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História Guide to a Virgin Universitary - (2Yeon) - Guia 11: Aceitar, mudar e amadurecer


Escrita por: enbysauro

Notas do Autor


As pausas entre as atualizações estão sendo um pouco maiores do que o planejado e eu sinto muito por isso. Estou bastante ocupada esses dias e isso tem ferido a minha criatividade, mas nada que me faça parar.

Boa leitura

Capítulo 39 - Guia 11: Aceitar, mudar e amadurecer


Ainda haviam histórias pendentes e assuntos nunca resolvidos no passado de Im Nayeon e Myoui Mina. Tudo que se sabia até agora eram boatos, falsas histórias e muitas coisas omitidas que foram destorcidas por quem não viveu toda a situação.

Mas, três anos atrás as coisas não eram assim. Mina e Nayeon eram um casal bastante invejável. Porém, tinham suas diferenças e isso de uma forma nenhum pouco saudável. Nayeon era impulsiva, irresponsável e imatura, apesar da sua idade. Já Mina, era humilde, era grata por tudo que tinha e sempre se mostrou bastante madura para lidar com muitas coisas da vida.

Ambas eram alunas bolsistas e isso às aproximou de imediato. A Im carregava um jeito rebelde e selvagem que de alguma forma interessava almas calmas e estáveis. Um desses exemplos fora Mina, que não demorou para criar um grande sentimento pela outra. Entretanto, Nayeon sempre fora complicada, em poucas palavras. Carregava consigo uma bagagem emocional repleta de traumas e assuntos inacabados de seus relacionamentos românticos e familiares passados. Todo esse peso lhe deixava quase indisponível de estabelecer uma conexão verdadeira com alguém.

Problemas de confiança, falta de responsabilidade quanto aos seus sentimentos, entre outros mil defeitos que possuira.

Claro que com tanta coisa para lidar, inúmeros conflitos viriam.

Dito e feito. Em cerca de três meses de namoro, veio o primeiro término. Vago, rápido e melancólico. Aquele tempo de duas semanas sem se falarem fora o suficiente para que o sentimento de saudade falasse mais alto e a proposta de tentarem novamente surgir. Contudo, a cada segundo que adiavam o fim daquele relacionamento, mais iam se machucando.

Nayeon se afundou em seus pesadelos, deixando que seus espinhos perfurassem quem se aproximasse, e isso incluía Mina e seus sentimentos profundos e dolorosos.

Depois de um ano mentindo para se mesmas veio o trágico incidente do vazamento de uma foto íntima. Era a gota d'água. A pobre garota Myoui já não estava estável suficiente para superar aquilo. Estava quebrada. Assombrada pelo seu próprio coração que lhe impedia de ver a verdade. Não somente Nayeon, quanto tudo em relação a elas duas lhe envenenava por dentro. Mantando a si e a todas as possibilidades de florescer que surgiram no caminho. Era o fim.

Em suas últimas palavras trocadas como um casal, Mina deixou claro que odiava a Nayeon. A odiava por ter mentido. A odiava por ser tão distante. Mas principalmente, a odiava por não conseguir a odiar. Suas palavras saíram destorcidas, assim como os boatos que vieram a seguir. Com o tempo Nayeon se esqueceu do que realmente havia escutado e tornou a se culpar por toda a situação.

Um tempo depois a situação veio a mudar. Chaeyoung entrou na vida de Mina e a ajudou. Não muito depois veio Jeongyeon, a salvadora da pátria. Curou o coração de Nayeon e a ensinou diversas maneiras de amar.

Mesmo já sendo futuro, muito longe do que era e muito diferente do que costumava ser. Ainda havia uma conversa adiada que precisava vir a acontecer.

Mina caminhava pelo refeitório do campus às cinco e quarenta da tarde, horário de saída da maioria dos alunos. Sua única companhia eram os poucos funcionários recolhendo o lixo e limpando o local. A japonesa tinha como objetivo apenas comprar algum lanche na máquina de lanches automáticos. Depositou o dinheiro na abertura e clicou para obter a guloseima de sua escolha. Em sua mão carregava seu celular, na espera de uma resposta da sua namorada e a outra, apoiava sua mochila com a alça unicamente em um ombro. Levaram alguns minutos para perceber que o seu lanche estava enganchado na máquina. Era um mal sinal. Acontecia frequentemente e parecia ser algo mais propósital, como uma fraude quase involuntária de conseguir algum dinheiro dos estudantes. De fato, nenhum pouco justo.

Mina era persistente, mas também muito quieta e delicada. Não precisava de muito para conseguir o seu lanche, mas para isso era necessário uma certa força bruta. Levando em conta o fato de estar sozinha naquele momento, com um silêncio bastante vago de companhia e apenas alguns funcionários ao longe, seria difícil usar a força bruta. Entretanto um anjo surgiu e a dirigiu algumas palavras de consolo.

— Essa merda sempre acontece. Posso te ajudar com isso? — a garota de jaqueta de couro escuro e botas resistentes questionou. Lançando um sorriso desajeitado e um olhar amigável.

— Oh. Se você conseguir uma forma de abrir a máquina e recuperar meu dinheiro ou pelo menos pegar essas batatinhas para mim, eu vou ficar muito agradecida.

— Ah, moleza. — a Im se aproximou, pedindo para que a outra se afastasse um pouco e cobrisse a área. Por fim, fingindo uma tosse aguda enquanto chutava com força a lateral da máquina. — Rum-hum — pingarreou, mostrando a Mina os dois pacotes de batatinhas que haviam caído "sem querer" no compartimento de coletagem de compras da máquina.

— Meu deus, você é doida! — exclamou em um tom baixo e sorrindo contente.

— Agora é melhor sairmos daqui antes que o faxineiro descubra que fui eu novamente.

— Espera, novamente??

As duas caminharam em passos rápidos em direção a saída. Gargalhando ao chegarem nos corredores da universidade.

— É sim, não foi nem de longe a primeira vez que eu fiz isso. Faço a anos, a culpa não é minha se a máquina foi feita para arrancar dinheiro das pessoas!

— Entendi. Mas, você coloca o dinheiro, né?

— É...

— Nayeon!

— É brincadeira! — a mais velha riu, suspirando ao fim e pondo suas mãos em ambos os bolsos de sua jaqueta. — O que importa é que você conseguiu o seu lanche e de brinde um a mais.

— É verdade. Inclsuive, quero que fique com esse — disse Mina, entregando o segundo pacote a outra.

— Tem certeza?

— Claro. A conquista foi sua.

— Valeu, Minari. Eu vou deixar para dar a Jeongyeon quando chegar em casa. Ela é uma apreciadora de batatinhas de primeira.

Um breve silêncio se instalou no ar, junto a uma corrente de vento leve que passou entre as paredes dos corredores que se encontravam. Estava um silêncio total por todo o campus, mas nada desconfortável, era até de se apreciar. Aquele lugar era sempre tão barulhento de movimentado, como os corredores de uma escola no último dia para as férias de verão. Até que o pronunciamento de Mina quebrou o gelo entre as duas.

— Nay, eu estou feliz de que esteja de volta.

— Eu também estou bastante feliz por isso. Tem sido bem diferente do que foi nos últimos anos que passei aqui.

— Eu imagino. Queria dizer que sinto muito por sair apressada naquele dia. Eu realmente tinha um compromisso mas confesso que usei como desculpa para fugir de um diálogo com você.

— Olha, tá tudo bem. Você não tem a obrigação de falar comigo se não quiser, eu entendo, de verdade. Principalmente depois de tudo que eu fiz...

— Sem essa. É justamente por conta do que você fez-

— Nossa, isso ajudou muito — a outra riu sem humor.

— Não, não! Você entendeu errado! É justamente por tudo que você já fez por mim que eu deveria te dar uma chance de se explicar.

— Ah...

— Eu nunca tive a oportunidade de te agradecer também. Você foi muito corajosa em subir naquela mesa e-... Você sabe. Mudar o foco das coisas. Além de ter desmentido os boatos e levado toda a responsabilidade sobre o que aconteceu.

— Você não precisa me agradecer por isso, eu só fiz o que era certo. Eu deveria ter sido mais responsável antes de tudo acontecer e não somente em arcar com as consequências.

— Mesmo assim. Você é uma heroína, ok? Um pouco desleixada e extrema, mas é uma heroína.  Obrigada — Mina sorriu docemente, levando sua mão ao ombro da outra em sinal de gentileza. — E obrigada pelas batatinhas também. — as duas riram, voltando ao assunto.

— Eu mudei bastante desde aquela época e me perguntei por muito tempo o que você pensava de mim. Posso obter alguma resposta agora? — questionou a Im, vendo a mais nova assentir e inciar:

— Eu ainda te considero muito e em momento algum te culpei por toda a confusão. Éramos crianças e estavamos aprendendo tanta coisa sobre o mundo, sobre as pessoas e principalmente sobre nós mesmas. Eu posso ver o quanto você mudou e fico feliz por isso.

Nayeon abriu um sorriso tímido e abaixando seu rosto para esconder a sua expressão.

— É bom conversar com você de novo. Deveríamos marcar de fazer isso mais vezes.

— É, pode ser. Eu não vejo a hora — a Miyoui confirmou alegremente, se distraindo ao sentir seu celular vibrar e dar a notícia de que teria que ir. — É a Chae, eu estava indo encontrar com ela no estacionamento e acabei me esquecendo. Céus!

— Vai lá, Romeo. Não deixe a sua garota esperando por muito tempo.

— Tá certo. Até mais, Nay.

— Até.

As duas se despediram apenas para se encontrarem novamente ao longe no estacionamento. Mina dividia seu lanche com Chaeyoung enquanto caminhavam em direção a saída e Nayeon montava em sua moto. O casal avistou a mais velha e acenaram em despedida, logo voltando ao que conversavam.

Já em casa a Im entregou a Jeongyeon o seu brinde por sua ação heróica e a Yoo se recusou a dividir as batatinhas porque "algo dado não pode ser devolvido", mas a mais velha fez apenas rir e surpreender a namorada com um abraço traseiro, onde permaneceu refletindo sobre o quão bom e conclusivo havia sido o seu dia.



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