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História Gyeoul Seuta - A vontade de Jimin


Escrita por: TheCrown

Capítulo 9 - A vontade de Jimin


Fanfic / Fanfiction Gyeoul Seuta - A vontade de Jimin

 

 

 Em todos os seus anos de empresa, não, em todos os seus anos de vida, Bang Si Hyuk nunca recebera uma notícia tão inacreditável, a tal ponto que teve de dar seu voto de fé, pois era incabível acreditar racionalmente no que ouvira. E tamanha a importância desta que o chefão da Big Hit teve de deixar Seoul e tomar o rumo de Tókyo no mesmo dia em que a recebera.

 

 Um de seus artistas homens... grávido.

 

 E era Park Jimin, um de seus garotos de ouro, quem esperava um bebê! A informação entalou na garganta e custou a descer, a incredulidade foi meio que um mecanismo de defesa para a irrealidade da situação. Mas depois de tudo esclarecido resolveu abrir uma reunião com os Bangtan’s e o manager, afinal, medidas precisariam ser tomadas.

 

 — Muito bem. — concluiu o chefão depois de ler o prontuário médico que a Dra. Choi enviara o deixando a par da saúde de seu mais novo gestante. — Primeiramente me permitam perguntar, vocês têm plena certeza de que levarão essa gestação à frente e cumprirão o compromisso que é ter um filho?

 

 — Sim. — respondeu o casal em uníssono e sem hesitação. Até surpreendendo Sihyuk.

 

 — Certo... temos bastante assuntos técnicos para tratar então. E é claro, discutir como vamos esconder isso da mídia. Se bem que não deve ser tarefa fácil esconder uma barriga de gestante...

 

 — Sunbaenim. — Jimin manifestou-se e todos se voltaram pra ele. — Quanto à isso, a Dra. Choi me garantiu que não vai ficar muito evidente até pelo menos o sexto mês. Só roupas largas já seriam o suficiente para esconder minha barriga.

 

 — Bom, bom... — Bang PD concordou. — Hobeom-ah, peça para a estilista providenciar novas peças ao Jimin-ah.

 

 — Sim, sunbaenim. — o manager concordou anotando a medida numa agenda.

 

 — Acho que a complicação está mesmo nas atividades do grupo.

 

 — Sunbaenim. — dessa vez foi Jungkook quem pediu a palavra. — Acho que o Jimin deveria ser afastado de suas funções até o bebê nascer.

 

 Todos encararam o maknae, mas ele não hesitou sob o escrutínio dos demais.

 

 — Kookie, não! — Jimin o repreendeu quase ofendido.

 

 — Vai chegar o ponto em que isso será necessário, com toda certeza. Não é natural nem para as mulheres manter um ritmo desses até o último instante. — o ancião da sala declarou. — Mas chamaria a atenção demais se tomássemos essa medida agora, sem nenhum preparo. Jimin precisa segurar as pontas por enquanto, durante os primeiros meses. Acha que consegue, Jimin-ah?

 

 — Sim, claro. — concordou prontamente e ouviu o namorado bufar no sofá ao seu lado. Olhou por cima do ombro e o encontrou com uma cara de poucos amigos.

 

 — Especialmente agora que recebemos tantos convites de participação em programas de variedade. E isso me lembra o compromisso que terão na SBS quando retornarmos à Seoul.

 

 — Running Man. — o líder declarou e todos pareceram sentir a tensão subir. Os desafios daquele programa de tevê estavam num nível superior de dificuldade, geralmente senão religiosamente, envolvendo competições de resistência física.

 

 Aquela manhã tiveram o dobro da dor de cabeça em comparação com quando decidiram assumir o relacionamento publicamente. Vida de pessoa pública não era fácil.

 

...


 

 Era extraordinário o quão Jimin conseguia ser belo de qualquer ângulo possível.

 

 Jungkook simplesmente não conseguia parar de admirá-lo, o menor dos movimentos, mais simples que fossem, chamavam sua atenção. Desde o modo como as coxas dele destacavam-se a cada passada que dava dentro daquela bendita calça de couro, até a maneira fofa como coçava a barriga sob o moletom – um hábito que ele ainda não havia se dado conta que possuía e que Jungkook preferia não ressaltar ou ele poderia parar de fazê-lo.

 

 O ruivo, alheio ao escrutínio, caminhava de um lado à outro com suas anotações de Kanji em mãos balbuciando algumas palavras aleatórias. Estava treinando seu japonês há muito tempo mas tinha certa dificuldade em discernir um kanji de outro e precisava treinar.

 

 — Hyung. — Jihyun entrou em cena e o distraiu, o mesmo segurava uma caixa em mãos. — Tenho algo aqui pra você.

 

 O ruivo prontamente ficou animado.

 

 — Não fique tão feliz, não são cupcakes, hyung. — Jihyun alertou em tom de burla e Jimin o encarou com falsa ofensa. — É uma manta.

 

 — Não estou com frio...

 

 — Não é exatamente pra você, é pra ele. — sutilmente indicou sua barriga.

 

 Jihyun acompanhou o irmão até um biombo o lhe instruiu a suspender a camisa. Jimin o encarou confuso mas o fez. O Park mais novo então abriu a caixa e retirou a tal manta que era mais como uma espécie de tira retangular de um tecido elástico e com velcro nas extremidades. Antes que Jimin pudesse perguntar a utilidade daquilo Jihyun envolveu sua cintura naquele tecido e colou as pontas com o velcro. Parecia mais uma cinta modeladora.

 

 — Isso é para proteger o seu bebê de friagens. — Jihyun esclareceu satisfeito consigo mesmo.

 

 Levou um tempo para Jimin assimilar a informação.

 

 — Ah! Como daqueles ahjummas amigas da mamãe?

 

 A Sra. Park era instrutora de Yoga e geralmente dava aulas à gestantes em seu estúdio. Jimin já conhecia muitas das alunas de sua mãe desde que era apenas um menino e estas em sua maioria possuíam esse costume de vestir mantas na barriga durante a gestação.

 

 — Sim, hyung.

 

 — Oh... eu não tinha pensado nisso!

 

 Jimin nem teve tempo de agradecer a preocupação do caçula, os irmãos logo foram interrompidos pela porta do camarim sendo aberta e Jimin rapidamente se recompôs antes de sair de trás do biombo. Eram as moças da produção se retirando, deixando todos os bangtans impecáveis para trás, uma vez que os mesmos subiriam ao palco de um Talk Show popular dentro de poucos minutos.

 

 — Jimin. — Jungkook o chamou e Jimin o encarou por cima do ombro. — Não está se esquecendo de nada?

 

 — Hm... não sei, eu...

 

 — Não tinha algo pra falar aos hyungs quando estivéssemos em particular?

 

 O rosto do mais velho se iluminou então em realização.

 

 — Ah!

 

 Todos voltaram sua atenção para o casal em seu breve diálogo e ficaram inevitavelmente ansiosos quando Jimin se voltou para eles com uma empolgação sem precedentes. Mesmo Jihyun ainda não estava a par desta tal novidade.

 

 — Eu... — fez uma pausa dramática tentando esconder seu sorriso incandescente. — Fui à Dra. Choi antes de viajar e...

 

 — Desembucha Jimin-ah! — Jin pediu mais ansioso do que esperava.

 

 — Eu já sei o sexo do bebê. — com isso todos elevaram seu interesse exponencialmente. — É uma meninaaa...! — cantarolou.

 

 O camarim irrompeu com reações surpresas e não menos adoráveis dos garotos.

 

 — Uma menina, nossa oitava integrante uma menina? — V perguntou um tanto desacreditado.

 

 — Isso é incrível, hyung! — Jihyun comentou o abraçando de lado, pondo a mão em seu barriga.

 

 — O buchudinho ta esperando uma menina, awn que amor! Ela deve ser bem parrudinha, porque né... — Hoseok pirraçou e desviou habilmente quando uma escova foi lançada em sua direção.

 

 O efeito positivo da notícia até os livrou momentaneamente do cansaço que passaram aquela tarde no ensaio para o concerto ‘Youth’, e conseguiram subir ao palco mais animados. Estavam atendendo à uma Talk Show bastante popular no Japão: Ame Talk, onde seriam entrevistados num estúdio bastante similar aos programas coreanos e além disso já haviam participado antes e estavam devidamente familiarizados.

 

 Dada sua deixa pelos MCs, os garotos subiram ao palco sob a ovação da plateia. As palmas e os gritinhos pareceram duplicar quando o casal do grupo fez sua entrada fechando da fila. Os bangtans se posicionaram no centro e curvaram-se como dita a etiqueta.

 

 — Olá, nós somos os Bangtan Boys! — apresentaram-se em uníssono.

 

 Levou alguns instantes para que a euforia da plateia fosse controlada e os convidados pudessem sentar-se.

 

 A dupla de MCs também eram comediantes e garantiram piadas realmente engraçadas e situações cômicas ao decorrer da entrevista e dos quadros especiais. E em um deles em específico, Jimin e Taehyung competiriam num pequeno circuito montado no estúdio pelo grande prêmio da noite, “a banana de ouro”.

 

 — Confiante, Taehyung-kun? — o MC perguntou para o loiro acastanhado que se alongava dramaticamente na linha de partida.

 

 — Sim. Fighting!

 

 O segundo MC se voltou para Jimin que se alongava também, tentando alcançar seus próprios pés mas sem sucesso, e perguntou:

 

 — E você, Jimin-kun, acha que pode ganhar?

 

 Jimin ficou ereto novamente respirando com dificuldade e pondo ambas as mãos na cintura.

 

 — Não. — respondeu rápido arrancando alguns risinhos. — Mas já que estou de pé...

 

 — Esse é quase o espírito! — brincou o MC.

 

 Os MCs se afastaram e deram a largada. Não foi exatamente uma surpresa Taehyung sair em disparada na frente, Jimin seguiu no seu próprio ritmo. Quando chegaram a curva do circuito em que teriam que pular corda descalços sobre um tapete de acupuntura, V foi na frente e pulou bravamente, mesmo que sua expressão denunciasse a ardência nas solas dos pés. Jimin pôs as mãos na cintura e olhou em duvida para as borrachinhas da dor e depois para a plateia.

 

 — Ele desistiu. — comentou um MC rindo. — Está reavaliando as prioridades.

 

 — Ah, será que vale a pena? — perguntou-se com carinha de cão sem dono para a plateia. Recebeu alguns berros de “fighting” como resposta e riu negando. Sem muita disposição deu o primeiro passo sobre o tapete e sentiu uma fisgada que o fez ranger os dentes, em seguida pôs o outro e pegou a corda, ele mal deu um pulo quando uma buzina soou estridente pelo estúdio anunciando que V já tinha passado a linha de chegada.

 

 Jimin saiu do tapete rapidamente e se pôs a aplaudir o amigo.

 

 — Jimin-kun, você nem mesmo tentou! — o MC constatou rindo. — Por que?

 

 — Não estou na minha melhor forma hoje. — respondeu sorrindo constrangido. — Quem sabe na próxima.

 

 — Ah é isso então! Muito obrigado, pode sentar.

 

 Jimin sentou-se no chão e calçou as botas antes de voltar para seu assento ao lado dos parceiros, Taehyung veio logo depois com um troféu de fruta.

 

 — Ei, você tá legal? — Hobi, que estava ao seu lado, perguntou notoriamente preocupado. Jimin voltou-se para o amigo e percebeu que todos os outros também o encaravam sutilmente.

 

 — Sim. – sorriu amarelo e concordou com a cabeça, logo tornando sua atenção para o centro do palco. Se sentiu o peso do olhar do namorado sobre si, disfarçou bem.

 

 Continuaram com as perguntas e as brincadeiras, tiveram também a oportunidade de promover o concerto que aconteceria no dia seguinte e também seus dois aplicados atores: Jin e Tae, que voltariam as filmagens de Hwarang assim que retornassem à Coréia.

 

 

...

 

 

 Depois de concluírem a gravação mais tarde ainda aquela noite, encontravam-se no restaurante da emissora, servindo-se de um banquete de culinária japonesa tradicional. Tinham diversos pratos gostosos e com acompanhamentos picantes, e Jin ainda assim conseguiu estragar o apetite de Jimin pedindo para ele uma tigela de Udon. Não que os noodles com verduras fossem ruins, mas o prato carecia de alguma carne para dar sustância.

 

 Foi por isso que quando Jungkook se retirou brevemente, Jimin trocou seus pratos quando ninguém estava olhando e se dedicou a comer apenas as tiras de carne mergulhadas no molho de soja da tigela de Sukiyaki.

 

 — Hmmm moishi... — resmungou mastigando a carne bovina mal passada.

 

 Passado alguns minutos Jungkook voltou um tanto esbaforido com uma sacola plástica em mãos. Jimin trocou novamente seus pratos e fingiu que não havia dado fim em mais de metade da porção.

 

 — Você deixou o prédio? — Jimin perguntou em assombro quando notou a situação do namorado.

 

 — Eu precisei passar em um lugar. — respondeu tentando normalizar a respiração e retomou seu assento ao lado do namorado.

 

 Jimin retirou a bandana vermelha do bolso de trás da calça que compunha seu look e se pôs a secar o rosto do namorado com o tecido em pequenas batidinhas.

 

 — Da próxima vez não esqueça seus pulmões por lá então. Aish! — resmungou de beiço descendo o tecido para seu pescoço e eliminando as gotículas de suor ali. — Você sempre sua demais, será que isso é saudável? — continuou no seu tom meio preocupado e meio indignado.

 

 — Você sempre achou isso sexy. — o moreno respondeu com uma piscadela e Jimin corou se afastando e lhe jogando a bandana.

 

 — Jimin, você não tocou na sua tigela! — Jin o chamou a atenção e Jimin se voltou para sua refeição que já esfriava.

 

 — Mas em comparação, a minha né... — Jungkook comentou com uma sobrancelha arqueada.

 

 — Não sei do que está falando. — Jimin tratou de afundar os hashis na tigela e encher a boca de noodles.

 

 — Sei...

 

 Jungkook pediu outra porção de Sukiyaki e eles continuaram a refeição com calma. À uma certa altura o celular do mais novo à mesa vibrou, Jihyun viu a tela acender brevemente para mostrar o contato da mãe. Rapidamente juntou o aparelho e abriu a mensagem.

 

 “Então, ele está vestindo?”

 

  Olhou de soslaio para Jimin e um sorriso discreto apareceu em seus lábios.

 

 “Ele adorou a manta, mamãe. Está vestindo desde o começo da tarde.”

 

 “Que bom. O bebê ficará mais seguro assim.”

 

 “Jimin-hyung disse que já sabe o sexo do bebê, mamãe.”

 

 “Ah por favor me diga!”

 

 “É uma menina.”

 

“Que surpresa agradável!”

 

 “Queria poder vê-la um dia.”

 

  O coração de Jihyun apertou-se. Era um desejo tão simples afinal, o encontro de uma neta e uma avó. Um relacionamento familiar saudável e bem estruturado.

 

 “Você vai mamãe, não se preocupe, se depender de mim o hyung vai perdoá-la. Eu prometo!”

 

 Ele vai, eu sei que vai...

 

 — Jihyun-ah!

 

 O garoto ergueu o rosto ao ser chamado por um de seus hyungs.

 

 — É alguém tão importante assim? — Hoseok perguntou com um sorrisinho malicioso.

 

 — Eh?

 

 — Você está tão entretido na conversa que parou de comer. — explicou, o garoto riu sem graça e desculpou-se.

 

 — Então é alguém importante... — V pontuou no mesmo tom do amigo.

 

 — Sim. Muito importante. — concordou rindo fraco e viu de relance seu irmão o encarar em dúvida.

 

 É como se ele sentisse quando havia interferência da mãe.

 

 

...

 

 

 Voltaram ao hotel depois do jantar, todos exaustos demais com a comoção diária, prontos para cair na cama e dar aquele dia por encerrado. Despediram-se e entraram em seus respectivos quartos. Jimin ao entrar no seu, sentou-se na beirada da cama e tratou de retirar as botas, já Jungkook sumiu dentro do banheiro e voltou depois de alguns minutos depositando a tal sacola plástica sobre uma cômoda.

 

 — Você ainda não me disse o que tem ali. — comentou o ruivo indicando a sacola.

 

 — Você não perguntou.

 

 Jungkook deu de ombros e, quando apenas de cueca, parou na sua frente com aquele ar de insubordinação que bem possuía. Jimin arqueou uma sobrancelha.

 

 — Não seja tão pretensioso comigo. — resmungou fingindo ofensa.

 

 Jungkook riu e abaixou-se lhe ajudando a se livrar das meias e da calça, sem lhe retrucar. Alçou um Jimin maleável nos braços e o carregou em estilo noiva até o banheiro da suíte. Jimin ia fazer um comentário sarrista antes de pôr os olhos na elegante banheira de louça do local, estava cheia até a metade e com uma coloração artificial bastante familiar.

 

 — Bath Bomb? — perguntou incrédulo. — Você saiu no meio do jantar só pra me comprar uma Bath Bomb?

 

 Jungkook o colocou no chão e sorriu encabulado dando de ombros.

 

 — Eu realmente não te mereço. — riu negando e puxou-o pela nuca, então colou seus lábios. Jungkook pôs as mãos em sua cintura e correspondeu ao beijo, entreabrindo os lábios e recebendo a língua do mais baixo de bom grado. Suas mãos entretanto não pararam por ali, começaram a subir lentamente sua camisa para despi-lo, mas parou no ato quando sentiu um tecido mais grosso por baixo da peça de roupa.

 

 — O que é isso? — perguntou afastando seus lábios num estalo. Jimin então terminou o que ele havia começado e livrou-se da camisa. — Jimin, você tá tentando esconder sua barriga com isso?! — perguntou exasperado, seu olhar indo da manta em sua barriga para os seus olhos.

 

 — Não, não...! Não é nada disso. Jihyun me deu, é para protegê-la. — explicou pacientemente, mas Jungkook parecia confuso. — Acho que nunca viu uma dessas antes. Mulheres grávidas usam para proteger o bebê do frio.

 

 — Se você diz... — deu de ombros encarando o tecido.

 

 Jimin riu da inocência do namorado e roubou-lhe um selinho antes de levar as mãos para trás do corpo e separar o velcro abrindo a peça e deixando ela cair no chão. Jungkook então se viu enamorado pela barriguinha que começava a tomar forma.

 

 — Como eu não percebi antes? Está tão óbvio, tão... à olho nú. — Jungkook comentou acariciando a pequena circunferência em sua barriga. — Claro que eu não iria supor que era um bebê, mas dava pra dizer que tinha algo fora do comum acontecendo.

 

 — É. Especialmente depois de ter feito amor comigo, de ter me visto completamente nú... — brincou Jimin. — Você devia estar mesmo muito concentrado em outra coisa. Como deixou isso passar?

 

 — Não abusa. — Jungkook repreendeu apertando as bochechas adoráveis de seu hyung e o mesmo resmungou, mas sorriu contido. — Tira isso também, vamos tomar banho. — puxou o elástico da boxer do outro e largou deixando ela estalar contra e pele alvinha, Jimin gemeu por reflexo. Um gemidinho muito genuíno, gostoso de ouvir.

 

 Jungkook coçou a garganta, levemente afetado pelo som teso que o namorado produziu.

 

 Jimin pendeu a cabeça pro lado e o fitou maroto.

 

 — Tira você. — desafiou.

 

 Jungkook umedeceu os lábios e negou com a cabeça.

 

 — Não quero machucar você...

 

 — E não vai.

 

 — Nem o bebê...

 

— Também não vai. — Jimin deu um passo à frente e pôs os dedos no elástico da cueca do namorado e se colocou na ponta dos pés para passar a língua pela extensão de seu pescoço, chegando até o lóbulo de sua orelha e o sugando entre seus lábios massivos para em seguida soltá-lo com um estalo. — Mas eu posso machucar você.

 

Touché.

 

O tom gemido que Jimin usara somado ao chupão logo surtiu efeito em si e Jungkook se viu pegando o namorado abusado no colo e entrando na banheira. Sentou-se ali deixando que o mesmo se acomodasse sobre seus quadris, sentindo com propriedade a ereção que causou.

 

— Me diz que eu posso comer você hoje. — pediu já necessitado. Mesmo sendo um casal flex, Jungkook tinha preferência por ser o ativo, nada lhe fazia gozar mais gostoso do que estar dentro do amado.

 

— Deixa eu ver... — o ruivo fingiu pensar enquanto mordia a ponta do dedão de forma sinistramente sexy.

 

— Não faz isso. — pediu encarecido, levando as duas mãos ao traseiro de Jimin e os enfiando sob o tecido da cueca, tomando a carne entre os dedos e o puxando de encontro a si. Pôde sentir o menor se contrair deliciosamente contra o aperto, certamente ansioso para ser enrabado.

 

Jimin gemeu falhamente e o encarou com as pupilas já dilatadas.

 

— P-por favor, papai... — o mais velho cedeu e Jungkook cantou vitória sorrindo abertamente.



 

O banho levou mais tempo que o planejado e o piso ficou inundado, mas ambos supriram seus desejos com um sexo gostoso e casual e estavam contentes. Voltaram ao quarto e Jimin caiu nu e exausto sobre a cama, com os cabelos molhados espalhados sobre o travesseiro de forma bela.

 

— Ei, vira assim. — Jungkook o instruiu a deitar de barriga pra baixo, o gestante o fez mas grunhiu insatisfeito.

 

— Ah não, Kookie, eu já to sem forças... — resmungou passando os braços por baixo do travesseiro e se aconchegando ali.

 

— Não se preocupe, eu sei. Sem segundo round pra nós hoje. — respondeu mexendo na sacola plástica de antes e chamando a atenção de Jimin. — Por isso eu virei você. Apesar de que poder olhar para a sua bunda nua seja um bônus... — riu-se safado, deferindo um tapa leve em suas nadegas e assistindo elas balançarem com o impacto.

 

 Quase ficou duro de novo.

 

 Jimin o encarou por cima do ombro e o viu tirar uma embalagem estranha da sacola. Viu o namorado abrir o lacre e a tampa do recipiente e despejar um líquido gelado e denso sobre suas pernas.

 

— Ain, ain! O que é isso? — gemeu em desconforto.

 

— Está ardendo? — perguntou prontamente o moreno.

 

— Não, mas tá gelado, Jagi.

 

— Daqui há pouco esquenta...

 

Jungkook então usando as mãos abertas espalhou o liquido pela extensão das pernas de Jimin, fazendo uma leve pressão em sua musculatura e causando um alívio tão bom que o fez gemer outra vez.

 

— Isso é tão relaxante... — comentou o menor deitando a cabeça sobre o travesseiro, os olhinhos cansados quase fechando sozinhos. — O que é isso?

 

— Apenas algo pra aliviar o desconforto que está sentindo nas pernas.

 

— Como soube? Eu nem disse nada. — o mais velho perguntou o encarando por cima do ombro.

 

E o ruivo realmente fez questão de não contar, para não aumentar a preocupação do namorado, o mesmo já queria acamá-lo por conta de sua condição. Gravidez nunca foi enfermidade, oras! Mas pelo visto não conseguiu esconder sua indisposição que provava o contrário.

 

— Eu notei. Eu e todo mundo, né amor. — Jungkook explicou, concentrado em fazer círculos com os dedos em suas panturrilhas, Jimin ronronou de prazer. — Nos ensaios, no programa, na banheira... Você está desacelerando, está ficando mais cansado. Me preocupa se vai conseguir aguentar até o final do concerto amanhã.

 

Isso frustrou Jimin. Estava se esforçando tanto! Custava o quê ele reconhecer isso?!

 

— Você se preocupa demais, Jagi! — retrucou indignado e se virou na cama, sentando-se e o encarando sério. — Meu amor, eu vou ficar bem. Estou sim um pouco mais lento do que eu costumava ser, mas eu conheço meus limites, confie em mim, eu não vou ultrapassá-los.

 

Jungkook respirou fundo, contrariado, e o empurrou de leve, fazendo Jimin escorar o tronco contra a pilha de travesseiros, e se pôs a massagear novamente suas coxas.

 

— É aí que está: você acha  que conhece os próprios limites. Sabe quantas vezes eu tive que te carregar para casa porque você não parava de ensaiar ou de malhar e chegava a desmaiar?! O bastante pra eu querer nunca mais deixar isso se repetir! Nunca mais deixar você fazer idiotices fatais!

 

“Deixar”? Permissão? Desde quando precisava daquilo? Já era bem grandinho ele mesmo, um homem feito! Jimin sentiu-se bem ofendido.

 

— E o que vai fazer, me prender ao pé da cama?! — se empertigou elevando o tom de voz consideravelmente.

 

E foi como puxar um gatilho. Jungkook era esquentadinho e uma alteração na voz que fosse já era o bastante para culminar numa discussão acalorada.

 

— EU BEM QUE QUERIA! — Jungkook berrou de volta e Jimin retesou. Voltou a apoiar-se nos travesseiros sem o encarar, desta vez magoado com a súbita explosão do namorado sobre si.

 

Jungkook suspirou imediatamente arrependido, massageando o próprio escalpo, e passou uma perna sobre o corpo do mais velho e se posicionou sentado em seus quadris, bem próximo. Mesmo a nudez de ambos não fazia a posição desconfortável para nenhum dos dois. Jimin resignou-se à encará-lo pelo canto do olho, manifestando toda sua mágoa naquele olharzinho fulminante que só ele tinha.

 

O Jeon suspirou outra vez, pronto para se redimir.

 

— Eu queria, mas não, eu não posso. — esclareceu derrotado. — Por mais que eu queira, eu sei que não posso te prender. Jimin, você é impossível de controlar, é quase como uma força da natureza. Eu não posso, seus pais não puderam, ninguém pode... eu reconheço isso. Eu... eu só quero te proteger. Proteger vocês dois. Entende isso por favor! Você é muito cabeça dura, mesmo que não admita, sabe disso! Faz muitas coisas impulsivamente e se fere no processo. Eu não quero mais assistir à isso, ver você se machucar. Sabe que não precisa se esforçar tanto, já tem milhares de pessoas que te amam, eu te amo! Eu te amo e quero o seu bem...! Me escuta, você sabe que eu sei o que é melhor pra você. Como você também sabe o que é melhor pra mim. É diretamente proporcional... Deixa eu cuidar de você como você tem cuidado de mim desde que nos conhecemos.

 

Jimin sentiu um nó na garganta, profundamente tocado pelo breve discurso do namorado. O encarou com os olhos marejados e sentou-se ereto na cama buscando o calor do seu abraço, sendo retribuído com grande força por um maknae emotivo.

 

Concordou por fim, não gostava muito daquela ideia mas concordou. Não gostava quando o impunham limites, mas por Jungkook ele podia ouvir.

 

— Eu... eu vou deixar a escolha nas suas mãos. — declarou e ambos se afastaram para se encarar nos olhos. — Eu vou confiar no seu julgamento e vou me afastar das minhas funções quando você achar melhor, vou cuidar de mim, vou cuidar da bebê.

 

— Me desculpe por pedir isso. — Jungkook o encarava com culpa. — Eu juro que não vou se precipitado. Esse é o melhor momento de nossas vidas, você vai aproveitá-lo ao nosso lado. Junto com todos nós.

 

Jimin sorriu fraco.

 

Não posso deixar ele ver fraqueza em mim pelos próximos meses. – pensou Jimin consigo mesmo, ainda que um pouco culpado. Mas mesmo Jungkook sabia que não era tão fácil dobrar aquele ruivinho.

 

Ele era leal à suas próprias vontades.

 

 



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