, no exato momento em que corro e acerto um soco certeiro em seu nariz, prendo seus braços para cima, enquanto Jordan pega a arma da mão de Bruce.

- Você vai conhecer o diabo agora – Soco seu rosto, dou joelhadas  em seu estomago enquanto ele cospe sangue e se contorce brutalmente . Eu continuo nessa dança ate escutar o grito de Copeland , olho pra trás. A menina esta encolhida no canto do quarto, abraçada aos joelhos, chorando. – Corre Copeland.

Meu grito a acorda do choque, ela se levanta e continua me encarando.

- ELES QUEREM ME MATAR – Escuto sua voz pela primeira vez na noite, é cortante e cheia de dor – ELES QUEREM QUE EU ME MATE

- Porra de menina problemática essa em Sykes?  - Jordan sai do quarto ironicamente. – Vou pegar alguma coisa pra amarrar esse desgraçado.

  Dou o ultimo soco em Bruce enquanto seu corpo escorrega pela parede indo de encontro ao chão .    Corro e seguro Copeland em meus braços. E pra minha surpresa ela se enrosca em meu pescoço, se agarra mais em mais em mim, até que repentinamente tudo acontece muito mais rápido, em segundos ela me empurra e se põe a minha frente, anda alguns passos para frente ficando na mira exata da arma de um Benjamin semi – morto no chão.

- A CASA CAIU SYKES – Matt aparece na porta com os olhos arregalados – É A POLICIA DUDE.   ELES NÃO PODEM NOS PEGAR AQUI... VAMOS EMBOR...

E a arma é disparada. Copeland grita , dou um passo a frente em tempo de ver o corpo da garota caindo no chão .

- OLIVER – Matt puxa meu braço  antes que eu acerte um murro em sua cara. Nichols entra no quarto e  rapidamente da tiros em Benjamin. Jordan de prontidão aponta a arma pra mim.

-Desculpa chefe.

Então sinto o baque em minha cabeça e apago deixando o cansaço me vencer rapidamente.

Copeland

                Isso arde mais que o inferno, mas nada se compara as vozes em minha cabeça. São eles novamente, me dizendo o quanto sou incapaz e inútil. O quanto machuco as pessoas e o quanto não me lembro de como se realmente ama ao próximo.  

                Quando a policia invadiu o local, afirmando que  receberam uma ligação anônima, eu não aguentava mais manter meus olhos abertos, pela ardência e tamanha dor. Eu vi em pequenos flashes quando um dos homens acertou a arma com violência na cabeça de Sykes,  e ele desabou, vi também quando o tiraram do quarto , precisaram de todos, e também quando o homem de olhos azuis e gélidos me encarou e foi embora, me deixando agonizar de dor.

                Esperei impaciente pela morte, ou pelos olhos castanhos esverdeados . Mas o que recebi foi um pouco melhor que isso, eram orbes verdes, preocupadas, e cheias de um amor que eu nunca serei capaz de compreender. Kellin beijou minha testa e sussurrou.

- Você voltou pra mim little monkey*

        - Pai elas querem que eu morra - Minha visão começa a embaçar.

        - Elas quem meu amor? - A voz dele é como sinos

     - As vozes Kell, elas querem que eu mate e morra.

                Então graças a Deus eu deixei a ardência me dominar.

Hospital

- Ela vai ficar bem, passou de raspão nas costelas. A bala não perfurou fundo.... Talvez alguns poucos meses na fisioterapia...

Escuto vozes distantes. Não consigo me mexer.

- Ela vai voltar Kellin – A voz entrecortada de minha mãe demonstra emoção – Ela vai voltar inteira!

- Doutor? – A voz de meu pai obtém um tom preocupado – Ela falou sobre vozes  que querem que ela mate e morra...

- Talvez a menina passe por um trauma psicológico. Voces podem a deixar  internada na ala psiquiátrica – O QUE? – Apenas de observação.

Meus olhos não abrem , minhas mãos não se mexem  a única coisa móvel no meu sistema é o medo que me domina enquanto escorrego novamente para meu subconsciente .