História Guerreiros do Universo - Prólogo

Pov's Mateus:

Acordei com um incômodo em meu pé esquerdo... Mano, o que é isso?! Tentei abrir os olhos, mas minhas vistas me traíram, e acabei não conseguindo. Levei minha mão aos meus olhos, os coçando... Cara, que dor de cabeça.

Fui dar o impulso para sentar, mas senti alguma coisa mordendo o meu dedo do pé! QUE PORRA É ESSA? Imediatamente, abri meus olhos. Meu pé, mano, isso tá doendo..:

— Mas o quê..? - Olhei para baixo, e vi o Demon!-q. - Sai daí, seu gato encapetado.

Chutei ele, e me sentei. Puta que pariu, o que aconteceu com o nosso quarto?! O guarda-roupa estava aberto com todas as roupas no chão, e tinha uma cueca pendurada no ventilador... Olhei para a estante, que deveria ter uns mangás, mas cadê?! Estava tudo jogado ao chão, e no lugar deles, tinha umas garrafas de algo que não pude identificar de longe. O que aconteceu ontem, mesmo?

—Velho, o que é isso? - Olhei para a cama do meu irmão, e me segurei para não rir alto!

Ele estava deitado de ponta cabeça no colchão, com as pernas para fora da cama. Estava sem camisa, e com um copo plástico na cara. Será que teve uma festa ontem...? Engraçado, eu deveria me lembrar, certo? Vi uma movimentação na cama dele, e observei. Ele se ajeitou na cama, e abraçou algo, que não consegui ver, resmungando algumas coisas inúteis.

— Idiota... - Murmurei, enquanto levantava para pegar meu celular, logo que desbloqueei a tela, vi a hora, e quase caí na cama de novo. Era 5:47 da manhã, porra! Andei até ele, para acorda-lo, mas o vi abraçando um urso de pelúcia e babando nele. Aproveitei e tirei uma foto! Nunca se sabe quando iremos precisar de uma chantagem, não é?!

Acabei por desistir de acorda-lo, com certeza ele não iria me ajudar a arrumar essa bagunça. Iria ficar brincando com coisas que achasse no meio desse quarto, que está parecendo um lixão. Andei mancando até o banheiro, precisava lavar o rosto, já que estava com uma dor de cabeça infernal.

"Gato filha da mãe! Vai me pagar, acha mesmo que vou deixar ele morder o MEU lindo pé, e sair de boa?! Ah, mas não vai mesmo!" — Pensei, enquanto planejava planos para tortura-lo.

Lavei meu rosto, e escovei os dentes. Olhei para cima, vi meu reflexo no espelho... Meus olhos azuis estavam quase fechando de sono, minha pele clara estava amassada pelo tempo que dormi de mal jeito e, para completar essa bagaça, meus cabelos pretos com algumas mechas loiras parecia um ninho de rato. Acho melhor tomar um banho!!!

Alguns minutos depois...

Logo após o banho, em que dentro do próprio banheiro fiz um curativo em meu pé, eu tentei arrumar o quarto. Foi, praticamente, impossível!! Fui acender a luz e ela estava queimada, mas isso não era problema. Abri as cortinas. Logo após, comecei a organizar as coisas, guardando cada objeto em seu lugar. Por fim, acabei perdendo a paciência, e vim comer. Não existe nada melhor que isso para acabar com o estresse, não é?!

Então, lá estava eu, em plena 6:30h da manhã, na cozinha e distraído em pensamentos... Por que o "Halls preto, é branco?" (?). Até que senti um cheiro estranho..:

— Porra, Mateus!! Você peida até dormindo?! - Gritei para o maldito.

Olhei para o fogão, e fiquei desesperado! Tava tudo pegando fogo, Senhor me acuda!

— Ah, caralho! ÁGUA, ÁGUA!!! - Fui correndo pro armário-q, peguei a primeira garrafa que vi e, praticamente, joguei ela dentro da panela.

O fogo criou vida do nada, e subiu até o teto. Que diabos era aquilo que eu joguei?! Peguei, novamente, a garrafa e li o nome: "Álcool de Cozinha". MERDA.

Ouvi o alarme de incêndio gritar igual a um condenado, e fiquei mais desesperado ainda. Até que senti uma dor em minha nuca-q. QUEM ME BATEU?! Não pode ser... Será que é um ladrão?!

— Ai, droga! - Olhei para trás, e quase caí de susto. - QUE MERDA É ESSA, MANO?!

Era o meu irmão, que parecia que havia acabado de cheirar uma! Ele usava o short do lado contrário, segurava um taco de beisebol, estava sem camisa e com o rosto cheio de baba! Sem contar que ele estava com os olhos vermelhos! Deve ter demência, só pode. Ele me olhou assustado, e coçou o cabelo. Que porra é essa, velho?!

— POR QUE VOCÊ ME BATEU, CARALHO?! - Gritei, espumando de raiva, com ele.

— Er... Eu pensei que você era um ladrão, mano! Essa sirene, sei lá, me lembrou LADRÕES, sabe? - Ele disse com uma tranquilidade, que quase me acalmou.

— Você é NOIA?! - Perguntei, porque só podia, viu?!

— Quem, eu?

— Não. - Respondi com sarcasmo, mas acho que ele não vai entender...

— Você?

— Hãm?

— Anjo. - Ok, agora eu admito que estou boiando aqui... Espera, acho que tinha uma coisa importante acontecendo. A CASA.

— O FOGO, CARA! - Gritei com ele, para ver se ele acordava para a vida.

— Qual?! - Ele ficou procurando alguma coisa, mas não dava para ver nada, por conta da fumaça. Que brisa.

— Aquele ali na panela, que ativou o alarme. - Olhei para trás, e mostrei para ele.

— Uau! O amarelo, vermelho ou azul?! - Colocou a mão livre no queixo, e ficou com uma cara de... de... BURRO!

— O azul, anta! - Que cara idiota, existe outra cor de fogo-q?!

Continuamos a discutir por mais alguns segundos, nos esquecendo totalmente do incêndio, até ouvirmos a campainha de casa:

— Será que é o ladrão? - Ele segurou o taco em modo de defesa, e andou devagar para perto da porta.

— Lógico que não, né?! Se fosse o ladrão, ele entraria pelo teto-q!! E não pela porta, idiota! - Burro, aonde já se viu isso?

BAAM!!!

A porta se escancarou e só se viu um vulto indo atrás do sofá. Eita, nossa casa virou a "Casa da Mãe Joana"?! Eu, hein.

Fui até o sofá e fechei a porta, que por sorte ainda estava inteira. Atrás do mesmo estava nosso amigo, João, que abraçava uma caixa olhando para todos os lados. Como uma pessoa, tão linda, como eu, pude me envolver com dementes iguais a eles?

Depois de alguns minutos de WTF?! ele olhou para gente, e falou baixinho:

— Ufa, ela não me achou... - O que ele dizia mesmo? Ah, nem deu tempo para falar...

BOOOW!!!

— NOSSA PORTA!!! - Eu e Mateus gritamos. É, com certeza, não iriamos ter mais porta.