Gabi pov.
Nunca pensei que um dia fosse passar tão rápido como aquele, depois de sair da casa da Carol, Vitoria foi para casa de Camila, Niall foi junto com o Liam e o Harry procurar o Louis que tinha desaparecido misteriosamente da festa da namorada, que por sinal estava puta de raiva. E eu decidi ir pra casa descansar, tomar um bom banho e assistir algum filme ou serie, qualquer coisa.
Entrei no chuveiro e senti a água cair na minha cabeça, era tão bom, apesar da minha cabeça ainda está doendo da ressaca de ontem eu conseguia raciocinar direitinho. Vesti a roupa mais leve que tinha e desci atrás de algo para comer.
Fucei a geladeira e nada de bom.
- Oras veja quem resolveu aparecer em casa
Uma voz irritante fez minha cabeça latejar. Não precisava nem olhar para saber quem era.
- O que você quer Margaret?
- Onde estão meus filhos?
- Tenho cara de informante?
- Não querida, você tem cara de algo bem pior que isso! – ela debochou
Revirei os olhos dando as costas.
- Eu te fiz uma pergunta Gabrielle.
- E se eu não quiser responder, o que você vai fazer?
- Garota não me provoca, minha paciência contigo é muito pouca – ela cerrou os punhos – se você me provocar eu te boto em uma caixa e te devolvo para Nova Iorque, o lugar de onde você nem deveria ter saído.
- Desculpa Margaret, eu não sou paga para ficar ouvindo sua voz de hiena!
Caminhei para passar dela e a mesma segurou meu braço.
- Não brinca comigo Gabrielle.
- Eu não tenho medo de você
- Você não sabe o que eu sou capaz de fazer.
- Sei sim, mediante ao que você fez com sua própria filha – cuspi – sangue do teu sangue. Não aguentou ela por muito tempo e por isso despachou ela para morar com o pai? Ou ela tinha descoberto a megera que era a mãe?
Margaret largou meu braço com força e eu dei um sorriso de agradecimento. Subi as escadas quando tudo começou a rodar, a dor de cabeça tinha piorado mais, estava mais forte que antes. Eu estava tonta, enjoada e não dava mais por mim, quando de repende tudo apagou... eu desmaiei.
Meus olhos foram abrindo devagar, estava embaçado ainda porem eu conseguia reconhecer o local em que estava. Me ajeitei na minha cama e quando a visão foi normalizando vi a Margaret parada de braços cruzados me observando. Sentei e a encarei
- O que houve?
- Você ta se drogando garota? – ela disse ríspida
- Me drogando?
- Está levando meus filhos para isso também? Preciso falar com seu pai.
- Do que você esta falando mulher? – disse confusa, minha cabeça doía ainda.
- Sua retina esta vermelha demais e você do nada caiu no meio da sala, se isso não é droga eu não sei o que é!
- Margaret eu posso ser doida, mais nunca toquei em uma droga antes – disse massageando minhas temporas – pega uma aspirina pra mim no banheiro por favor, essa cabeça dor de cabeça não passa.
Ela parou e me observou.
- A quanto tempo você está sentindo essa dor de cabeça? – disse
- Sei lá, duas semanas ou três... não sei porque?
- Vista-se agora e me encontre lá embaixo
Ela virou as coisas e eu fiquei pasmas. Quem essa mulher pensa que era para mandar em mim? Mesmo assim, se ela sabia que algo poderia parar essa minha dor de cabeça valia a pena descobrir. Vesti a roupa mais leve que eu tinha, parece que tudo me pesava, e alem de dor de cabeça eu estava enjoada, até demais. Será que era algo que eu havia comido?
- Aonde você quer me arrastar?
- Vamos no hospital da cidade – ela disse pegando a bolsa e a chave do carro
- Eu não vou! – disse seria
- Desculpe acho que não ouvi direito, eu não estou pedindo estou mandando – ela disse.
Comecei a sorrir.
- Pra começo de conversa, você não manda em mim! E sim, você ouviu direito.
- Venha! Você vai comigo agora lá! – ela alterou a voz vindo em minha direção.
- Não quero e não vou com você!
- Como não? Você sabe o quanto isso é perigoso garota? – ela segurou meu braço – dane-se o que você acha, você vai comigo e pronto!
Fui arrastada para o seu carro, Margaret tinha um força que nem eu sabia que ela possuía, sempre se escondendo por de trás de uma baranga fraca. Ela era forte o bastante para me arrastar para o seu carro e me prender lá enquanto dirigia ate a cidade.
Desci do carro e procurei por alguém conhecido que pudesse me levar para casa de volta, ilusão. O Hospital era um pouco longe do local quando pessoas que eu conhecia frequentavam, ou seja, eu teria que ir com a megera de um jeito ou de outro. Adentramos o hospital enquanto ela foi falar com a recepcionista, sentei-me e fiquei folheando uma revista.
Não demorou minutos e o diabo de branco apareceu na minha frente retirando os óculos.
- Doutor Rafael irá nos atender, vamos!
Revirei os olhos e a segui.
Entramos na sala e o doutor aparentava ser jovem ainda, no máximo uns 34 anos. Ele era bonito, tinha porte atlético e os olhos incrivelmente perfeitos e azuis, se eu fosse mais velha com certeza pegaria o numero dele... ah e se eu não tivesse namorado também.
- Então mocinha, o que você tem?
- Doutor ela está sentindo dores de cabeça a duas semanas e hoje ela teve uma crise de tontura e depois desmaio – Margaret falou e eu sorri.
- Achei que ele estivesse perguntando para mocinha e não para baranga.
Ela me olhou fuzilando-me.
- Desculpe a pergunta, mas o que a senhora... senhorita é para ela?
- Sou a esposa do pai dela, perdoe-me a falta de modos da minha enteada, ela geralmente é pior – ela sorriu para o medico que sentiu o clima tenso.
Revirei os olhos.
Ele se ajeitou na cadeira e me observou.
- A quanto tempo você sente essas dores de cabeça?
- Duas ou três semanas, eu acho – disse
- E você costumava sentir antes?
- Não, mas de uns tempos para cá tem se tornado constante.
Ele me analisou e pegou a caneta
- Doutor ela também está com a retina vermelha – Margaret completou.
Ele parou de escrever e pegou uma lanterninha vindo em minha direção. Mandou-me olhar para o canto que pudesse observar direito minha retina. Sua feição ficou seria.
- Você fuma? Bebe? Usa droga ou toma remédio para colesterol alto?
Eu ergui a sobrancelha. Que diabos de perguntas eram aquelas? Olhei para Margaret por impulso e a mesma também estava me observando.
- Eu fumava, mas nunca me droguei ou tomei remédio para colesterol.
- E bebida?
- Eu ainda bebo... socialmente.
Ele ficou calado um instante e começou a escrever em um papel, olhei procurando respostas a Margaret, mas sua cara estava como a minha totalmente desnorteada. Ela respirou e voltou a olhar para o doutor ele parou de escrever e nos observou.
- Você irá fazer alguns exames, um exame ocular, uma ressonância magnética da cabeça e uma angiografia cerebral – ele entregou o papel a Margaret – Eu quero esses exames ate no mais tardar segunda feira e você terá que voltar junto.
Ele calou novamente e eu estava já perdendo o ar, isso era ruim? Claro que isso era ruim, se fosse bom ele não estaria serio, estaria? Não estaria.
- Doutor... o que eu tenho?
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