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História Half a Heart (Camren) - Everything is awesome.


Escrita por: jausregui

Notas do Autor


Vou me desculpando pelo capitulo lixo, mas ele é necessário por que a partir do próximo começa a parte obscura da fic. To nem ai. U.U

Capítulo 13 - Everything is awesome.


Fanfic / Fanfiction Half a Heart (Camren) - Everything is awesome.

Acordei com a merda do despertador tocando perto do meu ouvido, mas minha raiva sumiu completamente quando vi que Lauren continuava deitada em meus braços. Sua respiração estava calma e lenta, seus cabelos bagunçados e sua boca em um tom rosado irresistível. Fiquei hipnotizada por minutos vendo-a desse jeito, que quase esqueci que as aulas voltam hoje. Que porra.

 

- Lauren, amor, acorda. Tem aula hoje. - falei no seu ouvido. 

- Hm? - ela perguntou sem abrir os olhos.

- Tem aula hoje! - repeti. 

- Eu não quero ir. - enfiou o rosto no travesseiro e eu já conseguia imaginar essa conversa indo longe. 

- Mas vai! Anda, levanta. - puxei-a pelo ombro, mas a mesma nem ao menos se mexeu. - Ok, se você quer assim... Vou tomar banho. 

Fui para o banheiro e demorei mais ou menos 10 minutos para tomar banho e escovar os dentes. Coloquei uma saia azul claro, uma blusa branca, um lacinho da mesma cor e um all star. Quando terminei, Lauren ainda não tinha se mexido. Ok. Se ela não vai se levantar por bem, vai se levantar por mal. Corri até a cama e pulei em cima dela. 

- Ai, caramba! - gritou.

- Desculpa. Agora vai tomar um banho e se vestir. 

- Tem roupa minha aqui? - perguntou enquanto se sentava na cama. 

- Você sabe que tem. 

- Então me faz um favor?

- O que?

- Pega meu celular e liga pra Taylor, minha irmã, pedindo pra ela levar meus livros? - pediu virando-se pra mim e eu olhei-a assustada. 

- S-Sua irmã? Mas e se...

- Relaxa. A Taylor aceita a gente. - sorriu. 

- Tudo bem. - beijei a bochecha dela, e deixei-a ir para o banheiro. 

Liguei para Taylor, ainda nervosa, mas ela me tratou super bem. Lauren tem sorte de ter irmãos que se importam com ela, por que a mãe é uma coisa horrível. Não desejo pra ninguém uma mulher daquela. Eu não deveria está falando assim da minha sogra, mas quem liga? Ela é uma bruxa. 

Pouco tempo depois, Lauren saiu do banheiro vestindo uma calça colada branca e uma blusa colada preta. Puta. Que. Pariu. Se o objetivo dela é matar todas as pessoas do mundo, inclusive eu, conseguiu. Juro que se não estivesse sentada na cama, teria caído no chão. 

- Pronta? - perguntou.

- Uau... To pronta. UAU! - falei olhando-a de cima a baixo e ela corou. - Espera! Você ta vermelha! Eu consegui te fazer corar!

- Para com isso e vamos logo. 

Descemos as escadas juntas e meus pais nos olharam confusos. Afinal, Lauren tinha chegado aqui ontem a noite, depois que os dois já estavam dormindo. Eles pigarrearam e franziram o cenho, como um pedido de explicação, enquanto sentávamos para tomar café. 

- Então, a Lauren veio dormir aqui por que ontem, na festa de "família" - fiz aspas com os dedos - a mãe dela descobriu sobre nós. 

- Meu Deus. O que ela disse, querida? - minha mãe perguntou, tocando levemente a mão de Lauren. É lindo o jeito como as duas se tratam. Eu particularmente amo. 

- Ela gritou, me bateu e eu peguei um taxi. Não quis voltar pra casa, então vim para ca. Desculpa por ter chegado assim.

- Lauren, essa casa também é sua! - meu pai falou - E se sua mãe não te aceitar lá de volta, sabe que pode ficar aqui. 

- Bom, eu ainda tenho que conversar com ela e explicar como tudo aconteceu.

- Faça isso, querida. Qualquer coisa estaremos sempre a disposição. - minha mãe completou. 

- Obrigada. Obrigada mesmo. 

Não estávamos atrasadas, e nem demorou muito para meu pai ir nos deixar na escola. Eu realmente preciso de um carro pra mim, é sério. Quando chegamos lá, a entrada já estava lotada de alunos, e lembrei que seria a primeira vez que Lauren e eu iramos entrar naquela escola como, oficialmente, um casal. Eu sei que meninos e meninas terão o prazer de cair sobre os pés dela agora mais do que nunca, porém, posso ser muito violenta se for preciso, e não vou deixar nenhum filho da puta encostar na minha mulher. 

- Tchau pai.

- Tchau Alejandro. 

- Tchau meninas. Boa aula. 

Lauren, que estava no banco da frente, saiu para abrir a porta para mim. Entrelaçamos nossas mãos e subimos os batentes que levavam até a porta principal. Praticamente todos que estavam lá fora pararam para nos observar, por que talvez já estivessem sabendo de tudo que aconteceu, contando o fato de que nessa cidade as noticias se espalham rápido. Lauren soltou minha mão e passou o braço pela minha cintura, esticando o rosto para me dar um beijo na bochecha. Percebi que o nojentinho do Keaton estava nos olhando, aproveitei para dar um selinho demorado nela, e a mesma abriu um largo sorriso depois.

- Camila, Lauren! - Vero gritou se aproximando - Taylor mandou te entregar isso. - entregou a mochila para ela.

- Obrigada, Vero. 

- Eu soube sobre o surto da sua mãe...

- Eu ia te contar, mas parece que o Keaton já fez o favor de espalhar pra todo mundo. 

- O bom é que agora não precisamos esconder mais nada. - falei e elas assentiram sorrindo. - Aliás, onde está a Lucy?

- Viajando com os pais. - respondeu quando o portão abriu e nos preparamos para entrar. - Eu não aguento mais!

- Você precisa transar. - Lauren disse e eu ri. 

Fomos até o armário guardar alguns livros que não precisaríamos hoje, e enquanto passávamos por um corredor vazio, que fica ao lado dos banheiros, senti uma mão puxando meu ombro direito. Vero, Lauren e eu nos viramos assustadas, dando de cara com a Spencer. Não consegui decifrar sua expressão, mas ela estava com a parte branca dos olhos completamente vermelha. 

- Pois não? - Lauren perguntou sem animação. 

- Então vejo que meu plano de separar vocês duas não deu muito certo. - ela disse em um tom irônico. 

- Do que você está falando? - perguntei. 

- Foi eu quem deu as fotos para o Keaton. EU! - respondeu com orgulho de si mesma.

Lauren me soltou e correu para segurar a blusa de Spencer, empurrando-a contra a parede mais próxima. Com medo do que ela pudesse fazer, Vero tentou separa-las, mas sem sucesso. A raiva de Lauren era bem maior. 

- Sua vadia nojenta! O que você tem na cabeça, porra? - Lauren praticamente cuspiu as palavras na cara dela. 

- Talvez se eu separasse vocês, teria mais chances com a Camila. 

- Você não percebe o quão idiota você é? Não tem vergonha de si mesma? - Lauren gritava e eu estava sem atitudes, com medo de que alguém chegasse a qualquer momento. 

Spencer estava com um sorriso cheio de desdém no rosto, e a cada palavra que saia de sua boca, era uma mistura ironia e sarcasmo. Se as duas continuassem assim, essa briga iria parar em outro lugar, e eu não quero isso.

- Lauren, solta ela. - pedi afastando-as - E você  - apontei para Spencer - não pense que tentar me separar da minha namorada vai fazer com que eu te ame. Sua atitude me deu nojo. Eu não esperava isso de você, Spencer. 

Eu realmente estava decepcionada. Sempre soube que ela gosta de mim, mas depois daquele dia na aula de música nós acabamos ficando amigas e apenas isso. Nunca consegui vê-la de um jeito diferente, talvez por que estivesse cega demais por causa da Lauren. O problema nisso tudo é que eu nunca imaginei que a Spencer pudesse chegar ao ponto de fazer tal coisa. Eu confiava nela, e pensei que a mesma estivesse feliz em presenciar minha felicidade. Agora não posso continuar com uma "amizade" assim. Não mesmo. 

Lauren tornou a passar as mãos pela minha cintura, ainda olhando-a com desprezo e Vero negou com a cabeça em sinal de desaprovação. 

- Camila, espera! - Spencer gritou e eu me virei novamente. 

- Não. Pra mim chega! Não precisa mais olhar pra mim. 

Puxei as meninas para longe e subimos as escadas para a sala em silencio. Continuei perdida em pensamentos, sem saber o que dizer, ainda pensando como Spencer teve coragem de fazer uma coisa dessas. Realmente as pessoas não são como pensamos. Tentei afastar a raiva que eu estou sentindo  dela agora, mas não deu. 

O professor ainda não havia chegado, e consequentemente, a aula ainda não tinha começado. Aproveitei para conversar sobre o ontem e sobre o que acabou de acontecer com as meninas, depois voltei a me juntar com Lauren e sentamos no fundo da sala. 

[...]

POV LAUREN

Eu juro que se algum dia encontrar essa Spencer na rua, faço ela se arrepender de ter nascido e de todas as palavras que dirigiu para a Camila. Além de querer roubar minha namorada, ainda se acha no direito de tentar acabar com a minha vida! Diga-se de passagem, ta na hora de esquecer essa garota, por que pelo menos ela não conseguiu o que queria. 

Enquanto eu lanchava, Camila pediu licença para ir ate a sala de música, por que segundo ela, estava com saudades do lugar. Deixei Vero e as outras meninas conversando, por que resolvi fazer uma surpresa para ela. Fui até a sala, e ao parar na porta, além de uma melodia linda no piano, ouvi uma voz maravilhosa e doce cantando uma das minhas músicas preferidas. Entrei devagar para não interrompe-la ou assusta-la e fiquei observando. 

I've never opened up to anyone. So hard to hold back when I'm holding you in my arms. We don't need to rush this. Let's just take it slow (Eu nunca me abri para ninguém. Tão difícil me segurar quando estou com você em meus braços. Nós não precisamos nos apressar. Vamos devagar)

Essa voz... A voz que me acalma e me traz paz. A voz que me faz arrepiar inteira enquanto tenho a sensação de está no céu. Esse é definitivamente o melhor som para os meus ouvidos, e eu poderia ouvir para sempre sem enjoar. 

Just a kiss on your lips in the moonlight. Just a touch in the fire burning so bright and I don't want to mess this thing up. I don't want to push too far. (Apenas um beijo em seus lábios ao luar. Apenas um toque do fogo tão ardente. Eu não quero bagunçar as coisas. Eu não quero forçar a barra)

Just a shot in the dark that you just might. Be the one I've been waiting for my whole life. So baby I'm alright, with just a kiss goodnight. (Apenas um tiro no escuro e você poderá. Ser a que eu vou esperar a minha vida toda. Então, baby, eu estou bem, com apenas um beijo de boa noite)

Quando Camila terminou, bati palmas baixo, aplaudindo-a. Ela se virou assustada, com os olhos arregalados e eu me aproximei sorrindo, sentando no banco ao seu lado. 

- La-Lauren? A quanto tempo está aí? - perguntou gaguejando. 

- Tempo suficiente pra ouvir sua voz linda cantando. 

- Você acha ela linda?

- Claro que sim. Eu poderia ouvi-la pelo resto da vida. 

- Bom... Você quer ouvi-la pelo resto da vida? - perguntou com o rosto um tanto corado. 

- É o meu sonho. - segurei o queixo dela e grudei nossos lábios.

O que era pra ser um simples beijo, acabou ficando rápido e fora do controle. Eu não conseguia mais dizer qual língua era a minha e qual língua era a dela, e sabia que se continuássemos com isso, não iríamos embora tão cedo.

- Anda, vamos embora. - levantei e puxei-a pela mão para que ela fizesse o mesmo. 

Fomos embora a pé, por que Alejandro ainda estava no trabalho e obviamente eu não iria pedir minha mãe parar ir nos pegar. Quando paramos na praça do parquinho, Camila perguntou se eu não queria voltar para sua casa, mas neguei. Cedo ou tarde terei que conversar com a minha mãe de qualquer jeito, então é melhor que seja agora. Não aguento mais esperar e ela precisa ouvir umas verdades. Me despedi e continuei o caminho até em casa. 

Chegando lá, percebi que tudo estava silencioso e provavelmente meus irmãos ainda não haviam chegado do colégio. Subi para o quarto e reparei nas fotografias em cima da cômoda. Ainda lembro do momento em que cada foto foi tirada. A que estou com Vero e Lucy foi tirada em uma viagem pra Miami. A que estou com Chris e Taylor foi tirada no meu aniversario, e a que estou com meus pais foi tirada em um natal. Natal esse que me traz uma série de nostalgia. 

- Olha só quem resolveu aparecer. - minha mãe falou parada na porta, me tirando do transe. - Precisamos conversar. 

- Eu sei. Mas vou logo lhe adiantando: nada, absolutamente nada que você tentar fazer, vai me separar dela. - disse com um tom firme na voz.

- So me explica como essa historia toda começou, Lauren. - sentou-se na cama.

- Quando percebi que ela é a pessoa que eu realmente amo. 

- Seja mais especifica. 

- Mais do que estou sendo? Tem outra explicação pra isso?

- Olha, Lauren...

- "Olha, Lauren" é o caralho! - aumentei o tom da voz e bati na cômoda com a mão esquerda. - Me diz por que você não consegue aceitar minha felicidade, por que eu sinceramente não te entendo!

- Só me diz por que tem que ser com a porra de uma garota! Isso não é certo!

- Não é certo pra quem? Pra você? Pra sociedade? Quem sabe o que é melhor pra mim sou EU.

- Eu sou sua mãe, Lauren. Não aceito e pronto. Não quero te ver com aquela garota! - gritou.

- Então ótimo. - abri a gaveta para pegar uma chave. - Lembra do apartamento que meu pai deixou caso eu precisasse? Ta na hora de usa-lo. Vou me mudar pra lá e você não precisa mais se importar comigo. Só precisa pagar tudo e Camila e eu ficaremos longe de você. 

- Filha, eu não te quero longe de mim. - se aproximou tocando levemente meu braço e eu sorri com desdém. 

- Me poupe. 

- E seus irmãos? Eles vão sentir tanto a sua falta aqui em casa!

- Eu não vou deixar de vê-los. Nem vou deixar de ver você. Só que preciso ficar longe, não é? - ela não respondeu e aproveitei para ir no quarto ao lado pegar algumas malas. 

Quando voltei, minha mãe continuava sentada na cama de cabeça baixa. Peguei tudo das gavetas, do banheiro e do guarda-roupa, e joguei de qualquer jeito dentro das bolsas. Ela estava em um silencio profundo, e eu estava amando aquilo. 

- O apartamento ta limpo? - perguntei. 

- Si-Sim. Mandei a faxineira limpa-lo a poucos dias. 

Pelo menos minha mãe faz algo que preste. Todo mês ela mandava limpar os apartamentos e todas as casas que meu pai havia comprado, para o caso de precisar alugar, vender, usar ou algo do tipo. 

Fui até o carro, que por sinal é meu, o que significa que é menos algo que vou precisar depender dela, e joguei as malas la dentro. Odeio ter que depender de alguém, principalmente se essa pessoa for minha mãe, mas de qualquer jeito, ela vai ter que continuar comprando comida, pagando conta de agua e de luz para mim. A única diferença é que estaremos em casas separadas.

Dirigi até o apartamento e agradeci a todas as santidades por ele ser perto. Isso facilita muito quando eu quiser ir na casa de Camila ou ela lá. Realmente ele ta bem limpo, com a mobília toda arrumada. É um bom lugar pra morar. Os quartos não chegam aos pés do meu, mas eu não ligo pra isso. A onde eu me sentir bem é a onde eu vou ficar. Fim. 

[...]

Depois que arrumei tudo do meu jeito no apartamento, resolvi ligar pra Camila e contar que havia me decidido morar ali. Ela brigou comigo pedindo para que eu ficasse em sua casa, mas não. Eu não vou. Eles são todos muito atenciosos comigo, porém, ta na hora de aprender a me virar sozinha. Próximo ano já começo na faculdade e nem um sanduíche aprendi a fazer ainda. 

Quando terminei o banho, ouvi a campainha tocar e provavelmente era ela, que havia prometido vir. 

- Oi. - falou quando abri a porta e me deu um selinho demorado. - Uau. Aqui é bem legal.

- Você gostou?  

- Adorei. 

Conversamos sobre diversas coisas aleatórias e inúteis, até que resolvemos ir para a varanda, onde dá uma vista incrível do céu. Deitei-me em uma rede e Camila ficou sobre mim, abraçada em minha cintura enquanto eu fazia carinho em sua cabeça. Não tem sensação melhor do que saber que tudo na sua relação com a pessoa que você ama ta dando certo. É o que estou sentindo agora. Não consigo pensar em nada mais que possa nos atrapalhar, e se existir, eu juro que não deixarei. Prometi proteger nosso namoro, e a prova está na pulseira que eu dei para ela. 

- Camz, vamos pro quarto? - perguntei mas não obtive resposta. - Camz? Camila?

Ergui a cabeça para olha-la e a mesma já havia adormecido em um sono profundo. Suas narinas ofegaram em uma respiração calma, e foi aí que eu percebi que não precisava de mais nada além dela. Tudo está perfeito. Quando algo tem que dar certo, dar. De algum jeito. Seja mais cedo ou mais tarde, mas algum dia, dar. 


Notas Finais


Tchauzinho


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