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História Haila e Norman - Jogo, sedução e amor. - Perdidos no escuro


Escrita por: LariSkarele

Capítulo 16 - Perdidos no escuro


Fanfic / Fanfiction Haila e Norman - Jogo, sedução e amor. - Perdidos no escuro

Depois dos nove meses de insegurança, agora eu já me sentia bem, disposta, feliz, e satisfeita de ver que o Norman era ele mesmo de novo.


Eu estava incontrolável, me sentia forte, havia um sorriso de satisfação no meu rosto. Eu tinha uma armadura no peito, e eu sentia que eu poderia enfrentar qualquer coisa na minha vida, eu sentia que eu havia feito muito bem meu trabalho, eu havia nascido para ter aquela recompensa. Ele estava vivo ! E essa era a maior recompensa. 

As primeiras palavras que ele conseguiu falar com a ajuda da fonoaudióloga foram "Mingus venha cá", quando isso aconteceu todos vibramos tanto, e as gargalhadas ecoavam no quarto do hospital. Depois disso, ele começou a evoluir muito na fala, tanto que em pouco tempo já conversava normalmente, e nós conversávamos muito, sobre tudo ! Ríamos, e vencíamos a cada minuto, a cada dia da vida que vivíamos. Eu continuava cuidando dele, como em todos os meses anteriores. Como a coordenação motora dele ainda não estava totalmente normalizada eu dava a comida dele na boca, todos os dias, em todas as refeições. A enfermeira poderia fazer, mas era meu aquele momento.

O Norman reclamava, ele não gostava, se sentia mal por eu estar cuidando muito daquele jeito, ele não se sentia confortável por estar tão dependente de mim assim, acho que ele pensava que me dava trabalho... mas era oque eu amava, e não deixava ninguém fazer por mim. Eram mais de nove meses, aquilo passou a fazer parte da minha vida. Certo dia as coisas começaram a mudar...Eu havia acabado de pegar o prato onde estava o almoço dele, e ele disse:


- Não vou comer, me desculpe.

- Por que ? Não sente fome hoje ? - Eu disse sorrindo... ele costumava comer bastante sempre.

- Vá embora daqui, vá para casa descansar. - Ele apontou para a porta, com a mão um pouco trêmula.

- Não estou entendendo meu amor... Estou aqui com você, e quero ficar, e agora vamos almoçar.

-  Haila já chega ! - Ele tentou ficar de pé se apoiando na cama, e continuou - Está claro que eu sou um peso na sua vida, você tem dezenove anos, está meses presa aqui neste maldito hospital por minha culpa, volta pra sua família, volta pra sua vida, Haila, estou com vergonha de mim... Sei que você lutou todo esse tempo, sempre terá minha gratidão, e terá de mim tudo que precisar, mas não quero mais te ver aqui, vai embora, vai viver sua vida. 

- Não vou a lugar nenhum ! - meus olhos estavam lotados de lágrimas que começaram a pular no meu rosto. - Não faça isso comigo, você não me ama mais é isso ?

- A amo, mais que o ar que respiro. Mas meu amor não pode continuar prendendo você.  - Ele estava vermelho de tanto chorar, e continuou - Se você não sair, vou ser obrigado a chamar o segurança.


Eu não falei mais nada, apenas deixei aquele prato que já estava frio em minha mão, sequei minhas lágrimas, abri o armário que havia ali, peguei tudo que me pertencia, joguei dentro da mochila tudo que cabia, olhei para ele mais uma vez, que por sinal estava chorando tanto que soluçava, e saí porta a fora, como se meu coração estivesse despedaçado em minhas mãos. O mesmo amor que havia salvado a ele, e curado a mim, agora me jogava contra a parede e me reprimia, eu estava fria como um iceberg, eu só queria... na verdade eu não sabia oque eu queria naquele momento.

Nesses nove meses muita coisa havia mudado, Mariah havia encontrado um trabalho num café bem famoso em NY, e estava morando sozinha, eu sabendo disso, liguei para ela, que me passou novamente o endereço do café onde ela trabalhava e eu fui para lá. Contei toda a história, e ela me convidou para dividir o apartamento com ela... Mariah sempre foi uma grande amiga, ela quem havia me sustentado emocionalmente esses nove meses que estive no hospital, e agora me oferecendo um espaço na casa dela, e eu que nem tinha emprego, não tinha absolutamente nada ! Estava na hora de almoço dela, então usamos o intervalo dela, e ela me levou até a casa onde estava morando. Era um apartamento pequeno, mas bem decorado e aconchegante demais ! Haviam luzinhas pela casa toda, e alguns pingentes pendurados, o carpete era vermelho, oque combinava com a decoração com cara natalina... logo que dei conta, o Natal estava se aproximando.

Apesar de pequeno, o apartamento possuía dois quartos, um deles ainda estava com algumas caixas vazias, ferramentas, e coisas velhas, ela disse que mesmo que eu arrumasse minha vida, ela não queria que eu saísse de lá, ela se sentia sozinha, e afinal éramos melhores amigas, poderíamos dividir o apartamento sem problemas. Ela voltou ao trabalho, e eu fiquei me "instalando" no apartamento. Por alguns momentos eu me desliguei de tudo que havia acontecido naqueles nove meses, me desliguei do Norman, do hospital, tudo mesmo ! Tomei um banho bem quente, e deitei nua na cama que a Mariah havia dito que eu podia deitar enquanto ela não tivesse em casa. Eu apaguei todas as luzes, dormi profundamente, relaxei como não relaxava a meses. 


- Será que a mocinha nua em minha cama pode acordar um pouquinho ?


Tomei um susto, acordei ainda meio desorientada sem saber onde estava, olhei para a porta e lá estava Mariah, com a mão na cintura me olhando e rindo. Me dei conta que estava nua, dei um pulo da cama, me enrolei no lençol, me desculpei, e antes de perguntar a hora para ela, eu reparei que ela tinha alguma coisa na outra mão, que ela escondia atrás das costas. Obviamente perguntei oque era, ela disse que eu me vestisse e fosse até a sala. Foi oque fiz.

Chegando à sala havia um buquê de rosas gigantesco em cima do sofá, com um bilhetinho entre as rosas radiantes. Eu não acreditava naquilo, e antes que eu perguntasse, Mariah disse que era para mim, explicou que estava com o porteiro, haviam deixado por volta de uma hora atrás, o porteiro ligou para o apartamento, mas ninguém atendeu o interfone, por que Mariah estava no trabalho, e eu estava dormindo, em sono muito profundo. Eu gritava e saltava na sala dela,eu tinha certeza que era um pedido de desculpas do Norman, e ela gritava junto comigo... Até que peguei o bilhete que dizia:



 "Haila, meu amor,  este hospital me faz mal, este quarto não é o mesmo sem você, estou com saudades, volte logo.   Beijos, Norman."


No momento em que li o bilhete a sala silênciou. Eu não reconhecia muito bem aquela letra, mas tinha certeza que não era a do Norman, mas também pensei que ele poderia ter pedido para Mingus, ou algum segurança escrever o bilhete para ele, por conta de ainda estar com problema na coordenação. Me bateu um desespero, eu saí correndo para o quarto, coloquei uma mini saia jeans, uma blusa preta, qualquer sapato, soltei os cabelos, despedi de Mariah, que me deu um pouco de dinheiro, caso algo acontecesse, e saí. Peguei o primeiro táxi e pedi que me deixasse no hospital onde Norman estava, eu estava com calor, minhas mãos suavam, eu estava nervosa e oque eu podia fazer era esperar que o táxi chegasse ao destino.

Desci daquele táxi praticamente correndo, eu não podia esperar nem mais um minuto para encontrá-lo de novo, o perdão estava dentro de mim para entregar a ele. Na recepção do hospital todos já me conheciam como a acompanhante do ator Norman Reedus, eu notei um pequeno alvoroço estranho, uns jornalistas, algumas pessoas me olhando fixamente e indo embora do hospital, como eu já conhecia o hospital melhor que a palma da minha mão, me dirigi até o quarto que o Norman estava por um outro caminho, para desviar dos jornalistas. Chegando no corredor que dava no quarto, não havia segurança algum na porta, achei estranho, mas bati na porta mesmo assim, silêncio absoluto, ninguém respondeu. Entrei, e o quarto estava vazio, totalmente arrumado, nem vestígios do Norman, nem de nenhum outro paciente. Neste mesmo momento, entrou uma enfermeira e perguntou se eu precisava de ajuda... Eu disse com a voz trêmula:

- Onde está o paciente Norman Mark Reedus, que estava a nove meses neste quarto ?

- Bom, a senhorita é a acompanhante dele, certo ? Lembro bem da senhorita.

- Sou sim, onde ele está ? - Meu coração estava batendo tão rápido e tão forte, meus olhos enchiam de lágrimas.

- Bom, acho que a senhorita já deve saber, ele teve alta hoje, pouco depois do horário de almoço, ainda há uma parte da imprensa lá na recepção do hospital, e cá entre nós, está sendo uma loucura contê-los... Eles ficaram surpresos, por que mesmo sendo o momento dele sair do hospital ele chorava e não quis dar entrevistas, nem falou com os fãs....


Ela falava e eu comecei a não escutar mais, as lágrimas agora já eram incontroláveis, e eu fui andando, andando, andando sem rumo, desci pelo elevador, saí pela saída dos fundos do hospital, eu não entendia o porquê ele havia brincado comigo daquele jeito, porquê aquele bilhete ? Eu tinha certeza de quê depois de todo amor, de tudo que dei de mim, eu não merecia aquilo em troca... Eu estava perdida no escuro abismo que ele havia me lançado, sozinha.




Notas Finais


Porquê isso tudo está acontecendo com Haila ? Porquê desse bilhete ? Saiba no próximo capítulo ! 💙💙💙


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