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História Guerreiro Das Neves (Sendo Reescrita) - O primeiro verão (SENDO REESCRITO)


Escrita por: Kosef

Capítulo 7 - O primeiro verão (SENDO REESCRITO)


O pôr-do-sol havia sido rápido aquela tarde. A lua nova logo assumiu o reinado do céu estrelado. As ruas estavam todas vazias, as casas todas acesas e trancadas, e um silêncio mórbido predominava em snow-line. Merine mexia em algumas pequenas caixas de madeira, organizando algumas coisas com todo o cuidado, pois tinha "visita" em sua casa. Dayson ainda não havia se acostumado com a nova casa, mas era mais do que poderia pedir. Tinha uma poltrona confortável, uma estante repleta de livros a sua disposição e armários cheios de variados tipos de guloseimas. Apesar de não gostar muito de doces e salgados, Dayson não recusaria um de vez em quando.

Dayson levantou-se da poltrona, deixou o livro "falácias do bardo" que estava lendo em cima do braço direito do assento, e se dirigiu até a cozinha. Abriu um dos armários e pegou um pacote transparente, o primeiro que viu, e que estava cheio de marshmallows. Abriu e pegou um, saboreou e mesmo tendo um gosto "estranho" tinha gostado da novidade. Pegou mais um e foi andando até a sala, foi quando viu, de relance, Merine sentada em cima da cama, organizando algumas coisas em seu quarto.

- Organizando suas coisas?

- Hã? Ah sim. Desculpa, tava meio distraída. - respondeu, sorrindo.

- Pelo visto você não tem tirado muito tempo pra isso ultimamente. Anda muito ocupada?

- Hã? A casa ta muito bagunçada? - perguntou assustada. - Eu juro que tinha limpado tudo hoje mais cedo...

- Não é disso que estou falando.

- Não?

- Não. Estou falando do seu quarto. Disso que está organizando.

- Ah, é. Não tenho tempo pra muitas coisas mesmo. Minha cabeça ta estourando. É tanta coisa pra fazer...

- Tipo o que?

- Consultas que tenho que agendar, pessoas que preciso visitar, receitas que preciso testar, métodos que preciso estudar, coisas pessoais que tenho pra organizar...

- Até onde me lembro você não trabalhava sozinha nesse hospital.

- E não trabalho. Mas o médico chefe, Lúcio, não quer contratar mais ninguém. Ele acha que só nós dois damos conta de tudo. Eu já tentei falar com ele mas parece que entra por um ouvido e sai pelo outro.

- Entendi. - pegou mais um marshmallow e foi se sentar na poltrona. Abriu o livro e voltou a ler.

Merine, suspirou fundo, e voltou a organização. Vários livros antigos, cartas e anotações estavam bagunçadas dentro das caixas, e a organização era justamente para isso. Mas em uma das cartas que pegou, percebeu que estava um tanto empoeirada. Soprou-a de leve e tentou ler o que estava escrito. Era de sua mãe. Uma lembrança que tinha guardado com carinho.

"Merine, gostaria antes de qualquer coisa te parabenizar pelo seu esforço e dedicação que te fez chegar onde está hoje. Seu maiores triunfos não foram o diploma nem o discurso que fez no final da cerimônia (que por sinal foi lindo), mas sim as horas que passou estudando durante todos esses anos e os calos que você fez pra chegar onde está hoje. Quero que você saiba que você foi e sempre será meu maior orgulho. E que estou ansiosa pra te ver de novo, te ouvir e te falar sobre tudo que tem acontecido. Espero que esteja tudo bem em Meslia.

Mamãe."

Merine deixou algumas lágrimas rolarem sobre o seu rosto até caírem sobre suas mãos. Merine saiu de sua casa com dezenove anos, logo quando terminou a faculdade. E agora, com quase vinte, fazia quase um ano que não via sua família. Estava sozinha e não tinha ninguém que conhecia quando chegou em Meslia, até que conheceu Dayson, que a ajudou quando se perdeu pela primeira vez. Desde então, Merine nunca se esqueceu do ato, mas ficou um bom tempo sem encontrá-lo novamente. Até que foi chamada para trabalhar em um hospital numa cidadezinha chamada snow-line, cuja qual ajudaria a ganhar mais experiência no ramo da medicina. Quando ganhou certa experiência, foi incumbida de colher algumas plantas medicinais num campo próximo ao hospital. Mas estava nublado, e o vento muito forte, que acabou arrastando a cesta que carregava até um barranco. Merine tentou alcançá-la, mas o barranco desmoronou, levando ela e a cesta ladeira abaixo, e na queda acabou desmaiando.

Quando acordou, estava em um quarto de madeira, em cima de uma cama coberta por um espesso cobertor. Foi quando viu, um homem com cabelos brancos e lisos que chegavam até o pescoço, seus olhos tinham as íris cor azul esbranquiçada, predominando mais pro branco, e as sobrancelhas eram das cores do cabelo. Estimou que sua altura era em torno de um e noventa, e quando o mesmo perguntou como se sentia, a voz que ouvira era grossa e fria. À partir daí, os dois foram se conhecendo melhor, e Merine passou a ser uma melhor amiga, a única que Dayson já tivera. E mesmo que não demonstrasse, Dayson gostava de sua companhia.

Algumas horas haviam se passado, e Merine já tinha pegado no sono. Estava completamente rodeada de caixas cheias de documentos.

Dayson se levantou, fechou o livro e o pôs de volta a estante. O saco de marshmallows já estava vazio, o amassou e foi jogá-lo no lixo da cozinha, quando passou por frente ao quarto de Merine e viu o jeito desajeitado em que estava em cima da cama. Dayson jogou o pacote no lixo, e foi até ela. Colocou todas as caixas em seus devidos lugares, e a ajeitou em sua cama. Depois a cobriu. Apagou a luz do quarto, que era iluminado por um grande abajur. Mas quando estava voltando para dormir em sua poltrona, viu que fora da casa estava um completo breu.

Dayson apagou as luzes da casa, abriu a porta com muita calma e a trancou. Quando deu seus passos pra fora das escadas da casa, parecia que o volume era aumentado em duzentas vezes. Estava tudo num completo silêncio, não havia mudado nada. E então resolveu checar a sua cabana, no vale atrás da montanha. Levou cerca de meia hora, mesmo a passos largos. Foi quando Dayson ia se aproximando, e viu sua casa, queimada, destruída e o vale completamente ocupado por barracas de pessoas, que seja lá quem fossem, estavam proclamando o território deles.

Dayson estava de costas para a entrada do vale, quando ouviu um silvo alto e preciso de uma espada. No mesmo momento, sacou sua espada elementar e ambas se chocaram num milésimo de segundos.

Dayson estava com sua identidade coberta por um capuz. Ao olhar o sujeito que tinha o atacado, percebeu que se tratava de um galante homem de cabelos loiros e olhos azuis. Era Henrique, sacando sua esgrima na mão direita, enquanto Dayson, com a sua espada na mão esquerda. Ambos se olhavam, como se fossem antigos conhecidos depois de se encontrarem a muito tempo. Dayson empurrou a esgrima de Henrique junto com ele a uns metros pra trás. Mas Henrique manteve a guarda, enquanto Dayson abaixou sua espada e permaneceu com seu rosto levemente abaixado.

- Quem é você? E o que faz aqui? - perguntou Henrique, demonstrando sua autoridade.

Dayson não disse nada.

- Se está procurando por algo ou alguém diga-me. Caso o contrário, vá embora.

Dayson permaneceu em silêncio.

Henrique, sem muito o que temer, embainhou sua esgrima.

- Não sei quem é você, nem o que quer aqui. - disse Henrique. - Mas essa lâmina não é pra você. Então, sugiro que vá embora.

- Esse deve ser o seu maior ponto fraco. Um oficial de verdade jogaria seu adversário ao chão e o esfolaria até que falasse.

- Isso não me convém. O fraco usa sua força, mas o forte usa a sabedoria. Essa é a grande diferença.

- Não nesse mundo. Esse seu pensamento vai ser o que abrirá sua sepultura.

- Se esse dia chegar ficarei grato, pois morrerei sabendo que fiz o que era certo. E se você diz isso, deve se importar.

- Não me importo. Quero mais é que você se foda. Só estou tentando livrar mais um idiota desse destino óbvio. E com o "poder" que sua farda carrega, o seu vai ser ainda mais humilhante.

- Como disse antes, não me importo com o que acontecer.

- Tem razão. É perda de tempo. - disse Dayson, e em seguida, foi se retirando do vale, já não se importando mais com o que ia acontecer com a cabana.

Enquanto Dayson ia se retirando, Henrique o olhava de relance, sem fazer movimentos bruscos. E quando estava a uma certa distância, Henrique perguntou:

- Pelo menos me diga, qual é o seu nome?

- Humpf.

- Eu sei que você é o cara de quem todo mundo fala.

- Então não pergunte.

Algum tempo havia se passado, e Henrique continuou no mesmo lugar, pensando no que tinha acabado de acontecer. Tinha estado cara a cara com o homem mais misterioso da região, que por sua vez tivera seu lar tomado pelas tropas de Bettulier.

Um pouco antes, naquela tarde...

- Mil perdões pela demora, mestre Bettulier. - dizia Sillas, depois que tinha acabado de entrar no recinto.

- Não se preocupe.

- O que eu perdi? - perguntou Sillas.

- Nada de mais.

Um dos homens que estava sentado na mesa, iniciou a discussão.

- Senhores, devo-lhes dizer que estou honrado em receber todos aqui esta tarde. Especialmente o general, Sr. Bettulier.

- Obrigado pelos cumprimentos, prefeito.

- Bettulier, nos de a sua palavra, por favor. - disse um outro velho, sentado ao lado direito da sala, em volta da grande e redonda mesa.

- Como quiser, senhor. - respondeu Bettulier.- Senhores, a dias venho planejando esse debate entre as nossas mais preciosas e grandiosas mentes, e tenho a completa consciência de que os senhores me ouvirão de bom grado. Pois bem, eu venho preparando algumas propostas de mudanças para esta cidade. Pois, sem a qualquer intenção de ofensa aos senhores, mas este lugar está um pouco atrasado em termos de industrialização e avanço comercial.

- Está sugerindo que nós implantemos indústrias em nossos territórios, Bettulier? - perguntou um senhor, sentado ao lado do prefeito.

- Não vejo problemas nisso, seria até bom para os negócios. - respondeu o prefeito.

- Não, de maneira alguma. - respondeu, todo sorridente, Bettulier. - Tenho completa consciência do que essa mudança repentina dos costumes traria. Além de afetar a fauna da região e de todas as cidades vizinhas, a população sofreria bastante com isso. E nem de longe esse é o meu objetivo.

Os homens ficaram todos surpresos por ver a atitude de Bettulier, até Henrique, que não esperava aquela "atitude". Menos Sillas, que já estava acostumado as artimanhas de Bettulier.

- Então, o que sugere que façamos? - perguntou o prefeito.

- Vamos começar pelos lugares que podem ser "limpos". Afinal, quanto mais terras possuirmos, mais investimentos teremos.

- Eu entendo sua preocupação, Sr. Bettulier. - disse o homem sentado ao lado do prefeito. - Mas essa sua ideia traria uma certa discórdia entre a população. Pois apesar de tudo, todos querem terras. Se "limparmos" essas terras, como sugere que lidemos com o ódio da população?

- Você pensa muito pequeno, meu caro. - respondeu Bettulier, com um sarcástico sorriso. - Quem disse em limpar as terras habitadas? A minha sugestão é de que limpemos os terrenos desabitados pela população.

- Então não seria uma limpa, mas uma ocupação populacional, já que não possuem donos, certo? - perguntou um dos homens sentados à esquerda da sala.

- Errado. Eu disse da "população", o que quer dizer que não estejam necessariamente desabitados. Mas ocupados por outras pessoas que não fazem parte de nossas legislações. Mas é claro, não vamos simplesmente expulsá-los de suas terras. Antes precisamos acolhe-los à nós, para que possamos oferecer vidas decentes. E depois, investirmos.

- E de que tipo de investimentos estamos falando? - perguntou o prefeito.

- O que pudermos investir, prefeito. Se temos agrária, criação, enfim, usaremos o que tivermos. Para que depois, possamos partir para algo mais... Beneficente.

- Entendo. Mas e quanto a segurança? Precisaremos de pelo menos mais quinhentos soldados para as regiões que pudermos obter.

Bettulier sorriu.

- Meus homens estão a prontidão para seus serviços, prefeito. São homens competentes. E seu líder mais ainda. - e olhou para Sillas.

Sillas estava sério, mantendo a postura.

- Ah, perfeito. - respondeu o prefeito. - Sendo assim, creio que a nossa reunião deva ter se encerrado. Alguém aqui tem alguma dúvida ou acréscimo a fazer de tudo que foi discutido? - o silêncio predominava. - Então, que assim seja. Encerramos.

Todos foram se retirando da sala, restando apenas o prefeito e o homem que estava sentado ao seu lado.

- Prefeito. - disse o homem.

- Sim?

- O senhor acha mesmo que devemos confiar nesse homem? Afinal, estamos entregando todas as nossas terras nas mãos dele. E o senhor se lembra do colapso de alguns anos atrás. Esse homem pode fazer o que quiser com o mínimo de poder que for dado à ele.

- Não se preocupe, rapaz. Tudo dará certo. Relaxe.

Enquanto isso, já lá fora com Bettulier e seus homens...

- Lorde Bettulier. - disse Sillas. - O senhor disse sério quando falou sobre me deixar no comando dessas tropas?

- Claro que sim, quem mais eu deixaria?

- Bom... O senhor tem Henrique...

- Henrique tem coisas mais importantes há fazer ao meu lado, como meu braço direito. Você cuida do resto. Certo?

Sillas ficou calado, mas por dentro de seu peito, seu ego era ferido. E sua raiva por Henrique aumentava cada vez mais.

Enquanto isso, Bettulier pediu para que Henrique se dirigisse até o vale atrás da montanha, ao norte da cidade, e que fizesse uma vistoria completa da região. E que caso não encontrasse ninguém, fizesse com que o seu exército se abrigasse lá. Henrique fez o que Bettulier havia ordenado, levou a tarde toda, mas cumpriu o dever. Mas no fundo sabia, que aquilo, não só como sua ordem, mas como todas as propostas tinham um outro sentido por trás de tudo.

A manhã havia chegado no dia seguinte. Merine acordou surpresa por ver que seu quarto já tinha sido completamente organizado. Se espreguiçou, e depois de ter tomado coragem para se levantar, calçou seu par de pantufas, foi escovar os dentes, lavou o rosto e foi passar o seu café. Mas em um momento, percebeu que algo estava errado. Alguma coisa estava faltando.

Já no hospital, ao lado de sua casa...

- Pelos deuses, o que houve com aquela menina? - perguntava-se Lúcio.

Alguns minutos se passaram, e Merine entrou correndo pela porta ao lado do laboratório.

- Lúcio! - gritou. - Desculpa pela demora. Eu perdi a noção do tempo.

- É eu percebi mesmo mocinha. Vamos agilizar com isso tudo bem. Temos muuuuito o que fazer hoje.

- Ta bem. - respondeu Merine, depois de dar um longo suspiro.

- Ah. Não consigo alcançar aquele pote. Faz o favor. - pediu o velho sem nem olhar pra trás.

- Ta bo... - e de repente, Dayson aparece, e pega o pote da prateleira. - Dayson? O que ta fazendo aqui?

- Hum? Com quem você está falan... - Lúcio ficou quase sem ar quando viu Dayson ao lado de Merine. - Q-Q-Quem é você?! O-O que faz aqui?!

- Ontem a noite eu decidi que era melhor eu ir pra outro lugar. Tenho alguns planos pro futuro, e vim te avisar. - disse, olhando para Merine.

- Mas... Eu entendo o que você quer dizer, só que... Agora?

- Agora é a melhor hora. Não posso arriscar em esperar mais.

- O que ta acontecendo aqui... - perguntou o velho... que por sua vez foi ignorado.

- Quer vir comigo?

- Ficou louco garoto?! - disse Lúcio... ainda ignorado.

- Hã? Ta falando sério? - perguntou Merine.

- Claro. Você pode aproveitar essa viagem também. Você vai poder aprender mais em outro lugar.

- Mas deixar esse lugar assim do nada...

- É isso ou se prender pra sempre.

- E eu aonde entro nessa história? - perguntou Lúcio, interrompendo a conversa.

- Não entra. - disse Dayson, jogando o pote nas mãos do velho.

Merine ficou calada, enquanto pensava.

- Eu vou arrumar minhas coisas. - disse Dayson. - Você decide se vai vir ou não. - e foi se retirando.

Quando já estava em casa, agachado perto do sofá da sala, enquanto colocava algumas coisas dentro de uma grande mochila, Merine apareceu atrás dele. Com as mãos coladas ao peito. E disse:

- Se eu aceitar, promete que não vou me arrepender?

- Se você não se arrependeu em ficar aqui durante todo esse tempo e aturar esse lugar desconhecido ao invés de estar estudando na sua cidade, próxima da sua família, do que teria que se arrepender?

- Tem razão...

- Vamos?

- Ta. - respondeu, deixando que as lágrimas rolassem sobre seu rosto, enquanto esboçava um lindo sorriso.

Merine encheu sua mochila de coisas que julgava ser mais importantes, junto de algumas outras bolsas com coisas básicas, e se sentiu preparada para partir.

Depois de Dayson ter saído pela porta da frente, ela saiu atrás dele e fechou a porta. Sabendo que era a última vez que trancaria aquela porta, Merine deu um suspiro profundo, virou-se e foi seguindo Dayson.

O tempo havia se passado, e ambos já estavam numa estrada longínqua, feita inteiramente de pedra. Enquanto aos lados da estrada, a paisagem era composta por basicamente matos altos e amarelados, e árvores dançando à melodia da leve brisa. Merine foi andando na frente de Dayson, se virou pra ele, enquanto andava de costas e ao mesmo tempo conversava.

- Tava pensando numa coisa...

- Hum? - perguntou Dayson. Ele carregava as duas mochilas mais pesadas nas costas, enquanto Merine, as bolsas mais leves.

- Você já tinha experimentado o calor antes? Sabe, o sol ta meio forte agora, e lá em snow-line nunca fez sol, eu acho.

- Na verdade já. Há muito tempo atrás. Mas não durou por muito tempo. Logo as nuvens cobriram o sol e tudo voltou a ser como sempre foi. E quanto ao calor... bom... - Dayson se lembrou da luta que teve com Kirian e do sol que brilhava intensamente. - Já mas fica pra uma outra hora.

- Ah, ta bom. - respondeu Merine, sorrindo.

Enquanto caminhavam, Merine começou a correr pela estrada de braços abertos, deixando que o vento balançasse seus longos e lisos cabelos, enquanto as folhas verdes das árvores acompanhavam-na, dançando a sua volta. Dayson olhava para os cabelos castanhos de Merine que faziam movimentos incríveis ao balançar do vento. Estava, aos poucos, se acostumando com a ideia de conviver com ela.

- Dayson!

- Que foi?

- Agora que fui parar pra pensar... Pra onde exatamente estamos indo? - perguntou dando uma leve risada.

- Para oeste. Uma capital chamada Sobward.

- Sério? E o que tem lá?

- Tudo.

- Oh... Deve ter vários lugares que eu possa estudar sobre medicina.

- É.

Alguns minutos se passaram, e o sol ficava ainda mais brilhante.

- Dayson...

- Fala.

- Você quase sempre viveu no inverno, né?

- Sim.

- Então, podemos dizer que esse é o seu primeiro verão?

- É... - disse enquanto olhava pro céu. - Meu primeiro verão...


Notas Finais


Qro agradecer a ~Waifu-chaan pelas dicas do capítulo anterior. E se vc tiver lendo isso, qro dizer muito obg <3 e espero q eu tenha feito certo pelo menos né kkk


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