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História Guilty Pleasure - Final - Sobre clichês modernos e histórias de amor


Escrita por: xHasashi e MyG

Notas do Autor


[xHasashi] ::: E aqui acabamos a nossa linda história Kakasaku, mais uma para a nossa lista.
Algumas coisas dessa história aconteceram com essa pessoa que vos fala, existem várias referências aqui que chega a ser engraçado quando lemos. Apesar de tudo, apenas serviu de enredo para trabalharmos algumas coisas que já queríamos.

Sim, em guilty pleasure a @MyG e eu queríamos acima de tudo não trabalhar com clichês. Então não, o Sasuke não ia ser filho da puta, não ia brigar pela Sakura e muito menos sair no tapa com o Kakashi. a Mei, apesar de tudo, não fez a Sakura ficar se remoendo de ciumes ou indignação.

Espero que vocês tenham gostado desse hino, porque é exatamente assim que essa fanfic é pra mim.

Agradeço a minha linda, mozona e alma gêmea @MyG por ter topado escrever mais uma história comigo. Mesmo com bloqueios criativos, terminamos mais uma história meu amor! Eu te amo, amiga. ❤

Espero que tenham gostado =)

[MyG] ::: É com muito amor e dorzinha no coração que me despeço dessa fic.
Sem dúvidas um hino incrível que eu guardarei com todo meu amor ❤

Uma vez li que em uma história de amor nem sempre teremos uma história de superação de barreiras para os mocinhos ficarem juntos, nem sempre um drama gigante envolverá o casal, nem sempre é necessário colocar ciúmes... As histórias mais bonitas são também as mais reais, aquelas que vivenciamos no nosso dia... continuando, as vezes a maior barreira que enfrentamos em um relacionamento somos nós mesmo, as nossas barreiras pessoais que muitas vezes parecem intransponíveis e até loucura para outras pessoas.

Amei de paixão escrever essa fic, obrigada @xHasashi por me acompanhar nesse HINO!
Sempre falo que nossa sintonia para escrever é absurda e tenho certeza que de alguma forma, essa fic tocou todo mundo como tocou a nós duas.
Te amo miga, e que venha a próxima haha ❤

BOA LEITURA!

Capítulo 9 - Final - Sobre clichês modernos e histórias de amor


Eu fiquei observando Kakashi ao meu lado em silêncio, sabia o quanto gostava dele e que estava meramente apaixonada...mas havia saído de um relacionamento a menos de uma semana. A minha vida virou de ponta cabeça do dia para a noite e mesmo que estivesse feliz, as coisas não funcionavam assim.

Sou racional, não que eu queira aproveitar a minha solteirice com um caso perdido ou uma foda de uma noite qualquer, não é isso. Apenas acredito que tudo que é resolvido de maneira apressada não dá certo.

Meu amuleto prateado foi um dos melhores caras que conheci em minha vida. Óbvio que Sasuke havia sido um bom namorado, porém éramos muito melhores como amigos.

Nunca existiu amor de homem e mulher, apenas tesão e uma curiosidade para descobrir se de fato seríamos melhores como namorados…não foi o caso.  Provavelmente se tivéssemos acabado mal e a nossa amizade fosse por água abaixo, carregaria um remorso muito grande de ter feito a cagada por ter aceitado aquele pedido de namoro sem pensar nas consequências.  

Acontece que agora eu queria que tudo fosse com calma, o que sentia pelo homem deitado ao meu lado me olhando daquela maneira maravilhosa beirava amor. Algo intenso e forte que nunca senti por ninguém.

Eu já errei uma vez e não queria falhar de novo. A ideia de ele ficar livre também me incomodava. Entretanto, namorar novamente e ter todas aquelas coisas que implicam um relacionamento já me cansaram no momento que cogitei aceitar.

Falar com a família, apresentar aos amigos, mudar status, se acostumar com outra pessoa...Com o Uchiha foi fácil, nós já nos conhecíamos a anos...com Kakashi tudo foi diferente.

Era impossível não comparar os dois. Com meu ex tudo beirava a amizade e a curiosidade do ‘’e se’’. Nunca houve um amor arrebatador tampouco a vontade incondicional de estar junto. O Hatake era difícil, existia a paixão que me fazia perder horas pensando nele quando ouvia “melhor assim”, ficava boba sentindo o seu perfume que impregnava em minhas roupas, cama e principalmente em minha casa.  

O problema é a descoberta, iniciar algo a cegas e isso realmente me assustava.

- Kakashi. – Segurei em seu rosto e fiquei em silêncio.

- Já sei, você não quer. – Suspirou frustrado e eu segurei seu braço quando percebi que ele ia se levantar.

- Me escuta, tá bom? – Me sentei na cama e comecei a passar as mãos nos cabelos dele. – Eu estou me apaixonando por você, e sinto que é algo intenso. Mas compreende que saímos de relacionamentos longos a poucos dias?

- Eu sei, Saky. – Suspirou. – Porém não nego que essa foi a minha ideia para não te ver ficando com outro cara. – Foi inevitável não rir dele levando as mãos até sua nuca e sorrindo. Ô homem lindo.

- Não precisamos ser namorados para gostar de monogamia. Vamos nos conhecer melhor, ficarmos juntos. Sem rótulos e deixar as coisas acontecerem em seu tempo. Eu te quero, Kakashi Hatake. E não vou desistir tão fácil, mas te peço paciência. Sobre mim...- Me ajoelhei na cama e deixei um beijo em sua testa. – Sobre nós.

- Só se você me prometer que irá assistir muitas séries comigo nesse meio tempo. – Me puxou pela cintura e acabei sentando em seu colo. – Me jurar que nenhum outro cara vai provar do meu algodão doce.

- Eu não quero outro cara. Lembra que eu te disse que prata era a cor da minha alma? – Baguncei seu cabelo e deixei um rápido beijo em seus lábios. 

Sei que isso era incomum, e por acaso eu estava ligando? Definitivamente não. Estava mais preocupada em encontrar uma felicidade que sabia que merecia e principalmente: Em meu tempo.

Muitas pessoas vão ficar se questionando meus motivos, ainda mais por esse homem ser maravilhoso. E novamente: Estou pouco me fodendo.

Relacionamentos felizes são aqueles que tem respeito, sentimento, intensidade e que ambos se transbordem. Quando comecei com o Kakashi não estava buscando um tapa buraco para um namoro falido com meu ex, queria algo além. Queria, de fato, encontrar alguém para dividir sua vida comigo.

E quem sabe esse alguém não era o Kakashi?

Bom, eu sou a favor de dizer que todos nós somos aprendizes do tempo. Com ele curamos cicatrizes, abrimos novas, nos permitimos e nos reinventamos.

Às vezes algumas pessoas saem, outras entram e em outras elas prevalecem. Eu queria que ele prevalecesse, mas em nosso tempo, sem pressão.

Meu amuleto se aproximou e fez um carinho em minha bochecha.

- Meu sabor preferido é o de algodão doce. – Ele me abraçou e aspirou o cheiro de meus cabelos. – Do meu algodão doce.

E depois daquela noite, passamos a deixar o tempo ditar e “o que for para ser será.”

Continuamos nossa relação sem rótulos, embora todos tivessem achado estranho não termos de cara atado uma relação.

Às vezes eu saia com Sasuke, apenas para beber e jogar conversa fora como nos velhos tempos. Outras com Ino e Tenten. Mas sempre, em algum dia do final de semana Kakashi e eu saíamos ou passávamos em casa assistindo alguma série e era bom.

Era bom não ter o peso de toda uma relação, estar com alguém que te entendia.

Na escola, embora sempre tentássemos agir da maneira mais profissional possível perto um do outro, a coordenação já imaginava que tinha algo por trás daquela amizade. Até nossos alunos passaram a dizer que nos shippavam juntos. Embora sempre desconversasse, sabia que no fundo formávamos um casal verdadeiramente bonito, não apenas exteriormente.

E cada dia que passava, minha vontade de ficar junto a esse homem maravilhoso aumentava.  De fato, ele parecia não existir. Era leve, como estar de fato, com a metade da sua laranja.

Era inegável que sim, ele me completava. Aliás, me transbordava.

A ponto de meu coração disparar todas as vezes que entrava em meu apartamento sem permissão, pois já tinha a chave. Quando me abraçava após me ver chateada por algo ou me apoiava incondicionalmente por qualquer coisa.

Então, incrivelmente um ano e três meses se passaram em um piscar de olhos. Estávamos no apartamento dele assistindo Lúcifer. Minha cabeça estava deitada em seu colo enquanto sentia o carinho em meus cabelos e eu abraçava suas pernas.

Subitamente passei a lembrar de todo esse tempo que passamos juntos e se alguma coisa em mim ainda duvidava que esse era o boy da minha vida, sumiu no momento em que Kakashi abriu a boca.

- Meu deus, mas essa detetive é devagar né? Quer dizer, com um Lúcifer desses até eu...

Levantei subitamente e fitei aqueles olhos que eu tanto amava, correndo os meus por seu rosto até parar na boca.

Foi um ano que ele me fez feliz, mesmo sem nenhum tipo de vínculo ‘’oficial’’. Estaria sendo hipócrita se dissesse que nós não estávamos em um namoro não confirmado. Éramos monogâmicos, nos víamos pelo menos uma vez no final de semana para transarmos, assistirmos série ou sairmos. Ele já havia conhecido todos meus amigos e foi impossível não pegarem empatia por essa coisa linda.

Saíamos até de casal com o Sasuke e a Karin, que começaram a namorar pouco depois do dia que os apresentei. Fico feliz por estarem bem.

Então tomei uma decisão, que estava mais que na hora e finalmente resolvi parar de me sabotar. No início foi necessário esse tempo, porém agora não mais.

Me aproximei afastando os pensamentos.

- Kakashi, precisamos conversar. – Ele me fitou confuso.

- Agora? – Fez biquinho. – Mas Lúcifer tá quase achando as asas dele!

- Agora. – Me aproximei mais. – É importante meu amuleto. – Fiz drama? Claro que sim.

- Então fala meu algodão doce, o que é mais importante que as asas do Lúcifer?

- Você lembra... lembra quando me pediu em namoro? – Mordi o lábio inferior, nervosa.

- Ah! Está falando do maior fora da minha vida? – Ele brincou. – Como iria me esquecer?!

- Idiota... – Murmurei brincando com os cabelos de sua nuca. – O pedido ainda está de pé?

Vi aqueles olhos castanho escuro me fitando um pouco surpresos, senti suas mãos em meu rosto e vi um sorriso lindo abrindo em sua boca.

- Isso é um pedido de namoro? – Me levantei, ajoelhei em sua frente e Kakashi começou a rir.

- Kakashi Hatake, professor delícia de história, meu amuleto prateado. Namora comigo? – Ele se ajoelhou em minha frente e me abraçou.

- Não que nós já não estamos fazendo isso, mas óbvio que aceito. – Me puxou para um beijo e logo em seguida me deitou no chão enquanto nossos lábios ainda estavam grudados.

Suas mãos subiam por meu corpo de um jeito tão leve que foi inevitável não me arrepiar.

A questão é que provavelmente as pessoas jamais conseguirão entender as maneiras como escolhi levar minha vida. Dessa vez, estou contando essa história para quem quiser ouvir. Seja quem for.

Relacionamentos não precisam ser clichês de filmes românticos, seu ex às vezes não é inimigo e pode muito bem se tornar como um irmão. Não existe necessidade de comparações ou fazer a ex-namorada do seu atual como a pior megera do mundo ou sua rival. Inclusive, Mei está noiva de Jugo. Também procurou tratamento para o seu ciúme e possessividade, dizem que terapia de casal é o milagre desse século. E eu desejo toda felicidade do mundo para ela.

Há quem me julgue por ter optado por ficar um ano e pouco com Kakashi não assumindo um namoro, mas sinceramente não estou nem aí. A vida não precisa seguir um curso padrão, no final das contas: O que importa é como traçamos nosso caminho.

Ironicamente me casei (ou melhor, fomos morar juntos) com um professor de história após descobrir que estava grávida de uma menininha linda dois anos depois de assumirmos nosso namoro ao mundo.

Agora, quinze anos depois estava sentada no sofá da sala junto com meu marido (sim, acabamos no casando. Porém em uma festa íntima, nenhum de nós ligava para isso de fato) quando a minha filha se sentou ao nosso lado e me perguntou como descobri que estava apaixonada pelo pai dela.

Abri um enorme sorriso e abaixei a televisão, aonde nós dois víamos uma série de investigação policial. Afinal, velhos hábitos nunca morrem.

- Sabe filha, mamãe vai te contar uma história.

 

F I M 

 


Notas Finais


Então é isso pessoal, chegamos ao fim ❤
Nos vemos por ai amores, agradecemos de coração a todo mundo, tanto pelo carinho quanto por não desistir de nós mesmo com o bloqueio criativo horrível que passamos.
ATÉ MAIS ❤


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