História Gyeoul Seuta - "Jungkook II, A Missão"

Mais tarde naquela semana.

Sábado, 31 de Dezembro de 2016.

MBC Dream Center Performance Hall.

Janghang-dong, Ilsandong-gu, Goyang-si, Gyeonggi-do.

 — Eu não achei que era possível sentir Jet Lag do Japão pra casa. — Seokjin comentou parecendo bastante desgastado, largado no sofá do camarim e usando Hot Packs na nuca para tentar combater um torcicolo que conseguiu dormindo de mal jeito dentro da van. — Acho que estou fora de forma.

— Não seja tão duro consigo mesmo, hyung. O fuso horário de Manado para Coréia, depois pro Japão e então pra Coréia de novo deve ter fritado seus neurônios. — Hoseok o assegurou, trêmulo de frio. Ele havia se despido até a regata para poder passar os fios da bateria do microfone sob a roupa.

Como o grupo já bem previa, a correria havia voltado com tudo. Taehyung mesmo teve que comemorar seu aniversário nos bastidores de um evento outra vez, assoprando as velinhas dos seus vinte e um aninhos no camarim da MBC ainda no dia anterior. Dentre os presentes que recebeu das fãs, e é claro, dos amigos, o que mais derreteu seu coraçãozinho foi um beijo babado de uma certa bebê desdentada.

Ele ainda tirou foto do momento e ameaçou postar no twitter – Jimin, é claro, quase arrancou os cabelos quando ouviu aquilo.

Os garotos contribuiriam com três performances para esta edição do evento de final de ano da MBC, sendo que uma delas já havia sido gravada horas antes, um cover de Kim Sung Jae – 'As I Told You', clássico da Old School coreana – que seria transmitida entre as apresentações ao vivo. Os rapazes inclusive se preparavam no momento para a segunda performance, onde Jungkook faria o cover e os demais serviriam de back up dancers.

— Notícias do Suga-hyung? — o Jeon quis saber, acabando de vestir o paletó do figurino.

— Falei com ele há umas duras horas atrás, ele disse que não conseguiria esperar até a gente voltar então preferiu jantar sozinho. — Hobeom informou, assistindo os garotos se aprontarem. — Ele parecia meio dopado, deve ter sido os analgésicos para a contusão do joelho.

O mais velho não se juntaria aos demais para o festival de final de ano por conta de um incidente no último evento, durante a coreografia. Pois as únicas coisa que poderiam, de fato, impedir Min Yoongi  de trabalhar era caso de doença ou contusão.

— Será que a Gyul tá dando muito trabalho pra ele? — Jimin perguntou-se inquieto. Esteve assim desde que deixou a filha sob os cuidados do mais velho ainda aquela tarde, afinal a enfermeira estava indisponível para trabalhar na virada de ano e Yoongi era sua melhor opção.

— Quer checar? Eu faço uma chamada de vídeo. — o manager ofereceu.

Jimin mordeu o lábio inferior em ansiedade, considerando. Queria muito dar uma espiada, mas não queria incomodar seu hyung, ele devia estar descansando.

— Só uns minutinhos não devem fazer mal, né? — o loiro perguntou hesitante e o manager prontamente concordou. — Está bem.

Com isso o manager sacou seu Tablet e fez a chamada pelo Kakao Talk. Não demorou muito e o rapper atendeu.

— Yeoboseo?

— Ah, hyung, sou eu. — Jimin pegou o aparelho emprestado das mãos de Hobeom. — Como estão indo as coisas por aí?

Yoongi então diminuiu o zoom da câmera para poder mostrar ao Park a situação em que se encontrava. Ele vestia a bolsa de Canguru de Gyuri com a mesma aconchegada dentro, a garotinha estava muito bem agasalhada e sugava sua chupeta com serenidade, recostada no peito do rapper. Parecendo imperturbável, como sempre.

Jimin suprimiu sua vontade de chamar pela filha, afinal Gyul estava tão quietinha, se fizesse isso ela certamente ficaria agitada e faria um verdadeiro circo no colo de Yoongi.

— Ela já tomou uma mamadeira inteira, arrotou, cochilou e acordou de novo. Ah, e fez tanto xixi que molhou até a minha roupa! Você sabe, as funções básicas de um bebê. — o moreno deu de ombros simplista, fazendo Jimin rir fraco. — Não se preocupe, Jimin-ah, Gyuri está em boas mãos.

— Eu sei, eu sei! Obrigado, hyung. É só que... eu não consigo parar de pensar nela quando ficamos afastados. — o Park explicou um tanto nervoso, passando as mãos pela franja como lhe era de costume. — Os remédios para emergência, você lembra onde eu deixei, certo?

— Sim, em cima da mesa de centro. Ao lado das instruções de dosagem por escrito e todos os números de emergência possíveis! — o mais velho fingiu desânimo.

— Certo, e a fralda? Por favor cheque de hora em hora, ela faz muito cocô! É muito fácil ficar assada desse jeito. E caso acabar todas as mamadeiras prontas que eu deixei, tem mais dois saquinhos de 500ml de leite na porta da geladeira, é só pôr na mamadeira e esquentar no aquecedor elétrico. E o quê mais... ah! Se ela começar à fazer manha demais é porque está com sono, é só colocar um trecho do Kookie ou meu cantando que ela dorme rapidinho. — ele ia listando, andando de um lado à outro pelo camarim.

— Certo. Mais alguma coisa?

— Ér... a-acho que não. Não que eu me lembre. Gguk, estou esquecendo de alguma coisa? — o Park parou e perguntou para o marido, este considerou por um momento antes de negar. — Então acho que era isso... obrigado de novo, hyung.

— Disponha. — Yoongi sorriu inevitavelmente, ver Jimin tão exasperado daquele jeito era até fofo. — Eu vou desligar agora. Boa sorte aí!

Ah, e de sorte ele ia precisar. Jimin estava tão pilhado! E se ele cometesse um mínimo deslize que fosse ia ficar se martirizando depois.

— Ei, está na hora. Você vem? — Jungkook surgiu por trás de si, abraçando sua cintura e apoiando o queixo em seu ombro. — We gotta be bad boys... — brincou com a letra da música, rindo soprado contra sua orelha.

— Sim. — o menor riu fraco, embora ainda tenso.

— Não fique nervoso. Só mais algumas horas e vamos estar voltando para Seoul.

— Está bem.

Carreira de Idol não era fácil, pois apesar dos ganhos e popularidade, a função cobrava muito do indivíduo. E muitas vezes roubavam deles momentos de sua vida pessoal que poderiam ter sido muito especiais. Jimin nunca se importou muito com isso antes, afinal o Bangtan era sua família e nenhum momento passado ao lado deles poderia ser considerado desperdício, especialmente performando, contudo tinha que admitir que passar a primeira virada de ano de sua filha longe da mesma foi frustrante.

Mas ainda assim ele deu o seu melhor, subindo naquele palco externo sob o frio cortante de Dezembro durante a contagem regressiva. O ano chegou ao fim belamente, sendo ovacionado pelo público e acompanhado de uma chuva de fogos de artifício, e em seguida o Bangtan Sonnyeondam deu as boas à 2017 com Blood, Sweat and Tears.

...

Felizmente as primeiras duas semanas do mês de Janeiro vieram acompanhadas de uma longa lacuna na agenda. Nada de compromissos externos. Apenas ensaios. Os rapazes puderam até se juntar na sala do dormitório, numa tarde fria de sexta-feira, para assistir a primeira transmissão do programa "Law of The Jungle em Kota Manado", rindo à toa das peripécias de Jin interagindo com o cast enquanto se estufavam de junk food.

— Quantas horas vocês passaram naquela construção no meio do mar? — Namjoon perguntou curioso. — A brisa devia estar bem forte, deve ter feito muito frio à noite.

— Fez bastante frio mesmo à noite, mas os sacos de dormir eram confortáveis pelo menos. Acho que ficamos umas vinte horas "à deriva". — Jin respondeu como se não fosse grande coisa. — Estávamos só alguns metros da praia, na verdade.

— Daebak! Acho que eu entraria em colapso nervoso só no percurso até lá! — Yoongi comentou em distresse. Ele estava deitado no divã ali ao lado, dividindo o espaço estreito do móvel com Gyuri – esta que se entretinha com uma Stress Ball do Gudetama (grande o bastante para que ela não conseguisse engolir e engasgar no processo). O Min conseguia ser mais apegado à menina do que até mesmo Taehyung às vezes.

Enquanto isso Jimin e Jungkook deitavam agarradinhos num colchão de ar no chão, embrulhadinhos como duas panquecas. Parecendo o casal mais despreocupado do mundo.

— Por que cada dia mais eu sinto que somos todos nós que estamos criando a filha desses dois? — Hoseok se perguntou observando humorado a cena de sua posição privilegiada, encolhido na poltrona mais confortável do dormitório.

A folga foi boa, mas uma hora tinha que chegar ao fim. E logo a agenda de compromissos se reabria com nada menos que uma premiação, a "31st Golden Disc Awards". Com direito à performance e um novo prêmio de produtor para Bang SiHyuk. Seguido do "26th Seoul Music Awards" e a gravação do ISAC 2017, respectivamente.

Tudo isso enquanto ensaiavam para a turnê mundial.

...

Terça-feira, 7 de Fevereiro.

Dia da graduação de Jungkook.

— Não tem mais vagas por aqui... — Namjoon comentou, vislumbrando da janela da van a fila de carros estacionados no meio fio ao longo da quadra, próximos da entrada do auditório do colégio.

— Eu vou deixar vocês dentro do estacionamento particular do SOPA. — Hobeom esclareceu de sua posição à frente do volante – a cicatrização do braço finalmente completa lhe permitia voltar à dirigir. — Miyeon-ssi e eu vamos aguardar dentro da van, Sejin quem vai acompanhar vocês do momento que descerem do carro até retornarem. E depois vamos almoçar.

— Gostei do plano, especialmente a última parte. — Yoongi comentou sério e os demais riram concordando.

Jimin, ao lado do bebê conforto, brincava com a filha já bastante hiperativa e conversadeira. Gyuri acordou cedinho aquela manhã, junto com seu outro papai que precisou se aprontar e deixar o dormitório mais cedo rumo ao colégio. O dia começava cedo para os formandos no SOPA afinal. A pequena logo abriu o berreiro, emotiva, quando percebeu que Jungkook não ia ficar para brincar com ela – o maknae depositou um beijo no topo de sua cabeça e outro na bochecha de um Jimin bastante sonolento antes de deixar o quarto já uniformizado.

— Por falar nisso, conseguiu a reserva naquele mesmo restaurante, hyung? — Jin quis saber, desviando a atenção de seu celular po um instante para perguntar ao manager.

— Sim, aquele mesmo.

— Céus! Adoro a comida de lá! — Taehyung comentou ao fundo, seu rosto quase coberto pelo soberbo buquê de flores que comprou para o maknae. — Nem acredito que estamos indo para a formatura daquele pirralho, ainda ontem parece que era o dia da orientação e ele estava tão nervoso que tremia!

— Já não era sem tempo. — o líder brincou. — Tiramos dele praticamente o último ano letivo todo de aulas presenciais... ele malmente conhece os colegas de turma dele.

— Isso não é bem um problema se você perguntar à ele. — Jimin confidenciou rindo. — Ele odiava ir pra aula. Deve ter quase sapateado na hora de receber o certificado.

O palpite do Park não podia estar mais perto da realidade.

Jungkook estava eufórico quando o encontraram, com um sorriso do tamanho do mundo estampando o rosto e um bom humor contagiante. Ele continuava repetindo para quem quisesse ouvir que ele estava "finalmente livre". Embora sua liberdade, de fato, só viria depois de recebida as honras do corpo discente no auditório mais tarde. E como foi longo e saturante! O discurso do reitor, enriquecido com o que parecia ser uma extensa lição de moral, levou mais tempo que o necessário para então enfim as turmas serem chamadas uma à uma para receber os presentes e agradecerem diante da escola inteira.

Quando enfim aconchegado dentro da van, munido de seu diploma, o maknae deu uma breve entrevista ainda para o Bangtan Bomb frisando que ele pagaria pela refeição de todos.

Só pelo gesto seus hyungs já ficaram exponencialmente mais famintos.

— Ah, eu lembro desse lugar. — Jungkook comentou olhando em volta assim que passaram pela recepção. Era um restaurante mais reservado, do tipo que oferecia salas de jantar privativas para reuniões executivas.

— É essa? — Namjoon perguntou indicando a terceira porta do corredor.

— Sim, sim. Pode ir entrando. — respondeu Sejin na retaguarda. Hobeom já aguardava lá dentro na companhia da enfermeira e de Gyuri.

Os garotos foram se acomodando à mesa, de repente se vendo até cantando músicas nostálgicas do pré-debut – para embaraço de Yoongi. Jin tomou o cardápio e começou a averiguar o que iam pedir, estavam todos famintos, todos mesmo.

Gyuri começou à chorar em distresse no bebê conforto, logo então a câmera precisou ser desligada para o casal poder dar atenção à filha. Jungkook a salvou de seu confinamento e a pequena não demorou muito para engolir o choro, ficando calma de imediato ao reconhecer o pai. O Jeon voltou à sentar-se, tendo Jimin do outro lado da mesa diretamente à sua frente.

— O que foi minha princesinha, tava com saudade do papai? — brincou o maknae a colocando em pé sobre sua perna com algum apoio – afinal ela não conseguia nem sentar sozinha ainda – , mas e esta nem lhe deu bola. A bebê não parava quieta, e tudo que via pela frente ela teimava em pôr as mãozinhas. — Não, meu anjo, não pode pegar! Vai acabar furando o olho de alguém com isso! — ele afastou de pronto o parzinho de Jeotgarak de ferro em cima da mesa antes que Gyuri os alcançasse. — Você é muito ligeira pra aprontar, sabia disso?

— Não nega as raízes. — Hoseok comentou incrédulo, levando todo mundo às risadas. — Tenho medo de que quando ela crescer vai parecer mais como um Jungkook de saia. Com os músculos e tudo!

— Deus me defenda! — Jin foi rápido em se manifestar. — Aí não seria "Gyuri". Seria "Jungkook II, A Missão"!

 — Hahaha! De onde tirou essa, hyung?!

 — Concordo.

 — To rindo, mas com respeito!

Envoltos naquele clima descontraído a família finalmente conseguiu decidir o que iam pedir, e, enquanto aguardavam, faziam de Gyuri o centro das atenções. Jimin não sabia se entrava na brincadeira e ria junto ou se repreendia o esposo por deixar a filha sujar sua roupinha nova em molho shoyo de acompanhamento.

Não demorou muito e a comida era servida. Jimin usaria a deixa para tirar Gyuri da mesa antes que ela fizesse mais lambança, entretanto Jungkook insistiu em continuar com ela no colo, deixando-a sentada sobre sua coxa; com uma mão ele segurava a filha e com a outra ele lutava para comer os Noodles com um garfo mesmo. E ele até que conseguiu lidar com a ferinha.

— Ai pobrezinha, dá um pouco pra ela! — Yoongi comentou da ponta da mesa, apontando para a cena que ninguém percebia que estava se desenrolando ali.

Sentada com algum apoio no colo do Jeon, Gyul assistia com a boquinha entreaberta o pai devorar os Noodles pendurados no garfo. Ela salivava, coitadinha, louca para experimentar.

— Não! De jeito nenhum! — Jimin negou na hora. — Ela nem chegou na fase das papinhas ainda, não vou dar isso pra ela agora.

— Ah Jiminie, vai! Olha só pra ela. — Tae insistiu, sacando o celular para eternizar o momento em pelo menos quinze disparos consecutivos da câmera.

— É cedo pra dar comida sólida assim, ela pode engasgar. — Jimin explicou para desânimo dos demais.

— E se eu der bem amassadinho? — Jungkook sugeriu, ainda buscando o olhar da enfermeira para conseguir a confirmação.

Pega de surpresa, Si Miyeon se deparou com todos os olhos da mesa voltados para ela, e então engoliu o bolo de comida rapidamente e limpou a boca com guardanapo antes de responder.

— Bem, desde que seja bem amassadinho e servido com cuidado, ela não vai se machucar. Mas quanto ao tempero... vai fazer uma diferença e tanto mais tarde quando forem trocá-la.

Evacuação. A especialidade de Jeon-Park Gyuri.

O pessoal então se entreolhou, parecendo considerar a opção. Mas Gyuri parecia querer tanto um pouquinho daquela comida cheirosa, dava dó ver ela lamber os beicinhos assistindo todo mundo comer menos ela.

— Está bem. — Jimin concordou com um suspiro dramático. — Mas você, Gguk, troca a fralda dela, e não, isso não é negociável!

—... Fechado.

Seokjin, quem estava sentado imediatamente ao lado do maknae, pegou um pequeno pires vazio e colocou ali um Noodle comprido o qual ele amassou bem com a colher até alcançar a consistência desejada. O maknae reposicionou-se com a filha bem segura nos braços e deixou que o amigo recolhesse um pouquinho da papinha improvisada na ponta da colher para estender na direção da menina.

— Diga "ahhh". — Jin cantarolou para a sobrinha, levando a colher na direção da boquinha miúda e desdentada. — Espero que alguém esteja filmando issoooo... — completou no mesmo tom cantado.

— De pelo menos cinco ângulos diferenteeees...! — Tae respondeu na mesma melodia. E não era mentira, até Jimin sacou seu celular para tirar foto do momento!

Primeiro Gyuri olhou com curiosidade para o que lhe era oferecido, e enfim aceitou de bom grado, abrindo bem a boca para receber a papinha. Ela degustou devagar, mais cuspindo pra fora que de fato comendo, e quando acabou voltou-se para Jin abrindo a boca novamente em aguardo.

— Aahhh! — ela berrou irritada quando não recebeu prontamente a colherada na boca, lançando uma careta feia para o Kim.

Desnecessário dizer que a sala de jantar irrompeu de "awns" assistindo a pequena. Era tão gritante o quão ela conseguia ser parecida com Jungkook! Até mesmo Jimin assustava-se, às vezes.

...

Domingo, 12 de Fevereiro.

Preview Show de lançamento do albúm Wings: You Never Walk Alone.

— Pessoal, eu vou pedir a atenção de vocês por um minuto. — Bang PD se manifestou no meio da bagunça do camarim, onde a staff da BigHit organizava seu material e se preparava para a chegada dos garotos.

— Oh, PD-nim, não sabíamos que viria. — alguém comentou surpreso. Realmente, ocupado como era, o CEO não participava pessoalmente das transmissões.

— Eu vim na verdade porque preciso... comunicar algo à todos vocês. — respondeu em busca de palavras, se colocando de frente à toda equipe que agora tinha sua total atenção voltada ao CEO. — Como todos sabem, o próximo sábado marca o inicio da nova turnê mundial dos garotos, e é para isso que temos nos preparado tanto. Todos vocês diante de mim hoje trabalharam comigo nesta produtora desde o começo, deram duro todo esse tempo e têm meu reconhecimento e confiança. Porque eu sinceramente confio em cada um de vocês, não os trocaria por nada. E não sou apenas eu... Park Jimin, Jeon Jungkook, Kim Taehyung, Kim Namjoon, Kim Seokjin, Min Yoongi e Jung Hoseok. Eles todos confiam e admiram vocês. São nossa equipe. São vocês que estarão lá fora com eles, e é com vocês que eles irão contar.

A equipe concordava em silêncio, tocados pelas palavras de SiHyuk.

— E eu espero realmente não estar pedindo muito de vocês, mas... preciso compartilhar um segredo e pedir, em nome do respeito e confiança mútua que temos aqui, que não revelem à ninguém. Nunca, em qualquer circunstância. — SiHyuk declarou com ênfase, surpreendendo-os. — Não vou pedir que assinem um termo de confidencialidade, não vou ameaçar seus empregos e menos ainda tentar comprá-los. Porque tenho muito respeito por cada um de vocês. Eu estou apenas pedindo, como amigo, a palavra de vocês de que não dirão nada.

— Está me assustando um pouco, mas eu to dentro. Você tem minha palavra. — Lee Cordi-Noona concordou rapidamente, embora parecesse de fato assustada. Sua iniciativa foi rapidamente seguida pelos demais, confirmando que podiam contar com eles. — Então, PD-nim. Do que se trata?

— Bem... teremos uma companhia há mais à partir de agora. E eu não me refiro apenas à turnê. Digamos que vocês vão ver ela por aqui com bastante frequência... por muito tempo. Seu nome é Jeon-Park Gyuri, e ela é a filha de Jimin e Jungkook.

A sala irrompeu com reações surpresas e desacreditadas.

— O... quê? Filha?

— Mas c-como assim? Desde quando eles tem uma filha?

O CEO então sorriu amarelo, não sabendo direito como lidar com a descrença dos demais.

— Eles vão chegar daqui alguns minutos e vocês poderão vê-la com seus próprios olhos, e claro, eles vão explicar tudo pessoalmente. Eu só posso adiantar que Gyuri e sua enfermeira particular vão estar presente na turnê, e gostaria que vocês a recebessem bem. E claro, ajudassem à mantê-las imperceptíveis, a mídia não pode desconfiar.

— Espera, espera! — um dos PD se manifestou logo mais, confuso. — Quer dizer que os dois tem uma filha... e embora isso já seja difícil o bastante de aceitar... quer dizer também que levaremos a criança com a gente? Em turnê? Pelo mundo?

— Sim, é a condição para o Jimin participar da turnê. Não posso separá-lo da filha. Ela ainda é muito nova.

— Quão nova...?

— Ela completa quatro meses esse sábado, dia 18. — Jimin esclarecia segurando a filha nos braços enquanto era cercado pela equipe, todos curiosos para conhecer a bebê.

— Quatro meses? Faz tanto tempo assim que você tem escondido ela da gente?

— Você a... adotou, certo?

As perguntas não paravam de chegar, mas ele não tinha tempo para respondê-las no momento, já era quase hora de logar no Vapp.

— É uma longa história. — o Park sorriu amarelo, indo alocar a filha no bebê conforto. — Eu conto depois, mas para todos os efeitos, ela é minha garotinha. Por favor, a recebam e cuidem bem dela.

Oh, céus!